Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

11. Advogada Do Diabo

09h12
28 de outubro
Gotham City

JENNI REED

— Seu nome, por favor? — Uma mulher de cabelos curtos e terno cinza impecável me analisava por de trás do balcão da recepção das Indústrias Wayne.

— Jennifer Reed. — Respondo lhe entregando meu documento.

Quando cheguei em Gotham, havia dito a mim mesma que não iria me envolver com as pessoas desse mundo, e muito menos com seus heróis. Bom, não deu muito certo.

Aqui estou, prestes a entrar em uma reunião com o famoso Bruce Wayne, ou Batman para os íntimos. Eu não sou íntima, mas sei dessa informação.

— Seja bem-vinda, senhorita Reed. O senhor Wayne te aguarda no 19° andar.

Agradeço e sigo em direção ao elevador.

Assinei todas as papeladas para a compra da Troffle ontem à noite. Os advogados alertaram que a empresa precisaria passar por uma inspeção jurídica antes da minha posse oficial. Algo que eu e Olívia já sabíamos.

Ela encontrou diversas inconsistências fiscais por parte de alguns acionistas, sendo Martin Goldman o mais suspeito de todos. Estava claro que a falência da empresa foi devido a desvios de milhões de dólares. Mas exatamente para quê, ainda não temos ideia.

E é aí que entra o meu ponto de envolver Bruce Wayne no meio disso tudo. Ele com certeza sabe de algo que nós não sabemos. Além do fato da Troffle ser de grande importância para a sua renomada Wayne Tech.

Acredito que ele tenha interesse em alguns documentos que trouxe. São as transações da empresa no último ano. Além de outros documentos originais de quando meu avô fundou a empresa.

Olívia ainda acha muito arriscado colocá-lo como um aliado, mas a partir do momento em que decidi comprar essa empresa, eu já sabia dos riscos e toda a exposição que teria. Parecia até que esse era um plano oculto dos meus pais. Indiretamente, eles queriam que eu fizesse esse movimento.

Ainda mais depois de descobrimos, também, que boa parte do dinheiro que eles deixaram para mim, era devido a uma cláusula no contrato da venda da Troffle que meu avô fez. Uma pequena parte dos lucros anuais iam para o investimento dos Reed. Querendo ou não, ainda estavam ligados a essa empresa.

Realmente não estava em meus planos qualquer envolvimento com as pessoas desse universo. Mas é quase impossível. E sinceramente, acho que tudo bem. Eu não preciso falar os reais motivos disso tudo e nem do meu mundo. Acho que consigo me virar.

Só espero que tudo isso valha a pena. E que me ajude muito a encontrar os códigos Houdini.

— Bom dia. Senhorita Reed, certo? — Um homem jovem me recebe na recepção do 19° andar. Ele usava o mesmo terno cinza impecável da mulher da recepção do prédio com o símbolo das Indústrias Wayne. — Por aqui, por favor.

Ele me guia para uma sala ampla a sua esquerda. O nome de Bruce Wayne está estampado no canto superior. O jovem a abre e vejo um homem alto de terno preto próximo a grande janela, que ia do teto ao chão, no fundo da sala.

— Senhor Wayne, a senhorita Reed chegou. — O jovem faz um gesto para que eu entre na sala e Bruce se vira em nossa direção.

— Obrigado, Theo.

Vejo o rapaz fechar a porta e Bruce vem na direção de onde estou até se sentar na cadeira atrás de sua mesa.

— Sente-te, senhorita Reed. Fique à vontade.

Faço o que ele diz e me sento em uma das cadeiras a sua frente.

Bruce me encara com um olhar sereno. Ele aparenta ser um pouco mais jovem do que meus pais eram, mas possui pequenos e tímidos fios de cabelos grisalhos em meio a seus fios pretos.

É entendível porque ele é considerado o bilionário mais cobiçado dessa cidade. Lembro de ter lido isso em alguma publicação na internet esses dias. Ele realmente é muito charmoso.

— Obrigada por aceitar o convite, senhor Wayne. — Digo lhe estendendo a mão para um cumprimento — Vim para falar de negócios, mas vou pular a formalidade. Pode me chamar apenas de Jenni.

— Justo. — Ele responde devolvendo o cumprimento. — Bruce.

— Temos muito o que conversar — inicio tudo o que ensaiei para falar a ele — mas acredito que a primeira coisa que você deve estar se perguntando é quem sou eu e porque estou interessada em uma empresa falida.

Bruce me analisa ainda sem muitas expressões em seu rosto, como se estivesse aguardando pacientemente o que eu iria dizer.

— Sei que parece loucura — continuo com o olhar firme em seus olhos — mas eu tenho um propósito por trás disso tudo.

Pego a pasta de documentos que trouxe na bolsa e coloco sobre a mesa. Repouso minhas mãos em cima e volto a olhar para Bruce.

— Descobri recentemente que minha família me deixou muito dinheiro. Porém, não foi apenas isso.

Começo a abrir a pasta e tiro uma cópia dos documentos originais da Troffle e entrego a ele.

— Meu avô tinha um propósito quando fundou essa empresa. Ele queria que fosse um recurso para tornar o mundo um lugar melhor. Mas após a venda para a família Brooks, o lucro virou prioridade.

Bruce analisava atentamente o documento em suas mãos, folheando algumas páginas.

— E não foi tão ruim assim. — Retomo a explicação. — A empresa cresceu e virou uma grande desenvolvedora tecnológica e científica, tanto que se tornou uma grande aliada à sua empresa.

Olho para Bruce que agora me encarava, mas ainda com os papéis em mãos.

— O que estou procurando aqui são algumas respostas. — Dessa vez, retiro da pasta outros documentos da minha herança. — O dinheiro que recebi da minha família estava atrelado à alguns lucros da Troffle de anos atrás. Meu avô vendeu a empresa, mas com a condição de receber uma pequena porcentagem desses lucros anualmente. Até que esses lucros começarem a ser desviados para outras contas.

Coloco sobre a mesa o histórico de transações da Troffle do último ano.

— Não estou aqui atrás do dinheiro que foi desviado. Estou aqui para continuar o legado da minha família, entender qual a ligação deles com tudo isso e fazer a coisa certa. — Começo a folhear as papeladas financeiras da Troffle. — Mas eu não conseguiria fazer isso sem a Wayne Tech. Vocês são a maior fonte de renda dessa empresa.

Aponto para a linha de ganhos com a empresa de Bruce Wayne.

— E como você pretende retomar as atividades? A Troffle não tem mais nenhum recurso. — Bruce questiona, por fim dizendo alguma coisa.

Ainda bem que Olívia e eu tínhamos pensado em inúmeras possibilidades, então eu estava preparada para esse tipo de pergunta.

Não poderíamos contar com os Laboratórios S.T.A.R. para a minha missão original, mas eles poderiam ser uma nova aliança para a Troffle e sua função neste mundo. Olívia é uma mulher inteligente e tem excelentes contatos, além da sua mãe ter sido uma cientista muito respeitada, então foi fácil conseguir um apoio da diretoria do laboratório de Gotham.

— Terei um suporte direto com os Laboratórios S.T.A.R. — Lhe entrego a carta assinada pelo diretor responsável. — É pouca coisa, mas é um começo. Meus pais tinham um bom relacionamento com eles.

Minto, pois quem realmente conseguiu abrir os caminhos foi Olívia.

Bruce folheava as dezenas de páginas de documentos que lhe entreguei. Ele franziu o cenho, como se estivesse tentando ligar os pontos de todas as informações que estavam em suas mãos.

— O pedido que vim fazer nessa reunião é de continuar onde a Troffle parou com a Wayne Tech e seguirmos rumos mais promissores do que antes. Eu sei sobre a corrupção interna da empresa, mas ainda não descobri os motivos.

Faço uma pausa e o vejo semicerrar os olhos brevemente. Estava aguardando na esperança de que ele falasse algo, mas ao que parecia, ele estava absorvendo tudo o que eu lhe dizia.

— Ouvi dizer que a Troffle vai passar por uma inspeção jurídica. — Ele diz após breves segundos de silêncio. — Isso pode complicar os seus planos em tomar posse da empresa.

— Sim, eu sei disso.

— Soube também que você é uma musicista. — Ele faz uma breve pausa, como se estivesse pensando na melhor maneira de continuar seu raciocínio. — Quem vai te ajudar na administração de uma empresa de tecnologia científica?

Era óbvio que ele tinha feito toda a pesquisa sobre sim. Eu esperava por isso. E também tinha o Dick Grayson que pode ter falado sobre a minha breve visita na sua instituição de caridade. Eles devem estar desconfiando do meu envolvimento com a empresa falida e corrupta.

Parecia injusto eu saber sobre a dupla identidade deles e estar aqui pedindo ajuda a desvendar os meus próprios mistérios. Mas fazer o quê. São ócios do ofício. Então, eu precisaria usar isso a meu favor e conseguir a confiança deles. No momento, mais a do Bruce do que a do Dick.

— Tenho uma aliada. Olívia Lynn. Ela é gerente do departamento de tecnologia e pesquisa de segurança espacial do Laboratórios S.T.A.R. aqui em Gotham. Uma velha amiga. Quando soube de tudo, pedi a ela para que se juntasse a mim. Afinal, a mãe dela era como uma irmã para os meus pais. Estamos montando uma equipe para a nova gestão da empresa.

Ensaiei essa fala tantas vezes na frente do espelho que até eu mesma estava acreditando nessa versão alternativa da minha própria história de vida.

— Veja bem, Jenni. — Bruce se endireita na cadeira e apoia os braços na mesa. — A Troffle me deu um prejuízo enorme no último mês. Tivemos acesso à algumas informações sobre a falência e, honestamente, acredito ser muito difícil retomar a operação que tínhamos.

— Entendo. — Respondo pegando o celular no bolso da minha jaqueta, eu também estava preparada para esse argumento. — Fizemos alguns cálculos base e, em três meses, conseguiremos restituir 25% do que foi perdido. Isso contando com o mínimo. Se alcançarmos os objetivos, em menos de um ano, teremos uma operação lucrativa. Colocarei uma boa grana do meu próprio bolso para pagar as maiores dívidas.

Mostro a tela do meu celular com as projeções que fizemos junto ao banco da empresa.

— E sim, eu sou uma musicista, mas os números sempre correram em minhas veias. Meu sonho era ser cientista, mas a vida me levou para outros caminhos.

Era difícil ler as expressões de Bruce, então não dava para saber se ele estava me achando uma completa idiota ou estava tentando acompanhar o meu raciocínio.

— Eu tenho uma proposta. — Bruce diz abrindo o notebook que está ao seu lado e começa a digitar. — A Troffle ainda tem em estoque suprimentos tecnológicos que são do interesse da Wayne Tech. Quero comprar todos.

Ele vira a tela do notebook em minha direção mostrando quanto seria o valor da transação e quais eram os suprimentos. Haviam nano chips, equipamentos inteligentes de segurança, sistemas de inteligências artificiais e rastreamentos, entre outros. A quantidade de dinheiro e de equipamentos eram igualmente altas.

— Então posso considerar isso como um sim? — O questiono mais querendo que ele desenvolva melhor o motivo de comprar todo o estoque.

— Preciso que meu departamento financeiro e jurídico analise a documentação que você trouxe e também os cálculos. — Ele puxa o notebook para a sua frente novamente.

— Então por que você quer comprar todo o estoque da Troffle? — Pergunto mesmo sabendo que não receberei uma resposta verdadeira.

— Para não ficarmos sem suprimentos até acharmos uma empresa parceira para substituir a Troffle. — Ele percebe a confusão em meu rosto e logo continua. — Se acharem provas concretas sobre a corrupção, não posso mantê-los como fornecedores. Independente de quem seja o novo dono.

— Nesse caso, terei que recusar a sua oferta, Bruce. — Digo com firmeza.

Se ele recusasse a minha proposta eu estava ferrada para manter a empresa ativa. Eu não tenho outra opção. E sei o quanto a Troffle é importante para a Wayne Tech. Ele precisa aceitar.

— Com o valor da minha compra, você conseguiria quitar parte de algumas dívidas e ainda ganharia tempo para procurar outro parceiro de negócio. — Ele franze o cenho mais uma vez, como se tivesse lembrado de um detalhe. — Você já assinou os papéis?

— Sim. — O respondo com a mesma firmeza. Se ele estava procurando uma brecha para conseguir o estoque da Troffle sem passar por mim, ele não conseguiria.

Bruce solta um suspiro e me encara diretamente nos olhos. É muito difícil dialogar com alguém cuja expressão é a mais indecifrável de todas.

— Eu sei que a sua maior preocupação é a corrupção da empresa, mas eu te garanto que quero descobrir e punir os responsáveis tanto quanto você. — Digo com o intuito de deixar o mais claro possível de que não estou envolvida nisso, porque com certeza é o que ele deve estar pensando.

— Não sei exatamente há quanto tempo você está nessa cidade, mas as coisas não são tão simples assim.

— Pelo que vi, as coisas aqui são movidas como qualquer outra grande cidade, ou seja, a base do dinheiro. E por sorte, nós dois temos de sobra para descobrir o que aconteceu e começar um novo capítulo.

Não sei o que deu em mim, mas não sairei dessa sala sem conseguir ao menos o indício de um "sim". Talvez eu não devesse fazer isso, mas não sei quando eu teria outra chance com Bruce Wayne. O Batman em pessoa bem na minha frente.

Pego meu celular novamente, abro o meu email e mostro a investigação que Olívia havia feito sobre Martin Goldman. Ainda não era uma pesquisa completa, mas o suficiente para mostrar o nome dele em alguns desvios da Troffle.

Bruce pega o meu celular e começa a ler atentamente as informações.

— Não conheço esse homem, mas ele me parece ser um dos principais pelos desvios do dinheiro.

— Você já tem acesso ao histórico completo da empresa? — Ele questiona ainda rolando a tela do celular.

Bom, pelo menos deu certo. Consegui algo que ele queria, aparentemente.

— Ainda não, conseguimos esses dados quando puxamos o histórico de transações de um ano atrás. Estavam criptografados, mas temos nossas habilidades.

Bruce me devolve o celular e olha para os papéis que mostrei anteriormente.

— Jenni, você tem certeza de que quer fazer isso? — Ele questiona com um certo tom de seriedade na voz. — Essas pessoas podem ser perigosas.

Podem não, com certeza eram. E ele sabia disso, mas parecia que não queria ser invasivo ou explícito em uma decisão que não era dele.

— Eu tenho certeza. Vim até Gotham para isso. Eu não me importo com a herança que recebi, Bruce. — Reúno os papéis que estavam sobre a mesa. — Meus pais e meu avô eram pessoas do bem, com boas intensões. Mas eles guardavam muitos segredos, a minha vida inteira foi assim. Sinto que finalmente posso conseguir algumas respostas e retomar o propósito inicial da Troffle. Ajudar esse mundo a ser melhor.

Entrego os documentos a Bruce. Ele hesita por um segundo, mas logo os recebe.

— Vou analisar e entro em contato com uma resposta. — Ele diz segurando os papéis.

— Te garanto que será um bom negócio. — Lhe dou um sorriso fechado, um pouco mais para conter o meu alívio ao ouvir um simples "vou analisar".

Nem em meus mais insanos delírios eu imaginaria que estaria sentada no escritório do Batman fazendo negócios com ele.

— Acredito que até semana que vem consigo mais acessos da Troffle, então, se realmente estiver interessado em mantermos a parceria, me avise até lá. Terei mais informações. — Digo me levantando e Bruce faz o mesmo. — Além disso, o estoque de suprimentos da Troffle também seria seu.

— Te ligo em breve.

Caminhamos em direção até a porta da sala e Bruce a abre para mim.

— Jenni, se você não estiver ocupada hoje à noite, teremos um jantar beneficente na sede da Fundação Wayne. — Bruce diz me entregando um envelope que parecia um convite. — Antigos parceiros da Troffle estarão presentes e outros nomes influentes do mercado. Se realmente quer fazer isso, precisa conhecer as pessoas com quem vai lidar.

Pego o envelope e o abro. São dois convites para o jantar.

— E seriam pessoas como você? — Digo em um tom mais descontraído, mas entendi o seu conselho.

— Sim e não. Pessoas ricas e homens bilionários, os quais não são dignos de confiança.

— Então está na hora de uma mulher bilionária roubar a cena e mostrar como se faz a coisa certa.

Percebo que Bruce fecha um pouco a expressão.

— Fica tranquilo. Eu sei me defender. Nos vemos mais tarde.

E saio em direção ao elevador.

A verdade é que eu não faço ideia de onde estou me metendo. Mas se tive que vir até outro universo para salvar o meu próprio mundo, eu teria que estar disposta a enfrentar qualquer coisa.


BLOQUINHO DE NOTAS DA AUTORA

Primeiramente, feliz ano novoooo 💙
Que 2024 seja lindo pra todos vocês!

E segundo, me empolguei e liberei logo dois capítulos de uma vez hahahaha o próximo promete! Já tá na hora de começar a bagunça!
Até breve!!!

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro