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 Um tempo com Mary

Graças ao banquete servido no jardim e no salão principal boa parte dos criados estava ocupada demais servindo seus senhores, consequentemente, o luxuoso castelo se encontrava praticamente vazio. 

—Senhora? Tem certeza que posso ficar no seu quarto? E se o senhor Aaron voltar?

—Não se preocupe Mary, Aaron me disse que tinha uma reunião com Dave, e se as mulheres almoçaram juntas os homens provavelmente vão fazer o mesmo.

As duas terminaram de subir o último degrau da longa escadaria quando o som de vozes preencheu o corredor, assustada, Mary agarrou a saia de Iani com as mãos tremulas. 

—Deve ser minha senhora! Ela descobriu que eu não fiz meus afazeres e veio me punir! 

—Calma Mary — Iani se abaixou ficando na altura da pequena — Que tal começarmos nossa brincadeira?

—A.agora?

—Sim!

Por algum motivo os olhos daquela nobre eram tão gentis que mesmo aflita a garotinha conseguiu se calmar. 

—Tudo bem...

—Ótimo, então vamos brincar de esconde-esconde!

Entendendo as intenções de Iani, Mary começou a vasculhar cada decoração ao longo do corredor, os olhos passavam pelas tapeçarias, pinturas, armas e até mesmo pelas grandes plantas que davam um ar de vida ao ambiente quando avistou o lugar perfeito. 

—Por aqui!

Sem pensar muito ela segurou firme a mão da nobre humana arrastando-a para de trás de um grande vaso ornamental, segundos depois um grupo de homens surgiu conversando animadamente sobre diversos assuntos, entre eles estava Aaron junto de Dave que tagarelava sobre festas grandiosas e vinho, porém, os olhos dourados não deixaram de notar Iani correndo sorridente ao lado de uma garotinha assim que eles passaram.

O que ela está aprontando?

Seja lá o que for, com certeza deveria estar sendo bem mais divertido do que ir almoçar com o tagarela do Dave.

—Acho que já podemos parar Mary...

Iani olhou para trás em direção ao corredor vazio.

—Conseguimos passar despercebidas.

Mesmo com o peito ofegante um largo sorriso estampava os lábios da garotinha.

—Isso foi divertido!

—Foi mesmo!

As duas riram, o som das risadas se chocando com as paredes.

—Não devemos estar longe agora...

—É a terceira porta a direita! — Mary indicou com o dedo — Vem!

Se deixando levar Iani simplesmente seguiu a garotinha de volta ao quarto de hospedes. Assim que entraram no amplo cômodo as duas se escoraram na parede fria respirando fundo.

Quanta emoção para uma manhã só...

—Foi assustador, mas deu tudo certo!

Iani observou o sorriso inocente.

—Tem razão, no final deu tudo certo.

—Sim!

Cansada a jovem humana se jogou nos lençóis limpos respirando fundo o perfume das mantas.

—Vem Mary, tem espaço de sobra para nós duas.

—Eu não posso...

—Por que não?

—A cama é da senhora, e eu sou uma serviçal...

Mary manteve a cabeça baixa, os dedos enrolando o tecido gasto do vestido enquanto ouvia os passos da nobre se aproximando.

—Vamos, olhe para mim.

Hesitante a garotinha ergueu os olhos.

—Você não é uma serviçal Mary, é minha amiga — seus dedos seguraram as pequenas mãozinhas — Não quero que se sinta inferior a mim, tudo bem?

Mary encarou a mão que segurava a sua. O toque era macio e quente. Jamais imaginou que alguma nobre pudesse ser tão bondosa, ainda mais uma humana, as histórias sobre eles sempre foram horríveis porém, no fundo, ela começava a duvidar que fossem realmente verdade.

—Tudo bem...

—Ótimo, agora vêm, que tal brincarmos de fazer penteados?

—Penteados?

—Sim!

Iani arrastou a pequena até a cama, que, ainda receosa sentou na beirada do colchão.

—Quando eu era mais nova a senhora Lara costumava fazer tranças no meu cabelo com fitas coloridas...

Deixando a criança um pouco de lado a jovem foi até um pequeno baú tirando uma escova de cabelo e alguns enfeites.

—Que tal fazermos o mesmo?!

Mary encarou os objetos sentindo uma estranha euforia invadir seu corpo, mesmo que sua cabeça insistisse que aquilo era errado e não pertencia a ela uma parte sua gritava para fazer os penteados. E pela primeira vez ela se permitiu fazer o que queria.

—Posso escolher as presilhas?!

—É claro!

Sem demorar Iani subiu de volta na cama chamando Mery para mais perto, assim que as duas se acomodaram as mãos da humana deram inicio ao trabalho de forma rápida e ágil trançando os longos fios castanhos da menina, depois de alguns minutos ela encerrou o penteado com uma lindo broche em formato de borboleta. Mery no entanto levou mais tempo para terminar a trança, seus dedos não estavam acostumados com aquele tipo de trabalho e o medo de puxar os fios com força e machucar Iani falavam mais alto, porém, depois de muito encorajamento ela finalmente pegou o jeito finalizando o penteado com uma belíssima tiara de rubis e um laço vermelho.

—Ficou incrível Mary! Você leva jeito!

As bochechas da pequena ficaram mais vermelha que as pedras preciosas que enfeitavam a cabeça de Iani.

—Obrigada...

—Você é uma gracinha sabia? Me lembra um certo alguém...

O olhar curioso falou pela menina. Iani continuou.

—Aiko também fica corado quando eu o elogio.

—Está falando do irmão do senhor Aaron?

—Exato.

—Ouvi dizer que ele tem os olhos azuis igual ao céu e o pelo todo branco. é verdade?

—É sim Mary, Aiko é branquinho igual a neve, parece até uma bola de algodão — Iani se aproximou como se fosse contar um segredo — As vezes o pessoal de lá o chama de bola de pelos.

Mary riu, uma gargalhada gostosa que só as crianças tinham.

—Mas não conte para ninguém, é o nosso segredinho.

—Pode deixar!

As duas estavam tão ocupadas rindo que mal notaram que alguém batia na porta, imediatamente Mary saltou da cama ficando de pé, o olhar culpado tomando conta da alegria do seu semblante. Incomodada e triste pela garotinha Iani foi em direção a porta se surpreendendo ao ver Clycia do outro lado. Assim que os olhos da loba cruzaram com os de Mary imediatamente a garotinha travou.

—O que está fazendo aqui pirralha?

—Eu pedi pelos serviços dela — Iani tomou a frente cobrindo a visão do quarto — Posso ajudar em alguma coisa?

Clycia encarou a mulher a sua frente com os olhos brilhando.

—Vim me desculpar pelo ocorrido de mais cedo, não foi minha intenção faze-la se sentir...

Humilhada?

Iani quis completar mas não o fez, apenas aguardou em silencio.

—Enfim, espero que aceite minhas desculpas, você é a convidada de honra e merece ser tratada da melhor forma possível.

—Agradeço pelas palavras, mas se me da licença preciso terminar alguns afazeres...

Ela já estava quase fechando a porta quando Clycia impediu.

—Também vim lembra-la do baile de hoje a noite, por favor, esteja lá!

Havia alguma coisa de diferente nos olhos da loba, algo incomodo mas que Iani não conseguia definir o que era.

—Estarei.

—Só mais uma coisinha — Clycia forçou um sorriso enquanto olhava por cima do ombro da humana — Quando terminar, volte para suas tarefas, tudo bem Mary?

A garotinha se encolheu concordando com a cabeça.

—Ótimo, até a noite, Iani.

Com um último olhar a loba virou as costas sumindo pelo corredor enquanto Iani voltava para dentro do quarto respirando fundo, a presença daquela mulher não era nem um pouco agradável. 

—A.acho melhor eu ir — Mary tremia — Preciso terminar minhas tarefas antes que ela volte.

—Por favor Mary — Iani correu para perto da garotinha — Quando terminar volte aqui, quero que fique comigo.

Assim posso te proteger daquela mulher até falar com Dave.

Assustada a pequena concordou.

—Promete?

—Prometo.

Com o coração apertado Iani abraçou a pequena que se aninhou no seu peito antes de sair devagarinho do quarto a deixando sozinha.

—Pelos céus — ela suspirou — O que fizeram com essa criança...

Decidida a fazer alguma coisa Iani respirou fundo caminhando em direção aos baús, precisava dar um jeito de falar com Dave e a melhor oportunidade seria no baile de hoje a noite.

—Tenho que resolver essa situação enquanto ainda estou aqui...

Em um movimento ágil ela abriu a tampa do maior baú onde os dois vestidos de festa que deveria usar estavam guardados, porém, assim que ela ergueu a roupa não conseguiu acreditar no que seus olhos viam.

—Mas...

Cada pedaço do vestido vermelho que Sandra havia insistido que ela usasse estava rasgado, desde as mangas até a longa saia com bordados de fio de ouro. E pelo estado, não haveria mais concerto para a roupa.

—O que aconteceu?!



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