22. Pequena Era Das Trevas
09h24
25 de novembro
Gotham City – Rua do Edifício da Troffle
"Me ajudem a tirá-la daqui!"
"Corram, saiam daqui o mais rápido possível!"
"Chamem uma ambulância!"
"Liguem pra porra da polícia!"
09h43
"Ela tá perdendo muito sangue!"
"...pressão caindo."
"Quem é o contato de emergência?"
"Olhem!
O Batman e o Asa Noturna passaram ali em cima."
10h18
The Gotham Times está fazendo uma transmissão online.
"Cidadãos de Gotham! Atenção, prestem muita atenção! Temos um recado muito importante. Hoje vocês conheceram a nova princesinha de Gotham, mas não se deixem enganar pelo rosto bonito e frases de efeito. Jennifer Reed é culpada e merece pagar pelos seus atos. Quando o dia chegar, vocês saberão e nos agradecerão. Por hora, estamos oferecendo um prêmio de 5 milhões de dólares para quem a trouxer morta para nossas mãos.
Que comecem as buscas!
Com muito carinho, de toda a família Harpia."
Transmissão encerrada.
11h00
📺 GCN LIVE – CANAL 5
Matt Rhodes · Âncora do Jornal da Manhã
"Um atentado acaba de acontecer em frente ao edifício da Troffle, onde Jennifer Reed, a nova proprietária da companhia, discursava para jornalistas e aliados na sua posse da empresa.
Reed, alguns jornalistas e outros dois novos executivos parceiros da Troffle, foram atingidos por objetos metálicos ainda não identificados. O ataque ocorreu às escondidas. Ninguém viu fisicamente os agressores.
Os criminosos da gangue Harpia, hackearam há pouco as redes sociais do The Gotham Times e revelaram-se como os responsáveis pelo ataque, fazendo uma declaração ao vivo aos internautas. O homem que comandou a transmissão estava com o rosto totalmente coberto por uma máscara em formato de ave e a voz modificada.
Testemunhas disseram que avistaram Batman e Asa Noturna pelo local em busca dos criminosos. Ainda não temos atualizações sobre a localização dos responsáveis. Jennifer Reed e os outros feridos foram encaminhados às pressas para o hospital. Estamos aguardando mais informações sobre o estado de saúde das vítimas.
13h40
Gotham Saviors @GothamSaviors • 9 min
Até quando essa cidade vai sucumbir no caos e no medo? Se estão atacando até os ricos, quem dirá os pobres!!! A Era das Trevas está de volta em Gotham!
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Joe Alvarez – Prefeito de Gotham @GothamMayor • 15 min
Solidariedade às vítimas do ataque de hoje na @Troffle. Uma nota de repúdio foi publicada no site da prefeitura. #GothamSeguraComAlvarez
💬1,007 🔁5,804 💟2K
Allyson Star @AllyStars • 28 min
Incrível como sempre que alguém vem a público para defender a população que importa dessa cidade, a pessoa é morta ou sofre algum tipo de ameaça. Até quando isso, Gotham?
💬2,120 🔁4,936 💟18K
20h46
✩✧✦
14h50
26 de novembro
Gotham City
JENNI REED
Abro os meus olhos, mas não tenho certeza se eles realmente abriram. Parece até que ainda estou dormindo. Pisco algumas vezes até perceber que o meu corpo dói. Minha cabeça dói. Minha cintura parece que vai explodir de tanta dor.
Passo a mão pelo meu tronco e estou com roupas hospitalares. Tem dois acessos no meu braço esquerdo. Um ligado ao que deve ser um soro e o outro não sei exatamente em quê. Levanto levemente a blusa e vejo que há um curativo razoavelmente grande na lateral da minha cintura que vai desde abaixo da minha costela até próximo ao meu quadril.
Mas que merda. Eu preciso parar de ficar inconsciente e acordar em situações completamente bizarras.
Levo um susto quando levanto o olhar e percebo que há um garoto deitado em uma poltrona ao fundo do cômodo do lado esquerdo. Ele tem cabelos escuros e não deve ter mais que 15 anos de idade. O garoto me encara em um olhar impaciente de poucos amigos com um livro em suas mãos.
— Quem é você? — Pergunto ao mesmo tempo que meus olhos percorrem o ambiente em que estou. Não parece ser um quarto de hospital.
O cômodo era amplo e tinha grandes vidraças na parede do meu lado oposto, além de lustres no teto. Todo o conjunto, com a pintura, lembrava algum castelo da idade média. Um estilo gótico, talvez?
O garoto não responde.
— Que lugar é esse? — Tento outra pergunta. Apesar da maca em que estou deitada e dos aparelhos hospitalares a minha volta, definitivamente, não estamos em um hospital.
Mais um silêncio.
O garoto pega seu celular e começa a digitar.
Ai, meu Deus. Me sinto uma idiota.
Falo em língua de sinais "Me desculpe" e pergunto "Você me entende?". E que provavelmente devo ter feito errado, pois o garoto comprime os lábios e fecha os olhos rapidamente. Parecia até que ele estava segurando um riso.
— Sim, eu te entendo. — Ele finalmente responde.
Agora me sinto duplamente idiota.
Que vergonha, Jenni.
— Bom, hã... — Não sabia exatamente o que perguntar. Eu só queria entender como vim parar aqui. E porque raios tinha um adolescente me vigiando. — Certo. Quem é você? — Resolvo insistir na pergunta.
O garoto se ajeita na poltrona, sentando-se recostado no apoio.
— Alguém que você não precisava conhecer. — Ele responde com o olhar firme e ainda sem paciência.
Ótimo. Era tudo o que eu precisava no momento. Estar ferida, ligada em um soro, com roupas hospitalares, na casa do Drácula – provavelmente – e com uma criança raivosa.
Respiro fundo e tento erguer um pouco mais a minha postura, mas foi um grande erro porque a dor intensa que veio da minha cintura me fez sentir uma tontura.
— Se eu fosse você, não me mexeria tanto. — O garoto fala enquanto eu ainda solto um palavrão baixinho.
Lembro do que aconteceu para eu estar nesse estado. Apenas não faço ideia do que veio depois, já que eu estava apagada.
— Vai me dizer que foi você que fez isso comigo? — Pergunto ainda fazendo uma careta de dor.
— Eu jamais erraria os meus alvos. O que aconteceu com você foi sorte e alguém com uma mira muito ruim. — Ele responde e volta abrir o livro que estava lendo.
Era A Cidade do Sol. Um dos meus livros favoritos.
— E como você sabe disso? Você é algum tipo de ninja? Aliás, esse livro é ótimo. Acho que um assassino não leria esse tipo de livro. Será que posso me tranquilizar? — Eu estava ficando nervosa mesmo, mas não era de medo. A dor estava me deixando com raiva.
E, novamente, ele não responde e nem me olha de volta. Em vez disso, o garoto encara a tela do celular e fecha mais a sua expressão, como se ainda fosse possível.
— É claro que a mensagem não foi entregue. — Ele reclama para si mesmo em um tom mais baixo e, no mesmo instante, leva o celular até a orelha.
O assisti aguardar a sua ligação ser atendida enquanto a dor na minha cintura percorria toda a lateral esquerda do meu corpo.
— Grayson, a sua namorada acordou.
Hein?
— Que seja — ele continua a falar — Venha logo, não tenho o dia todo livre.
O garoto guarda o celular no bolso da calça e volta a se recostar na poltrona.
Embora a dor esteja dominando os meus sentidos, o meu cérebro destrava uma memória e presumo onde estou. Ao menos isso.
Se esse lugar não era de um vampiro, então pertencia a um morcego. O que é quase a mesma coisa.
Posso dizer com 99,9% de certeza de que estou na Mansão Wayne.
Dick já havia mencionado brevemente sobre seus irmãos, mas nunca me deu detalhes e nem me disse seus nomes.
Tento lembrar dos meus estudos no treinamento da NASA sobre a Bat-Família, mas era tanta gente que, nem sei se todos realmente existiam. Quem dirá lembrar o nome de cada um. Até porque esse também nunca foi um grande foco. Os pontos mais importantes era aprender como as coisas funcionavam em Gotham.
— Não sei o que ele te disse, mas eu não sou a namorada dele. — Digo ao garoto que, agora, examinava o meu rosto, como se estivesse lendo os meus pensamentos, que tentava adivinhar quem ele era.
E mais uma vez, ele não me responde e volta a sua atenção para o livro.
Fito minhas próprias mãos e, em seguida, meus olhos percorrem os braços. Eu estava com um arranhão no cotovelo direito. Levo a minha mão até a cabeça e percebo que há outro curativo, só que bem menor, ao lado direito da minha nuca. O local estava dolorido ao toque.
Como que isso aconteceu? Quem me atacou exatamente e por quê?
Só lembro de que tudo foi extremamente rápido. Em um segundo eu estava falando e, no outro, já estava ferida no chão.
— Você sabe se deixaram o meu celular em algum lugar? — Pergunto ao garoto que estava concentrado no livro.
Ele apenas ergue o olhar e nega com a cabeça.
Analiso o ambiente de novo e há um armário do lado direito, um sofá e outras poltronas. Mas não havia nada sobre os móveis. Percebo que há uma porta aos fundos também, talvez um banheiro. Não sei.
Respiro fundo, mas até isso fazia o meu corpo doer.
Precisava urgentemente falar com a Olívia.
Fecho os olhos e tento me concentrar em qualquer outra coisa que não seja a dor que estou sentindo, mas é difícil. Não sei exatamente quanto tempo passou até que ouvi a porta do cômodo se abrir e Dick surgir por ela com uma bolsa em seu ombro, que poderia ser uma mala de tamanho médio e, também, acompanhado de uma mulher com um jaleco médico.
— Como você está se sentindo? — Ela me pergunta com um sorriso simpático.
— Com dor. — Até responder doía.
— Então já deve ter passado o efeito do analgésico. Vou te dar mais uma dose. — A médica começa a mexer no tubo vazio que estava ao lado do soro. — Sou a Doutora Lisa Thompkins.
Dick dá a volta pela maca e puxa uma poltrona para se sentar perto de mim ao lado direito. Eu estava acostumada em vê-lo sempre com uma expressão leve no rosto, mas não era o que ele aparentava no momento.
— Foi necessário fazermos alguns pontos na sua cintura — a Dra. continua a explicação enquanto mede a dosagem do remédio — e não se preocupe, o corte não atingiu nenhum órgão, por mais que a dor que você está sentido faça parecer o contrário. Vai levar alguns dias para você se sentir melhor e algumas semanas para cicatrizar por completo. A lâmina que te atingiu não foi o problema e sim o veneno que estava presente nela.
Lâmina. Veneno. Semanas.
Parece que meu cérebro só processa as palavras chaves.
Que merda aconteceu comigo?
— Você quase morreu, Jenni. — Dick intervém com uma voz fria. Ele estava sério. Vejo a tensão em seu maxilar.
A Dra. Thompkins confirma com a cabeça enquanto me encara brevemente.
— Os seus batimentos cardíacos chegaram a parar por um breve instante, mas conseguimos revivê-los com os choques elétricos. — Ela examina delicadamente os acessos no meu braço. — Você tem muita sorte de ser amiga dessa família, porque eles têm o antídoto do veneno que te atingiu. As outras vítimas foram acertadas com lâminas envenenadas também, mas era uma química fraca e comum. Já a sua, era um composto raro derivado de plantas venenosas provenientes do sul da Ásia e, não temos a cura tão fácil por aqui.
Meu Deus. Meu Deus. Meu Deus!
Tenho certeza de que a minha cabeça vai explodir nesse exato momento.
— Outras vítimas? — Foi tudo o que consegui dizer.
— Alguns jornalistas e dois novos parceiros da Troffle. — Dick responde rapidamente percebendo o horror em meu rosto. — Eles estão bem, já estão estáveis.
Balanço a cabeça, completamente confusa.
Eu quase morri. Simples assim.
— Vou te passar uma receita com alguns remédios e o seu curativo deve ser trocado de duas a três vezes ao dia. — A Dra. diz após aplicar o analgésico no tubo que estava ligado a um dos acessos no meu braço. — Você deve ficar de repouso por alguns dias. Pegar em peso e subir escadas, nem pensar. Viagens de avião também estão proibidas por 2 semanas devido aos pontos que você recebeu, pois não foram superficiais.
Era muita informação para se processar de uma vez só. O espanto em meu rosto deve ser visível porque a Dra. Thompkins se aproxima um pouco mais e me olha nos olhos.
— Vai ficar tudo bem. É só cuidar bem desse corte e tomar todos os medicamentos para expulsar qualquer resquício da química venenosa em seu corpo. — Ela entrega um papel para Dick que o recebe rapidamente. — Eu preciso voltar o quanto antes ao hospital, mas esse rapaz aqui tem o meu telefone. Pode me ligar a qualquer hora.
— Obrigado pela ajuda, Dra. Thompkins. — Dick agradece e ela acena para todos nós ao seguir rumo a porta, inclusive para o garoto mal-humorado que continuava ali.
Vejo o papel que ela o entregou e era a receita dos medicamentos.
A lista era tão grande quanto o número de perguntas na minha mente.
— Agora será que você consegue me explicar o que aconteceu? — Viro o rosto por um segundo e aponto para o meu lado esquerdo — E quem é essa criança?
Um sorriso fraco, mas bem fraco, traça os seus lábios e logo some.
— Esse é o Damian. — O garoto continua com a mesma expressão fechada. — Vai por mim, você estava segura com ele aqui.
Dick solta um suspiro e seus olhos vagueiam entre Damian e eu.
— Bom, a essa altura e devido aos riscos que em que você está, achamos que seria melhor te colocar sob a nossa proteção. — Dick volta a explicar. A sua voz parecia hesitante, mas ao mesmo tempo, em um tom de afirmação, como se tivesse combinado aquilo. Acho que consegui entender aonde ele queria chegar. — Você já sabe minha outra identidade. O Damian é o Robin e o Bruce...
— O Batman. Sim, eu sei. — O interrompo com uma certa impaciência.
Queria pular essa formalidade há semanas e dizer que já sabia disso, mas soaria suspeito. A dor que estou sentindo deve ter ajudado a deixar isso escapar da minha boca.
— Como? — Dick me olha meio confuso.
— Porque isso é óbvio pra caralho. — Digo em meio a uma outra pontada de dor e sinto que fui um pouco grossa gratuitamente. — Desculpa. Essa dor está me deixando agoniada. Mas o que quis dizer é que, sabendo da sua identidade e da sua história, fica meio óbvio todo o resto. Acho que isso deve acontecer quando cada um de vocês revelam para uma pessoa de fora sobre as identidades.
Foi tudo o que meu cérebro conseguiu pensar rapidamente para não ter que explicar os reais motivos de eu saber as suas identidades.
Pude ouvir Damian segurando uma risada do outro lado do quarto.
— É o que eu sempre digo. — O garoto diz em um volume tão baixo que mais parecia um pensamento para ele mesmo.
Dick ignora o comentário dele e volta a atenção para mim.
— Enfim, pode ser. O que quero dizer é que ainda não sabemos os motivos, mas a Harpia quer a sua cabeça. Estão oferecendo uma recompensa milionária para quem conseguir... — Ele passa a mão pelos cabelos, como se estivesse organizando as palavras para falar. — Por isso, não te deixamos em um hospital. Eles poderiam te perseguir e acabar ferindo inocentes pelo caminho. A Dra. Thompkins nos ajuda com algumas emergências de vez em quando.
Agora estava explicado o motivo do chá revelação de heróis.
— O que foi exatamente que eles atiraram em mim e nas outras vítimas?
— Eram lâminas finas, pequenas e afiadas. Provavelmente arremessaram através de um atirador que tinha você e as outras pessoas na mira. — Ele faz outra breve pausa. — Acho que a real intenção não era matar ninguém e sim, causar toda essa comoção. Provavelmente, uma distração. Estamos investigando.
Assinto, ainda confusa.
— E esse antídoto do veneno? Isso foi bem específico.
Dick olha para Damian novamente que, por sua vez, volta a atenção ao livro.
— Você já ouviu falar alguma vez sobre a Liga das Sombras? Ou Liga dos Assasinos? — Ele me questiona.
Apenas assinto sem elaborar nenhuma explicação. Sim, eu sabia quem eram e que Bruce foi treinado por eles. Mas não digo isso a Dick. Já basta ter soltado aquela furada minutos atrás.
— Esse veneno foi desenvolvido por eles e, por isso, tem a cura e... — Agora Damian que olha para Dick — A gente tem um passado com eles. Então, quando os médicos disseram que você não estava reagindo aos remédios de desintoxicação e os sintomas eram muito similares aos que conhecíamos, já sabíamos o que fazer.
Pisco algumas vezes para assimilar mais informações.
— A Liga das Sombras está trabalhando com a Harpia? — Pergunto, pois foi a única conclusão que meu cérebro conseguiu fazer.
Dick abaixa o olhar e comprime os lábios. Suas sobrancelhas também estão franzidas.
— Não temos certeza. Eles podem apenas terem conseguido o veneno. — Ele responde com uma certa preocupação.
— Caramba. Tudo isso só porque comprei aquela empresa?
— Sim — Dick assente — você é uma ameaça a seja lá qual for o plano que eles estão tramando. E, definitivamente, estavam tentando fazer isso através da Troffle.
Deixo um suspiro sair. Preciso organizar os meus pensamentos. Essa merda de analgésico ainda não fez efeito ou talvez eu só esteja mais nervosa que o normal. Sinto minhas mãos levemente trêmulas.
Dick percebe meu nervosismo, pois suas mãos pousam gentilmente sobre as minhas.
— Preciso falar com a Olívia. — Digo.
No mesmo instante, a porta do quarto se abre novamente e Bruce Wayne aparece por ela.
— Como você está se sentindo? — Ele pergunta parando de frente para mim.
As mãos de Dick saem silenciosamente das minhas e o vejo abrir a bolsa que trouxe.
— Confusa. Com dor. Assustada. Com raiva. — É o que respondo.
Bruce olha para Dick, que assente levemente com a cabeça, como se eles tivessem se comunicado só por um olhar. Ou por telepatia. Vai saber.
— Nós vamos investigar o que aconteceu. — Bruce volta a me olhar. — Informei a imprensa hoje pela manhã que a Wayne Tech vai oferecer todo suporte de segurança necessário aos funcionários da Troffle e que os acontecimentos de ontem não...
— Ontem? — O interrompo com um susto.
— Sim — Dick responde rapidamente — você estava inconsciente desde ontem.
Quando eu achava que não podia piorar... É claro que pode piorar.
— O que quero dizer, Jenni — Bruce volta a falar em um tom de voz calmo — é que você pode contar com a nossa ajuda. Nós sabemos como é ter a cabeça colocada a preço. Então, você não estará segura aqui em Gotham, pelo menos por algum tempo.
Calma. Preciso manter a calma ou eu vou surtar.
Eu não posso sair de Gotham. Eu estou na porra de uma missão.
— Eu preciso falar com a Olívia. — Digo novamente, só que dessa vez minha voz soa um pouco desesperada.
— Nós conversamos com ela — Dick intervém — e com aquele seu outro amigo que trabalha com vocês, o Timothy. Eles concordaram e disseram que vão seguir com as atividades da empresa enquanto você precisar ficar fora.
— Mas você ouviu aquela doutora, eu não posso viajar de avião por duas semanas. — Contesto rapidamente.
— Você não vai precisar — Dick responde calmamente — temos duas opções.
Não preciso nem perguntar quais são para saber que ambas serão péssimas e não era nem para isso estar acontecendo.
O que eu estou fazendo da minha vida?
Ser atingida, chegar à beira da morte e ainda estar com a cabeça a preço, sendo perseguida por lunáticos. Nada disso estava nos meus planos. Nada.
OIE
Apenas para dizer que me sinto pronta para seguir à risca todos os clichês daqui pra frente kkkkkkkk.
E por isso, o próximo capítulo já tá disponível também. 😇
Até semana que vem <3
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