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39

A valsa

 Sentindo as pernas tremerem, Iani desceu a longa escadaria. A atenção sobre si era esmagadora, quase palpável, e se não fosse pelo par de olhos dourados em meio a todos os outros, ela não saberia dizer se teria tido forças para continuar.

Aaron...

Com o peito mais leve, a jovem seguiu em direção a ele, um sorriso doce se abrindo em seus lábios enquanto, aos poucos, a multidão ao redor se tornavam apenas borrões.

Quando a jovem se aproximou o suficiente nenhum dos dois conseguiu dizer nada, apenas se encararam, admirando um ao outro como se fossem uma pintura digna de apreciação.

—Iani! Pelos céus! Você está deslumbrante!

A voz de Dave ecoou pelo salão fazendo com que os outros convidados voltassem a se ocupar com a festa. Clycia preferiu se afastar, mas não sem antes mirar um olhar de desdém a Iani e sua veste negra como uma noite estrelada.

—Obrigada Dave.

—Não me agradeça! Você é que me brinda com sua presença! Não é mesmo, Aaron?!

O Alfa de olhos de ouro concordou.

—Alias, hoje está uma bela noite, não acha?

Iani acompanhou os olhos de Dave em direção a cúpula de vidro sobre sua cabeça.

—Sim, posso dizer que seria capaz de tocar as estrelas.

—Literalmente, você só precisa tocar o vestido.

—Te razão, alías, muito obrigada por me empresta-lo.

—Não há de que, e como eu já disse antes, considere como um presente especial, já que pertenceu a alguém especial.

Deixando um sorriso escapar, Iani se perguntou se aquela roupa pertenceu a mãe de Dave.

—Não sabia que gostava das estrelas.

—Sempre fui fascinada por noites assim, mas confesso que a lua me encanta mais.

—Imagino, seu brilho não se iguala a nada, assim como você Iani.

As duas esmeraldas brilhavam de uma forma estranha quando a voz de Aaron finalmente ecoou em seus ouvidos.

—Realmente Dave, está uma bela noite e as estrelas incrivelmente lindas, mas agora se nos da licença...

Iani foi levada para o canto mais afastado do salão, porém, ela ainda conseguia sentir que era acompanhada pelos olhos do seu anfitrião. 

—Está tudo bem Aaron?

—Sim , sim...

Ele olhou novamente para Dave antes de se colocar na frente da jovem humana.

—Tem certeza? Está agindo meio estranho.

—Só queria sair do meio de toda aquela gente.

—Entendo.

Seu olhar caiu novamente sobre ela. Dessa vez com um semblante mais calmo.

—É meio que inacreditável, sabia?

—O quê?

—Que você seja real, hoje você parece... 

Aaron fez uma pausa. 

—Um sonho.

Aquela confissão pegou Iani de surpresa fazendo suas bochechas corarem.

—Você também está incrível essa noite, na verdade, sempre está...

Iani viu quando Aaron largou a taça de ouro se aproximando aos poucos dela, o perfume da pele alva e as roupas azul turquesa chegando até seu nariz a prendendo em uma espécie de encanto.

—Não vai mais beber?

—Não, confesso que já estou lutando para não perder o controle aqui e agora, se eu der mais um gole...

Seus lábios se aproximavam, mas, como se pensasse melhor, Aaron parou. 

Você não precisa se conter — a voz de Iani soou baixa como um sussurro. Não sabia de onde tirou coragem para dizer aquilo, mas ela sabia do desejo que borbulhava dentro de si — Não para um beijo.

Aaron sentiu um arrepiou percorrer seu corpo, quase um instinto que aflorava de algum lugar dentro de si, ansiando pela mulher à sua frente, porém, antes que pudesse cobrir a distancia entre seus lábios uma voz estridente ecoou atrás de si pouco antes de alguém o puxar para longe.

—Está na hora da valsa!

Clycia o levou rapidamente para o centro do salão.

—Ei! Aaron! Espere!

Mas não adiantava, outras pessoas começaram a se amontoar deixando Iani sozinha. 

Ótimo...

. . .

Os músicos pararam enquanto o grande salão era preenchido por murmúrios e cochichos conforme a multidão abria espaço deixando o centro livre. Iani observava a cena de longe, aguardando com curiosidade o que estava por vir quando Clyclia e Aaron aparecem juntos no espaço vazio. Todas as atenções estavam sobre eles. Os olhos dourados pareciam procurar algo na multidão enquanto Iani sentia o peito doer.

—Não se preocupe, isso é mais comum do que possa imaginar.

A jovem humana levou um susto quando Dave apareceu do seu lado.

—Me desculpe se a assustei.

—Imagina...

Ela voltou olhar para Aaron que agora conduzia uma dança lenta. 

—Ele sempre dançou bem, já a minha irmã...

Nesse momento, os olhos mais apurados conseguiram ver o pisão que a jovem loba deu no pé do seu par. E pela cara de Aaron, aquilo devia ter doido. 

—Sempre? Então os dois já dançaram outras vezes?

—Sim, em outros bailes como esse.

Iani não respondeu, apenas continuou observando a valsa em silencio.

—Mas como eu disse antes é algo comum de acontecer, pode até se dizer que é uma tradição.

—Como assim?

—Aaron te trouxe até aqui sem explicar o básico? — ele balançou a cabeça em um gesto exagerado de desaprovação — Pode-se dizer que os líderes iniciam a valsa com a parceira do seu convidado ou anfitrião de honra, é como um sinal de respeito à sua liderança, como eu ainda não tenho um laço do tipo "companheira" minha irmã é que fica responsável por acompanhar a valsa com meus convidados de honra. 

—Então porque você não esta lá?

—Como Aaron é líder de outra alcatéia ele deve começar.

Iani não precisou perguntar o motivo, sua cara já fez com que Dave continuasse a explicação.

—Isso mostra que meu reino tem respeito ao reino dele colocando-os como prioridade, e Clycia, bem ... representa um sinal de paz.

—Paz?

Depois de tudo o que ela supostamente havia feito, Iani não achava esse termo muito apropriado.

—É, eu sei, mas é mais como um simbolismo e essas coisas — Dave se aproximou como se fosse confidenciar algum segredo — Na verdade Clycia está mais para desastre natural.

A jovem conteu o riso.

—Mas nesse caso você não deveria dançar também?

—E quem disse que eu não vou? — Dave sorriu — O anfitrião segue com a segunda valsa dando início as outras, estou apenas esperando os dois ali acabarem.

Iani e Dave ficaram em silencio, observando o movimento um tanto sem jeito dos outros dois quando uma dúvida fez o peito de Iani gelar.

—Dave?

—Sim?

—Com quem vai dançar?

Os olhos esmeraldas brilharam conforme um sorriso sedutor surgia nos lábios de Dave. Imediatamente Iani entendeu o recado.

—Ah não...

—Olha só, os dois já estão acabando!

As palmas começavam a ecoar pelo salão.

—Eu não sei dançar!

Ele apenas seguiu o ritmo da multidão ovacionando Aaron e sua irmã..

—Dave!

Sem que Iani esperasse ele segurou sua mão com firmeza.

—Vamos! O público nos espera!

Incapaz de fugir, Iani foi arrastada até o centro do salão sob as dezenas de olhares dos outros convidados. Desesperada, ela sentia suas mãos suarem frio enquanto Dave sorria como nunca.

—Qual é a graça?

—Você...

Ela não sabia se ficava com raiva ou envergonhada.

—Incrível como você fica linda quando está assim.

—Desesperada?!

A gargalhada baixa de Dave ecoou em seus ouvidos.

—Também.

Ele se aproximou segurando-a pela cintura e puxando seu corpo para mais perto.

—Aaron terá que me desculpar, mas não pretendo solta-la tão cedo hoje.

—Já disse que não sei dançar...

—Não se preocupe...

Sua voz calma conseguiu amenizar o desespero dentro da jovem garota.

—É só se deixar levar.

—Se eu for fazer isso vou acabar saltando pela janela...

Dave gargalhou, dessa vez com gosto.

—Você é engraçada, sabia?

—Vamos ver se vai continuar achando isso quando eu pisar no seu pé e todos começarem a rir...

—Não se importe com eles, apenas sinta a musica e se permita o momento.

Iani continuava nervosa, sentindo o corpo tremer quando um par de olhos esmeraldas a encarou a centímetros do seu rosto.

—Apenas divirta-se!

Quando os primeiros acordem começaram Iani respirou fundo e segurou a mão de Dave com mais firmeza. No início ela se sentiu perdida e completamente desengonçada, mas depois, foi como se seu corpo soubesse exatamente o que fazer.

—Pensei que não soubesse dançar...

—Acho que tenho um bom professor.

Ela escutou uma risada abafada antes de escorar a cabeça no peito de Dave. 

—Seu coração está batendo rápido.

—Mesmo? Confesso que também estou surpreso com isso...

A musica continuou por longos minutos, Iani se deixava levar sendo guiada por uma sensação única e nostálgica, como se ela soubesse os passos exatos daquela dança e apenas tivesse esquecido deles. 

Quando os últimos acordes ecoaram, um sussurro alcançou seus ouvidos a trazendo de volta a realidade.

—Aaron é um cara de sorte...

As palmas vieram e junto outros casais se aproximaram para dançar. 

—Iani.

Uma voz um tanto apática e não muito contente surgiu atrás dos dois.

—Olá Aaron — Dave foi o primeiro a falar — O pé ainda dói?

—Não, e você Dave, não está com as mãos doendo?

—E por que eu estaria?

—Pelo tanto que apertava a cintura de Iani.

A jovem sentiu o rosto queimar.

—Ah, se o motivo é esse, sabe muito bem que a resposta é não.

Um sorriso sínico surgiu no rosto de seu anfitrião enquanto Aaron mais parecia tentar disfarçar sua raiva com o mesmo.

—Vamos Iani , vamos embora.

—Mas...

Um olhar diferente dos que ela conhecia surgiu no semblante de Aaron. Assustada, ela apenas abaixou a cabeça concordando.

—Não pense que vai levá-la daqui assim, Aaron, ainda mais depois de uma atitude como essa.

Dave se colocou na frente dele.

—O que disse?

—Você entendeu.

Aaron se aproximou, os olhos brilhando de raiva.

—Parem!

Buscando forças, Iani conseguiu se colocar entre os dois aplacando um pouco os ânimos. Ao redor, a multidão parava para olhar a cena.

—Pelo o que eu entendi o objetivo de festas como essa é a paz e não brigas desnecessárias!

—Desnecessárias? Então gostou de estar assim com ele?

Surpresa com aquela pergunta, Iani só conseguiu encarar Aaron com espanto, não sabia o que responder.

—Vamos embora.

Ele começou a andar em direção a saída, mas ainda assim ela permaneceu onde estava.

—Iani...

Iani podia sentir a tensão em suas costas, o peso dos olhares curiosos e até mesmo satisfeito dos outros convidados, como se estivessem se divertindo com a cena. Mas o que mais a incomodava não era a multidão, e sim os olhos dourados que a encaravam com raiva.

Estou indo Aaron...

—Espere...

Dave tentou impedi-la, mas Iani o dispensou com um sorriso forçado onde algumas lágrimas desciam pelas suas bochechas.

Me desculpe por isso...

Seu sussurro foi a última coisa que o líder de olhos verdes escutou antes de ver seus dois convidados sumirem em direção a escadaria.

Não fale como se a culpa fosse sua...




















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