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Reencontro



— Não, definitivamente não. Você já fugiu do hospital uma vez.

— Pai, eu ainda vou ficar dentro do hospital, só não vou estar no meu quarto — expliquei —, além de tudo. A minha situação deve ser uma das melhores aqui.

— Se era para me acalmar, não fez efeito. Já não basta seu tio, que foi noticiado como morto aparecer todo ensanguentado. Quem devia estar aí sou eu pelo trabalho que vocês me dão.

Coloquei ambas mãos nos ombros dele, e o fiz sentar na cama em meu lugar — Descanse um pouco, juro que não vou sair daqui, só preciso... Ver algumas pessoas.

Tudo ainda era recente, minhas feridas por serem simples, foram tratadas rapidamente e então em menos de um dia eu já estava de pé, apesar de precisar de uma recuperação corporal longínqua. As perdas pelo que escutei de relatórios foram imensuráveis. Do lado, dos civis, dos heróis, da sociedade. Todas as leis, todas as regras e tudo que foi construído pelos heróis, estava abalado. Fiquei sabendo depois do vídeo de Dabi, e então compreendi por completo as palavras ditas para Tokoyami. Se o que ele queria é causar uma comoção, conseguiu com honras instalar uma anarquia.

No momento em que a poeira da luta abaixou, os protestos começaram. Muitos dos corpos sequer foram velados e estavamos recebendo gritos do lado de fora, como se uma escolha, tivesse apagado completamente todos os anos de proteção.

Por não estar na missão originalmente, precisei ser interrogada, até porque a informação era de que estava fora de atividade. Recebi uma advertência pela imprudência, depois um agradecimento pela insistência, visto que em relatórios minha participação em proteger o acampamento médico foi fundamental.

A maioria dos alunos estava em observação, o restante seguia desacordado. Conversei com aqueles aptos e como o esperado, o choque foi instantâneo. Entre linhas gerais, já havia ensaiado uma explicação que não entrava em tantos detalhes, porém saciava a curiosidade deles em relação ao ocorrido.

Passei no quarto do meu tio para o ver antes de visitar o herói alado. Assim como eu, menos de um dia de tratamento, ele já estava bem de novo. Visto que suas feridas foram causadas pelo esforço de habilidades e não impacto.

— Como está? — segurei sua mão entre as minhas.

— Decepcionado comigo mesmo — confessou —, deveria ter parado Shigaraki quando tive a chance.

— Seus olhos quase saltaram do rosto, não teria nada a mais para ser feito. Não estávamos preparados para lidar com a situação desse jeito — expliquei. — Nós dois, e tantos outros estavam longe da situação aceitável de serviço, não é à toa que muitos continuam em tratamento de risco.

Meu tio olhou para a janela por um momento, em silêncio, então apertou minha mão voltando a cabeça para mim. — Até o meu sumiço você ainda estava em atividade, fiquei surpreso quando Itsu disse sobre estar em coma. A propósito onde está seu pai?

— No meu quarto de tratamento, não sei como ele não teve um acesso ao me ver acordando do coma, apenas para em seguida receber a notícia de que Hawks te matou da boca do meu antigo amigo de infância.

Um riso ecoou — Itsu é mais forte do que nós dois juntos. Como você está? Com a situação.

— De alguma forma, não estou surpresa — dei dois tapinhas em sua mão e me levantei espiando pela janela algumas pessoas paradas na frente do hospital. — Não sei dizer exatamente o que aconteceu enquanto estive apagada, mas muito do que estava acontecendo aqui, minha mente deu um jeito de recriar em sonho. Antes de tudo, já havia encontrado com Dabi, existia a dúvida, mas a confirmação veio depois.

Passei a mão pelas bandagens da queimadura — Não acho que somos nada além de estranhos agora. Fiz as minhas escolhas, meus sacríficos, ele, os dele.

— Está com pensamentos tão firmes quanto uma boa costura

— Me apeguei ao passado a tempo demais, para olhar para o futuro, preciso de algumas respostas. O que realmente aconteceu em relação a sua suposta morte?

A explicação do meu tio, fez algumas peças se encaixarem. O dia em que Hawks o visitou, foi logo depois da noite que passamos juntos. Naquela manhã ele disse que até o trabalho terminar, eu poderia acabar o odiando. Saber que, na verdade, foi uma decisão em consenso mudou alguns pensamentos. Por fim, desejei melhoras para meu tio e então fui para o último quarto.

Diferente de onde estava o Best Jeanist o quarto do herói alado estava escuro. Havia uma enfermeira ali, mas ela não pareceu dar muita importância para a minha presença. Acenou com a cabeça e então se foi.

A cama estava situada no canto e ele tinha um respirador ligado ao seu rosto. Por conta da ferida nas costas, ele estava deitado de lado, completamente imóvel e enfaixado praticamente pelo corpo inteiro. Ergui a mão em direção aos seus cabelos, as pontas estavam chamuscadas, bem mais curtos, deixando o rosto marcado pelas chamas de Dabi ainda mais visível.

Minha última visão dele na ilusão não era muito diferente daquela.

— Keigo Takami — disse não tendo certeza se ele me ouvia ou não. — Agora que paro para pensar, é estranho que nunca tenha me preocupado com o seu nome. Na verdade, tudo sempre foi estranho. Deveria supor o tipo de coisa em que você estava envolvido quando entrou sangrando pela minha janela da primeira vez.

Desci os dedos num carinho — Meu amigo Swyn tentou checar o seu histórico, é claro que tendo a comissão de segurança envolvida não foi possível encontrar nada. Ele me disse para tomar cuidado e me afastar, mas estranhamente me encontrei andando na sua direção.

Dei uma pausa na confissão e fechei os olhos por um momento, deixando um riso solitário ecoar pelo quarto quase vazio, o único barulho sendo o dos aparelhos ligados ao homem.

— Eram para ser apenas brincadeiras, mas parece que no fim virou verdade — abaixei a cabeça por um instante, escutando o som ritmado ficar levemente mais rápido. — Espero que pelo menos uma de todas aquelas confissões ainda esteja válida, ladrão de donuts.

O corpo se mexeu e então os olhos cor de âmbar se abriram cansados, mas com um brilho divertido. Tombei a cabeça para o lado e respirei fundo.

— Você ouviu desde o começo, não foi? — Questionei. Recebendo um aceno mínimo em resposta. — Bom, isso me impede de tem que dizer que estou apaixonada por você de novo.

De alguma maneira, se tornou muito fácil ler suas expressões. Então percebi a insegurança quando seus olhos desviaram dos meus.

— Ou você esteve mentindo muito nos últimos tempos, ou está se preocupando com bobagens — afirmei, e continuei. — Não ligo para quem eram seus pais, ou o que os superiores mandaram você fazer. Estou até deixando passar o fato que você fez do meu tio um cadáver temporário.

Suas sobrancelhas se curvaram, e os olhos me encararam como se estivessem dizendo que não era um momento para brincadeiras.

— Talvez eu deva contar um pouco mais de mim, está disposto a me escutar?

Uma permissão e então comecei.

Durante algum tempo, Keigo me escutou. Então contei minha vida desde onde me lembrava, sobre minha mãe, sobre Touya e tudo que me levou até ali. Aspirações, sonhos e vontades. Todos os "e se" que guardei apenas para mim foram ditos para alguém realmente disposto a me escutar. Quanto mais escondi as minhas cicatrizes mais acabei sangrando, todos temos arrependimentos, todos temos falhas, somos heróis e não deuses, no fim do dia quando tiramos o uniforme voltamos a ser pessoas comuns.

— Se a minha história com Dabi vazasse, é capaz de me tomarem como cúmplice. Ainda mais considerando que tivemos alguns encontros amigáveis durante os últimos meses, se olhar dessa forma, eu e você não somos tão diferentes assim — ajustei as bandagens no braço.

— Aposto que ele não vai pensar duas vezes em me matar na próxima vez que nos encontrarmos. Acho que nenhum de nós.

Sua mão alcançou a minha que estava apoiada na cama, os dedos envoltos em bandagens levemente se entrelaçando aos meus. Agora com a expressão mais suave, novamente fechou os olhos.

— É melhor eu deixar você descansar — me levantei, sem soltar sua mão da minha. Inclinando o rosto em sua direção — Fique bom logo, e me pergunte se quero ser sua namorada de novo, dessa vez vou dizer que sim.

Mais uma vez o som da máquina acelerou, Keigo a encarou como se sua individualidade pudesse atirar raios pelos olhos e não o fizesse voar. Por fim, seu corpo relaxou e os dedos que se seguravam aos meus, se ergueu até o peito, num silencioso sim.

Para o bem ou para o mal, nossa nova realidade, começa agora. 







•   F   I   M   •

















N/A: Não deixe de ler o epílogo e as considerações finais!

Obrigada por ler até aqui, Xx!

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