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- leiam as notinhas finais, por favor
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Jimin encarava a xícara de chocolate quente à sua frente, enquanto Jungkook se servia. Quando ele finalmente se sentou à mesa, permaneceram em silêncio por alguns instantes, apreciando o som da chuva — agora fraca — que caía lá fora.
O moreno chorou como um bebê depois de toda a discussão que aconteceu mais cedo e o mais novo limitou-se a abraçá-lo e oferecer-lhe ombro amigo. Após se recompor, Jeon agradeceu e insistiu para que Jimin não saísse na tempestade para ir embora, usou até de chantagem emocional para conseguir convencer o médico.
— Todo mundo que me conhece geralmente me oferece café. — o loiro riu, finalmente fitando o outro.
— E eu te conheço o suficiente para saber que você não pode abusar dele.
— Conhece é?
— Parece que alguém esqueceu da endoscopia. — Jungkook provocou, provando o líquido quente.
— Não é todo dia que eu sou mimado a ponto de me darem comida na boca. — ele riu, logo se envergonhando. — Nunca vou esquecer aquele dia... Ah, e eu nem tive tempo de agradecer. Obrigado, Jungkook.
— Nem foi nada... Aliás, gostei da decoração do seu quarto.
— Eu amo aquelas fotos. Cada uma delas. Se duvidar, sei de cada caso em particular. — Jimin se gabou.
— Não perde uma oportunidade de se exibir. — o moreno disse e riu da cara de incredulidade do mais novo. — Gosto de fotografias também, mas minha paixão é a pintura.
— Pinta quadros? De verdade?
— Sim... E esse é mais um dos motivos que me deixam com receio de cuidar da Sun. — Jeon suspirou pesado. — Fechei contrato com a galeria do tio da Jiwoo pouco depois do nosso casamento e ele vence mês que vem. Provavelmente não irá ser renovado, porque ela não está mais comigo e a família dela me odeia.
— Odeia? — Jimin franziu o cenho.
— A família dela... A mãe dela sempre foi daquelas que querem mandar no futuro dos filhos. Colocou como meta de vida realizar o sonho de ver a filha como juíza, quando na verdade Jiwoo queria debutar em algum desses grupos de kpop. — Jeon riu com a lembrança. — Quando nos conhecemos, ela estava quase surtando por conta das cobranças e eu a ajudei a sair de casa...
— Por isso a raiva da mãe dela...
— Exatamente. Foi muito difícil comprar esse cantinho e o carro, mas nós tínhamos tudo organizado quando viemos morar aqui... Só que a gravidez nos pegou de surpresa. Agora sozinho e com a Sun para cuidar, não tenho como arrumar um emprego em outra coisa e não conheço ninguém que possa comprar os quadros.
— Você se importa de me mostrá-los? — Jimin sorriu, decidido desde já a levar pelo menos cinco.
— Claro, vamos...
Estavam alcançando o quartinho dos fundos quando SunHee voltou a chorar. Jimin olhou o relógio, vendo que já era quase meia noite e que provavelmente o choro era de fome. Ia se prontificar para olhar a menina, mas Jungkook não deixou. Quis ele mesmo fazer. Esquentou o leite e — pela primeira vez em quatro dias — pegou a filha nos braços para alimentá-la.
O loiro sorriu largamente com a cena e se retirou o quarto para deixá-los a sós. Sentou-se no sofá e, de tão cansado, não percebeu a hora em que pegou no sono. Já o outro, entretido com os cuidados da filha, não notou o passar dos minutos e quando colocou a pequena no berço, se assustou ao ver que já eram quase duas da manhã.
Encontrou Jimin adormecido de qualquer jeito no sofá. Ajudou-o a se deitar mais confortavelmente e buscou um edredom para o mesmo. Riu do sono pesado do outro, que sequer acordou com os movimentos feitos por ele em seu corpo.
Ficou algum tempo parado e observando o quanto Park era adorável e fofo. Dormia tão serenamente que aquela imagem era digna de um quadro. E foi por isso que ele pegou rapidamente uma de suas telas e começou a trabalhar. Fazia tanto frio que o mais novo sequer se mexeu enquanto — sem saber — sua imagem adormecida era reproduzida na tela.
Ao terminar, Jungkook sorriu satisfeito. Era muito bom no que fazia e o modelo colaborou ainda mais com a sua beleza. Guardou todo o material, em seguida se sentando entre a mesinha de centro e o sofá onde Jimin estava. Perdeu — ou ganhou — mais alguns longos minutos observando aquela cena tão divina e se questionando sobre os próprios sentimentos. Tinha medo de magoar o garoto, medo de se magoar e ainda por cima, sentia-se culpado por estar — talvez — gostando de alguém novamente em tão pouco tempo.
Sentiu o sono fazer suas pálpebras pesarem e levantou-se devagar, com cuidado aproximando-se de Jimin e depositando um beijo em seus lábios quentes.
— Bons sonhos, Park. — disse, antes de se retirar.
— Bons sonhos, Jeon. — o loiro sussurrou, quando ouviu o moreno fechar a porta do quarto.
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— Você foi errado e pronto!
Jihyo disse e Yoongi balançou a cabeça negativamente. Estava convicto de que fizera a coisa certa para separar Hoseok de Taehyung. Jamais aceitaria a traição e também não deixaria que eles fossem felizes bem embaixo do seu nariz.
— Queria ver se fosse o Chanyeol, trocando você pela Micha. Ia ficar quieta? Ia deixar os dois esfregarem "o amor" deles na sua cara? — perguntou, cruzando os braços.
— Não sei o que faria, mas com certeza me daria valor o bastante e não ficaria implorando atenção de quem me traiu, muito menos tentando voltar com ele. — ela deu de ombros, conferindo o relógio.
— Eu não quero voltar...
— Ah não? — ela ironizou. — E marcou esse café com ele por quê?
— Para esclarecer as coisas.
— Ou seja, envenená-lo contra o Tae. Yoongi, sai dessa.
— Fala isso porque Taehyung é seu amigo. Nunca vai admitir que ele tomou Hoseok de mim.
— Em que século você vive? — Jihyo o fitou incrédula com tais palavras. — Não existe isso de tomar. O bonitão lá tem idade suficiente para saber o que é certo ou errado, se te traiu foi porque quis e não porque alguém o forçou. E outra coisa, Tae não sabia de nada. Até eu fiquei sabendo no mesmo dia que ele e sou testemunha que se mantiveram afastados e brigados até o dia da minha festa.
— Falando no demônio... — Yoongi torceu a boca ao ver o ruivo se aproximar.
— Vamos, Jihyo? — ele chamou, ignorando a presença do loiro ali.
— Sim, já estou indo. — ele se afastou e ela voltou sua atenção para o colega que emanava raiva. — Devia prestar atenção nas coisas ao seu redor. Enquanto você perde tempo com quem não te quer...
— Jihyo! — Taehyung chamou novamente, fazendo-a sair correndo depois de soltar beijos no ar.
— Que cara é essa? — Micha perguntou ao se aproximar do loiro e bagunçar seu cabelo de leve.
— Nada. Até mais, tenho o que fazer. — disse ríspido, logo saindo dali.
Praticamente correu até a lanchonete onde Hoseok esperava por ele. Fez questão de sentar ao seu lado e não à frente, mas o moreno trocou de lugar.
— O que você quer, hein? — questionou já impaciente.
— Explicar...
— Explicar o que?
— Naquele dia, eu e o Taehyung... Estávamos um pouco bêbados e quando vi já...
— Yoongi, você não me deve explicação nenhuma. — Hoseok interrompeu.
— Mas eu quero que saiba...
— Olha, eu sinto muito que você tenha descoberto tudo da pior forma e peço desculpas pela traição, reconheço que fui muito errado. — o moreno começou.
— Eu te desculpo, Hobi. — o loiro disparou, enchendo-se de esperanças.
— Mas, continuando... Isso não quer dizer que iremos voltar. Eu gosto de outra pessoa agora e...
— O que foi que eu fiz?
— Você não fez nada. É um cara maravilhoso e merece as melhores coisas do mundo. Alguém que te ame mais do que eu poderia.
— Poderia... Não pode mais?
— Não quando eu já gosto de outro alguém.
Aquelas palavras foram o suficiente para fazer os olhos de Yoongi marejarem. Levantou da mesa sem se despedir e foi embora. Passou tão rápido pelo corredor que quase esbarrou em Jimin que chegava com um bom humor quase inabalável.
— O que aconteceu aqui? — perguntou sentando no lugar antes ocupado pelo outro.
— Yoongi queria fazer as pazes. — Hoseok deu de ombros.
— E você? Não quis?
— Porque eu iria querer? Não sinto mais nada por ele... Não para ter alguma coisa.
— Hm... — Jimin recostou-se na cadeira e cruzou os braços.
— O que foi? Não acredita em mim?
— Você acredita em você? — o loiro arqueou uma sobrancelha. — Ouça, Hoseok, Taehyung nunca gostou de alguém, no máximo deu uns amassos com alguns colegas de sala na época da faculdade. Se continuar brincando com ele assim, eu acabo com você.
— Fala como se ele fosse o único magoado aqui. E eu?
— Vergonha na cara não é animal silvestre não, pode criar. — Jimin ironizou.
— O que...
— Você fez Taehyung de amante, traiu seu namorado e que ser a vítima? Me poupe... Por falar nisso, cadê ele? — olhou ao redor.
— Foi buscar um coração com a sua irmã.
— Um coração? E porque você não foi?
— Namjoon preferiu me deixar aqui monitorando o paciente, já que o outro cardiologista está de folga. E por falar no chefe... — Hoseok puxou alguns papéis do bolso do jaleco e colocou em cima da mesa, empurrando até Jimin. — Ele mandou te entregar.
— O que é isso? — perguntou antes de ler os dizeres em negrito. — Ingressos para a exposição de Kim Seokjin? Não era você o amante da arte?
— Pois é, mas quem ganhou os ingressos foi ele e ficou de repassar alguns para você.
— Estranho... — Jimin formou um bico com os lábios, pensativo. — De qualquer forma, fique com dois. Espero que saiba o que fazer com o outro. Até mais.
Park foi até o seu armário e só enquanto guardava os ingressos em sua pasta foi que se deu conta da oportunidade que tinha em mãos. Iria se aproveitar um pouco da afeição que Seokjin criara por si para lhe pedir um mínimo favor.
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Já era quase noite quando o loiro precisou se preparar para uma cirurgia fetal. Se despediu dos seus adoráveis amiguinhos do berçário e caminhou preguiçosamente até a sala de cirurgia. Colocou sua touca com estampa de coelhinhos — que ganhara de Taehyung em seu aniversário — e estava higienizando as mãos quando seu celular começou a tocar. Aproveitou que Dahyun acabava de entrar no local e pediu que a mesma atendesse, colocando no viva-voz.
— Jihyo? Onde você está?
— Tivemos um probleminha, mas já estamos chegando. Está muito ocupado agora?
— Estou me preparando para uma cirurgia. Aconteceu alguma coisa?
— Não... Quer dizer, você olhou as redes sociais hoje?
— Você me ligou para falar da vida dos outros?
— Pelo jeito não olhou, né? — a morena suspirou insatisfeita do outro lado e Taehyung tomou o aparelho de sua mão.
— Jimin?
— Pode me dizer o que está acontecendo, Tae? Se for alguma fofoca, a gente conversa mais tarde.
— Não é bem uma fofoca, é uma notícia importante. Bom, ele está voltando...
— Quem está voltando pra onde? Não 'tô entendendo nada. — Jimin já estava prestes a desligar o telefone.
— O Minho. — Taehyung disse e a feição do loiro fechou-se na hora. — Choi Minho está voltando para Seul.
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hoje é dia do escritor e eu queria agradecer a vocês por darem tanto carinho à essas fanfics que escrevo, por cada voto, view e comentários (leio e adoro todos) e por me fazerem tão feliz com isso. significa muito pra mim.
queria pedir também para vocês darem uma olhadinha na fanfic jikook da minha nenê jikookzs, se chama "my best friend's boyfriend". ela ta começando agora e eu já tô aaaaaa
enfim, sejam bem vindos novos leitores!!!! até loguinho, amo vocês 🐣
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