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Capítulo 3 🦢Cisne Negro🦢

"Biologia nem sempre é complicada. 

Ela pode ser divertida, curiosa e até fascinante."
(Maura Watan).

Isabella dormiu como uma pedra. Por ter deitado relativamente cedo, acordou às cinco da manhã. Não era do tipo que precisava de excessivas horas de descanso para se recompor. Principalmente quando já era rotina acordar após sete ou oito horas de sono. Além disso, estava acostumada a viajar e com a questão de fuso-horário, embora dessa vez fosse uma diferença maior, doze horas.

Ainda estava intrigada com a noite anterior. Planejava perguntar ao tio Joey, assim que possível, quem era o homem nos estábulos. Parecia o mesmo que vira na chamada de vídeo no Brasil, e isso aguçara ainda mais a sua curiosidade. Acordada e sem sono, preferiu levantar. Talvez pudesse aproveitar o silêncio matinal para ler um pouco na biblioteca ou ir visitar os cavalos. Acabou optando pela segunda opção.

Ela se trocou e saiu da pousada em direção ao estábulo. Entretanto, parou quando percebeu que os cavalos já estavam no curral. Não eram nem seis horas da manhã ainda e alguém já tinha conduzido os cavalos para os cercados. Achou isso estranho. Um sopro de vento frio passou por ela, o que a fez encolher-se, apesar de estar agasalhada. Mesmo sendo verão, pela manhã, era sempre um pouco mais frio nessa região. A temperatura subia ao longo do dia, depois voltava a cair, era comum chover com uma certa regularidade.

A jovem gemeu baixinho por conta do vento gélido que alfinetou as suas bochechas, que até então estavam quentes. Ela puxou mechas dos cabelos para frente dos ombros dos dois lados e pousou as mãos no rosto, uma de cada lado, no intuito de se aquecer mais. Olhou ao redor à procura de alguém: tio Joey, William ou os irmãos M — passou a chamá-los assim quando queria se referir a eles, era mais fácil. Não havia sinal de ninguém acordado. Tinha certeza que os cavalos foram recolhidos na noite anterior.

Foi até eles para vê-los de perto. Tentou interagir, mas ainda pareciam desconfiados com a presença dela. Isabella então resolveu entrar no curral, entretanto, parou ao ouvir um barulho. Olhou novamente ao redor, mas não viu ninguém. Retomou a atenção aos cavalos e entrou no cercado.

O Árabe, que era o todo preto, relinchou, ficou agitado. Uma linda égua preta e branca resfolegou, fazendo suas narinas trepidarem, e bateu os cascos no chão algumas vezes. Uma outra toda branca deu uns passos em direção à Isabella e fez um barulho semelhante a um sopro, parecia curiosa. O todo preto guinchou, como quem diz: cai fora. Isso agitou alguns outros cavalos, que até então estavam apenas observando, uns atentos e com as orelhas em pé, outros com as orelhas abaixadas e para trás.

Isabella continuou dando passos lentos em direção a eles e com uma das mãos estendida. Começou a cantarolar uma canção em inglês, isso fez com que a égua branca e preta desse algumas trotadas em direção a ela. O preto guinchou mais uma vez, porém com um som mais intenso, ele levantou as duas patas dianteiras, batendo-as com força no chão em seguida, isso a assustou um pouco. A égua que parecia estar estabelecendo uma amizade com a futura bióloga se posicionou na frente da garota, ficando entre ela e o garanhão.

Um som estranho aos ouvidos de Isabella ecoou pelo lugar. As orelhas dos equinos ficaram em pé e voltadas para trás. Estavam agitados, porém de uma forma diferente, já que a atenção deles se voltou para fora do curral, como se tivessem identificado alguém conhecido. Ela olhou atentamente à procura de outro ser humano por perto, mas não viu nada. O dia ainda não tinha raiado completamente, mas dava para enxergar o entorno de forma razoável. Perguntou se tinha alguém por ali, mas não obteve resposta além dos sons que os animais estavam emitindo.

Retornou para a pousada e foi para a biblioteca estudar um pouco sobre os equinos enquanto o pessoal não acordava. Queria aprender mais sobre os cavalos, especificamente. Havia muitas obras sobre o assunto, não sabia ao certo qual escolher, então pegou várias. Após meia hora de leitura, ouviu um barulho na cozinha. Largou os livros e seguiu para o desjejum, sua barriga já gritava por comida.

Matilda e Victoria estavam a todo vapor preparando o café da manhã. Ela ofereceu ajuda, mas as moças recusaram, porém, como a hóspede insistiu, elas tiveram que aceitar. No café da manhã tinha ovos com bacon, bolo, queijo, frutas, pão, torradas, suco, leite, café, etc. Enquanto elas preparavam a mesa, os hóspedes foram chegando, assim como os funcionários.

Após os cumprimentos matinais, agradecimentos, comentários sobre a farta mesa, alguns gracejos de Adriana sobre o fato de Isabella ter madrugado e ajudado na cozinha e do professor fazer questão de parabenizar Matilda inúmeras vezes pela bela mesa com variedades de alimentos, todos começaram a comer.

Quando terminaram a refeição, a equipe foi se preparar para ir até os cisnes. Isabella foi a única que precisou se trocar, os outros já estavam vestidos adequadamente — com botinas, coturnos, galochas e o que mais fosse conveniente para andar pelo mato e na beira do rio. Pegaram os equipamentos e desceram.

Os irmãos Sullivan estavam aguardando ao pé da escada e deram uma boa olhada em Isabella. Apesar de sua estatura diminuta, apenas 1,58 cm, sua figura chamava atenção. A jovem tinha um corpo bem desenhado, com pernas torneadas, que a bermuda cor caqui um palmo acima dos joelhos deixava evidente. A camiseta branca justa marcava a sua silhueta esbelta, com uma cintura fina e o abdômen firme.

Ela escalar, nadar regularmente e gostar de fazer trilhas contribuíram para que tivesse um corpo definido. A vasta cabeleira em tom castanho, a pele clara, porém bronzeada, os olhos avelãs tendendo mais para o tom esverdeado, a boca em formato de coração, as maçãs do rosto sobressalentes e os longos cílios terminavam o conjunto atrativo da obra. Como ao chegar do aeroporto, ela estava de calças jeans e com uma blusa longa que cobria o quadril, à noite estava agasalhada porque tinha esfriado um pouco, e pela manhã também, os irmãos não tiveram, até então, uma noção apurada dos atributos físicos da pesquisadora.

Adriana estava vestida de forma semelhante, mas a regata era verde e a bermuda era mais curta. Ela não tinha as pernas tão torneadas quanto às da amiga, mas possuía um belo corpo também. Era um tanto mais alta, 1,66 cm, esbelta e de quadril arredondado. Um largo sorriso, com dentes bem desenhados e brancos, completavam os atributos da morena.

— Estão todos prontos para a excursão? — disse Matt, o irmão Sullivan mais moço e de olhos verdes.

— Você será o nosso guia? — Adriana perguntou, sorrindo para o rapaz, que estava de braços abertos, parecia empolgado.

Malcon estava apoiado no canto da parede próximo à escada.

— E o tio Joey? — perguntou Isabella, após olhar ao redor.

— Ele precisou ir à cidade — respondeu Malcon, desencostando da parede.

— Não tem problema, né, Isa? — disse Adriana, dando uma cutucada na amiga. — Os meninos podem nos levar, certo?

— Sim, estamos aqui para isso. Joey nos pediu — respondeu Matt .

Drica deu mais uma olhada para Isabella, fazendo sinal com as sobrancelhas.

— Sim, claro. Sem problemas. É que eu queria conversar com o tio Joey. Mas tudo bem, falo com ele mais tarde.

— Sem querer desmerecer o guia, mas o importante mesmo é vermos os cisnes — esclareceu o professor Guerra.

— Okay, então vamos — Matt respondeu, tirando o chapéu e fazendo sinal para as moças passarem.

Quando chegou a vez de Andrew passar, ele olhou sério para Matt, fazendo com que o sorriso do irmão Sullivan mais moço se desfizesse. Eduardo foi o último a seguir o bando. Estava dando uma conferida no celular e isso tornava os passos dele mais lentos. Antes de seguirem para o lago, deram uma parada no curral e tiveram uma breve aula.

— O principal cavalo do haras é esse todo preto — Malcon iniciou as explicações. É Árabe, também conhecido como puro-sangue, é um dos melhores cavalos, inclusive usado para aperfeiçoar outras raças, dando a eles mais velocidade e resistência.

— O Mustangue costuma ser mais selvagem — Matt emendou, olhando para as meninas. — É mais difícil fazer amizade com essa raça. Dos que têm aqui, esses são os estrangeiros.

— Os cavalos australianos na estância são... — Malcon recuperou a palavra — o Brumby, que é da linhagem dos cavalos Árabes; Os Australian Draught Horses, que são de trabalho, fortes, usados para arar o campo; e o Australian Stock Horse, que também é criado para trabalhos pesados, sendo descendente de cavalos europeus, africanos e asiáticos.

— Muito bem, rapazes, excelente aula. Mas agora precisamos ir para os cisnes — interrompeu o professor Guerra.

Como a picape estava em uso, tiveram que ir andando. Havia a opção da van, mas não acharam necessário, uma vez que a distância não era tanta, nada que um pouco menos de meia hora de caminhada não resolvesse. Quando chegaram ao lago dos cisnes, a animação contagiou a todos, inclusive Eduardo, que guardou o celular no bolso, finalmente. Os irmãos Sullivan não entenderam por que eles estavam tão animados simplesmente por verem cisnes.

Após breve contemplação, prepararam os equipamentos. Eram câmeras wireless, modelo speed dome, com áudio. Assim poderiam acessar remotamente e movimentá-las a distância, de acordo com a necessidade. Fincaram estacas ao longo de alguns metros à margem do lago e colocaram as câmeras.

As partes de testar se os equipamentos foram bem instalados e se o acesso remoto estava funcionando ficaram por conta de Eduardo. Enquanto o jovem físico fazia as verificações, Andrew dava suporte ao amigo, o professor fazia anotações, Adriana e Matt caminhavam pela área e Isabella e Malcon interagiam com os cisnes.

— Então quer dizer que os cisnes negros transmitem um som diferente dos cisnes brancos? — perguntou Malcon.

— Sim, é isso.

— Mas por que isso é tão importante para vocês?

— É que quanto mais a linguagem de um animal for ampliada, maiores serão as possibilidades comunicativas, a eficiência. Queremos transmitir essa capacidade para os cisnes brancos também — explicou ela, enquanto tirava algumas fotos de sua câmera profissional.

— Mas o que vocês ganham com isso? Eu ainda não entendi direito por que isso é tão importante para vocês. Os cisnes brancos já emitem sons e se entendem bem — a curiosidade de Malcon persistia.

— Se esse experimento funcionar — a fotógrafa amadora pausou os cliques —, se conseguirmos ampliar o campo comunicativo de uma espécie, não poderia ser feito o mesmo com outras? — expos ela, erguendo as sobrancelhas e dando um pequeno sorriso de canto de boca.

— Acho que sim. Por que não? — respondeu ele, um tanto inseguro, ajeitando o chapéu de cowboy na cabeça.

— Exatamente. Por que não?

Malcon continuou com um semblante de quem não conseguia entender a relevância daquilo.

— Se os animais se comunicarem melhor, nós, seres humanos, também os entenderemos mais, não acha? — prosseguiu ela com as hipóteses.

— Capaz... — respondeu ele, coçando a testa com o polegar.

— Imagine você entendendo melhor os cavalos, por exemplo, isso não facilitaria o seu trabalho?

— Com certeza — disse ele, balançando a cabeça em confirmação.

— E os veterinários, o pessoal do hipismo, a polícia montada, os adestradores...

— Já entendi, já entendi. Isso ia ser útil para muita gente, para muitas profissões. Quer dizer, se vocês descobrirem uma maneira de fazer isso com os animais, acho que será uma mina de ouro.

— Fazemos isso mais pela descoberta científica mesmo — esclareceu ela, voltando para os cliques. — A natureza, os animais, essa é a paixão de cada um aqui. — Ela tirou o olho da lente para apreciar um cisne que dava um voo raso sobre o lago. Após um suspiro, prosseguiu: — Nos conectarmos ainda mais com eles é tudo o que queremos. E a linguagem é um meio para isso.

— Certo, moça.

— Pode me chamar de Isa ou Bella... Minha prima San me chama de Bellinha. Tem também Bebel, se preferir. Mas esse último não costumam usar, só as minhas irmãs.

— Okay — disse ele, pigarreando. — Desculpe, às vezes sou meio chucro.

— Não foi a minha intenção chamar a sua atenção... — Eles riram da forma como ela se expressou, a repetição das palavras. — Quer dizer, não desse jeito... — ela tentou corrigir.

Malcon sorriu de canto, e Isabella arregalou os olhos ao perceber que o remendo tinha ficado ainda pior, pois ficou parecendo que ela queria chamar a atenção dele de alguma forma.

— Ahhh, não foi bem isso que eu quis dizer — esclareceu ela, um pouco sem jeito.

Não chegou a enrubescer porque não era de sua natureza se envergonhar com facilidade e a tal ponto. Sempre foi comunicativa e extrovertida, então apesar de reservada sob alguns aspectos, não era tímida ao ponto de ficar corada por qualquer motivo.

— Tudo bem, Isa, eu entendi — eles riram. — Você sabe que o cisne negro está na bandeira da Austrália Ocidental? E que também é usado em vários brasões daqui e em instituições do estado? — mudou de assunto, para alívio dela.

— Que tem em uma das bandeiras, eu sabia, mas a parte das instituições, não — disse ela, desligando a câmera.

— Pois é... Viu? Também posso te ensinar algumas coisinhas — disse ele, ajeitando o chapéu na cabeça.

— Mudando de assunto — ela pigarreou antes de prosseguir. — Estou curiosa com uma coisa. Aqui tem mais algum funcionário homem além de vocês e do Willian?

— Não — respondeu ele, erguendo as sobrancelhas.

— E o veterinário vem sempre?

— Em média... uma vez por mês — respondeu, estreitando os olhos.

— E ele já veio nesse mês? — prosseguiu ela, sem se importar de estar sendo indiscreta ou algo do tipo.

— Provável que venha semana que vem ou, de repente, só mês que vem, já que estamos em período de férias. Não sei ao certo, por quê?

— Como ele é?

— Como assim?

— Fisicamente.

— Mais baixo do que eu. — Ele colocou a mão na altura de seu pescoço. — Um pouco calvo, deve ter uns cinquenta anos, talvez um pouco mais.

— Tudo bem, já é suficiente — disse ela, claramente frustrada.

— O que foi? O que você quer saber exatamente?

— É que ontem à noite eu vi um homem com o tio Joey.

— E ele estava fazendo o quê?

— Estava com os cavalos no curral e depois os levou para o estábulo.

— E você não o viu bem?

— Não, estava escuro e eu estava na janela do segundo andar — respondeu ela, colocando as mãos nos bolsos e olhando para os pés, se dando conta que poderia soar estranho tanto interesse. — Mas vi o suficiente para saber que não era nenhum de vocês — concluiu ela.

— Hummm...

— Você sabe quem é ele?!

— É melhor você perguntar pro Joey — respondeu, chutando umas pedras.

— Você é a segunda pessoa que me diz isso hoje — revelou, estalando os lábios no final.

— E para quem mais você perguntou?

— Para Matilda. Ela o chamou de Lobo da Cabana, mas não quis me dizer mais nada... Não entendi.

— Cisma dela de que tem lobos por aqui. E como ele tem olhos de lobo... Por que está tão interessada? — indagou ele, cruzando os braços.

— Curiosidade. Ele tem um jeito diferente de se relacionar com os cavalos, fiquei intrigada, só isso.

— Aqueles cavalos reconhecem ele como um líder.

— Como assim?!

— Bem, ele trouxe alguns deles ao mundo, ensinou coisas, deu nomes, treinou, sei lá, coisas assim.

— E qual é o nome dele?

— Ehh... eu já disse tudo o que podia dizer, o resto pergunte ao Joey. Se ele quiser te contar mais alguma coisa, é com ele.

— Nossa, quanto mistério! — queixou-se, erguendo as sobrancelhas.

— Eu só não quero problemas, moç... Isa... Só não quero problemas. Acho que já chega por hoje, certo? Já está na hora do almoço.

Eles esperaram mais alguns minutos para que Eduardo terminasse as instalações, e quando os cisnes apareceram na tela do celular, foi uma festa. Depois retornaram para a pousada, pois acordaram cedo e a fome já açoitava o estômago deles.

Após a refeição, montaram uma central de monitoramento em um dos quartos vazios. Cada um havia levado um notebook, então os usaram na central improvisada. Esse seria com certeza o novo entretenimento de Eduardo. Todos estavam cientes de que daquele momento em diante ele só ficaria enclausurado naquele cômodo.

Estavam tão absorvidos com a coleta de dados na central que seguiram o resto do dia sem parar nem para um banho, do jeito que vieram do lago permaneceram, com a exceção dos calçados, pois esses, eles tiraram. Não pararam nem para descerem para o lanche da tarde. Mas Matilda levou-lhes uma bandeja com sanduíches e suco.

Um pouco antes de a janta ser servida, todos desceram de banho tomado e devidamente recompostos. Tirar Eduardo do monitoramento foi difícil, mas conseguiram, já estavam acostumados a lidar com ele.

Olá, meus lobinhos...
Mais alguém se apaixonou pela biologia só por essa simples explicação sobre a linguagem dos bichos? Eu já amo por isso e milhões mais 🥰🥰
O que vocês acharam desse capítulo? Estão gostando?
Por que será que estão fazendo tanto mistério com esse suposto trabalhador eiin?
🌚🌚

Deixe seu uiivo nas estrelinhas 🐺🐺

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