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Capítulo 1 - COMEÇO?

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O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa de quem pratica o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer. Albert Einstein

Mais uma vez.

Era o que o senhor idoso, repetia a si mesmo, num tom de lamúria e baixo o suficiente para a criança de 7 anos no banco de trás do carro não escutar.

Não era a primeira vez que isso acontecia mas nada conseguiria evitar, apenas podia lamentar o futuro daquela criança de uma beleza rara, mais uma albina de olhos violetas.

Pensou em fugir com ela, porém nem saberia como, temia o que a besta lhe faria caso levasse para longe seu alvo de interesse e sabia que é medroso demais para enfrentar aos garras afiadas ou por causa da idade avançada, nem seria rápido o bastante para escapar de suas presas sedentas por carne humana, para ser honesto, nem quando era jovem conseguiria escapar.

Mas algo lhe deixava intrigado, tinha algo em sua cabeça que insistia em dizer que não era a primeira vez que encontra essa garota, o que por si só é loucura, a primeira vez que enviou uma menina albina de 7 anos para o orfanato, foi a 70 anos atrás, era um iniciante de 20 anos no primeiro trabalho que conseguiu no conselho tutelar, este que manteve trabalhando até os dias atuais, a segunda vez foi quando completou 35 anos, na terceira vez, foi quando estava com 51, na quarta vez, foi aos 64 e agora aos 70, mais uma menina albina com as mesmas características, mesmo tamanho, com uma história extremanente parecidas, aliás qual a probabilidade da mãe ser brutalmente assassinada por uma criatura desconhecida e a criança ser encontrada intacta, mas vestida com um pijama banhado em sangue, a beira da estrada?

O limpador de parabrisa funciona a todo vapor em sua frente, enquanto no lado de fora a chuva torrencial não dava sinais que iria parar tão cedo.

O barulho da chuva forte não parecia incomodar a criança que balançava suavemente os pés para frente e para trás sem nenhum senso de ritmo, enquanto olhava a chuva através da janela a porta, enquanto segurava um coelhinho sinistro que insistira levar consigo em vez de junto de suas bagagens de roupas, o que é compreensível, se tratando do seu único brinquedo.

O caminho rodeado de árvores, só ajudava a fazer o cheiro de terra molhada se tornar forte e as rodas derrapar um pouco na estrada de terra cada vez mais lamacenta.

E a cada segundo se aproximando do local só deixava João (seu nome de batismo) cada vez mais agitado, algo ruim iria acontecer, ele sentia isso em seus ossos.

Mal voltou a conversar sozinho quando avista o enorme prédio antigo de tijolos vermelhos com uma enorme inscrição no portão de entrada "Orfanato De DeuS".
Um orfanato regido pelas pessoal da igreja.

Rapidamente pegou uma sombrinha, abriu a porta do motorista e foi descarregar as malas para entregar a responsável pelo lugar que como praxe, já estava na porta de entrada esperando pela criança.

Que como sempre, a Madre simplesmente pegou as malas e entregou para a noviça que se escondia atrás dela, mas sem nenhum momento tirar os olhos da criança.

_Ela se machucou?

Disse após alguns minutos olhando a menina dentro do carro.

Quem a escutava falando poderia pensar que é por preocupação, mas era a pergunta que sempre fazia quando chegava um menina albina de olhos violetas.

_Nem um arranhão!

Lhe responde como é de costume, isso se tornou um hábito de anos.

Sem esperar mais diálogos entre a mulher religiosa que como sempre já estava segurando um terço e rezava o pai nosso em latim aos sussurros, a ignora como fez nas outras vezes e vai em direção ao veículo, abre um segundo guarda chuva, a criança sai animada com um pulo rápido em cima de uma poça de água, fazendo um pequeno sorriso escapar do rosto do homem, que novamente se lembra que em todas vezes que levou uma menina albina, isso sempre acontecia e apesar disso, nunca conseguia evitar um pequeno sorriso, antes de segurar sua pequena mão e a levar em direção ao seu mais novo lar, isto é, o que sempre desejava para as crianças.

Iria apresentar a criança, mas olhando a expressão da mulher, só baixou a boina que usava e foi embora com seu carro, o que novamente deve ser mencionado, não era a primeira vez que acontecia, até pensou em fazer algo diferente, mas já havia passado do portão de entrada, algo que se repetia sem parar.

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A menina olhou curiosa apesar de nada dizer.

Elas se encararam por alguns longos minutos, antes que a senhora decide acabar com o silêncio.

_Qual é o seu nome?

Pergunta num tom gentil, mas ainda rígida, como se temesse por sua vida se dissesse algo errado para ela e alguém a ouvisse.

_Theresa.
Sua voz era calma e madura demais para sua idade, pensou a senhora que teve a impressão que já a conhecia, o que era bizarro, as outras crianças albinas que teve naquele orfanato, algumas já eram adultas e outras bem mais que 7 anos, apesar de não morarem mais no orfanato.

_Bem, tenho uma notícia para você.

Diz séria fazendo a criança focar sua atenção nela, cena que sua mente dizia que já havia acontecido.

_Qual?

_Que esse vai ser seu novo lar, até encontrarmos uma nova família para ti.

Nem mesmo a mulher acreditava nas palavras que dizia, quem iria vir a esse fim do mundo adotar uma criança? Esse era seu pensamento, mas a sensação de estar recebendo uma conhecida era forte nela e algo nela queria desesperadamente fazer a criança de sentir em casa.

_Uma nova família?

_Sim, uma agorinha mesmo te espera, está vendo essa porta atrás de nós?

Diz rapidamente para a criança não notar sua distração, ainda confusa com sua reação a ela, apesar de não entrar muito profundamente a respeito.

Improvisando-se, vira na direção da porta, no qual estava atrás da mesma.

_Sim, vamos aproveitar e trocar suas vestimenta por uma mais quentinha.

Pronuncia notando que havia molhado a barra do longo vestido azul marinho que usava. Que para sua surpresa era bastante familiar.

_Bem atrás dela, apesar de não compartilharmos laços de sangue, tem um lugar cheio de amor, carinho e amizade para te oferecer, mas você tem que fazer algo primeiro.

Isto é, se conseguir ignorar as coisas estranhas que acontece por aqui.
Completava amargamente em sua mente, enquanto tentava ignorar a sensação que a criança lhe acometia, mas falhando miseravelmente.

_O quê?

_Abri-la pois a Senhorita está perdendo o jantar.

_...

_O que foi?

Diz olhando a criança que para olhando para o chão.

_O Senhor Coelho, ele também vai ganhar um novo lar?

Dita indicando em direção ao coelho que em sua opinião, apesar do tecido gasto, era muito fofo, algo que poderia ter saído de sua caixa de bordados, até os pontos tinham o mesmo estilo que o dela, que usava um método de costura criado pela mesma.

O que fez questionar como era possível aquele brinquedo existir? Nunca fez um coelho de pelúcia e não usava um método conhecido.

_Senhor Coelho?

Pronuncia com os lábios em voz alta sem querer.

_Meu brinquedo.
Dizia indicando o brinquedo em suas mãos, fazendo a senhora notar seu erro.

_Ah, mas é claro que sim, vamos por ele está agorinha mesmo na sua nova cama com seus outros pertences para você poder comer um pouco.

Sua tentativa de voltar a manter a atenção na criança não era a melhor.

_Verdade?

_Sim, agora não é bom fazer os outros esperar e a Senhorita ainda tem que comer. Vamos?

Em sua mente torcia para que aceitasse para acabar logo com a situação.

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Memória 1 on:

Theresa

_Senhor Coelho, gostaria de mais um pouco de chá?

Pergunto erguendo uma xícara e um bule imaginário ao meu melhor amigo, um coelho grande de quase 1 metro que também era meu único brinquedo, feito de um tecido que parecia ser camurça todo preto usando um colete branco com palitó preto acompanhado de uma gravata borboleta vermelha, usando um tapa olho branco no seu lado esquerdo.

"Acho que coelhos não bebem chá"

Levanto assustada, olhando ao meu redor em busca daquela voz sombria, mas só havia eu e o Senhor Coelho e mais ninguém.

_Quem é você?

"Eu sou um lobo"

_E o que você quer?

Pergunto ainda tentando o achar mas apenas via a casa e a floresta que iniciava a poucos metros após o jardim dos fundos

"Você"

_Por que? Onde estás? Por que não aparece?

Falo vendo um par de olhos dourados me observarem de longe, mas não conseguia ver totalmente seu rosto.

Antes que pudesse ouvir sua resposta escuto a voz da minha mamãe.

_Com quem está falando querida?

_Com os olhos dourados.

Digo sem tirar os olhos dele, quando sinto ser puxada bruscamente pelo braço, deparando me com mamãe praticamente alterada.

_Escute o que vou dizer Theresa, não quero que fale com ele, ignore-o e fique bem longe, está me ouvindo?

Fala quase me chacoalhando.

_Por que?

_Porque ele é mau.

_Mau.

_Apenas me escute, não fale e nem se aproxime dele, a única coisa que fará é te machucar e isso é uma das únicas coisas que não quero que te aconteça, por favor me obedeça é para o seu próprio bem.

Nunca antes vira mamãe preocupada daquele jeito, triste e me sentindo culpada pelo seu estado, simplesmente assenti com a cabeça, decidindo naquele momento obedece-la, apesar de que por algum motivo aquela decisão me magoava, pois só a ideia de não falar com ele ou me aproximar fazia me sentir um aperto doloroso no peito, mas decidi ignorar.

Penso deixando ela me arrastar para dentro, mas não antes de ouvir algo que me deixou intrigada.

"Você é minha, não vou deixar ninguém lhe tirar de mim. Isso é uma promessa!"

Memória 1 Off

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Memória 2 on:

_Mamãe?

Levanto sonolenta de minha caminha, podia jurar que tinha ouvido ela gritar lá na sala, calmamente vou pro corredor levando junto com o senhor coelho, o único brinquedo que eu tinha e meu melhor amigo.

_Mamãe?

Foi quando senti a presença dele, fazia um mês que eu estava o ignorando e ficando longe, como a mamãe pediu, mas nesse último dias ele tinha parado de insistir e desaparecido, não entendo a sua volta mais precisava encontrar mamãe.

_Onde ela está?

Pergunto em voz alta.

"Mamãe não está mais aqui"

Assustada respondo quebrando a minha promessa feita a ela.

_O que quer dizer com isso?

"Ela foi embora"

_Embora? Me abandonou?

"Sim"

Sinto lágrimas arderem os meus olhos, aquilo não podia ser verdade, ela não tinha feito aquilo.

"Não choras amor?"

_Por que não? Ela me abandonou.

"Mas eu não, nunca faria isso"

_Promete?

"Sim, eu prometo que sempre estarei de volta para você, mas me prometa algo em troca?"

_O quê?

"Nunca mais me ignore anjo. Já lhe disse, é minha e de mais ninguém. Então promete também que nunca me abandonará?"

Sinto um sorriso formar em meu rosto apesar de não entender exatamente o que ele quis dizer com aquilo.

_Prometo.

Memória 2 off.

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Tereza

_Vamos?

_Vamos.

Respondo quando finalmente sai daquelas visões, decidida a recomeçar.

"Não se preocupe, serei sua sombra que te segue até mesmo após a morte."

Escuto segundos depois que entro no local, tento lhes perguntar o que quis dizer, mas sua presença se afasta e deixo uma mulher desconhecida me puxar para um lugar que ela chamou de Refeitório.

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Dias atuais.

1.940 palavras.

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