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CAPÍTULO TRÊS

SERÁ RETIRADO DIA 01/12/2018 E FICARÁ DISPONÍVEL NA AMAZON

Subi as escadas correndo e praticamente bufando de raiva. Qual é o problema deles? Tudo bem que fui um pouco ignorante, mas não falo com as pessoas sempre na defensiva. Ou falo? Não importa de qualquer maneira.

Caio de costas na cama e fico observando o teto por alguns minutos. Acordo algumas horas depois de ter caído em um sono profundo devido ao cansaço da longa viagem de avião. Já está de tarde e o calor ainda está incomodando. Levanto da cama e fico parada sem saber o que fazer agora. Opto por sair antes que algum chato venha me dar mais uma lição de moral.

Olho meus cabelos no espelho do guarda-roupa, dou uma penteada com os dedos e os prendo em um rabo de cavalo. Desamasso o vestido com as mãos e saio do quarto. Assim que chego à sala, o Gabriel está sentado no sofá com o notebook no colo e já vai me questionando.

— Aonde você vai?

— Acho, na verdade, tenho certeza de que isso não é da sua conta. — saio em passos largos pelo portão. Nem eu sei onde estou indo exatamente. Só preciso sair dessa casa.

Acabo escolhendo ir ao shopping mais próximo, afinal devo estar hilária com esse vestido florido da década passada. E apesar de odiar ambientes lotados, não tenho muita opção, preciso comprar algumas roupas que sejam mais apresentáveis. Não que eu ligasse muito para minha aparência, mas não poderia passar minha estadia aqui com apenas alguns pares de roupa, que não me serviam direito ainda por cima.

Como é normal para um final de semana, o shopping está lotado. Entro na primeira loja de departamento que vejo a minha frente. Escolho algumas bermudas, blusas, vestidos e mais algumas coisas básicas suficientes para alguns meses.

Após dar mais uma volta na loja, decido ir experimentar as roupas. Sem muita paciência para trocar as que não serviram, as deixo em cima do balcão e coloco as peças que levarei de volta na cesta. Quando estou saindo do provador, esbarro nas costas de alguém e levo um susto dando um gritinho que mais pareceu o de uma hiena. Quem é que anda de costas em uma loja de departamento lotada, pelo amor de Deus?! Quando o indivíduo se vira, fico estática. Não, não, não! É o cara do táxi.

Ai meu Deus!

Isso tá parecendo àquelas cenas de filmes norte-americanos clichês, em que a garota nerd deixa cair os livros enquanto o popular da escola a socorre daquela embaraçosa vergonha. Mas isto daqui não é filme! É uma tremenda coincidência encontrar a mesma pessoa no mesmo dia. Ainda mais uma pessoa que já te irritou profundamente em apenas poucos segundos.

Quando olho para o seus olhos, percebo logo o reconhecimento. Só me faltava essa, ele se lembrar de mim e fazer piada da sua brincadeirinha de mau gosto.

— Ei! Conheço você! É a garota do aeroporto, não é? — ele arqueia a sobrancelha ao mesmo tempo em que solta uma gargalhada como se eu tivesse contado a piada mais divertida do mundo. Ah, mas se ele acha que só ele quem sabe brincar, está muitíssimo enganado. Ativo o cinismo e decido brincar com a cara dele também. Olho com uma cara de interrogação para ele e falo no meu melhor inglês.

Me desculpe, não falo português. — ele parece em dúvida por um momento se estava vendo a pessoa certa. Mas se recupera e abre um sorrisinho sacana de lado.

— Você não vai me enganar, princesa. Jamais esqueceria um rosto como o seu, não só o rosto, por sinal. — ele me dá uma conferida rápida ainda mantendo o sorriso sacana. Ah não. Menos amigo. Menos. — Então não venha fingir que não se lembra de mim.

— Não consigo entender o que você diz. — mantenho a minha brincadeira, apesar de estar irritada pela secada com o olhar que ele me lança. Mentira, estou arrepiada mesmo.

Você quer falar outra língua? Por mim tudo bem. — ele responde falando inglês, que só o deixa mais sexy do que achei que fosse possível. — Sou o Pedro. E a senhorita, como se chama? — droga! Eu me rendo, abro um sorriso sedutor e respondo agora em português.

— Meu nome é Nãoteinteressa. — usando essa resposta de 5ª série, pego o cesto e saio rebolando pela loja. Sabendo que ele não pode ver meu rosto, dou uma pequena risada. Meu Deus, ele deve achar que tenho cinco anos de idade. Mas antes que eu pudesse me afastar muito do provador, sinto uma mão no meu ombro e me viro.

— Ei, me desculpa. Não queria ter brincado contigo, apesar de ter valido a pena, pois sua expressão irritada é incrivelmente encantadora. Mas senti que você estava precisando rir um pouco e usei essa brincadeira para descontrair. — ele dá de ombros fazendo uma carinha de ressentimento e apesar de não conhecê-lo, percebo que não é nada sincera. Subitamente uma ideia me passa pela cabeça. Decido brincar mais um pouco com a cara desse folgado.

Uso todo o aprendizado do curso de teatro da escola, penso em memórias tristes e começo a chorar. Sim, sou doida. Já pensou que talvez seja louca e ao invés de Nova Iorque eu tenha saído do hospício? Pois é. Fica aí a dúvida. Enquanto isso, Pedro se aproxima de mim e me olha com os olhos arregalados.

— Ei, por que você está chorando? Me desculpa mesmo. Não sabia que isso tinha te abalado tanto assim.

— Não, não. É que... Como cedi meu táxi para você ir ao bar. — dou ênfase na última palavra. — Perdi a hora que... que meu pai partiu. Nem pude dizer tchau. — seguro-me para não rir da cara hilária que ele fez quando eu disse isso.

— Ai meu Deus. Sinto muitíssimo mesmo. Me desculpa. Sério. Como sou idiota. — ele dá um tapa leve na testa, bagunça seus cabelos e faz uma carinha de partir o coração. Por um momento quase me arrependo da minha brincadeirinha. Quase.

— Tudo bem. A culpa não foi sua... Não tinha como você adivinhar. Ele partiu cedo demais. — continuo com a minha brincadeira infame.

— Nem sei como me desculpar contigo. Me sinto um babaca. — ele suspira, parecendo verdadeiramente abalado com a minha "pequena" mentirinha.

— Não se preocupe. Agora, com licença, preciso passar essas roupas no caixa e em seguida encontrar o papai. — ele arregala os olhos destacando ainda mais a sua beleza.

— O quê? Encontrar seu pai? Mas... Ele não faleceu? O que você vai fazer? Não está pensando em se matar não né? — solto uma gargalhada que faz as pessoas ao redor olharem para nós com cara de curiosidade.

— Quem falou que ele morreu? Falei que ele partiu, quis dizer que ele foi trabalhar mais cedo, sabe? E nem me deu um tchauzinho. — faço um beicinho e uma carinha de inocente.

— Você quer me matar do coração? Que brincadeira sem graça. — ele fala bravo, arqueando novamente uma das sobrancelhas grossas. Ué, não era ele quem gostava de brincadeirinhas?

— Foi só uma brincadeirinha, príncipe. — falo essa última palavra com tom de deboche. — Achei que você estava precisando sorrir. — dou uma piscadinha para ele e me dirijo ao caixa.

Após sair da loja fico rindo sozinha da expressão do babaca. Quem manda mexer comigo? Eu estava quieta no meu canto, se não aguenta brincar, não brinca. Fiquei meio decepcionada por ele não ter me seguido novamente, mas depois disso acho que ele irá evitar brincar com desconhecidos.

Depois de entrar em outras lojas e comprar mais algumas roupas, decido ir à praça de alimentação, já que não comi direito no almoço e agora estou morrendo de fome. Peço um hambúrguer e um refrigerante e sento em uma das cadeiras da praça. Apesar de ser uma excelente cozinheira, modéstia parte, sempre tive fraqueza por porcarias de fast food. Por isso, não deixava de lado os exercícios matinais diários, para ao menos tentar compensar minha gula.

Enquanto como, olho ao redor da praça observando algumas famílias comendo e rindo alegremente. Bem diferente de Nova Iorque, onde tudo parece que acontece no automático para a maioria das pessoas ali. Vejo crianças chorando por não conseguirem o que querem, vejo também casais brigando, outros se beijando. Sou uma das poucas pessoas que está comendo sozinha. Olho para uma mesa um pouco mais distante e sorrio sozinha diante dessa situação. O universo só pode estar de sacanagem com a minha cara.

Pedro está sentado em uma das mesas, mas ele não está sozinho. Está acompanhado de uma linda garota, ela não parece ter mais que 20 anos. Possui os cabelos enormes pretos, mesmo de longe, consigo ver que tem enormes olhos verdes e um sorriso que deixaria qualquer um hipnotizado. Os dois conversam como se se conhecessem há anos. Fico observando enquanto eles riem, e ela dá um pequeno soco no braço dele. Imediatamente um sentimento ruim aparece em mim, e sacudo a cabeça como se assim pudesse afastá-lo.

Tento me concentrar no meu lanche, mas a curiosidade de observá-los é maior. Assim que levanto a cabeça para olhá-los, a garota me olha com uma cara interrogativa. Droga, fui pega no flagra. Ela fala alguma coisa para Pedro, que logo se vira e me olha. Imediatamente me levanto e corro para o primeiro banheiro que vejo a minha frente. Merda, por que você tem que ser tão curiosa, Isadora? Fico mais ou menos uns dez minutos com a cabeça baixa e as mãos apoiadas na pia do banheiro esperando a adrenalina que tomou de conta do meu corpo passar.

— Ei, tudo bem? — olho para a mulher que se aproximou de mim sem que eu percebesse. É a garota que estava com o Pedro. Merda. Merda.

— Er... Tudo bem. Só com um pouco de tontura. — minto na maior cara de pau.

— Você quer se sentar ali? Eu te ajudo.

— Não, não precisa. Já estou melhorando. Obrigada, de qualquer forma. — dou um sorriso fraco. Ela é ainda mais bonita de perto. Tenho vontade de perguntar se ela é namorada do Pedro, mas nem os conheço e isso faria de mim mais louca ainda, e intrometida também.

— OK. — ela me lança um sorriso.

— Preciso ir. Hum... Tchau. — ela me olha com um olhar que parece interrogativo.

— Espera! Ele me falou de você. E você parecia bastante interessada nele também. — ela apoia um cotovelo no outro antebraço enquanto coloca um dedo no queixo como se tivesse pensando. Droga, droga! Será que ela vai partir para cima de mim aqui no banheiro? Eu nem sei brigar! Isso que ganho por ser tão bisbilhoteira.

— Eu... Quem? — faço-me de desentendida e finjo uma cara de surpresa.

— Não precisa se fazer de desentendida, conheço o olhar de interesse. — ela ri ao mesmo tempo em que me dá uma olhada parecendo achar tudo muito engraçado.

— Realmente não sei do que você está falando. — falo isso e já vou em direção à saída do banheiro.

Quando saio dou de cara com quem? Acertaram. O palhacinho de circo. Ele está encostado com o pé na parede segurando algumas sacolas na mão.

— Olá de novo. — ele já não parece mais bravo e me lança aquele sorriso cínico. — Acho que você está me devendo o seu nome, sabe. Pela brincadeirinha de mau gosto, mereço pelo menos um nome.

— OK. Eu te darei alguns nomes. Carla, Patrícia, Rosana, Sara... Quer mais? — arqueio minha sobrancelha para mostrar que também sei usar desse artificio ao meu favor.

— Você é bem irritadinha, né?

— Não sou irritadinha, apenas não gosto de caras folgados que ainda por cima se acham demais. — ele ri e morde os lábios como se tivesse pensando numa resposta a altura. Reparo nesse movimento aparentemente inconsciente que o deixa ainda mais bonito. E antes que ele possa responder alguma coisa, pergunto. — Você é algum perseguidor ou algo do tipo? Só hoje te encontrei em três lugares diferentes.

— Eu acho...  — ele vai se aproximando de mim ao mesmo tempo em que vou dando alguns passos para trás. — Que isso deve ser o destino dizendo que nós estamos designados a ficar juntos. E que não importa onde estejamos, nós sempre iremos nos encontrar. — arregalo os olhos, fico chocada. Não esperava essa resposta.

— O-o quê? — gaguejo, ainda com os olhos arregalados. Então ele começa a rir.

— Ei, estou brincando. Não precisa fazer essa cara.

— Você não é muito de falar sério, não é? — pergunto fechando a cara.

— E você não tem muito senso de humor né? — o babaca rebate me deixando irritada.

Bem na hora que eu estava pronta para encher a cara dele de tapa, a garota sai do banheiro.

— Ei, você está aí. — ela me olha sempre com aquele sorriso simpático estampado.

— Já estava indo embora.

— Não! Espera. Por que você não janta com a gente? A mamãe prepara tanta coisa que dá para um batalhão comer.

— Jenny, a gente nem conhece ela. Ela pode ser uma serial killer e você fica a convidando assim. — Pedro fala enquanto a garota revira os olhos.

— Eu me chamo Jennifer e ele você já conhece né. Meu irmão Pedro. — ela aponta e depois se vira para ele. — E mais cedo você não pareceu achar que ela era uma assassina em série.

Então eles são irmãos! Imediatamente abro um sorrisão, já me simpatizando com a garota.

— Nossa! Isso é muito cena de filme! Garoto encontra garota, os olhares se cruzam, rola uma química instantânea. Ele me falou lá na mesa da praça de alimentação. Acredita? Que cruzou com uma garota linda, apesar de meio louca e não sei mais o quê. — ela continua falando fazendo uma cara de menina travessa.

— Jennifer, cala a boca. — ele a olha espantado.

— Que foi? Não foi isso que você falou? — ele faz um sinal de silêncio para ela e dá um sorriso nervoso.

— Fica quietinha vai.

— Meu nome é Isadora. — falo rindo para a garota, enquanto o irmão dela me lança um olhar indignado.

— Para ela você diz seu nome!  — ele fala e apenas dou de ombros e respondo.

— Ela não é uma babaca como você. — quando falo isso a Jennifer dá uma gargalhada, que agora percebo que é bem parecida com a do irmão.

— Gostei dela! — ela fala ainda rindo.

— Deve ser por que ela é irritadinha que nem você. — seguro minha vontade de dar língua para ele, mas já agi com muita imaturidade para um dia só.

— Vamos, Isa. Posso te chamar de Isa né? Adoraria ter uma nova amiga. Já que o meu querido irmão enche o saco dizendo que ando com as pessoas erradas. Para ele, acho que você já pareceu ser uma pessoa "certa". — ela lança outro olhar travesso enquanto faz aspas com os dedos. — Mamãe também vai gostar de você!

— Pode me chamar de Isa. Mas acho que não vou poder hoje, não estava planejando ficar muito tempo fora. Eu nem avisei para ninguém onde estou.

— Quantos anos você tem? Dez? — Pedro pergunta me dando um sorrisinho. Ele continua tentando me irritar. Mas decido apenas ignorá-lo.

— Mas que tal eu te dar o número de telefone, Jennifer? Aí a gente combina alguma coisa.

— Você pode me chamar de Jenny. E tudo bem, podemos sair para uma baladinha! — ela responde dando pequenos pulinhos de alegria como se fosse uma criança. Essa alegria dela é quase contagiante.

— Baladinha? Nem pensar. — Pedro olha para a cara dela com um ar de pai superprotetor. — Não é só por que você já tem dezoito anos que vai ficar saindo para esses lugares. Você sabe o tipo que cara que frequenta balada?

— Achei que ele fosse seu irmão e não seu pai. — provoco-o, esperando receber em troca outra expressão de deboche. Mas ele imediatamente fecha a cara e parece bravo de verdade. Olho para Jennifer sem entender o porquê ele ficou assim. Ela entorta a boca fazendo um beicinho.

— Vamos, Jennifer. — ele diz e já se afasta do corredor dos banheiros, parecendo com pressa de repente.

— Digita o número aqui, Isa. Eu te mando uma mensagem pra gente combinar aquela baladinha. — ela fala essa última palavra em um sussurro e pisca para mim. Percebendo o olhar inquieto para o seu irmão, ela continua. — Não liga pra ele não. É que... Nosso pai morreu faz algum tempo, ele ficou superprotetor assim como se ele tivesse a obrigação de cuidar de mim. Então tocar nesse assunto o deixa bem abalado.

— Eu não sabia... — de repente me sinto mal por ele, às vezes sei cutucar uma ferida. Não que tivesse como adivinhar uma coisa dessas, mas bem que poderia ter ficado de bico calado.

— Sem problemas, me deixa ir antes que ele venha até aqui me puxar pelo braço. — ela anda apressada me mandando um tchau e um beijinho no ar. Espero para ver se o Pedro vai me olhar para me dar um tchau ou nem que seja um aceno, mas ele apenas anda na frente da irmã e me ignora totalmente. Realmente devo tê-lo irritado.

GOSTARAM? Gente, eu adoro esse capítulo!! HAHA

Não deixem de comentar e votar caso tenham gostado!!

Beijos de amor e espero vê-los sexta que vem...

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