Eu estava sentado em um dos bancos da secretaria, abraçando meu próprio corpo e tremendo levemente. Ashley estava encostada contra a parede, com uma expressão de medo.  Nós dois estávamos em silêncio, o único que falava era Ashton, que ainda estava no telefone. 

Ele falava baixo e rapidamente, em vários momentos ficava quieto, escutando o que a pessoa do outro lado da linha respondia, além de olhares furtivos que ele me lançava eventualmente.

Fazia um pouco mais de cinco minutos que Asthon tinha ligado, seis ou sete. Pelo o que eu entendi, ele tinha ligado para Harry, mas agora falava com Liam. Ou talvez não fosse nada disso, eu acho que me perdi em algum momento.

Eu não conseguia pensar direito, porque isso tinha que acontecer?

Mercadoria?  Era nisso que me reduziram?

Eu não era mais Louis William Tomlinson, eu não era mais uma pessoa, eu não era mais um ômega.  . . Eu era uma mercadoria.  . .

Senti meus olhos molhados, por que?  Por que comigo?  Não era justo! Eu tentei ser bom o tempo todo, ter atitudes positivas, não ser injusto ou incomodo com ninguém.  Então por que estavam fazendo isso comigo?

Eu nunca teria me envolvido com Ronan se não fosse por causa da armadilha do meu pai. Ele levou um alfa sem ligação familiar para nossa casa no primeiro dia do meu heat. Ele sabia o que ia acontecer, ele sabia que Ronan ia invadir meu quarto assim que sentisse meu cheiro e sabia que eu, tomado pela loucura do heat, o deixaria fazer qualquer coisa comigo.  Na verdade, não houve consentimento porque eu não estava em condição de ter discernimento, então foi estupro e com a bênção do meu pai!

Aliás, chamar Mark Tomlinson de pai, era uma ofensa para os outros pais!

Inclusive, foi um dos motivos de eu não ter deixado Liv ter o sobrenome do Ronan, ela não ia carregar o sobrenome de um abusador, assim como eu tive. Mas, pelo menos, eu tive a sorte de ter uma família que me amou, o que me faz me orgulhar de ser um Tomlinson é a minha mãe e minhas irmãs.  Eu queria tanto a minha mãe naquele momento.  . .

  A porta da entrada da escola, que fica no final do corredor, foi aberta bruscamente.  Eu podia ouvir os passos ecoando por todo o lugar. Era tão nítido para mim, que eu conseguia visualizar as botas indo de encontro ao chão, num ritmo parecido com uma marcha.

Foram apenas segundos e a figura do Harry apareceu na porta, tomando o espaço.  Meus olhos já estavam cheios de lágrimas e eu corri para ele, que me abraçou no mesmo instante.

  - Estou aqui Lou - ele disse no meu ouvido, me apertando forte contra ele - você está seguro.

  E era assim mesmo que eu me sentia, seguro em seus braços.

  - Eu sei - eu murmurei de volta e ele beijou meus cabelos. Harry me manteve em seus braços,  em um abraço apertado.

  - Vamos resolver isso - ele jurou sussurrando para mim. Eu respirei fundo e concordei, porque eu sabia que era verdade - Vamos - ele me levou até a mesa, onde o "presente" estava. Só então reparei que, além dele, estavam Liam, Zayn, Shawn, Luke e Mike - Como isso chegou aqui?

  - Ainda não sei, mas só pode ter sido no momento de entrada dos alunos, porque é o único momento que não estamos de olho nessa sala - Asthon respondeu - Nós cuidamos do Louis o tempo todo, como é um dos únicos momentos em que ele não está, nós também não estamos.

  - Vou verificar o sistema de segurança, aqui tem câmeras de vigilância, devem ter filmado algo- Shawn falou.

  - Você sabe que o monitoramento fica na coordenação, né?  - Ashley perguntou - Porque eu não acho que a coordenação e a direção da escola vão aceitar entregar todas as gravações tão fácil assim.

  - Não importa muito - Mike deu de ombros.

  - Na verdade, ela tem razão - Liam disse, segurando no braço de Harry - Hazz, nós nem deveríamos estar aqui, literalmente invadimos o lugar.

  - O que você quer dizer?  - Harry quase rosnou - Que não devo fazer nada?

  - Não, mas interferimos demais, precisamos resolver o que faremos. Não podemos montar um sistema de segurança e vigilância, em um lugar que não é nosso.

  - Então vamos comprar essa escola, não importa - Harry disse sério - eu não vou arriscar a segurança do Louis e da Liv.

  - Você vai comprar a escola? - perguntei em um sussurro.

  - Se você quer continuar aqui, então eu vou comprar. Não posso arriscar Louis, alguém chegou muito perto de você.

  - Isso facilita - Luke comentou - podemos transferir todas as crianças da Lou para aqui, mante-las seguras em um lugar.

  - A Lou sempre brincou que ia acabar tendo uma escola - Mike disse sorrindo de canto.

  - Essa escola pertence a uma empresa, posso fazer uma oferta hoje mesmo, mas no nome de quem será? - Liam perguntou - Se for no seu, trará atenção indesejada.

  - No nome do Louis, do Niall, da Lou, tanto faz, eu não me importo - Harry foi enfático - Eu quero minha família protegida, descobrir quem fez isso - ele apontou para o "presente", que ainda estava sobre a minha mesa - e o matar. Ninguém ameaça o meu soulmate e sai vivo.
 
  - Faremos isso e você se divertirá fazendo a pessoa pagar - Zayn garantiu.

  - Ashley - Shawn a chamou - me leva até a coordenação, preciso verificar o sistema de vigilância. 

  - O que fazemos com a coordenadora e a diretora? - Mike perguntou e, pela a sua cara, ele tinha ideias do que poderia fazer.

  - Horário de almoço - Asthon respondeu - a diretora é legal,  meio avoada, mas legal. Então nem pense em fazer algo com ela.

  - E a coordenadora? - Mike perguntou.

  - Já deu em cima do Calum várias vezes - Asthon deu de ombros.

  - Então.  . .

  - Não! - Liam e Luke  interromperam Mike, que cruzou os braços emburrado.

  - Você quer ir para casa? - Harry me perguntou, eu não percebi como eu estava o abraçando forte até aquele momento.  Eu queria dizer que eu não precisava ir, que estava tudo bem, mas não estava.

  - Por favor - foi o sussurro que saiu da minha boca.
 
  - Tudo bem - ele beijou a minha cabeça - iremos daqui a pouco.

  - Não se preocupe, resolveremos tudo aqui - Zayn falou - vai para casa e cuide do Louis.  Se concentre no seu ômega, deixe que nós cuidamos do resto, por enquanto.

  - Te manteremos avisado sobre tudo - Liam garantiu - mais tarde levamos Liv para casa.

  - Certo - Harry concordou.  Eu sabia que ele queria ficar e resolver aquela confusão,  mas ele também queria cuidar de mim e eu fiquei muito feliz que foi essa parte que ganhou - Vamos Louis.

  Harry mantinha seu braço a minha volta e nos conduziu até o seu carro, que estava estacionado exatamente na frente da escola. Ele abriu a porta para mim e me ajudou a entrar.

  - Lou - ele disse segurando meu rosto entre suas mãos - eu prometi, eu vou te proteger!

  - Eu sei - eu sussurrei de novo. Harry beijou a minha testa, depois prendeu o cinto em mim e fechou a porta.  Rapidamente ele deu a volta no carro e assumiu o banco do motorista. 

  A viagem até nossa casa foi silenciosa, nós dois perdidos em pensamentos.

  O quão perto, quem quer que fosse,  chegou de mim? E, pior, ele chegou perto da minha filha!

Da última vez que alguém envolvido com Ronan chegou perto de nós, eu parei no hospital inconsciente.  E o desgraçado tinha ameaçado roubar a minha filha e vende-la no mercado negro. Se não fosse por Harry, Liv e eu estaríamos mortos!

Ou até pior.

Só de pensar nisso, eu conseguia sentir aquelas mãos asquerosas, eu podia ouvir aquela voz prometendo me estuprar e me matar, eu lembrava do medo e do pânico me sufocando.  . .

  - LOU! - Harry me chamou e só então percebi que estávamos na frente da nossa casa. Ele tinha estacionado o carro  e me puxado para seu colo - Você está aqui, comigo.  Você está seguro, love, eu vou te proteger - ele sussurrava enquanto acariciava minhas costas - nossa família está segura. Eu morreria antes de deixar que algo acontecesse com vocês.  Tudo o que construí foi pela família que eu sabia que teria um dia, tudo isso foi por vocês, ninguém vai ameaça-los!

  - Eu te amo - Harry sussurrou.

  Estávamos dentro da banheira, eu estava praticamente deitado sobre seu peito.
Harry tinha me levado para o nosso quarto, ele preparado um banho de banheira pata nós, porque disse que precisávamos relaxar. Por isso estávamos ali, juntos, ele sabia que eu precisava disso.

  - Eu também te amo - eu respondi de volta.

  - Você está melhor?- ele perguntou lavando o meu cabelo.

  - Agora estou, mas ler aquilo foi. . . Eu não sei explicar,  foi como se estivesse prestes a reviver o que eu vivi  na casa do Ronan - eu suspirei - Eu sei que o que aconteceu no aeroporto, aquela tentativa de sequestro, foi pior do que receber essa "carta", mas foi diferente.

  - Estávamos em outro lugar, não era nosso território - Harry completou o que eu estava tentando dizer - a escola é seu território, é um lugar seguro para você.

  - Sim - eu respirei fundo - me senti exposto, invandiram um lugar que é meu. Eu trabalho lá há anos, sempre me senti seguro, eu gostava mais de ficar lá do que na minha casa, quando eu morava com Ronan.

  - Eu te entendo baby - Harry beijava meu ombro - vamos fazer aquele lugar seguro de novo, se você ainda quiser trabalhar lá,  nada vai te acontecer naquele lugar.

  - Se eu ainda quiser? - eu olhei para ele, que sorria divertido para mim. O sorriso de Harry era o suficiente para iluminar o meu dia e transformar um dia ruim, em um dia bom - E quais são as minhas opções?

  - Bem - ele me virou de frente para ele, me mantendo no seu colo - você pode parar de trabalhar naquela escola e trabalhar comigo.

  - E o que eu faria? - perguntei entrando na brincadeira.

  - Eu adoraria ter um assistente - Harry começou a beijar meu pescoço - você podia me ajudar com a papelada do escritório, documentação, essas coisas - seus lábios passeavam pela minha pele.

  - E onde eu trabalharia? Eu teria minha mesa? - eu fechei meus olhos e senti a leve ardência de seus dentes arranhando a minha pele.

  - Posso dividir a minha com você, você podia se sentar no meu colo enquanto trabalhamos - Harry circulou a minha marca com sua língua,  fazendo todo o meu corpo tremer.

  - Você só quer que eu trabalhe com você,  para que eu fique no seu colo o dia inteiro - eu respondi tentando encontrar algum pensamento coerente na minha mente.

  - Isso é só um bônus maravilhoso - ele riu contra a minha pele.

  - Sei - falei deixando minha cabeça cair de lado.

  - Louis - Harry parou o que estava fazendo para me encarar - eu estou falando sério sobre querer que você trabalhe comigo. A parte de ficar no meu colo que era brincadeira,  se você quiser,  você terá um escritório só seu.

  - Mas eu achei que você me queria lá só para que eu ficasse na sua vista - eu respondi espantado - eu realmente levei como brincadeira -Harry revirou os olhos,  do mesmo jeito que Liv e eu fazemos.

  - Você achou que eu só queria te controlar? - eu confirmei com a cabeça, morrendo de vergonha - Olha, não vou fingir que não me agrada a ideia de você estar no meu território, onde tem pessoas que eu confio e sei que estaria em total segurança,  mas vai além disso - Harry segurou meu rosto em suas mãos,  a água escorria pelos seus braços,  pingando em nós dois - você e Ashley trabalham sozinhos na secretaria daquela escola, pode até ser pequena, mas sei que tem muita coisa para fazer e vocês dão conta. Você é organizado e conseguiu viver com um salário bem baixo por todos esses anos, mostrando que você sabe planejar bem. Todos que trabalham com você,  sabem o quanto você é bom no que faz, além de que eu confio a minha vida a você.  Lou, o que eu não entendo é porque Você pensou que eu não ia querer você trabalhando comigo.

  - Mas. . . Isso nem faz sentido. . .Eu trabalho na secretaria de uma escola,  não é nem parecido com o que vocês fazem, seja lá o que vocês fazem - eu falei um pouco desnorteado e Harry riu.

  - Você é organizado, sabe planejar e, o mais importante,  é confiável e honesto. Qualquer outra coisa,  é apenas questão de aprender.  Eu estou falando muito sério,  eu gostaria muito que você fosse trabalhar comigo.

  - Harry,  vocês mexem com muito dinheiro todos os dias, como você pode confiar o seu dinheiro inteiro em mim? - ele estava louco?

  - Primeiro, é seu dinheiro também.  Assim que nos casarmos, tudo o que tenho será também seu. Bem, oficialmente seu, porque na prática já é - ele deu de ombros - Segundo,  se eu confio o meu coração a você, porque eu não confiaria o NOSSO dinheiro?

  Meu coração estava acelerado, ele só podia estar louco. Totalmente louco!

  - Mas. . . Mas. . .

  - Lou, eu sei que você pensa pouco de si mesmo e acredita que não consegue fazer muita coisa, mas isso não é verdade.  Você pode fazer qualquer coisa que queira. Eu confio na sua capacidade, você devia fazer o mesmo.

Eu não queria que ninguém pensasse que era drama ou outra coisa, mas quando você passa, praticamente a sua vida toda, com as pessoas a sua volta dizendo que você não é capaz de fazer nada importante, você acaba acreditando.

Eu passei todos esses anos realmente acreditando que eu não tinha muito potencial para fazer coisas grandes, aí de repente aparece um lúpus, com aparência de deus, que acredita em mim, mais do que eu mesmo, meu cérebro deu uma travada.

Você tem ideia em como é difícil eu ter confiança em mim mesmo?

  - Harry - eu falei em voz baixa, tentando processar  as informações - eu realmente achei que era brincadeira ou que você só queria encontrar uma desculpa para que eu parasse de trabalhar, sabe, porque eu sou um ômega e... e...

  - E te acho frágil?  - ele completou a minha frase - Louis, eu posso te definir de várias maneiras, mas frágil não é uma delas. Você é muito mais forte do que acha e eu tenho muito orgulho de você - Harry voltou a beijar o meu pescoço - Que tal deixarmos essa conversa para depois? Podemos aproveitar esse tempo e fazermos uma coisa mais relaxante - ele passou sua língua pela marca da mordida - mais prazerosa.

  - Como o que? - eu perguntei com os olhos fechados, sentindo suas carícias.

  - Em vez de falar, eu vou te mostrar - Harry me virou, me colocando sentado sobre a borda da banheira e ficando de joelhos na minha frente - apenas relaxe Lou, aproveite.

  Harry beijou meus lábios, quase me devorando, mas foi um beijo rápido, logo ele passou para atacar o meu pescoço.  Seus dentes arranhavam a minha pele e sua língua deixava o rastro de arrepios.

Ele sugou um dos meus mamilos com força, roçando suas presas na minha pele sensível.  Uma de suas mãos vagou pelo corpo, chegando até meu pau e dando um leve aperto, mas que me fez antecipar pelo o que viria.

Enquanto ele passou a sugar o outro mamilo, sua mão me masturbou vagarosamente, a outra mão passou pelo meu corpo, me apertando e arranhando.

  - Harreh. . .

  - Calma baby - ele falou contra a minha pele - temos a tarde toda pela frente.

Engoli em seco quando sua boca abandonou meu corpo, mas senti sua língua deslizando pela minha pele, cada vez mais para baixo.  Me inclinei para trás, encostando minhas costas na parede, sentindo o frio do azulejo contra o calor do meu corpo. 

Harry circulou meu membro com sua língua, mas não o tocou de fato, o que fez minha respiração falhar pela expectativa.  Ele lambeu meu saco, o sugou e brincou com as minhas reações,  mas sem parar de me masturbar, tudo feito bem lentamente.

Quando sua língua foi mais para baixo,  eu prendi minha respiração e o sentir rir contra mim.

  - Não me provoca - eu choraminguei.

  - Sinto muito baby, mas é exatamente isso que eu vou fazer - ele falou beijando minhas coxas e esfregando seu nariz na virilha.

  - Você não sente nada - eu reclamei enquanto ele ainda me provocava tranquilamente, como se estivesse adorando fazer aquilo.

  - Você tem razão, não sinto - ele assoprou na minha entrada e eu pulei  com a sensação - Baby, você tem que ficar parado.

  - Eu não consigo -  eu me mexi de novo e levei um tapa.

  - Vou ter que começar a te punir? - ele falou como se me censurasse.

  - Como se você já não estivesse fazendo isso. . .HARRY!

  Eu gritei quando ele lambeu minha entrada, eu não tive tempo de me preparar e ele voltou a fazer isso, repetindo tantas vez quanto a minha sanidade permitia. Eu não conseguia falar nada, apenas gemia alto.

Sua língua me invadiu no exato momento que a masturbação passou de ser lenta, para frenética.

Eu não conseguia ter um pensamento coerente, eram muitos estímulos, o prazer corria meu corpo, estava cada vez mais perto do meu limite. Por mais que eu quisesse que aquele momento durasse para sempre, eu sabia que eu não ia durar.

  - Ainda não - Harry falou e quando eu percebi, ele estava me carregando em direção a cama.

  Enrolei minhas pernas na sua cintura e o beijei como se minha vuda dependesse disso,  até porque eu sentia que dependia.

Nós caímos na cama e não nos importamos se estávamos molhando tudo, eu só queria ele dentro de mim, a necessidade era tanta, que chegava a doer.

  - Eu te amo - ele falou entre os beijos, com a respiração ofegante.

  - Eu também te amo - eu respondi com o pouco de voz que eu tinha.

  Harry entrou dentro de mim com calma, mas assim que eu me acostumei com o seu tamanho, calma era uma coisa que não tínhamos.

Como um ciclo vicioso, quanto mais forte ele, mais força eu queria que ele usasse. Nossos corações estavam disparados, completamente ofegantes e eu já não sabia se estávamos molhados da água da banheira ou de suor. Ele gemia meu nome, me puxava e me beijava, eu arranhava onde eu alcançava e sentia que gozaria a qualquer momento.

Harry lambeu a minha marca, depois a mordeu.  Eu gemi muito alto e gozei com força, mais força do que eu esperava.  Meu alfa, ainda com sua boca contra a minha pele, gemeu e o senti gozando. Seu nó se formou e apertou todo o meu canal, o que fez que meu orgasmo se prolongasse.

Aos poucos os espasmos do meu corpo foram se acalmando, nossas respirações foram voltando ao normal e nós ficamos deitados, abraçados.

  - Harry! - eu gritei e ri quando ele jogou água em mim de novo.

  Depois de ficarmos na cama, Harry tinha nos levado para o banheiro, onde tomamos outro banho, dessa vez no chuveiro.  Ele saiu primeiro para trocar a roupa de cama,  enquanto isso eu fiquei em baixo dos jatos de água quente, pensando em tudo o que tinha acontecido.

Aquela rosa e o bilhete tinham assustado o inferno para fora de mim. Eu já tinha esquecido em como era horrível ter tanto medo, porque quando eu morava com Ronan, eu me sentia assim o tempo todo.  Mas desde que passei a viver com o Harry, eu me sinto protegi e amado.

Pensando bem, desde que me descobri ômega eu tenho medo. Eu sempre quis ser e agir como alguém corajoso, mas no fundo eu tinha medo de muitas coisas.  Eu não queria voltar a ser assim.

Acho que eu estava em um daqueles momentos em que se tem que tomar uma grande decisão.  Eu tinha que sabe como eu agiria dali para frente.

Quando eu atirei no alfa que fez mal para Lottie, não foi algo pensado. Não me arrependo nem um pouco, mas também não pensava que teria que agir assim normalmente.

Apesar de Liam falar que eu ajo como se já seguisse o código, eu nunca pensei muito nisso. Agora eu entendia a "loucura" do Niall, Jade, Camila e dos outros ômegas. Ou você se adapta a essa vida, ou enloquece com ela.

Fazemos parte do bando que dominava tudo por aqui (já aceitei o fato que, de um jeito ou de outro, eu também faço parte de tudo isso). Nossos alfas  estavam, praticamente,  acima da lei. Poder atraia inimigos, poderíamos nos transformar em alvos. Ter atitudes passivas, ficar esperando que algo aconteça, para só então se defender, iria ser pior.

Eu precisava começar a me adaptar de verdade a isso, agir como eles. Nossos alfas estão longe de serem "santos", então não precisávamos fingir que somos. E, como Niall, disse, meu alfa era o pior deles.

Se eu não queria me sentir mais frágil daquele jeito, com medo, eu só tinha duas opções: largar o Harry e me afastar de toda essa vida ou aprender a atacar também.

Eu não ia desistir do meu alfa, então só sobrava uma alternativa.

Depois disso,  Harry e eu deitamos na cama, ele fez carinho nos meis cabelos até que eu dormisse e sussurrou, o tempo inteiro, que eu estava seguro.

Quando acordamos, cozinhamos juntos e era enquanto limpavamos a cozinha,  que ele jogava água em mim.

  - Não!  - ele gargalhou quando me molhou de novo, mas conseguiu fugir de mim quando tentei "ataca-lo" - Oh, meu gatinho está bravo? - ele me provocou.

  - Você vai ver - eu tentei ameaça-lo, mas Harry riu e saiu correndo.  Eu sabia que ele era muito rápido, mas ele tentava me fazer acreditar que eu estava quase conseguindo pega-lo, eu sorri com isso.

  Como eu sabia que eu não conseguiria correr tanto quanto ele, tive que mudar a minha tática.  Pulei a mesinha de café,  me jogando contra ele. Se Harry não fosse rápido o bastante, eu teria caído no chão e me machucado. Mas ele me segurou, como eu sabia que ele faria.

Só que, para me impedir de cair, ele caiu me mantendo acima dele, o que fez que eu não sentisse nada.

  - Te peguei - eu disse triunfante.

  - Não foi bem assim que aconteceu - ele respondeu rindo.

  - Detalhes, o que importa é que eu ganhei!  - eu o provoquei e ele riu ainda mais alto.

  - Isso você já fez há muito tempo - ele falou acariciando meu rosto.

  Eu inclinei a minha cabeça e beijei seus lábios.  Harry era tudo o que eu precisava naquele momento. 

O beijo até que foi calmo, considerando nossos padrões.  Mas assim que nossos lábios se desgrudaram, ele no virou, ficando por cima de mim.

  - Lou, eu estava pensando,  acho que já passou da hora de irmos buscar a sua família - ele disse animado - Eu mandei gente do bando até Doncaster para ver como elas estão, mas acho que podemos ir busca-las de uma vez.

  - Você está falando sério? - eu perguntei emocionado.

  - Sim, eu não quero enrolar nosso casamento.  Por mim casavamos amanhã,  mas Jade ia encher o saco se casassemos antes delas - ele revirou os olhos  dramaticamente - Nós podemos casar no Ano Novo.

  - Isso é daqui a algumas semanas - eu disse surpreso.

  - Por mim seria amanhã - ele repetiu e eu ri - A não ser que você prefira esperar, para poder organizar melhor. Eu não sei se você tem em mente o  que você quer, porque por mim pode ser do jeito que você quiser.  Inclusive seu cartão chegou essa semana e você pode pagar o que você quiser. Eu já falei com Liam...

  - Harry! - tive que gritar para interrompe-lo. Toda vez que ele fica nervoso ee fazia isso - O Ano Novo está ótimo por mim!

  Ele sorriu e nos beijamos, perdidos naquele momento até que ouvimos a voz do Nial:

  - Wow, temos crianças no recinto, mas aceito uma gravação da foda Larry mais tarde.

  - Niall! - eu o reprovei. Harry apenas riu e se levantou, me levando com ele. Quando olhei, vi que Niall não estava sozinho. Com ele estava Jade, Camila, Ally, Calum, Mike e Nick - O que está acontecendo?

  - Intervenção ômega - Niall respondeu - Ashley está com as crianças na casa da Lou, nós vamos expulsar o Harry e teremos um momento só de ômegas - os outros sorriam, concordam. 

  - Não vou deixar o Lou sozinho - Harry me segurou apertado contra ele.

  - Sem dramas - Niall bateu no ombro do eu alfa - A casa vai ficar vigiada, nós não vamos sair daqui. Agora se despeça do seu ômega, vai se trocar e vá para o galpão, Zayn e Liam estão te esperando lá.

  Eles trocaram olhares, como se estivesse conversando.  Por fim Harry pareceu concorda, então se virou para mim e sussurrou:

  - Você quer essa reunião?
 
  Tirando Nick, que parecia estar um pouco deslocado, os outros ômegas pareciam animados.

  -  Sim, parece que vai ser divertido - eu respondi e Niall, Jade e Camila comemoraram.

  - Certo, eu vou sair, mas vou ficar com o celular ligado, qualquer coisa é só me ligar - Harry falou - Se algo acontecer...

  - Eu te ligo imediatamente - eu terminei sua frase - está tudo bem - disse o beijando.

  - Está tudo ótimo - Niall nos interrompeu - Agora vai ser vestir - ele empurrou Harry para a escada e depois se virou para mim - e você Lou, agora é todo nosso!

Eu, finalmente apresentei a minha monografia!!!!!

Obrigada por todo o apoio e por entenderem que eu precisava dar esse tempo, precisei focar na faculdade.  Eu não me formei ainda, tenho mais um semestre e vou ter que fazer meu tcc (na minha universidade precisa fazer fazer monografia e tcc, super agradável. . .), mas não pretendo dar esses hiatus nunca mais.

(Minha nota ainda não saiu, quando sair eu aviso vocês)

Sério, obrigada por todas mensagens!!!!
♥♥♥♥♥♥♥♥♥

Uma coisa chata: por algum motivo, Wattpad tem excluído histórias e até mesmo perfis (se sumiu fic da sua biblioteca, pode ser isso), além de não avisar muita gente de quando uma fic é postada.

Por isso, por favor, me sigam aqui para eu avisar quando sair capítulo e comentem bastante, porque aí LAY entra no ranking e fica visível para todos. E, por favor, me sigam em alguma rede social, porque se excluírem meu perfil, eu preciso ter como avisar vocês.

Meu instagram é Isa Feijó (todas as minhas redes são assim), acho que é a mais fácil para conversarmos e o link está no meu perfil.

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