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Capítulo Trinta(Final)

Theodoro Vinro:

De volta ao Reino dos Espíritos, finalmente tive um momento para me retirar do caos e me refugiar no meu quarto. O peso das responsabilidades recentes e a intensa conversa com Manu ainda estavam frescos em minha mente, mas, por agora, eu precisava de silêncio. Precisava descansar, afastar-me de tudo por um breve instante.

O quarto era um lugar de calma, um espaço simples, mas que carregava uma energia tranquila. As paredes eram de pedra lisa, cobertas por tapeçarias antigas que narravam histórias dos espíritos que governaram antes de mim. Uma luz suave iluminava o ambiente, e o som distante da natureza espiritual ao redor me ajudava a relaxar. Eu me joguei na cama, sentindo o cansaço me puxar para um estado de quase inconsciência.

Eu queria pensar nas próximas etapas, no que precisaria enfrentar nos dias que viriam. Dy e Quil ainda estavam inquietos, e manter a paz entre os territórios era uma luta constante. Havia tratados a serem revisados, decisões a serem tomadas, e, acima de tudo, o fardo de governar pesava em meus ombros como nunca antes. Mas, naquele momento, eu só queria deixar tudo isso de lado, nem que fosse por um breve intervalo.

Deitei de costas e fechei os olhos, permitindo que a calma envolvesse meus pensamentos. A suavidade do colchão parecia me puxar para uma tranquilidade que eu raramente experimentava desde que assumi a coroa. O som suave do vento espiritual do lado de fora, as árvores e plantas exalando uma energia quase viva, me davam uma sensação de paz que eu tanto ansiava.

O quarto era meu santuário, o único lugar onde eu podia ser apenas Theo — não o rei, não o protetor dos espíritos, mas apenas eu. Era como se, dentro daquele espaço, o mundo lá fora ficasse suspenso por um momento. Não havia pressões, não havia responsabilidades urgentes.

Fechei os olhos por um tempo, deixando que o cansaço físico e emocional lentamente se dissipasse. Mas, mesmo no silêncio, meus pensamentos vagavam. Pensava em Manu, em sua preocupação e em sua aceitação. Pensava em Madara, em como ele sempre sabia o que dizer para me fazer sentir mais firme, mais presente. Seus beijos, seus toques suaves e cheios de carinho estavam sempre ali para me lembrar que, independentemente de quão complicado o mundo se tornasse, eu não estava sozinho.

Eu mal havia sentido o tempo passar quando ouvi uma leve batida na porta. Sem abrir os olhos, suspirei.

— Entre.

A porta se abriu suavemente, e o som dos passos familiares fez com que um sorriso surgisse em meus lábios antes mesmo de olhar.

— Eu sabia que você estaria aqui — a voz de Madara ecoou suavemente no quarto, cheia de carinho e uma leve preocupação.

Abri os olhos lentamente, encontrando o olhar caloroso de Madara ao meu lado. Ele se aproximou da cama e sentou-se na beira, seus olhos percorrendo meu rosto como se quisesse ter certeza de que eu realmente estava bem.

— Eu só precisava de um momento para descansar — expliquei, minha voz mais tranquila do que havia sido em dias.

Madara sorriu levemente, mas havia uma seriedade em seus olhos que indicava que ele sabia exatamente o quão pesado aquele momento era para mim.

— Você tem se forçado demais, Theo. — Ele estendeu a mão, tocando meu rosto com delicadeza. — Sei que quer manter tudo sob controle, mas às vezes você precisa se lembrar de que não precisa fazer isso sozinho.

Acariciei sua mão em meu rosto, sentindo o calor de seu toque me reconfortar. Madara sempre soube exatamente como me alcançar, como me lembrar de que, mesmo no meio de todo o caos, eu ainda tinha quem cuidasse de mim.

— Eu sei, e agradeço por isso — murmurei, minha voz mais suave. — Só... preciso de um pouco mais de tempo para entender como equilibrar tudo. Mas você sempre me ajuda a encontrar esse equilíbrio.

Ele sorriu, seus olhos brilhando de um jeito que fazia meu coração acelerar. Sem hesitar, Madara se inclinou, e nossos lábios se encontraram em um beijo suave, cheio de carinho e compreensão.

— Não importa o que aconteça, estarei sempre ao seu lado — ele sussurrou contra meus lábios, e eu sabia que ele estava falando sério.

Naquele momento, deitado em meu quarto com Madara ao meu lado, senti que, apesar de todas as dificuldades e pressões que o futuro reservava, eu podia encontrar paz nos pequenos momentos. Nos beijos que compartilhávamos, nos toques suaves que ele me dava. E isso era suficiente para me dar forças para continuar.

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Fred estava sempre dividido entre suas responsabilidades no templo e as visitas frequentes para me ajudar com os assuntos do reino. A movimentação constante, as reuniões, as decisões... ele sabia que eu precisava de todo o apoio possível. Ainda assim, ele encontrava tempo para passar momentos com as irmãs de Madara, que eram, sem dúvida, tão incríveis quanto ele sempre dizia. Elas me tratavam com tanto carinho e consideração, mais do que eu poderia imaginar, até mesmo mais do que alguns de meus próprios irmãos biológicos jamais fizeram.

Quando Madara e eu saímos do meu quarto naquela tarde, fomos recebidos pelo som de espadas chocando-se no pátio. As três irmãs de Madara estavam treinando os novos cavaleiros, seus movimentos rápidos e precisos. Eu não podia deixar de sorrir enquanto observava uma cena caótica e impressionante: um dos cavaleiros sendo arremessado para longe com um golpe bem colocado.

— Simone, Rayssa e Carly são ótimas lutadoras — comentei, admirando a força e a habilidade delas. Logo depois, vi mais um cavaleiro sendo derrubado com facilidade. Elas realmente não brincavam em serviço.

Madara, ao meu lado, olhou para mim com um sorriso orgulhoso.

— Minhas irmãs são as melhores. — Ele mal terminou de falar, e no minuto seguinte, as três estavam ao nosso redor, sorrindo e cercando-nos com a energia vibrante que sempre carregavam.

Carly foi a primeira a falar, aproximando-se com um sorriso doce, típico dela.

— Vossa Majestade, como foi seu encontro com seus amigos? — A voz dela era suave, mas cheia de curiosidade, seus olhos brilhavam com um interesse genuíno.

Antes que eu pudesse responder, Simone já estava ao meu lado, seu olhar crítico me analisando da cabeça aos pés, como se estivesse procurando por qualquer sinal de que algo tivesse dado errado.

— Nenhum imprevisto aconteceu? — perguntou, levantando uma sobrancelha enquanto seus olhos examinavam meu rosto e minhas roupas, quase como uma irmã protetora que precisava garantir que tudo estava em ordem.

Rayssa, a mais direta das três, não perdeu tempo e olhou diretamente para Madara com um olhar quase desafiador.

— Madara foi suficiente para te proteger? — ela perguntou, mas não esperou uma resposta antes de continuar. — Ele não pode cometer erros, sabe disso, certo? — O tom dela era firme, e Madara revirou os olhos de leve, mas sem perder o sorriso.

Eu ri suavemente, sentindo o calor da proteção e do carinho que essas três mulheres traziam, quase como uma extensão de Madara. Ele, por sua vez, parecia tão orgulhoso delas quanto elas eram dele. A química entre nós todos era natural, algo que eu nunca havia esperado encontrar em meio ao caos da minha nova vida como rei.

— Não se preocupem, tudo correu bem, — comecei, olhando para cada uma delas. — Meus amigos estão bem, e Madara foi... mais do que suficiente para me proteger. — Lancei um olhar brincalhão para Madara, que sorriu de volta, um brilho travesso nos olhos. — Na verdade, acho que ele acabou me protegendo de mim mesmo.

Carly riu levemente, enquanto Simone cruzava os braços, aparentemente satisfeita com a resposta. Rayssa, no entanto, ainda mantinha aquele olhar firme sobre Madara, mas ele apenas deu de ombros, sabendo que era o jeito dela de demonstrar preocupação.

— Eu sabia que você seria o suficiente, irmão — Rayssa disse, com um pequeno sorriso aparecendo em seus lábios. — Mas ainda assim, vou ficar de olho.

Madara riu e puxou-me mais para perto, envolvendo meu ombro com o braço de maneira protetora, mas ao mesmo tempo afetuosa.

— Não se preocupe, Rayssa. Eu não deixaria nada acontecer com ele — respondeu Madara, o tom dele carregado de carinho e confiança.

Simone olhou para nós dois e revirou os olhos, mas com um sorriso no rosto.

— Vocês dois parecem tão confortáveis juntos. Quem diria que nosso irmão se tornaria o protetor do próprio rei?

— E com o tempo, todos nós seremos, de uma forma ou de outra — Carly acrescentou, sua voz doce cheia de determinação.

Eu olhei para Madara e depois para as três, sentindo um laço ainda mais forte se formar. Elas eram minha nova família, ao lado de Madara, me ajudando a trilhar o caminho que, até pouco tempo atrás, eu sequer sabia que teria de seguir.

— Mas se quer provar do que sou capaz, que tal lutarmos, minha querida irmã? — Madara disse em um tom provocativo, seus olhos brilhando com entusiasmo. Rayssa, por sua vez, sorriu amplamente, aceitando o desafio sem hesitação. Seus olhos faiscavam com a mesma intensidade, e ambos se dirigiram para o centro do campo de treino, prontos para medir forças.

Eu ri ao ver os dois, a tensão leve entre eles logo se transformando em pura diversão. Era fascinante observar a dinâmica entre Madara e suas irmãs, especialmente com Rayssa, que parecia adorar cada oportunidade de testar os limites do irmão. Eles se moviam com graça e precisão, trocando golpes rápidos enquanto o som das espadas ecoava pelo pátio. Os cavaleiros que estavam treinando pararam para assistir, seus olhos vidrados no duelo improvisado entre os dois.

Enquanto os observava, uma risada escapou de meus lábios, mas logo senti um pensamento intrusivo me trazer de volta para a realidade: o **Livro dos Ocultos**. Estava lá no meu quarto, sem nenhum tipo de poder desde que libertei todos os espíritos para me ajudar naquela batalha decisiva. Uma leve preocupação se instalou em minha mente. Desde que libertei os espíritos, os que ainda permaneciam nas sombras do reino agora tinham medo de mim, medo de atacar alguém que carregava o peso de um monarca.

Ash, sempre vigilante, mantinha sua posição ao lado de Simon, que estava incumbido de uma das tarefas mais tediosas, porém vitais: ficar de olho no livro e em Drengsus. Drengsus, com suas antigas ambições de poder, agora estava em uma situação completamente diferente. Com amarras encantadas que impediam qualquer uso de magia, ele havia sido reduzido a um limpador dos estábulos, uma ironia quase cruel para alguém que havia tentado usurpar o poder do reino.

Os estábulos não abrigavam apenas cavalos. Desde que assumi o trono, diversas criaturas espirituais haviam começado a se reunir aqui. Elas vinham de todas as partes do Reino dos Espíritos, algumas das quais nunca havia visto ou ouvido falar antes. Criaturas etéreas, feitas de névoa, luz e sombras, caminhavam lado a lado com os cavalos espirituais, e Drengsus era responsável por cuidar de todos eles.

Era uma punição adequada para alguém como ele — um lembrete constante de que, por mais que ele tentasse, jamais se ergueria ao trono que tanto cobiçava. Eu sabia que Simon e Ash mantinham uma vigilância constante sobre ele, garantindo que ele não pudesse se desviar de seu novo papel.

Olhando para o campo de treino novamente, vi que Madara e Rayssa continuavam a trocar golpes, mas agora com sorrisos em seus rostos. Eles estavam se divertindo, mas também testando seus limites, como faziam desde pequenos, presumi. A cena era uma agradável distração dos pensamentos mais pesados que sempre giravam em torno das responsabilidades do reino.

Minha mente, entretanto, não conseguia ignorar o que o livro dos Ocultos representava. Mesmo sem os espíritos, ele ainda era uma peça de poder. E agora, com as novas tensões surgindo nos territórios vizinhos, precisava estar mais atento do que nunca. O equilíbrio no Reino dos Espíritos ainda era frágil, e eu sabia que mais desafios estavam à frente.

Os dias que se seguiram foram marcados por uma sensação de quietude, uma calmaria que há muito eu não sentia. O reino, embora ainda em constante movimento, começava a se estabilizar sob minha liderança. As tensões que Dy e Quil haviam tentado incitar com suas ameaças de guerra começaram a se dissipar, e os novos tratados estabelecidos mantinham uma paz frágil, mas promissora. Eu sabia que ainda havia desafios à frente, mas pela primeira vez desde que assumi a coroa, senti que estava no controle — não apenas do reino, mas de mim mesmo.

Drengsus, ainda preso pelas amarras encantadas, continuava seu trabalho nos estábulos. Era curioso ver alguém que uma vez buscou tanto poder agora reduzido a cuidar das criaturas espirituais que outrora ignorava. Ele parecia resignado com seu destino, e, sob a vigilância de Ash e Simon, não havia sinais de rebelião. O reino o havia punido, e sua posição agora era um lembrete constante de que o poder nem sempre traz glória.

Madara continuou ao meu lado, sempre o apoio silencioso, mas constante, que eu precisava. Nossas conversas, nossos momentos juntos, me deram forças para continuar. Era como se, em meio à turbulência e ao peso de governar, ele fosse o único que realmente me via — não como o rei, mas como Theo. Cada toque, cada beijo trocado em silêncio nos corredores do castelo, reforçava a certeza de que, apesar de tudo, eu tinha alguém que caminhava ao meu lado, não apenas como conselheiro, mas como alguém que me amava pelo que eu era.

As irmãs de Madara também se tornaram parte da minha vida de uma forma que eu jamais imaginei. Simone, Rayssa e Carly me tratavam como se eu sempre tivesse sido parte de sua família, algo que, mesmo com o peso da coroa, trazia um calor ao meu coração. Seus sorrisos, seus desafios e até mesmo suas travessuras com Simon traziam leveza aos meus dias mais pesados.

Porém, uma última tarefa ainda permanecia. O **Livro dos Ocultos**.

Uma tarde, enquanto o sol se punha no horizonte, espalhando tons de laranja e dourado pelo céu do Reino dos Espíritos, senti que era hora de lidar com ele de uma vez por todas. O livro ainda repousava no meu quarto, sem os espíritos que antes habitavam suas páginas, mas sua presença era constante, um lembrete do poder que já havia contido e do perigo que ele ainda representava.

Entrei no meu quarto, sentindo o ar pesado com a energia residual do livro. A luz suave da tarde filtrava-se pelas janelas, criando sombras alongadas pelas paredes de pedra. Caminhei até onde o livro repousava, seu couro antigo e desgastado emitindo um brilho suave e perturbador. Ash e Simon, como sempre, estavam ali, montando guarda, prontos para qualquer eventualidade.

— O que vai fazer? — perguntou Ash, sua voz calma, mas cheia de curiosidade. Ele sabia o peso daquela decisão, assim como eu.

Olhei para o livro, lembrando de todos os sacrifícios feitos, de todas as lutas travadas para manter o equilíbrio do reino. Respirei fundo antes de responder.

— Vou encerrá-lo. Selá-lo para sempre. Os espíritos que ele abrigou já cumpriram seu papel. Não precisamos mais desse poder.

Simon, que geralmente era o mais brincalhão, olhou para mim com seriedade incomum.

— E se precisar dele no futuro? — perguntou ele, como se já soubesse a resposta.

— Se o futuro trouxer novos desafios, teremos que enfrentá-los de outra maneira. O poder que está nesse livro já causou caos o suficiente. É hora de seguir em frente.

Com aquelas palavras, comecei o processo de selamento. As palavras antigas que usei fluíram de mim como se tivessem sido gravadas em minha alma desde o início. A sala ao nosso redor começou a vibrar com uma energia intensa, e o livro emitiu um brilho forte antes de, lentamente, sua luz começar a se apagar. As páginas que antes carregavam poder se tornaram neutras, sem vida. O couro envelhecido voltou a ser apenas um objeto comum, sem a magia que um dia continha.

Quando tudo terminou, o silêncio no quarto era absoluto. O livro estava selado, seu poder agora inerte para sempre. A sensação de alívio que percorreu meu corpo foi quase palpável.

Madara entrou no quarto logo após o processo, seus olhos pousando primeiro no livro, agora sem vida, e depois em mim. Ele caminhou até onde eu estava e, sem dizer uma palavra, me puxou para um abraço, segurando-me firmemente contra si.

— Você fez a escolha certa — sussurrou ele, seu toque me confortando mais do que qualquer palavra poderia.

Eu soube, naquele momento, que o ciclo havia se fechado. O reino estava seguro, os espíritos estavam em paz, e eu, finalmente, havia encontrado um equilíbrio dentro de mim.

Eu era Theodoro Vinro, o rei de Scrapbooks, mas, acima de tudo, eu era Theo — e isso, agora, era o bastante.

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Fim

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