What If... 1
E SE LOUIS E HARRY NÃO TIVESSEM SE ENVOLVIDO COM CAMILLE E RONAN?
Para quem não sabe, a proposta do "What If" é mostrar como as coisas teriam sido se algo tivesse sido diferente. No caso, se Louis não tivesse passado aquele heat com Ronan e Harry tivesse passado aquele rut com Camille
— Primeiro ano concluído — eles brindaram.
Eram um grande grupo, quatro ômegas, sete betas e cinco alfas. Eles tinham conseguido completar o primeiro ano da graduação. Todos tinham como objetivo a área médica, mas ainda estavam decidindo para qual área específica seguir.
— Eu amei esse lugar — um dos betas comentou
— Aqui é muito bem mesmo — Louis disse bebendo mais um gole da sua bebida. Ele não era de beber tanto, mas aquela noite merecia. — Meu amigo Calvin já veio aqui e sempre fala muito bem.
— O seu colega de quarto? — Alana, a colega de sala de Louis, perguntou. — Vocês são amigos há muito tempo, né?
— Sim, ele é meu amigo de infância, nós viemos para Londres morarmos juntos e estudarmos. Ele está cursando música.
— Lou, ele é tão lindo, não sei como você aguenta ficar do lado sem querer agarrar — ela se abanou e ele riu.
— Calvin é meu irmão, a gente não se vê desse jeito. Mas, sinto em quebrar seu coração, ele está de olho em alguém da turma dele.
— Não me importo, eu não tenho ciúmes — ela riu.
— Vamos dançar — Peter, um dos amigos de Louis, os puxou para a pista de dança.
Louis não fazia muito isso, ele trabalhava e estudava muito. Mesmo com uma bolsa de estudos que cobria por todo seu curso e ainda lhe dava um pouco de dinheiro, morar em Londres não era barato, ele precisava comer e morar. As coisas tinham sido complicadas na sua vida, e ele nem queria pensar no que teria acontecido se não tivesse conseguido pular a janela da sala e corrido até a casa de Calvin naquela noite terrível. Tinha ficado com muito medo, mas ele estava bem agora.
Fazia quase um ano que ele e seu amigo tinham realizado os planos que fazia desde criança: tinham conseguido bolsas de estudos, se mudado para Londres e moravam juntos.
Era um apartamento bem pequeno a uma meia hora de caminhada da universidade? Era, mas era deles e isso que importava.
Ele tinha conseguido terminar os estudos um ano antes do previsto, ainda com 17 anos tinha se mudado para Londres para começar sua graduação e agora, com 18 era um ômega livre para viver do seu jeito.
Louis dançava e ria com seus colegas, estava em casa noturna que nunca tinha ido, mas o pessoal da universidade sempre falava bem. Todos diziam que os ômegas eram respeitados ali, o que ele apreciava. Até estava pensando se enchia a cara de vez.
— Minha bebida acabou, vou no bar pegar mais — ele avisou os amigos e atravessou a pista de dança lotada.
O bar estava cheio, então ele deu volta, chegando na outra ponta, que estava perto dos corredores que levavam para a saída ou para o andar dos camarotes. Ali estava mais vazio, então conseguiu encostar no balcão.
— Oi — ele chamou uma das alfas que estava atrás do balcão. Ela era loira, de olhos azuis e sorriso bonito — quero outro sex on the beach.
— Só um minuto — ela respondeu pegando o copo dele
Louis olhou em volta, há um ano e meio ele acharia loucura estar ali. Mas agora ele estava se encontrando, se sentia feliz e realizando seus planos. Ele devia beber mesmo, tinha sido um ano difícil, mas ele conseguiu
— Perrie — um alfa alto disse do seu lado, chamando a loira — me vê uma cerveja.
— Estou terminando a bebida dele, já pego chefe — ela respondeu sorrindo, indicando o ômega.
Louis esperou que o alfa reclamasse, ainda mais se ele era chefe dela. Alfas tendiam a ser arrogantes e invasivos.
— Oi — o tal alfa o cumprimentou.
— Oi?
— É, oi — ele riu. O alfa era alto, tinha cabelo escuro, mas com a iluminação do lugar não dava para ter certeza da cor. O cabelo tinha cachos e ia até a altura do seu queixo. Ele sorria e parecia simpático — Nunca te vi por aqui.
— Você conhece todo mundo que vem aqui?
— Só os que me interessam — a resposta fez o ômega rir.
— É o seu modo de tentar flertar comigo?
— Depende, está dando certo?
— Sinto muito, mas não — Louis falou com um pesar exagerado.
— Droga, vou ter que me esforçar mais — ele suspirou dramaticamente. — Me chamou Harry e você?
— Louis — ele não costumava dar conversa para desconhecidos, principalmente alfas. Mas aquele parecia diferente.
Louis culpou a bebida por isso.
— Aqui, um sex on the beach e uma cerveja — outra alfa entregou as bebidas. Essa tinha cabelos castanhos avermelhados e sorriu travessa para Harry.
— Sex on the beach? É uma bebida bem clichê — Harry comentou.
— Por que sua cerveja é bem original, né? — retrucou.
— Eu estou bebendo para relaxar, então cumpre a função. E você, por que está bebendo?
— Para comemorar.
— E o que estamos comemorando?
— Estamos? — Louis riu da ousadia daquele alfa, mas ele era divertido. — Nem me levou para jantar ainda e já quer saber de todos os meus segredos?
— Verdade — os olhos do alfa arregalaram como se aquela fosse grande ideia — Vamos jantar.
— O que?
— Vamos — ele olhou no relógio — ainda são nove e meia da noite, podemos jantar agora e você me conta por que estamos comemorando.
— Você está falando sério? — Louis riu daquele maluco.
— Claro, preciso te pagar um jantar para te parabenizar por alguma coisa que você ainda precisa me dizer o que é.
— Isso é brincadeira, né?
— Não, vamos? — ele perguntou.
— Não vou sair daqui com você, eu nem te conheço.
— É uma decisão sábia não sair com estranhos, mas logo você e eu seremos íntimos — Harry piscou para Louis, que riu.
— Como tem tanta certeza?
— Eu só sei — o alfa deu de ombros. — Já que você ainda precisa ser convencido, que tal alguma coisa mais criativa para comemorar?
— Como o que? — perguntou desconfiado.
— Estou falando de uma bebida Louis, deixe os pensamentos sujos para mais tarde.
— Você é impossível — Louis não sabia se ria ou fugia.
— Obrigado, já me falaram coisas muito piores — Harry sorriu e ele tinha covinhas, o que fez Louis segurar o suspiro. Aquele alfa era completamente lindo. — Então, confia em mim para me deixar escolher uma bebida especial, como esse momento?
— Ok, vamos lá — Louis negou com a cabeça, rindo da situação.
— Jesy — ele chamou a alfa — faz um pisco sour para nós, por favor.
— Certeza? — ela perguntou confusa — Ok, vou ter que buscar pisco no estoque.
— O que é pisco? — Louis perguntou para Harry. Ele não queria admitir, mas tinha percebido que eles foram se aproximando, até seus corpos estarem encostados.
— É uma bebida destilada peruana que, infelizmente, não recebe todo o reconhecimento que merece — ele suspirou dramaticamente.
— Você entende mesmo de bebidas.
— Na verdade, foi meu cunhado que trouxe essa bebida. Niall provou em algum lugar e nos infernizou até termos no cardápio. Mas, como tudo que ele sugere, foi uma ótima aquisição. Vendemos como um drink exótico e raro, muita gente paga bem caro por cada dose e não pagamos nem 40 libras na garrafa.
— Por quanto vocês vendem cada drink desse? — Louis perguntou sorrindo.
— Digamos que nosso lucro é alto — ele sorriu de canto. — Então, vai me dizer o que estamos comemorando ou vai me fazer investigar sua vida inteira?
— Faria isso? — Louis riu.
— Você nem tem ideia, Sun.
O apelido e o sorriso o atordoaram um pouco, tanto que o ômega deu mais um gole, um grande gole, na sua bebida. Ele olhou para seus amigos, ainda dançavam e não pareciam notar sua falta. Por que não ficar mais tempo conversando com o alfa bonito?
— Acabei de encerrar meu primeiro ano na universidade — Louis contou.
— Parabéns! — Harry o abraçou feliz, como se estivesse orgulhoso dele — Se tivesse dito antes, eu teria pedido a bebida mais cara que temos. Podemos pegar um champagne se quiser.
— Você é mesmo o chefe daqui?
— O dono, na verdade.
— Achei que era brincadeira — Louis disse aturdido. — Espera, você é um lúpus!
— Não tinha percebido até agora? — Harry sorriu. Ele realmente estava encantado com aquele ômega. E nem ia comentar a coincidência dele se chamar Louis, assim como o marido de seu padrinho.
— Não... eu...
— Agora está com medo de mim? — o alfa sorriu de canto.
— E por que teria? — Louis disse empinando o nariz, mas por dentro já pensando em possíveis rotas de fuga.
— Aqui, um pisco sour para vocês — Jesy disse colocando a bebida no balcão. — Hazz, Ashton disse que Liam, Zayn e Niall estão chegando, já resolveram aquele assunto.
— Tudo bem — Harry concordou e a alfa se afastou. — Prove Louis.
— Não está batizada com alguma coisa que vai me fazer desmaiar né?
— Se estivesse, eu te contaria?
— Não custava nada tentar — o ômega deu de ombros, fazendo o alfa rir.
— Vamos Lou, confia em mim.
Louis suspirou, já podia estar ferrado mesmo, por que não?
A bebida era diferente do que ele já tinha provado, era levemente doce e ácida e tinha uma espuma que deixava um pouco sedosa. Ele realmente tinha gostado, tanto que tomou mais um gole, o que deixou o alfa sorrindo vitorioso.
— Então?
— Ok, preciso admitir, isso é muito bom — Louis falou. Harry pegou o copo da mão do ômega e tomou um gole, devolvendo a bebida depois.
— Agora podemos ir jantar?
Mesmo com a pouca iluminação, os olhos de Harry pareciam brilhar. Louis nem conseguia saber a cor exata deles, mas eles os prendiam de um jeito que o ômega não sabia se escaparia. E, pior, ele nem queria.
— Se ainda está com medo, diga a seus amigos que está comigo, avise alguém que estamos saindo. Não me importa, só quero te levar comigo.
— Por quê? — quase gaguejou a pergunta.
— Porque eu sinto que se não te beijar, vou enlouquecer — Harry fez carinho no rosto do ômega, que suspirou.
O lobo no seu peito se agitou, Harry estava tentando conter suas expectativas sobre o que aquilo significaria, mas estava difícil. Os olhos daquele ômega brilhavam em um azul tão lindo, que parecia um mar e ele se afogaria ali com prazer.
Louis mordeu o lábio inferior, parecia estar numa briga interna, decidindo o que fazer. Harry segurou o gemido, ele mordendo o lábio era muito sexy. Precisava manter a calma, não podia arrastar o ômega dali.
Ok, talvez isso tenha passado por sua mente.
— E se eu também quiser? — Louis perguntou por fim.
— Quiser o que? Preciso das suas palavras.
— E se eu também quiser te beijar?
— Então eu serei o lúpus mais sortudo de todos.
— Parece que hoje é seu dia de sorte — Louis sorriu de canto.
Harry não esperou mais, ele acariciou o rosto do ômega com uma mão, enquanto a outra o puxava pela cintura. Seus lábios se tocaram e, imediatamente, Louis envolveu o pescoço do alfa com seus braços.
O lúpus lambeu aqueles lábios perfeitos que logo se abriram, lhe dando passagem. Harry quase gemeu com o leve sabor amargo residual da bebida que dividiram. A boca de Louis era perfeita, quente e seus lábios tão macios, que o alfa se convenceu que tinham sido feitos para serem beijados o tempo todo.
O lobo no seu peito uivou feliz, ele sabia que não tinha como confundir aquela sensação.
Louis era seu soulmate.
Isso só tornou as coisas mais intensas e um beijo que começou exploratório se tornou faminto. O ômega não se assustou nem um pouco, ele parecia concordar. Ele se apertou contra o alfa, o beijava com a mesma vontade, ele também queria aquilo.
O beijo só acabou quando precisarem de ar, mas a visão de Louis com os lábios inchados e o rosto levemente corado fez a calça de Harry ficar desconfortável. Louis percebeu isso e sorriu travesso.
— Ainda está se sentindo com sorte?
— Você não tem ideia — em um movimento rápido, Harry colocou Louis sentado em dos bancos que ficavam perto do balcão. O alfa se ajeitou entre as pernas do ômega, que não fez objeção — Antes de voltar a te beijar, posso saber seu sobrenome?
— Tomlinson e o seu?
— Styles.
— Então, Sr. Styles — Louis disse cheio de coragem e, de novo, ele culpava a bebida — o que faremos agora?
— Cuidado em me provocar desse jeito, Sr Tomlinson, nunca ouviu falar que lúpus são perigosos? — sussurrou a pergunta no ouvido de Louis.
— Ouvi sim, também ouvi para sempre ficar longe de um. Mas aqui está você, entre minhas pernas e prestes a me beijar de novo, não é?
— Você não tem ideia de como vamos nos divertir juntos.
Eles se beijaram de novo, dessa vez o beijo já começou agressivo e Louis não se importava se alguém estava vendo. Ele nunca tinha se sentido assim com ninguém. Com Harry ele se sentia poderoso e sexy, de um jeito que sempre achou impossível.
Beijar Harry Styles era como ter um pedaço do paraíso e a certeza que logo queimaria no inferno de bom grado.
— Mais um pouco e nos trancarei no meu escritório — Harry disse entre os lábios de Louis, eles não queriam se separar.
— Mas e o jantar? — Louis brincou.
— Certo, vamos fazer as coisas certas — o alfa suspirou dramaticamente. — Jantar primeiro, depois vamos para minha casa e te tranco no meu quarto.
— Tão romântico — o ômega riu.
— Se você quer romance, eu posso te dar — Harry disse beijando o pulso de Louis e arrepiando a pele do ômega. — Posso te dar o que quiser.
— O que eu quiser? — Louis sorriu.
— Qualquer coisa, apenas fale.
— Então e se eu quiser, não sei, tomar vinho vendo o sol nascer em alguma praia italiana?
— Praia italiana? — Harry riu — Sun, pensei que pediria algo difícil. Se sairmos agora ainda podemos jantar antes de ir.
— O que? Espera, você está falando sério? — Louis perguntou confuso.
— Você precisa aprender algumas coisas sobre os lúpus — o alfa falava sorrindo. — Somos literais, o que dissemos é realmente o que queremos dizer. Posso fazer quase tudo que eu quiser, se você quer algo, apenas me fale. Melhor se acostumar com isso, quando você entra no nosso mundo, não tem volta.
— Isso deveria me assustar, não é?
— Espero que não. É apenas um aviso para que você fique ciente.
— E se eu não quiser fazer parte do seu mundo? — Louis o desafiou e Harry sorriu de canto.
— Se você acha que te deixarei ir embora da minha vida depois que provei sua boca — ele falava acariciando o rosto do ômega — está muito enganado.
— Sinto que estou próximo de um sequestro.
— Se você vier de bom grado, não é sequestro.
Então o beijou de novo.
As mãos do ômega estavam agarradas na camisa do alfa, o puxando contra ele. Harry envolvia Louis com seus braços, uma mão na sua nuca, controlando os movimentos. Quase não havia espaço entre eles, os membros já duros se esfregavam e nenhum deles se importava.
Por um segundo, o alfa teve medo de assustar o ômega, ele tinha entendido que aquele era seu soulmate e não queria perdê-lo. Mas Louis parecia bem longe de estar com medo, já que mordeu o lábio de Harry e o puxou para outro beijo.
— Espero que saiba que nada vai me impedir de te levar para minha casa hoje — Harry murmurou, eles não queriam parar de se beijar.
— Tudo bem, estou de folga amanhã, acho que posso aproveitar hoje — Louis sorriu e o coração de Harry disparou. Louis Tomlinson era lindo.
— Sun, depois de ser meu, não há volta — o alfa falou, seu polegar passava pelo lábio inchado do ômega. — Quando um lúpus encontra seu ômega, é para sempre.
— Então eu sou seu ômega? — o ômega riu — Isso te faz meu alfa?
— Sim! Que bom que isso está esclarecido — Harry sorriu de canto. Louis podia não estar levando a sério, mas logo entenderia. — Agora você tem que escolher o que faremos.
— Claro, quais são minhas opções? — Louis sorria, ele gostava de como o alfa o fazia se sentir.
— Podemos ir para meu escritório e terminamos o que começamos aqui — o alfa esfregou as duas ereções e o ômega precisou morder o lábio para conter o gemido. O que foi bom, porque Harry sabia que se ouvisse Louis gemendo, aquela conversa teria acabado ali. — Ou, se você acha que aguenta, podemos ir para minha casa, o que seria bem mais confortável que o sofá do meu escritório.
— Mais alguma opção ou tenho que escolher entre essas? — brincou.
— Podemos ir direto para o aeroporto e nos divertimos no jatinho enquanto vamos para a Itália.
— Então nós vamos para a Itália? — Louis riu.
— Sun, se é o que você quer, é o que você terá — Harry disse mordendo de leve o pescoço do ômega. — Louis, eu vou te dar o mundo, cada coisa que você quiser. Apenas preciso que me aceite, prometo que você nunca vai se arrepender.
— Você é muito ardiloso, Sr. Styles — o ômega resmungou, seu pescoço sendo atacado, a mão de Harry vagando pelo seu corpo e suas ereções se esfregando, era impossível pensar desse jeito.
— Seja meu Louis, por favor, apenas seja meu — sussurrou para o ômega.
— Está implorando? — Louis perguntou puxando Harry pela nuca, fazendo que ele o encarasse.
— Implorar é um passo antes do sequestro — respondeu com um sorriso de canto
— Bem, como você mesmo disse, se eu for de bom grado, não é sequestro.
— Bem-vindo ao mundo lúpus — Harry sussurrou antes de beijar o ômega.
O lobo no seu peito estava agitado, o seu soulmate estava nos seus braços, o beijando. E, por mais que ele não tivesse entendido, agora não tinha como voltar atrás. Louis era dele.
— Com licença — uma voz os interrompeu e eles pararam o beijo a contragosto. — Pode parar com a sucção por um tempo? Preciso falar com você.
— Niall — Harry bufou.
Louis olhou para o ômega loiro na sua frente, eles deviam ter a mesma idade ou pouca diferença. Niall, como Harry havia o chamado, estava com cara de entediado e até com deboche. Ele se virou para Louis, que ficou tenso e já se preparou para algum tipo de ataque.
Mas quando o outro ômega o olhou, primeiro pareceu confuso, depois um sorriso foi se abrindo no rosto e ele parecia feliz.
— Olá, eu não te conhecia! Meu nome é Niall — disse estendendo a mão e Louis aceitou sem entender o que estava confuso.
— Louis.
— Jura? — Niall olhou para Harry, que confirmou com a cabeça, então o ômega riu. — Eu amo as coincidências da vida! Então, Louis, posso te chamar de Lou?
— Pode — Louis ainda não tinha entendido o que estava acontecendo. Ele olhou para Harry que negou com a cabeça, quase inconformado. O alfa bebeu um gole da bebida que tinha sido esquecido no balcão.
— Ele é meu cunhado, seus alfas são meus irmãos de criação — Harry explicou, não que tivesse ajudado o ômega a entender alguma coisa.
— Sim, somos uma grande família feliz! E quando digo grande, é grande mesmo. Mas não se preocupe, logo você conhecerá a todos — Niall dizia animado. Então ele expulsou o alfa que estava sentado no banco próximo a Louis, tomando seu lugar e se sentando próximo ao outro ômega. — Então, Lou, me conte tudo sobre você.
— Niall — Harry disse em tom de aviso, mas o loiro só bufou debochado.
— Ignore, lúpus adoram rosnar — Niall riu. — Nunca tinha te visto por aqui, é novo na cidade, estava só de passagem e agora vai mudar definitivamente?
— Na verdade, moro aqui há quase um ano e não saio muito — Louis respondeu hesitante. — Estudo na Ravensbourne University e trabalho lá perto, por isso fico mais em Greenwich, do que aqui.
— Ravensbourne University? Caramba, Lou! Você deve ser muito inteligente! — Niall parecia genuinamente feliz por ele. — Harry, que orgulho do seu ômega!
— Eu sei — o lúpus sorriu feliz.
— Hã?
— Baby, você já está aprontando? — um alfa chegou até eles, beijando Niall no rosto.
— E quando ele não está? — outro alfa fez o mesmo.
— Lou, esses são meus irmãos, Liam e Zayn. Que vão levar o ômega deles embora, não é?
— E quem é esse? — Zayn resmungou indicando Louis,
— Não, Zee, esse é legal. Ele vai ficar — Niall repreendeu seu alfa. — Então Lou, quais são os planos para essa noite. Claro, além de Harry te arrastar para algum quarto e...
— Baby! — James o repreendeu.
— Lou que ver o nascer do sol na Itália — Harry respondeu.
— Itália? Ótimo! Estou com saudades de Gigio e Victor mesmo! Vou avisá-los que estamos indo, podemos tomar café da manhã com Zia Juliana! — Niall disse empolgado. — E ainda vou avisar o outro Louis e Matteo que estamos indo, eles podem nos encontrar lá. Que tal passarmos o fim de semana em Roma?
— Espera, o que? — Louis perguntou um pouco assustado.
— Baby, não fomos convidados — Liam tentou ajudar.
— Como se isso importasse — Zayn riu. — Mandei mensagem para Lestat.
— Porra — Harry revirou os olhos, lá se foi sua noite com seu ômega.
— E ali é o Corredor Escuro, criação minha, modéstia à parte — Niall sorriu travesso. — Não vá lá, a não ser que seja com Harry e queriam experimentar umas coisas novas. Se você for sem ele, ele vai te caçar e destruir o que estiver no caminho.
— Ah, ok.
Niall tinha arrastado Louis para o camarote dos lúpus, ele tinha feito questão de apresentá-lo para o bando inteiro como o "ômega de Harry". Louis já tinha desistido de tentar explicar que não era aquilo, agora só estava deixando acontecer e esperando Harry voltar.
O lúpus tinha saído muito bravo, porque precisou resolver alguma coisa e estava tão furioso de deixar seu ômega justo na noite que o encontrou, que Zayn e Mike foram atrás dele saltitando felizes com a destruição que aconteceria.
Liam, Shawn e Luke foram junto para tentar conter os danos.
— Não entendo por que vocês estão agindo assim — Louis confidenciou para Niall. O loiro era muito divertido e Louis tinha gostado dele de verdade, se sentia como se fossem amigos há anos, mesmo o outro sendo louco.
— Aula rápida sobre lúpus: Eles são literais, sabem o que querem e vão atrás, nunca desistem e amam uma vez só. Foca nisso e ignora todo o resto, ok? Harry quer você, ele quer muito. E não estou falando só de transar e amanhã seguir em frente. Você está na vida de um lúpus agora.
— Nós mal nos beijamos.
— Aquilo foi "mal beijar"? Então na hora que transarem o negócio vai colocar fogo na cama — Niall riu e Louis corou um pouco.
— Você entendeu o que eu quis dizer.
— Relaxa, aproveita o hoje. Até porque a partir de hoje será uma loucura atrás da outra — o loiro riu de novo. — Estou feliz que é você, Harry merece o melhor e sinto que você é uma pessoa especial e seremos grandes amigos.
— Vocês são loucos — Louis riu.
— E você ainda está aqui, o que isso diz sobre você?
Louis também não sabia por que ainda estava ali. Quando Harry precisou sair, ele beijou o ômega e pediu que o esperasse. Era nítido que o alfa tinha medo de voltar e o ômega ter ido embora. Louis não entendia por que tinha se sentido como se precisasse estar ali ou por que o desespero do outro o afetava.
— Estarei aqui — prometeu e beijou o rosto da alfa, que sorriu feliz a ponto de as covinhas aparecerem.
— Niall — uma ômega o chamou. O loiro tinha apresentado todos para Louis e ele sabia que ela era Jade — Camille está aqui.
— E o que ela quer? — o loiro perguntou com desprezo.
— Você sabe, falar com o Hazz — Jade deu de ombros, olhando de canto para Louis.
Ele nunca tinha sido um ômega ciumento, mas na hora sentiu um ciúme queimar por dentro. O que essa Camille queria com Harry?
— Eu disse que ele tinha saído, mas ela insistiu em esperar. Até queria subir aqui, mas avisei que você estava com um convidado e que não a receberia — Calum, outro ômega falou.
— Aposto que não falou quem era esse convidado — Niall sorriu.
— E perder o show? Nunca — Calum riu.
— A loira irritante está enchendo o saco — Leigh-Anne, uma beta entrou no camarote e beijou Jade, ficando perto dela.
— Espirra um pouco de inseticida para ver se essa barata morre — Niall sugeriu.
— Quem é essa? — Louis sussurrou a pergunta.
— Lou, meu querido Lou, ela é alguém que quer muito o seu alfa. Mas não pelos motivos que você, já que o mais interessante para ela é a conta bancária de Harry, não o...
— Ok, já entendi — Louis o interrompeu.
— Ela disse que vai ficar na parte VIP esperando — a beta avisou.
— Ela pode ficar no inferno se quiser, Harry nunca mais vai nem olhar para ela — Niall ria. — As chances que ela tinha acabaram hoje.
Nesse momento Harry entrou na casa noturna, Louis não conseguia tirar os olhos dele. Seu coração acelerou um pouco como se não visse o alfa há tempos e estivesse com saudades. Era tudo confuso, mas ele estava feliz pelo lúpus estar ali.
Era impossível não saber que ele era o dono, Harry andava em linha reta e as pessoas que saiam de seu caminho, ele não parou em nenhum momento ou desviou seu caminho.
Foi então que uma loira correu para sua frente e ele parou de andar olhando para ela. Louis não sabia explicar, apertou os lábios para ficar quieto, mas não tinha gostado daquilo. O que aquela loira falava tanto e porque fazia tanto questão de estar com ele? E por que Harry tinha pedido para que o esperasse, se estava dando ouvidos para aquela ômega?
Nesse momento os olhos de Harry vagaram até o camarote, ele estava sério e parecia bravo. Mas quando seu olhar cruzou com o de Louis, sua expressão mudou instantaneamente e ele sorriu. Harry estava feliz por vê-lo. O alfa ignorou a ômega, simplesmente virou de costas e a deixou falando sozinha, subindo rapidamente até Louis.
— Você me esperou! — ele sorriu abraçando o ômega.
— Eu disse que estaria aqui — Louis respondeu e logo foi beijado. — Você trocou de roupa?
— Sim, precisei tomar banho — alfa passou a mão pelos cabelos úmidos — estava coberto de sangue.
— Zeus, você se machucou? — o ômega perguntou preocupado, passando as mãos pelos ombros e braços do alfa.
— Não — ele riu — só não estava com paciência, queria voltar logo.
— Com licença — Niall os interrompeu — onde estão os meus maridos?
— Liam está esperando Zayn e Mike terminarem de explodir o lugar, disseram para você esperar aqui — o alfa respondeu, mas seus olhos e seu sorriso estavam em Louis.
— E que horas vamos pegar o jatinho? Matteo já me ligou confirmando que vão nos encontrar lá — Niall avisou e Louis suspirou.
Aquela conversa realmente tinha acontecido, Niall até tinha colocado no viva voz e Louis foi apresentado aquele beta chamado Matteo e outro ômega também chamado Louis. Eles disseram que estavam felizes e ansiosos para conhecê-lo no dia seguinte.
— Nos encontramos às sete horas no aeroporto, Zia Juliana irá preparar um café da manhã de recepção para nós — Harry não tinha gostado daquilo, mas sua família intrometida não iria deixá-lo em paz.
Lestat, seu padrinho, tinha ligado e avisado que ele iria, sim, para casa da família Ferro, já que o Louis dele estava ansioso por aquele encontro e todos passariam um agradável fim de semana juntos. Nem que ele precisasse usar a força para isso acontecer.
— Vocês são loucos — Louis riu e Harry se perguntou se também não faria o mesmo pelo seu Louis.
— Vamos para minha casa? — Harry perguntou. Ele viu seu ômega morder o lábio indeciso, por isso o abraçou e sussurrou em seu ouvido — não precisamos fazer nada, eu só quero ficar com você.
— Tudo bem — respondeu por fim.
Harry estava no bar enquanto Louis avisava os amigos que estava indo embora. Ele não quis explicar o que realmente estava acontecendo (nem ele sabia direito), mas alguns deles o olharam maliciosos. Sorte que não tinham ideia de quem era o alfa com quem Louis estava indo embora.
Niall foi com ele e Louis percebeu que se sentia mais à vontade com o loiro do que com qualquer outra das pessoas que o acompanhou no último ano. Calvin estava viajando para ver a família, mas quando voltasse, tinha certeza de que se daria bem com Niall e os outros.
Quando eles estavam voltando para o bar, viram que Harry estava conversando com a loira de novo. Ele estava encostado no bar, olhava para ela, mas não parecia interessado.
— Sinto muito, mas isso vai acontecer por um bom tempo — Niall disse. — Você precisa se impor e mostrar a todos que esse alfa tem dono.
— Ele não é nada meu — Louis sussurrou de volta.
— Ele é todo seu, pertence a você, como você a ele. Eu sei, já passei por isso, demora para entender. Mas confia em mim, aquele alfa pertence a você, mostre isso para ela.
— O que eu faço? — perguntou mordendo o lábio.
— O que quiser, apenas deixe claro que ele é seu.
— Mas...
— Louis, não tenha medo, só vai — Niall indicou com a cabeça e Louis respirou fundo.
Por que não?
Ele foi direto até Harry, sua noite estava louca, então que a loucura ficasse pior. Dessa vez foi ele que não desviou de ninguém, seguindo seu caminho direto até o alfa. Harry não tinha pedido para Louis fosse dele? Então, Niall tinha razão, era seu alfa.
— Pronto, vamos? — Louis abraçou a cintura de Harry, que na hora sorriu e o envolveu com seu braço.
— Claro — o lúpus sorria.
— Quem é você? — a ômega perguntou arrogante.
— Louis Tomlinson, o ômega do Harry.
Harry sorria orgulhoso, ignorando a outra ômega, ele só queria levar seu soulmate para sua casa.
— Sou Camille — ela disse.
— Que bom para você, mas eu não perguntei — Louis respondeu e a ômega ficou vermelha de raiva.
— Não acredito que você é ômega de um lúpus. Harry merece uma ômega de verdade.
— E mesmo assim você está se candidatando? — ele a olhou de cima a baixo — O importante é ter autoestima, não é?
— Zeus, eu te amo — Niall riu atrás dele. Louis olhou e boa parte do bando estava assistindo.
— Camille, dê o fora — Harry a avisou.
— Mas Hazz, e o seu rut? Já deixei tudo preparado e...
— Se for para passar meu rut acompanhado, será com meu ômega, não com você. Agora pare de me encher a paciência ou terei que tomar medidas que te farão se arrepender de ter cruzado meu caminho — Harry dizia em voz baixa e ameaçadora.
— Hazz, mas nós já tivemos momentos tão bons, por que está me tratando assim? — a ômega fez cara de choro forçado, pegando no braço do lúpus
— Por favor, não seja uma vadia, apenas dê o fora — Louis empurrou a mão dela do seu alfa.
— Meu garoto! — Niall gritou e todos riram.
— Vai se arrepender disso — ela rosnou para Louis.
— Amanhã chorarei por suas ameaças enquanto estiver tomando champagne no jatinho viajando para Itália com meu alfa — o ômega debochou —, mas por essa noite estaremos um pouco ocupados.
A ômega estava vermelha de raiva, bufou e saiu de perto.
— Tomando champagne? — Harry riu.
— Foi a primeira coisa que pensei — ele deu de ombros.
— Gostei de você me chamando de "seu alfa" — o lúpus beijou o pescoço do ômega.
— Amanhã culparei a bebida por isso.
— Amanhã eu já terei te provado que sou seu alfa e você é meu ômega — Harry sussurrou.
— Por que esperar até amanhã? — Louis perguntou mordendo o lábio.
ANOS DEPOIS
— Sun, cheguei — Harry gritou entrando na sala, estranhando não encontrar seu marido.
— Harry! — Louis gritou descendo as escadas correndo e se jogando nos braços do seu alfa, que o abraçou com força.
— O que houve? Você está chorando? — perguntou preocupado, se sentando no sofá com seu ômega no seu colo. — Louis, por favor, o que aconteceu?
— Tenho um presente para você! — ele disse entregando uma caixinha para o alfa.
Harry pegou a caixinha desconfiado, mas Louis sorria parecendo feliz. O lúpus a abriu sem entender, dentro tinha várias fitinhas vermelhas, um papel que parecia um exame, dois sapatinhos de bebê em forma de ursinho e um papel escrito "Hello Daddy".
O alfa paralisou, olhando por vários segundos sem se mexer. Então pegou papel lendo devagar, como se tivesse medo do que estivesse ali fosse sumir em algum momento. Seus olhos se encheram de lágrimas e ele sorriu feliz, do jeito que destacava ainda mais suas covinhas.
— Você está grávido? — ele perguntou, precisando daquela confirmação.
— Sim — Louis sorriu feliz, lágrimas escorrendo pelo seu rosto.
— Sun! — Harry o abraçou com força, beijando seu rosto sem parar — Eu te amo tanto! Obrigado!
— Luke falou que ainda é novo, ainda nem dá para ver direito, por isso vai demorar para descobrirmos o sexo. Mas eu estava pensando naquela conversa que tivemos. Se for menina pode se chamar Olivia.
— E se for menino Noah — o alfa completou e beijou seu marido. — Tomara que sejam gêmeos!
— Hazz!
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