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06. Juventude


22h53
21 de outubro
Gotham City

DICK GRAYSON

Estar em Gotham é um fardo que terei que levar até o último dia da minha vida. Por mais que eu tenha tentado fugir dessa cidade inúmeras vezes, ela sempre me puxa de volta.

É o que a responsabilidade faz, eu acho.

— Arrrgh. — Um sujeito chamado Edin Roff arfava com o golpe que eu tinha dado em sua cara.

Ele e seu colega tentavam a todo custo me convencer de que seu nome verdadeiro era Duque da Faísca. Eles esperavam mesmo que eu acreditasse naquilo? Os criminosos dessa cidade já foram mais criativos.

— Você pode nos matar se quiser, passarinho azul. Mas não somos tão burros a ponto de abrir o bico. — Edin Roff, o Duque da Faísca, resmungava enquanto eu terminava de amarrá-lo em seu colega chamado Austin Wilson.

— Eu não preciso que vocês falem.

Percebi o olhar confuso de ambos quando viram que peguei a maleta que eles tinham roubado minutos atrás. Um alerta havia sido emitido pela falida Troffle. Dois homens encapuzados atiraram em seguranças e roubaram uma maleta do cofre de experimentos.

— Boa sorte em tentar abrir essa mala, otário. A senha é totalmente criptografada.

— Eu sei. — E no mesmo segundo que inseri uma chave inteligente, a maleta abriu revelando um pen drive prateado. Eu não poderia estar mais feliz.

Guardei o conteúdo em meu bolso de utilidades e voltei a vasculhar a maleta para assegurar de que não havia mais nada ali. Percebi que na parte inferior possuíam 5 letras e 4 números aleatórios gravados em alto relevo, porém discretos. Poderia ser apenas a identificação do objeto, poderia ser a senha do pen drive ou poderia ser algum código para o que tem nele. Por via das dúvidas, tirei uma foto.

— Batman para Asa Noturna. Como está aí? Chego em 5 minutos. — Ouvi a voz de Bruce no meu ouvido esquerdo.

— Já terminei. A polícia está a caminho.

— Ok, te vejo em casa. Agora preciso resolver outro assunto.

— Que tipo de... – Ele sempre faz isso. Escutei um rápido ruído indicando que a conexão tinha sido encerrada.

Segurei a maleta com a minha mão esquerda enquanto a direita puxava um de meus bastões e arremessava o gancho magnético no topo do prédio ao lado. Em segundos, eu já estava no teto e segui pulando entre um e outro até chegar na rua onde estava a minha moto.

Assim que aterrissei, peguei o pen drive e comecei a transferir os dados para um dos meus celulares. Os arquivos pareciam estar altamente criptografados, eu precisaria abri-los mais tarde em um computador.

Coloquei o capacete e segui para o local que tinha combinado com a polícia para entregar a maleta.

Há 5 anos, eu jamais poderia imaginar o departamento policial de Gotham fazendo o trabalho deles, que é combater o crime dessa cidade. Mas nos últimos anos, temos unido as forças vigilantes com a operação de bons policiais. Ainda está longe de ser a maioria, mas já é um grande começo levando em consideração que antes nem 1% valia a pena.

A situação em Blüdhaven também deu uma melhorada. Daqui dois meses, celebraremos um ano da abertura de Haven, o espaço comunitário que abri com a herança que Alfred deixou para mim.

No começo, parecia que a ideia era algo impossível de acontecer com todas as vezes que tentaram sabotar aquele lugar. Mas tive a ajuda dos meus amigos para reerguê-lo. Sou grato a cada um deles. Babs, Wally, Tim, Kory, Donna, Gar, Vic, Rachel... e tantos outros.

Sempre que penso nisso, me sinto um sortudo.

E o mais importante, não somente a eles, mas a todos os jovens que usam Haven como um lar. Cada um deles lutou para que aquele lugar ainda pudesse existir. Era o refúgio e a esperança, não só deles, mas também a minha.

A juventude é o futuro de uma Blüdhaven melhor e eu acredito nisso.

Gotham também poderia ser. Afinal, essa cidade foi o meu lar por muitos anos. E até hoje, aos meus 25, ainda sinto que é.

Virei na terceira quadra após passar pelo bairro de Neville, o mais novo aconchego dos ricos dessa cidade, e encontrei os oficiais Lewis e Corbyn.

— Aqui. Edin Roff, um dos criminosos que está no arquivo que enviei para vocês, deixou escapar que a senha é criptografada. – Disse entregando a maleta com o pen drive.

Claro que eles não faziam ideia de que eu já tinha feito uma cópia para minha própria análise.

— E isso ajuda como? — Questionou Lewis.

— É só descobrir o algoritmo que foi usado. — Respondi fechando o visor do capacete e acelerando a moto.

Não esperei eles responderem, já estava a caminho da mansão Wayne para ver o que eu conseguiria pelo computador.

Há 3 meses, uma gangue chamada Harpia, que era comandada pela família Falcone, começou a ressurgir em Blüdhaven.
Em uma noite, recebi uma mensagem na porta do meu apartamento que dizia "Estamos de volta, detetive Grayson. Esperamos nos reencontrar em breve. – J."

J era de Jordin Harpia, o antigo líder da gangue na época das máfias do legado Falcone. Mas 4 anos atrás, prendemos ele e todos os outros operantes tanto em Blüdhaven, quanto em Gotham, já que são originários daqui.

Na época, atuei como detetive no departamento de polícia em Blüdhaven, além de Asa Noturna, pois precisava conseguir o máximo de informações possíveis sobre os policiais envolvidos e quem do sistema estava facilitando a dissipação daqueles criminosos.

Eles eram responsáveis por sustentar o tráfico de armas e drogas que financiavam empresas privadas do ramo de investimentos. Tais companhias serviam como laranjas para abastecer o lucro criminoso da família Falcone e toda a sua posse pela corrupção de policiais e políticos de ambas as cidades, mantendo um ciclo vicioso por anos.

Até que eu, Bruce, Tim e Babs os derrotamos após meses de investigações e a construção de uma armadilha perfeita para que as grandes cabeças do crime tivessem um fim.

O que acontece é que, nas últimas semanas, outros 3 grandes nomes da Harpia tiveram suas solturas da prisão devido ao pagamento de uma fiança de milhões de dólares. Dois deles estavam em Gotham e outro em Blüdhaven, assim como Jordin.

Bruce e eu temos nos divido nas investigações para descobrir quem estaria por trás do patrocínio de libertação daqueles homens, já que os atuais líderes do legado Falcone ainda estavam presos.

Após diversas buscas feitas por Oráculo, descobrimos que a transferência feita tinha partido de um desvio de dinheiro da empresa de tecnologia Troffle, fornecedora da Wayne Tech. Mas o pagamento estava vendado no histórico da empresa. Para os diretores financeiros, essa transferência aparecia como um investimento de novos projetos.

Na semana passada, a Troffle declarou falência, com o seu atual CEO renunciando o cargo e anunciando o fechamento da empresa.

Até para quem não é detetive, sabe muito bem que esse caso é bem mais fundo do que parece. O problema é que a população e, provavelmente 99% do quadro de funcionários que foram demitidos, não sabem sobre a informação do desvio de dinheiro para libertar mafiosos.

Estamos nessa etapa de descobrir quem e por quê. Caso essa informação vaze antes para imprensa, podemos dispersar as pistas que encontramos. E, obviamente, não é o que queremos. Não quero isso para Blüdhaven e nem para Gotham. Não vou deixar.

O sentimento de raiva já estava tomando conta de mim, antes mesmo de reencontrar aquelas pessoas. Acelerei mais a moto a fim de chegar logo e continuar com a investigação. Até que fui surpreendido com o barulho de uma explosão distante. Não parecia tão próximo, mas com certeza o estrago foi grande, pois pude ouvir a bons quilômetros de distância.

Mexo a tela que tem na parte da frente da minha moto, rastreando a massa de calor. Dou meia volta e sigo rumo ao incêndio, já acionando bombeiros e policiais via rádio.

Ao chegar no local, um turbilhão de perguntas passou pela minha mente. A explosão ocorreu em uma empresa de nanotecnologia chamada NanoFuture.

Definitivamente, não era uma coincidência uma empresa de tecnologia declarar falência e uma outra explodir, tudo em um intervalo de tempo de apenas uma semana.

O prédio possuía 10 andares, mas o fogo estava concentrado no 7º e 6º andar, provavelmente onde ocorreu a explosão.

No mesmo instante, ligo para Bruce. Certamente eu iria precisar de reforços, já que não havia sinal do corpo de bombeiros. A chamada foi parar na caixa postal. Óbvio.

— Porra, Bruce. — Xingá-lo em voz alta fazia sentido naquele momento. Afinal, ele não tinha passado metade da minha vida me dizendo que o propósito de sermos vigilantes é estarmos sempre atentos?

Avistei algumas pessoas sendo evacuadas por seguranças pela entrada do prédio e fui ajudá-las.

— Tem muita gente aí dentro? — Perguntei à uma mulher de jaleco que tinha acabado de sair correndo pelas portas.

— Ai, graças a Deus uma ajuda! — Esbravejou a mulher em minha direção. – Não muito. Por conta do horário, são apenas os plantonistas. Acredito que no total são umas 25 pessoas. Acionamos o corpo de bombeiros, mas devem chegar em 10 minutos.

— Você sabe de que andar veio a explosão? Tem pessoas naqueles andares?

— Não tenho certeza. A partir das 22h00, os andares de 5 a 10 ficam fechados, não deveria ter ninguém. Não pode ter ninguém. — A mulher me respondeu com um olhar de preocupação por debaixo de seus óculos e pega em meu braço direito quando eu já estava arremessando o gancho para voar até lá.— Asa Noturna, tem pessoas da nossa equipe que estão presas no 4º andar. Os elevadores pararam de funcionar e as saídas pelas escadas de emergência foram bloqueadas, não sabemos o porquê. Por favor, as tire de lá.

E no mesmo segundo, comecei a subir em direção ao andar que ela havia indicado. Porém, no meio do percurso, notei uma pessoa entrar pela janela do 4º andar. Talvez pudesse ser o sujeito responsável por aquilo ou que estivesse envolvido.

Rapidamente entrei pela mesma janela, e o cômodo que aparentava ser uma espécie de laboratório estava começando a ficar tomado pela fumaça do incêndio. Avistei algumas pessoas próximas a janela ao lado que eu e a pessoa não identificada entramos, e estavam avaliando como poderiam descer dali. Alguns estavam desesperados.

— Por favor, tentem manter a calma. Vou ajudar vocês a saírem daqui. — Era uma voz feminina.

Ela estava com uma roupa toda preta, que parecia um traje bem equipado. Usava uma balaclava da mesma cor e no mesmo tecido do traje. Seus olhos estavam cobertos por um óculos, também preto. Com certeza aquilo não era um simples óculos. Nada nela parecia simples.

Instantaneamente, peguei meus dois bastões e ativei a função de transformá-los em escadas de cabo de aço. Fixei ambos lado a lado na janela em que estavam e comecei a indicar as pessoas para que pudessem começar a descer pelas duas escadas.

— Se segurem firme nas cordas laterais, são feitas de aço, isso não vai despencar. — Disse tomando uma mulher de meia idade pelo meu braço e a auxiliando a sair pela janela. Ela olhou para mim com receio e respirou fundo.

— Não sei se consigo. — Revelou a mulher de cabelos grisalhos.

— Consegue, sim. Vamos, eu te ajudo. — Encorajou a mulher de preto, interrompendo o que eu iria dizer.

Em seguida, ela já estava a alguns metros abaixo da senhora e a ajudando a descer degrau por degrau.

Voltei a auxiliar as outras pessoas a saírem na escada ao lado. Deveria ter em torno de 8 funcionários nesse laboratório. Quando eu estava prestes a ajudar a segunda pessoa a se posicionar para sair, a mulher de preto retorna para o cômodo oferecendo máscaras descartáveis para quem estava aguardando a vez.

— Quem é você? — Perguntei depois de posicionar um homem para começar a descer.

— Não tenho tempo para apresentações. Você, sua vez. Me dê a mão. — Ela saiu novamente pela janela ajudando outra pessoa a descer até a metade do caminho.

Auxiliei as duas últimas pessoas a saírem daquele cômodo que já estava repleto de fumaça. Assim que cheguei ao chão, vi o fogo aumentar mais ainda entre o 6º e o 5º andar. Contei rapidamente as pessoas na calçada que estavam com o jaleco da empresa. Ainda não davam 25, faltavam 2.

O corpo de bombeiros chegou ao local e começaram a jorrar as mangueiras de água em direção ao foco. Segui para o lado oposto do prédio para tentar achar mais alguém que pudesse estar preso em algum andar. Mirei no 5º e comecei a subir, o 6º e o 7º já estavam preenchidos pelas chamas. Chutei a janela do andar e o cômodo era de um escritório. Peguei meu rastreador de calor humano e logo apareceu na tela a mensagem "NADA ENCONTRADO".

— Tem alguém aí? – Gritei mesmo assim.

Sem resposta imediata.
Ouvi uma explosão de fogo no andar de cima e pensei que o mais inteligente seria sair dali.

— Conseguiram localizar todos? — Perguntei ao capitão dos bombeiros assim que voltei à calçada.

— Uma mulher está desparecida. Possui cabelos pretos e curtos, aparenta ter entre 40 e 45 anos e altura por volta de 1,65cm.

— Suspeitam que ela tenha saído um pouco antes da explosão. — Interveio o oficial da polícia me estendendo a mão. — Detetive Phillips. Achei que você ficasse em Blüdhaven.

— E eu fico. Mas Gotham não me deixa em paz. — O cumprimentei de volta. — Com licença, preciso achar outra pessoa.

Saí do campo de visão dos dois e comecei a olhar para o topo dos prédios ao redor até que a encontrei. Antes que ela percebesse, eu já estava no mesmo telhado.

— Quem é você? — Insisti.

Pela reação de seu corpo, parecia não estar esperando companhia ali.

— Já disse, não tenho tempo para apresentações. — Respondeu buscando algo em seu bolso.

Não havia nada que eu pudesse tentar reconhecê-la depois. Todo o seu rosto estava coberto e sua voz saía um pouco abafada.

— Você salvou a vida daquelas pessoas. Posso ao menos agradecê-la por isso? — Me aproximei da mulher e estendi a mão para cumprimentá-la. Tinha colocado um micro rastreador para que ficasse em sua mão após o nosso toque.

Ela inclinou a cabeça em direção a minha mão e vi seu braço esquerdo se levantar para meu cumprimento, mas em uma fração de segundos, fui surpreendido pela mulher se jogando no prédio ao lado, sendo carregada por um gancho que estava em sua mão direita. Ela segue o caminho até o topo sem olhar para trás e a perco de vista quando corre mais uma vez e salta para o próximo.
Minha tentativa de rastreá-la não deu certo. E seja lá quem for, parece ter tido um bom treinamento.

Essa noite me deixou com mais perguntas do que respostas e ainda fui deixado no vácuo por uma mascarada desconhecida.
Por que Gotham é assim?

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