Capítulo 33
Ficamos bastante tempo assim, Harry demorou para controlar. Eu deixei que ele chorasse tudo o que fosse necessário.
Quando ele parou de chorar, ainda ficamos abraçados, apenas sentindo um ao outro. Eu até cheguei a suspeitar que ele tinha dormido, mas quando tentei me afastar, Harry me abraçou mais apertado, me puxando de volta para ele. E eu fui sem me importar.
Pela primeira vez era Harry precisando de mim e eu sempre estaria ali por ele.
- Como você está? - eu perguntei me afastando o mínimo possível, apenas o suficiente para que pudesse olhar seu rosto.
- Acho que um pouco melhor por ter contado tudo, mas também sinto como se eu tivesse sido atropelado por um trem.
- Normalmente nossos sentimentos reprimidos são piores do que um trem desgovernado, quando batem, dói mais do que se um trem tivesse nos atropelado - eu falei acariciando seu rosto - me perdoe por ter te obrigado a contar, eu sei que você não estava pronto, mas eu precisava saber.
- Provavelmente eu nunca estaria pronto para falar sobre isso, então acho que foi uma coisa boa você ter "me obrigado" - nós nos sentamos no chão do quarto, ainda abraçados - obrigado por não ir embora.
- Eu ainda não entendi porque você achou que eu iria, não acredito que haja algum motivo que me faça sair de perto de você.
- Eu não fui capaz de manter meu filho a salvo, isso me corrói até hoje - ele disse olhando para baixo, quase como se tivesse vergonha de me encarar.
- Hey - eu me sentei em seu colo, de frente para ele e segurei seu rosto em minhas mãos, o obrigando a manter seus olhos nos meus - você não é culpado de nada.
- Você não entende...
- Harry, eu entendo sim, mais do que você acha. Quando eu estava grávido da Liv, eu discuti seriamente com Ronan, não era uma novidade isso acontecer, mas dessa vez ele me agrediu tanto, que tive um sangramento e fui parar no hospital - os olhos dele brilharam de raiva - o médico que me atendeu disse que eu quase perdi a Liv e eu passei meses chorando por ter colocado a vida da minha filhote em risco.
- Mas não foi sua culpa, Ronan te agrediu.
- Hazz, eu sabia que ele estava alterado com o álcool, eu podia ter evitado, ter ignorado ou cedido, eu não sei. Mas em vez disso eu passei três dias internado com o risco de perder a Liv.
- Lou, não importa o que você fez, isso não tem nada a ver com a atitude que aquele verme filho de uma puta teve. Tudo isso foi culpa dele, não sua.
- Então se não é minha culpa, por que você acha que o aconteceu com você, é sua culpa?
- O que? - ele perguntou confuso.
- Hazz, o que Ronan e Camille fizeram foi imperdoável. Mas a única diferença entre nossos casos é que Liv está aqui e, infelizmente, Noah não está conosco. Eu sinto muito por toda a sua dor, eu queria poder tira-la de você, mas o que eu preciso que você entenda é que nada disso é culpa sua!
- Lou...
- Você é um pai incrível, Liv te idolatra. Mesmo que na maior parte do tempo você a mime muito - ele sorriu de canto - olhe a evolução dela, em tão pouco tempo ela passou de uma criança tímida que mal interagia com ninguém, para uma menina confiante, segura, que não tem medo de enfrentar ninguém, literalmente - ele riu fraco - Hazz, eu nem preciso falar sobre como você mudou a minha vida, você me salvou várias vezes e me fez acreditar que eu possa ser feliz e amado. Você é uma das pessoas mais maravilhosas que eu já conheci, eu não vou te deixar continuar acreditando que você é culpado por algo que não fez!
Harry me encarou com seus olhos úmidos, mas dessa vez ele sorria a ponto de suas covinhas aparecerem.
- Eu te amo - ele falou acariciando o meu rosto com sua mão - eu não sei o que faria se eu não tivesse você.
- Bem, talvez você seria o Alfa Lúpus Puro mais temido de todo o Reino Unido - eu disse fazendo careta e ele riu.
- Provavelmente sim - ele deu de ombros, ainda rindo -, mas eu não teria voltado a sorrir. Você diz que eu te salvei, mas eu não tenho palavras para expressar o que você fez por mim.
- Somos soulmates, lembra? Não há nada o que um não faça pelo outro - eu o beijei carinhosamente - Somos família e famílias de verdade se amam e se apoiam. Nós dois tentamos ter isso antes, mas com as pessoas erradas. Eu sei que você sofreu mais e sinto muito pela sua dor, mas dessa faremos do jeito certo, juntos!
- Sim, família... - ele sussurrou antes de me beijar.
- Venha, vamos deitar na nossa cama, tenho a impressão que essa conversa ainda vai ser longa - eu disse me levantando e o puxando pela sua mão. Nós tínhamos ficado um tempo no quarto do Noah, apenas nos curtindo e beijando. Não eram beijos de desejo, eram puramente de amor. Harry precisava ser lembrado o quanto era amado.
- Você ainda não me contou o que aconteceu - Harry e eu andávamos pelo corredor abraçados. Ele parecia tão frágil e vulnerável, de um jeito que eu realmente nunca esperei ve-lo. Mas eu sabia que a partir do momento que eu contasse o que tinha acontecido na loja, aquela postura de "Preciso que alguém cuide de mim" mudaria bruscamente para "Preciso, e vou, matar alguém".
- Eu já vou te contar, mas ainda tenho perguntas - ele estava tão entregue e calmo, que eu estava com dó de mudar aquilo.
- Não gosto quando você tenta me enrolar - ele bufou contrariado, como um criança.
- Certo, mas sente na cama primeiro - ele me obedeceu e deitou. Eu tranquei a porta do nosso quarto e da varanda, peguei o meu celular e o dele, desliguei os dois e joguei o celulares e as chaves dentro da minha mochila, dentro da mala, depois fechei o closet.
- O que você está fazendo? - ele perguntou desconfiado.
- Eu estou tornando você incomunicável.
- Isso eu percebi, mas por que? - ele ainda estava daquele jeito calmo, respirando fundo, até estava olhando para o chão distraído. Eu parei na sua frente e me preparei para o surto.
- Eu quis saber tudo o que aconteceu, porque hoje eu encontrei com a Camille.
Harry ficou tenso na hora, tanto que eu achei que seus músculos podiam romper sua pele. Ele levantou sua cabeça bem devagar e quando seus olhos alcançaram os meus, eu vi um ódio puro e destruidor.
- O que você disse? - a voz dele estava baixa e grave, quase assustadora.
- Foi isso que você ouviu, Camille veio atrás de mim. Ela disse que queria "me avisar" e disse um monte de merda... Harry, calma! - mas ele já tinha praticamente pulado e me segurava pelos braços.
- O que ela disse? Ela te machucou? Ela fez algo contra você? Você está bem? - ele me rodopiou a procura de possíveis ferimentos - Onde está o meu celular? Eu vou matar alguém!
- HARRY! - eu o puxei de volta - Calma, você vai me deixar te contar primeiro, depois tomaremos alguma atitude.
- Se ela fez alguma coisa contra você, eu juro que vou esquecer a porra do meu juramento e... - ele cuspia as palavras com ódio, mas então parou e pareceu entrar em pânico - Lou, o que ela te falou? Você precisava que eu te contasse a verdade para saber se o que ela falou era verdadeiro, não é? Louis confia em mim, por favor, eu nunca menti para você e nem farei. Eu não te contei antes porque...
- Hazz! - eu precisei gritar para ele prestar atenção em mim - Você não ouviu nada do que eu falei agora a pouco sobre sermos uma família? Confiança é fundamental e se você acha que eu acreditei, nem que seja por um segundo, nas merdas que a Camille falou, vamos ter que ter toda aquela conversa de novo!
- Você... não acreditou?
- Claro que não - eu revirei os olhos, me aproximei dele e abracei, envolvendo seu pescoço com meus braços - Eu vou repetir e vê se dessa vez entende: Eu te amo e sempre vou estar do seu lado. Não há nada ou ninguém, que me tire daqui.
Harry sorriu, aquele sorriso verdadeiro, puro, com covinhas.
Nós nos beijamos, ele abraçou a minha cintura, me apertando contra si. Ele me puxou para seu colo e enrolei minhas pernas na sua cintura, nossos corações estavam colados e batiam juntos.
Nos paramos de nos beijar e ficamos nos olhando, sorrindo. Harry parecia bem mais novo, sem ter o peso do mundo nos ombros. Aí ele foi franzindo a testa e eu suspirei, lá vinha o Alfa Poderoso de volta.
- Onde Shawn estava quando Camille conseguiu chegar até você? E Josh, Sandy e Leigh-Anne? Eles estavam lá para sua segurança!
Eu ri, mesmo depois de tudo, não deixava de ser um controlador louco por segurança!
- Louis, não ria, isso é sério! A sua segurança foi comprometida! Eu vou...
- Você não vai fazer nada com ninguém - eu ainda estava rindo.
- Tem razão, não vou fazer nada - ele falou me carregando de volta para a cama. Até parei de rir, aquilo foi fácil demais - Você que vai fazer! Amanhã mesmo vou começar a te ensinar a lutar e atirar, vou te comprar uma glock de bolsa e uma taurus para uso diário! O Mike vai te ensinar a lutar com facas e. . .
- Harry, você não está exagerando? - perguntei achando divertido.
- Exagerando? - ele se ajoelhou na cama comigo, praticamente ficando em cima de mim - Lou, já tentaram te sequestrar, você acha mesmo que eu vou deixar sua segurança assim? Vou ensinar você a se defender e você só sai comigo até eu descobri quem está atrás de você e como Camille te achou.
- Você acha que ela foi até lá atrás de mim?
- Camille foi banida do Reino Unido, ela nunca deveria ter voltado. Não pode ser coincidência ela voltar para cá, ficar totalmente fora do radar e ainda sem querer encontrar com o meu ômega em um shopping. E para ela ter ido falar com você, ela sabia que você é meu!
- Tudo bem, parece que toda vez que eu me distancio de você, alguma merda acontece - dei de ombros - e eu estava tão louco com tudo o que ela falou, que eu não parei para pensar direito na situação.
- Você ainda não me contou o que ela falou - ele se deitou do meu lado.
- Um monte de merda, que você a enganou para engravida-la, que ela nunca quis aquilo, que foi humilhada por você, que decidiu abortar e você não aceitou - dei de ombros - ela disse que você surtou no hospital.
- Essa parte foi verdade - Harry resmungou e eu ri.
- Foi a única parte que eu achei que podia ser verdade - eu fiz carinho nos seus cabelos.
- Quando eu soube que... o que aconteceu, eu fiquei louco, me levaram para uma sala e tentaram me conter, chamaram os seguranças e tentaram me sedar, mas, digamos, que não deu muito certo. Liam teve que me tirar de lá. Ele e Zayn me trouxeram para casa, mas quando me olhei no espelho, fiquei cego pela raiva e destruí o banheiro e depois o meu quarto inteiro. Cada móvel, adereço ou qualquer outra coisa, até o papel de parede eu rasguei.
- O quarto de frente ao quarto do Noah, não é? - eu perguntei, mesmo sabendo da resposta.
- Sim - ele murmurou, Harry ficou quieto por um tempo, parecia perdido nos seus pensamentos - eu decorei o quarto dele de azul e amarelo porque juntos...
- Eles formam o verde - eu completei a sua frase, fazendo carinho no seu rosto. E a minha raiva por Camille só aumentou - Eu sinto muito, love.
- Tudo bem - ele respirou fundo - eu passei tanto tempo não querendo falar dele, mas falar do Noah com você, está me ajudando. Faz parecer que ele foi real e não uma ilusão que atormentava meus pesadelos.
- Hazz, Noah foi real, mesmo que ele não tenha tido chances de viver, tenho certeza que era um bebê lindo. Não lembre dele de um jeito ruim.
- Ele era - Harry falava baixo - nós o enterramos, ele parecia dormir, eu não vi seus olhos abertos, mas a enfermeira disse que pareciam com os meus.
- Eu tenho certeza que sim - eu sorri para ele - seus olhos são lindos, eu quero muito que nossos filhos nasçam com seus olhos.
- O que? - Harry se virou para mim assustado - Você falou sobre "nossos filhos"?
- Sim, bem, além da Liv, que já tem olhos iguais aos seus e isso é uma injustiça - eu ri e Harry estava estático -. Você está bem?
Harry se debruçou sobre mim e começou a me beijar. Não era daquele jeito carinhoso e calmo, tipo "Eu te amo e vamos ficar para sempre juntos", era mais para "Eu te amo e vou te foder com força agora".
Ele abriu a minha jaqueta e puxou minha camiseta, colocando sua mão por dentro da minha roupa e vagando seus dedos pela minha pele.
- Eu quero você agora - ele murmurou me ajudando a tirar a minha jaqueta e depois puxando minha camiseta - eu preciso ter você agora!
- Então me tome para você - eu sussurrei de volta enquanto ele beijava meu pescoço e Harry gemeu na minha pele.
- Como você consegue me levar de desabafar a minha dor para um imenso desejo por você? - ele perguntou me ajudando a tirar meus vans e minha calça.
- Acho que a gente sempre acaba se desejando - eu ofeguei quando ele passou sua boca por cima do meu pau, ainda dentro da minha cueca.
- Você está certo, eu sempre desejo você - ele puxou minha cueca e lambeu meu pau - eu amo cada parte de você.
- Harreh...
Ele abocanhou meu pau e começou a me chupar, sem cerimônia, já começou me sugando com força. Parecia que ele tinha necessidade de algo e, pelo jeito que suas mãos apertavam meu corpo, parecia que eu era o que ele necessitava.
Os barulhos molhados que que sua boca fazia quando chupava o meu pau, ecoavam pelo quarto. Uma da suas mãos chegou até minha e apertou, logo depois um dos dedos começou a penetrar na minha entrada e eu comecei a gemer e rebolar, ainda mais.
- Hazz - eu o chamei, havia algo que eu queria muito fazer - Harry - eu puxei seu cabelo e ele deixou meu pau escapar da sua boca com um sonoro "ploc".
- O que? - ele perguntou ficando de joelhos, sorrindo malicioso e abrindo sua calça.
- Eu quero te... -Harry puxou sua calça um pouco para baixo e começou a se masturbar lentamente.
- O que você quer comigo, Lou? - com aquela visão, ficava difícil pensar em qualquer outra coisa - Se você não falar, eu não vou saber.
- Eu quero te chupar - eu disse de uma vez, porque se não, não ia conseguir.
Harry praguejou baixo, se levantou e tirou sua calça. Ele ficou de pé, no chão, próximo a cama.
- Vem aqui, Lou - ele me chamou. Eu engatinhei até ele, respirando fundo por antecipação. Harry acariciou o meu rosto e puxou levemente meu cabelo - faça o que estava com vontade.
Eu passei as pontas dos meus dedos pela sua perna, subindo pela sua coxa, passando pela sua virilha e chegando na base do seu pau. Hazz tremeu e sua pele se arrepiou.
Segurei seu pau e aproximei minha boca, primeiro eu lambi desde a base até a glande, Harry gemeu e puxou ainda mais o meu cabelo.
Apertei meus lábios e fiz baixando minha boca, fazendo parecer que o pau dele realmente estava penetrando minha boca. Coloquei o máximo que consegui, quase o sentindo em minha garganta.
- Louis - Harry gemeu, seu aperto no meu cabelo foi ficando mais forte.
Suguei com força, passando toda a minha língua pelo seu pau. Eu não sabia bem o que estava fazendo, apenas fui fazendo. E, pelos gemidos do meu alfa, eu devia estar fazendo certo.
- Baby - ele me chamou, eu abri meus olhos e olhei para seu rosto.
- Sim, Daddy?
Ele rosnou e gemeu ao mesmo tempo, eu sorri e voltei a chupa-lo.
Meu membro estava dolorido, mas eu tinha medo de me tocar e acabar gozando. Eu só queria gozar com ele dentro de mim.
E, como sempre, Harry parece que leu meus pensamentos.
- Baby - Hazz puxou meu cabelo, soltando seu pau da minha e eu fiz beicinho - eu preciso estar dentro de você AGORA!
- Sim, Daddy - eu me deitei na cama e ele veio encaminhando em cima de mim.
- Eu sou tão sortudo por ter você - ele beijava minha coxa - sou tão sortudo por você ser Meu - ele mordeu perto da minha virilha, me fazendo gemer - eu quero tudo de você - sua língua passou levemente por cima do meu pau, que pingava em mim - eu quero seu corpo - ele chupou minha glande e agarrei seus cabelos - eu quero seu coração - seus beijos subiram pela minha barriga - seu coração - ele sugou um dos meus mamilos - sua alma - ele sugou o outro mamilo, eu já estava gemendo alto e minha lubrificação escorria da minha entrada - seu nome - eu franzi a testa sem entender, mas ele lambeu e beijou minha marca, meu corpo até se arqueou.
Harry estava sobre mim, ele puxou minhas pernas e posicionou seu pau bem na minha entrada, me estimulando, mas não penetrando.
- Lou...
- Por favor - eu gemi frustrado, rebolando em busca de mais contado.
- Louis - ele me chamou de novo, mas eu não queria conversar, eu queria ele dentro de mim.
- Harry, por favor...
- Louis! - ele segurou os dois lados do meu rosto e me fez encara-lo, o que me pegou de surpresa - Casa comigo?
Eu pisquei tentando por a minha mente em foco, acho que até engasguei.
- O que? - eu perguntei, eu devia ter ouvido mal, mas Harry sorriu.
- Louis Tomlinson, você quer se casar comigo? - ele tinha aquele sorriso de covinhas.
Eu fiquei alguns segundos paralisado, olhando para ele sem reação nenhuma, até que senti um sorriso enorme crescendo no meu rosto.
- Harry Styles, você realmente está me pedindo em casamento depois de tudo o que aconteceu nesses últimos dias, toda a tensão de hoje e com seu pau prestes a entrar na minha bunda? - perguntei me fazendo de revoltado e ele riu alto.
- E tem melhor jeito de fazer um pedido? - ele provocou, mexendo seu corpo e fazendo sua glande raspar a minha entrada.
- Hazz... - eu gemi - sim...
- Sim para "tem jeito melhor de pedir", ou sim para "quero me casar com você" - ele continuava fingindo que ia penetrar, me provocando. E agora mordiscava o pescoço.
- Porra - gemi alto e puxei seu rosto para o meu - Sim, eu quero me casar com você! É a coisa que eu mais quero! - ele sorriu tão abertamente e feliz, de um jeito que eu nunca tinha visto - Eu te amo, agora me fode!
- Eu também te amo - ele respondeu rindo e entrou de uma vez em mim.
- Aaaaaahhhhhh - gemi tão alto, que se tivesse alguém na casa, com certeza ouviria.
- Eu vou te fazer tão bem - ele gemia no meu ouvido, estocando tão forte, que a cabeceira da cama batia com força na parede - eu juro que você vai ser o ômega mais feliz da história!
- Eu já sou - eu ofeguei entre gemidos.
- Porra - ele grunhiu, seu pau acertando a minha próstata - eu te amo para caralho.
- Eu... também... - Harry me calou com um beijo agressivo, tanto que senti gosto de sangue e não sei de quem era, talvez dos dois.
A pressão na minha próstata era tão forte e foi crescendo ainda mais, ele grunhia promessas e palavras sujas no meu ouvido, mas eu já tinha perdido a capacidade de pensar.
A sensação cresceu no meu ventre, se espalhou pelo corpo como ondas de choque e explodiu no pênis, gozei em nossos abdômens, sem precisar me tocar.
Logo que gozei, Harry rosnou muito alto e gozou, seu nó se formou, pressionando minha próstata e me fazendo gozar de novo.
Nós estávamos completamente ofegantes e suados. Ele nos ajeitou na cama, para que seu peso não ficasse sobre mim.
Harry fazia carinho nas minhas costas, enquanto nos beijávamos preguiçosamente.
- Meu ômega - ele sussurrava entre os beijos, me fazendo sorrir - meu Louis... Meu noivo...
- Você bateu nela? - ele perguntou incrédulo.
- Bati e bateria de novo - afirmei - se eu soubesse de toda a história antes, teria batido mais.
- Oh Meu Zeus! - ele começou a rir e me beijou - Você é realmente meu ômega!
- Vou levar isso como elogio - resmunguei durante o beijo.
Depois de toda aquela emoção, de chorarmos, transarmos e ele me pedir em casamento no meio de tudo isso, ficamos deitados na cama. Ainda estávamos nus e um enrolado no outro, mas, óbvio, que Harry não ia deixar aquele meu "encontro" com a Camille de lado.
Ele me fez contar toda a história, detalhe por detalhe. Não me interrompeu ou ofendeu a ômega, mas eu via seu maxilar trincar em algumas partes, principalmente nas partes que ela tentava me atacar ou nas partes em que ela falava sobre o Noah.
- Eu falei sério, você vai ter aulas de defesa pessoal e de tiros, eu não quero que você esteja nessa posição vulnerável de novo - ele falou normal, mas eu entendi como aquela situação tinha mexido com ele - você sofreu recentemente uma tentativa de sequestro e agora isso? Alguém está desesperado para ter você e eu vou esquartejar essa pessoa se ela chegar mais perto.
- Tudo bem, eu também não quero brincar com a minha segurança - eu me virei e o abracei - você está muito mais calmo do que achei que estaria.
- É que eu estou com você - ele beijou minha testa - mas daqui a pouco, algumas pessoas estarão muito ferradas.
- Você pode deixar isso para amanhã? Hoje nós acabamos de ficar noivos, ou algo parecido - eu ri.
- Eu juro que ia fazer algo romântico, mas depois dos últimos acontecimentos não deu. Eu até encomendei as alianças, elas ficam prontas na sexta feira, então eu ia te levar para jantar e todo esse clichê.
- Mas você preferiu me pedir antes de me foder - eu comecei a rir e ele deu de ombros.
- Acho que isso foi mais a minha cara.
- Imagine quando alguém perguntar como foi o pedido de casamento - eu tampei o rosto rindo.
- A gente fala que meu pau estava prestes a entrar na sua bunda e eu pedi - ele respondeu e eu ri, dando um tapa no braço.
Nós dois estávamos rindo, presos em nossa bolha, Harry ia falar algo, mas ele ficou quieto e sua expressão fechou. Ele sentou na cama e parecia prestar atenção em algo que eu não tinha a menor ideia do que era.
- Onde está a chave da porta? - ele sussurrou a pergunta , o que me alarmou, enquanto vestia sua calça.
- Dentro da minha mochila, na mala - ele foi ate lá e voltou rapidamente, com a minha mochila em uma mão e uma camiseta dele na outra.
Ele virou o conteúdo da minha mochila na cama e me jogou a camiseta.
- Vista - ele falou e eu gelei, porque por baixo da camiseta, ele segurava uma arma.
Coloquei a camiseta rapidamente e vesti a minha cueca. Harry me entregou os celulares e foi abrir a porta.
- Lou, tem alguém na casa, eu vou ver quem é... - ele respirou fundo e revirou os olhos - não é nenhuma ameaça, são só os Paynes.
Soltei a respiração que eu nem tinha percebido que tinha prendido. Harry me estendeu a mão e descemos as escadas.
- Jura, armado? Ia atirar em quem? - Zayn perguntou divertido.
- Em vocês, da próxima vez que entrarem na minha casa sem avisar - Harry respondeu mal-humorado. Ele me abraçou, me mantendo no seu peito e seu nariz no seu cabelo, provavelmente usando isso para se acalmar.
- Estão todos preocupados com vocês dois, ninguém conseguiu falar com vocês, então viemos aqui - Liam se explicou.
- A gente com medo dele estar surtando e eles estavam transando - Niall riu - O cheiro de sexo está muito forte em vocês - ele fez careta e eu corei.
- Deve ser por isso que ele não reconheceu nossos cheiros, estava preso no cheiro do Louis - Zayn falou maliciosamente e eu gemi de vergonha.
- Malik, eu ainda estou armado - Harry avisou.
- Ok, foi só um comentário - Zayn levantou as mãos em sinal de paz.
- Não precisam se preocupar, eu não vou "surtar", não hoje - Harry falou calmamente.
- Não? - Liam perguntou desconfiado - Você não vai brigar com ninguém e nem destruir nada? - Harry negou com a cabeça tranquilamente - Louis, você realmente contou o que aconteceu?
- Sim - eu ri da cara de espanto deles.
- O que houve com você, Harry? - Liam perguntou, ainda incrédulo com aquilo.
- Digamos que eu estou feliz - Harry disse contra o meu cabelo, escondendo seu sorriso.
- Ok, você drogou ele? - Zayn me perguntou, fazendo Harry e eu rir ainda mais.
- Não, eu juro.
- Gemma está perguntando se deve voltar para casa com as meninas - Niall falou olhando para o seu celular.
- Sim - meu alfa (noivo) respondeu - peça que seja rápida, pois eu preciso falar urgentemente algo com a minha filhote.
- Algo sério? - Liam perguntou preocupado.
- Sim, eu preciso perguntar algo para a Liv - Harry falou pegando na minha mão.
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