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13

Lembranças

A chuva despencava das nuvens cinzentas, afogando a floresta em sombras e lama. O cheiro da terra molhada se misturava ao frio cortante que atravessava a pele.

Iani não chorava mais.

Ou talvez chorasse. Mas quem poderia ter certeza, quando a chuva apagava suas lágrimas?

Seus olhos vagavam pelo vazio entre as árvores, mas não viam nada. Nada além da escuridão. Nada além de si mesma.

No alto da floresta, o céu se rasgou em um clarão ofuscante. Um trovão rugiu logo depois, tremendo o solo, fazendo as folhas vibrarem, ecoando como um grito do próprio mundo.

Mas Iani permaneceu imóvel.

O frio mordia sua pele, a lama grudava em suas roupas, o vento açoitava seu corpo já fraco e exausto. Mas nada disso importava.

Porque ela ainda se agarrava a um fio invisível.

Aaron virá me buscar.

A voz de seus próprios pensamentos soava distante, frágil, como se não lhe pertencesse mais.

Tudo não passa de um mal-entendido.

Mas ele não veio.

A esperança morreu ali, afogada na tempestade.

Seu corpo vacilou. Seu joelho ferido latejava com brutalidade, cada passo uma tortura. Mas ela seguiu. Arrastou-se pela lama, ignorando a dor, ignorando o peso que esmagava seu peito.

Preciso de um lugar…

Os olhos castanhos vagaram pela escuridão até encontrarem uma fenda na terra. Uma caverna. Pequena. Escura. Fria. Mas ainda assim, um abrigo.

A dor em seu joelho pulsava como um lembrete cruel, mas ela não olhou. Não queria ver. Não queria sentir.

Cada movimento parecia levar uma eternidade. Quando, finalmente, alcançou a entrada da caverna, deixou-se cair contra as pedras, os braços envolvendo o próprio corpo, tentando conter o frio que se infiltrava até os ossos.

Por que isso está acontecendo?

Seus olhos ardiam. Seu coração pesava.

A tristeza que antes a sufocava começou a mudar, se torcer dentro dela, se transformar. De algo frágil e quebradiço para algo mais feroz, mais denso, como uma fera enjaulada à espreita.

— Você disse que ia cuidar de mim...

Sua voz foi engolida pela tempestade. Um sussurro perdido, um lamento afogado no vento.

Iani riu.

Foi um riso vazio, amargo.

Uma promessa de proteção?

Mentira.

Ele a deixou. Ele a abandonou.

Mentiroso.

A raiva veio como um relâmpago.

Cega. Quente. Insuportável.

O sangue de Iani ferveu. Algo dentro dela pulsou, denso, quente como fogo líquido. Se golpeasse aquelas pedras, sabia que as quebraria.

Queria quebrá-las.

Queria destruir tudo.

Mas então…

Olhos azuis.

O trovão rugiu. Sua raiva vacilou, e a dor ocupou novamente seu lugar.

Brutal. Esmagadora.

Aiko.

A lembrança dele atravessou seu peito como uma lâmina afiada.

Por mais que amasse Aaron, nada doía mais do que ter deixado Aiko para trás.

A essa altura, ele já deve saber que fui embora…

A imagem do pequeno lobinho, correndo pelos corredores do castelo, desesperado por ela, apertou sua garganta.

Aiko

Outro raio iluminou o céu. Não muito longe, uma árvore explodiu em chamas com o impacto. O cheiro de fumaça se espalhou no ar, mas Iani não se moveu. Não se assustou.

Só conseguia pensar nele.

No dia em que o encontrou na floresta, ferido e sozinho.

Nas noites frias em que ele dormia ao seu lado.

Nas brincadeiras na neve.

No medo que sentiu ao protegê-lo do caçador.

No reencontro, depois de despertar naquele mundo.

Aiko era seu bem mais precioso.

E agora, ele havia ficado para trás.

A dor transbordou, escapando pelos olhos.

Iani chorou.

Não um choro alto, desesperado.

Mas um choro silencioso.

Um choro que a chuva levava, mas que ecoava dentro dela como um grito mudo.

E então, sem forças, sem mais nada a perder, Iani se entregou à exaustão e afundou em um sono profundo.

...

Além das planícies, lá onde o grande mar sumia no horizonte, uma clareira se estendia, coberta de grama baixa e verdejante. Ao redor, cerejeiras floriam, espalhando pétalas rosadas pelo chão. Estátuas de mármore branco se erguiam, silenciosas, eternas.

No centro daquele santuário, uma figura repousava sobre um pequeno trono.

Os dedos brincavam com uma joia vermelha como sangue, que reluzia à luz do sol enquanto outra tão azul quanto o oceano pendia em seu pescoço.

Não muito distante, escondidas entre as estátuas, duas sombras observavam a mulher.

A primeira era uma jovem de pele morena e olhos amarelos, felinos, atentos à pedra vermelha.

Ao seu lado, uma garota um pouco mais alta, de traços finos e cabelos grisalhos, mantinha os olhos escuros fixos na mulher.

Elas estavam ali para observar. Mas, de repente, a voz suave da mulher as encontrou.

Não precisam ter medo…

Aquela voz era antiga. Antiga como o próprio tempo.

Venham, deixem-me ver vocês.

As duas silhuetas se encolheram. Era impossível que alguém tivesse notado sua presença. Mas aquela mulher não era como as outras.

A aura ao redor dela não era apenas delicada.

Era esmagadora.

E, ao mesmo tempo, havia algo mais. Algo inexplicável.

Como se uma força primitiva as chamasse, puxando-as para perto dela.

A parte felina cedeu ao instinto e deu um passo à frente.

Uma quiltsi… isso é raro — mulher não desviou os olhos da joia carmesim — Há muitos anos não vejo uma de vocês. Um ser dividido em dois corpos…

Um leve sorriso curvou seus lábios.

Me faz lembrar de tempos antigos.

As duas figuras, que na verdade eram uma só, ficaram em silêncio.

Os olhos felinos analisavam cada detalhe ao redor. Já os olhos humanos estavam fixos na mulher.

Seu cabelo descia como uma cascata atrás do trono. Seu vestido branco se espalhava pela grama como a espuma do mar.

Ela parecia uma das estátuas dali. Intocável. Eterna.

O que deseja, pequena quiltsi?

A figura humana hesitou.

Ninguém oferecia algo sem pedir nada em troca.

Mas a parte felina se aproximou. Sentia confiança naquela pergunta.

E então, quando estavam perto o suficiente, a voz saiu.

— Casa…

Pela primeira vez, os olhos azuis da mulher se desviaram da joia e pousaram sobre a quiltsi.

Casa?

A criatura felina assentiu, os olhos tristes, o corpo cansado.

Entendo…

A mulher se levantou. Seu vestido dançou ao redor de seus pés como névoa.

A guerra tirou muito de muitas pessoas…

Ela se aproximou. Instantaneamente as duas figuras se encolheram, acuadas.

Sua presença era esmagadora, no entanto, assustadoramente gentil.

Me desculpem…

Seus dedos tocaram os fios grisalhos da garota e, num instante, todo o medo, toda a dor, todas as incerteza desapareceram.

As lágrimas caíram sem controle.

A mulher abriu os braços, acolhendo a quiltsi.

Permitam-me ser seu novo lar.

Sua voz era um refúgio.

Até que seus corações encontrem onde possam repousar em paz.

E pela primeira vez, a quiltsi acreditou.

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