2 ANOS DEPOIS.

— Quem diria que Kim Taehyung iria se casar um dia? — o amigo brincou, enquanto arrumava a gravata em frente ao espelho.

— Quem diria que seria no mesmo dia que você? — o de cabelo castanho rebateu.

— Isso já era de se esperar. — Jihyo comentou risonha, tirando as mãos do irmão da gravata para fazer o serviço em seu lugar. — Melhores amigos fazem assim.

— Eu estou nervoso. E se o Jungkook não aparecer? — Jimin mordeu o lábio apreensivo.

— Começou. — Taehyung rolou os olhos.

— É sério! Você deveria estar preocupado também, vai que o Hoseok não vem.

— Jimin, você acha mesmo que depois de dois anos eles iriam dar pra trás? Eu vou te bater.

— Ei, ninguém vai bater em ninguém. Inclusive eu agradeceria se vocês ficassem quietos pra eu acabar logo com isso. — a agora ruiva, reclamou.

Depois de dois anos, muita coisa havia mudado além das cores de cabelo dos rapazes.

Min Yoongi nera gay? Era, até ver o rosto do filho pela primeira vez. Dizem que o amor muda as pessoas e talvez tenha sido o choro do pequeno Minseok que fez com que ele caísse em si pelas besteiras que havia feito e resolvesse tentar construir uma família ao lado de Micha.

Taehyung e Hoseok foram morar juntos pouco depois do mais novo receber um prêmio importantíssimo de medicina. O pedido de casamento foi simultâneo, visto que os dois estavam planejando pedir um ao outro no mesmo dia: no segundo aniversário de namoro.

Jungkook agora era conhecido internacionalmente por seus quadros muito bem pintados e por seu traço preciso. Em parceria com Seokjin eles estavam no topo do mercado de artes. Jimin não poderia estar mais orgulhoso.

Este, por sua vez, havia se tornado chefe de cirurgia, nomeado por Namjoon pouco depois de ter feito mais uma especialização na área fetal.

Dias depois de sua nomeação, veio o pedido de casamento. Agora, ele e Jeon eram acordados com beijinhos molhados de SunHee, que era completamente apaixonada pelos pais.

— Vovó... Eu posso ver o papai agora? — a pequena de cabelos negros e bochechas rosadas andava apressada atrás de Choa.

— Seus dois papais estão terminando de se arrumar e você vai acabar se sujando se continuar pulando desse jeito. — a loira disse enquanto passava o delineador, observando a neta pelo espelho.

— Mãe? O Jungkook já chegou e Jimin já está pronto. — Jihyo apareceu no quarto da casa de verão cedida por Namjoon para sediar a festa.

— Eu já acabei aqui, podemos ir agora. Sun, lembre do que combinamos, ok? Não falar nada sobre aquele assunto. — Choa piscou para a menor, que passou os dedinhos pelos lábios como se fosse um zíper.

As três caminharam até a sala onde os dois rapazes esperavam. Os pais de Taehyung não puderam comparecer por motivos de saúde, mas a mãe de Hoseok havia se comprometido a transmitir a cerimônia via videoconferência. A mãe dos Park agora era responsável por entregar não só um, mas dois noivos a seus respectivos amados.

O sol havia começado a se pôr e a hora havia chegado. A praia era afastada dos holofotes e curiosos e estava impecavelmente arrumada para a ocasião. Jungkook não poupou esforços, queria dar o melhor para seu Jimin.

Quando SunHee apareceu no campo de visão de Jeon acompanhada por Jimin — filho de Yerim —, este cutucou Hoseok, que sorriu largamente. Choa tinha cada braço entrelaçado a um dos meninos.

Jimin, agora com cabelos negros, usava um terno branco, assim como seu noivo. Os olhinhos fecharam-se em uma linha, assim que se encontraram com o do rapaz, que tinha o cabelo meio ondulado e num tom castanho claro.

O juiz de paz começou a cerimônia, falando as mesmas coisas, comuns a todo casamento. Depois, pediu que Hoseok e Taehyung dissessem seus respectivos votos.

— Sweet, você me ganhou no momento em que pus meus olhos em ti. Apesar de tudo ter começado da forma errada, eu já sabia que era do seu lado que eu queria ficar e dividir os momentos da vida. Você me ensinou coisas que sozinho, talvez eu nunca tivesse aprendido. Obrigado por isso, por nós. — beijou a mão do rapaz, antes de colocar a aliança. — Eu, Jung Hoseok, te aceito Kim Taehyung, como meu esposo, para amar e respeitar, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte nos separe. — terminou, selando a testa do rapaz. — Eu te amo.

— Ah, Seok. Nunca imaginei que a minha paixão platônica ia se tornar real dessa forma, não imaginei que fosse te amar, muito menos que seria correspondido. Olhando pra trás eu vejo que fomos muito loucos e imprudentes, mas se esse foi o caminho que nos trouxe até hoje, eu sou grato da mesma forma. Porque hoje nós estamos aqui e eu sou muito feliz por ter você. — repetiu a ação do noivo, logo começando a colocar a aliança nele. — Eu, Kim Taehyung, te aceito Jung Hoseok, como meu esposo, para amar e respeitar na saúde e doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte nos separe. — disse por fim.

O juiz os declarou casados e deu a voz para Jungkook, que segurou as mãozinhas de Jimin e encarou seus olhinhos brilhantes e lacrimejantes.

— Eu não sou bom com discursos ou declarações, você sabe disso, mas hoje eu quero dizer algumas coisas que talvez você já saiba... Jimin, você me ensinou a ver o mundo de outra forma, eu estava preto e branco e você me coloriu com seu carinho, seu cuidado e seu amor. Você segurou a minha mão e me guiou no caminho das decisões certas e eu nunca vou saber como retribuir isso. Você é iluminado e a sua luz acabou clareando a minha vida, clareou tanto que é como se eu não soubesse mais ficar sem ela. E bom, eu não quero aprender. Não sei quando eu me apaixonei por você ou como, mas se eu pudesse voltar no tempo, faria tudo exatamente igual. Eu te amo de uma forma que meras palavras não descrevem mais. — soltou a mão do moreno apenas para enxugar a lágrima teimosa que rolou por sua bochecha e em seguida pegar a aliança trazida por Sun. — Eu, Jeon Jungkook, te aceito Park Jimin, como meu esposo, para amar e respeitar na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte nos separe. — concluiu, unindo seus lábios aos do rapaz rapidamente.

O mais novo estava tão emocionado que levou alguns segundos até conseguir falar. Respirou fundo e enxugou o rosto inundado de lágrimas antes de começar.

— Quando você vai parar de me surpreender, hein? Sempre foi assim, desde o comecinho, desde os primeiros dias. Eu jurava que nós seriamos praticamente inimigos e quando dei por mim, já estava encantado por esse par de olhos de jabuticaba e esses dentinhos de coelho. Jungkook, você não desistiu de mim quando tudo que eu fiz foi dar pra trás. Você se esforçou para provar o quanto gostava de mim e para ganhar a minha confiança. Bom, agora você tem mais do que isso, tem meu coração e meu amor. Você reduziu minhas inseguranças a pó, me fez acreditar de novo no amor, você me amou como ninguém jamais fez, me deu uma filha linda e o que eu sinto por vocês só cresce a cada dia. Eu te amo tanto, mas tanto. Acho que vou explodir de amor. — ele riu e arrancou risadas de vários dos convidados ali. — Eu, Park Jimin, te aceito, Jeon Jungkook como meu esposo, para amar e respeitar na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte nos separe. — disse por fim, deslizando a aliança pelo dedo do amado.

Os dois casais deram um beijo não muito demorado e receberam os cumprimentos dos convidados, logo dando inicio a festa.

Jimin sentia os músculos do rosto doerem, tamanho era o seu sorriso. Seu marido não estava diferente, mal conseguia falar com as pessoas que vinham lhe parabenizar, pois seus olhos não queriam perder o moreno de vista. Tudo ainda soava como um sonho, um sonho bom do qual ele poderia ser desperto a qualquer momento.

Jungkook tinha tudo que sempre quis. A filha, uma nova família que lhe recebeu de braços abertos, amigos, uma carreira brilhante e um companheiro lindo por dentro e por fora. Tão lindo que ele não entendia o que tinha feito para merecer tanto.

A festa já rolava há algumas horas e o moreno estava impaciente. Mesmo com a lua de mel adiada por um ano por conta dos compromissos profissionais de Jungkook, Jimin queria ter nem que fosse um momento a sós com o rapaz. Este, havia sumido há alguns minutos e ninguém parecia saber o paradeiro dele.

Estava começando a se preocupar quando uma Jihyo sorridente e com o olhar cheio de segredos apareceu em sua frente.

— Muda essa cara, Minie! É o seu casamento! — disse animada, sacudindo os braços do rapaz.

— É, mas o meu digníssimo esposo inventou de sumir e me deixar sozinho para receber esse amontoado de presentes. — fez um bico e cruzou os braços.

— Você é muito desconfiado. — ela rolou os olhos. — Jungkook pediu que eu viesse te chamar, está lá dentro. — apontou para a casa.

— O que ele 'tá fazendo lá?

— Te esperando para dar o presente de casamento mais importante de todos. Vai logo, eu tô ansiosa.

Park olhou estranho para a irmã, mas deu de ombros e caminhou até a casa. Abriu a porta e encontrou Jungkook de costas para si e com as mãos nos bolsos da calça.

— Por que você saiu sem avisar? — questionou ao se aproximar.

— Eu precisava cuidar de... umas coisas aqui dentro. — respondeu, virando-se para encarar o outro que lhe olhava com a sobrancelha arqueada. — Jimin, eu tomei a liberdade de fazer uma coisa e espero de coração que você goste...

— Ih, não me diga que pintou o cabelo da Sun porque isso eu não vou admitir. Ela só tem três anos e... — o moreno disparou, mas logo foi silenciado com o contato dos lábios do marido contra os seus.

— Você não perde a mania de falar demais, não é? — brincou ao quebrar o beijo.

— Não vou perder nunca se você sempre me calar assim. — sorriu, recebendo uma sequencia de selinhos.

Se assustaram com o barulho vindo de um dos quartos e Jungkook encarou os próprios pés.

— Papai, eu já posso ir? — a voz de Sun soou um pouco distante dali.

— Jimin, feche os olhos. — o mais velho pediu. — Não pode abrir, SunHee vai ficar chateada.

— Ok. — riu, logo fazendo o que lhe foi pedido.

— Pronto, pode vir. — Jeon pediu e a pequena saiu animada do quarto, imediatamente sendo acompanhada.

Pararam em frente a Jimin, que permaneceu quieto até que lhe foi permitido abrir os olhos. Quando o fez, deixou que sua boca formasse um "O" tamanha era sua surpresa.

Fitou a loirinha de bochechas fartas e mãos gordinhas à sua frente, lembrando-se das vezes que visitou o orfanato e quis levá-la para casa. Foram inúmeras semanas indo e voltando do lugar, frustrado e triste, pois a pequena era muito "disputada" por todos que a visitavam.

Foi desperto de seus pensamentos quando ela se aproximou e estendeu os bracinhos para que fosse carregada. Jimin pegou-a em seus braços, recebendo um apertão na bochecha e vários beijos molhados. SunHee semicerrou os olhos e fez um bico de ciúmes, fazendo-o rir.

— Vamos brincar, Hyuna. — a mais velha chamou, obrigando Park a colocá-la no chão.

— Jungkook... O que... O que ela...

— Me desculpe por fazer tudo pelas suas costas, mas eu tive medo que desse errado e você ficasse triste por criar expectativas. — explicou com medo.

— Quando vamos devolvê-la? Por favor, diga que não é amanhã. Quase não curti a presença dela. — o moreno fez uma carinha triste.

— Ela não vai a lugar algum, amor. — Jungkook abriu um sorriso tão grande que poderia rasgar seu rosto.

— Como assim... Está dizendo que ela... É nossa? — perguntou com os olhos brilhando e o coração batendo tão rápido que poderia senti-lo quase saindo pela boca.

— Sim. — foi o que Jeon conseguiu responder, antes de ser amassado pelo abraço do marido.

— Meu Deus eu te amo tanto. Você me presenteou com duas filhas, tem noção do que é isso?

— Tenho sim, isso quer dizer que temos a família mais linda do mundo. — disse por fim e enxugou as lágrimas que caiam pela bochecha do mais novo.

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boa noite pra quem foi bem alimentada pelo otp durante o dia todo, pro resto apenas noite

porra eu to muito soft vai se foder!!!!! nao gostei muito do capitulo mas esse final me deixou triste aaaaa tomara que eu morra

voces estao preparadas pro final? pq eu nao to hein, to ate prorrogando de escrever ):

até logo nenês, amo vocês 🐣