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Yoongi estava confuso. Não entendia o porquê de Taehyung ter levantado da mesa bruscamente no dia anterior e não entendia o porquê de agora ele o estar evitando. Gostava do ruivo, era um bom profissional e professor. Deu-lhe chances que seu próprio namorado jamais dera. O loiro caminhava pelos corredores, procurando pelo rapaz, sem sucesso. Estava prestes a girar a maçaneta da sala de descanso, quando outro médico o chamou.
Sorte de Hoseok, que se encontrava lá dentro, tentando acertar a burrada que havia feito.
— Eu já disse que não vou contar a ele! — Taehyung insistia, implorando mentalmente para que o moreno o deixasse sair.
— Não é sobre isso, porque eu mesmo irei falar. É sobre nós.
— Nunca existiu nós. Que merda, Hoseok, estamos parecendo um casal de novela tendo uma DR. — o mais novo rolou os olhos.
— Vou terminar com ele. É você que eu quero. Eu e Yoongi já vínhamos nos estranhando há certo tempo. Talvez agora esse seja o momento ideal. — explicou, tentando fazer um carinho no garoto, sem sucesso.
— Você fala isso porque ele está aqui. E se não tivesse vindo? E se nunca tivesse aparecido em Seul? Você teria sido sincero comigo? Estaria falando em terminar? Hoseok, eu não sou besta. Não precisa terminar com ele, o que você tem que fazer é me deixar em paz.
— Sweet...
— Eu quero sair. Será que vou ter que gritar? — o ruivo cruzou os braços e o moreno finalmente lhe deu passagem.
Taehyung saiu atordoado, não percebendo o amigo que caminhava apressado e distraído à sua frente, o que resultou num esbarrão acidental entre os dois.
— Olha quem voltou. — o ruivo brincou e Jimin lhe abriu um grande sorriso. — Ih, o que eu perdi?
— Nada.
— E esse sorriso matinal?
— Não posso estar me sentindo bem?
— Você não vai acreditar em quem te levou em casa ontem. — Tae mordeu o lábio, ansioso para contar o que ele achava que seria novidade.
— Não foi você? — Jimin se fez de desentendido.
— Eu estava trabalhando, idiota. Você armou tudo isso que eu sei.
— Sabe que evito incomodar ao máximo. Mas enfim, quem me levou em casa? Lembro-me de acordar e estar sozinho. — mentiu.
— Foi o Jungkook.
— Quem?
— Ele mesmo, pai da Sunhee. Como é que você diz mesmo? O escroto, negligente e ridículo que agora é apenas ridículo. — Taehyung zombou.
Mas agora aos olhos de Jimin, Jeon não se encaixava em nenhuma daquelas palavras, pois já existiam novos adjetivos: Gentil, atencioso e bonito.
— Não acredito que você incomodou um quase paciente para isso, Kim Taehyung! — o loiro não fingiu dessa vez. Estava mesmo chateado por ter atrapalhado o dia do rapaz, já que o mesmo ficou com ele até o anoitecer.
— Ele que se ofereceu, não tive como dizer não. Inclusive bem feito, ninguém mandou armar pra mim. — deu de ombros.
— Por falar em armar, você já falou com Yoongi depois daquele dia?
— Estou fugindo disso o máximo que posso. — o ruivo coçou a cabeça.
— Uma hora ele vai descobrir e não vai ser nada bom. Espero que seja no meu dia de folga e que Jihyo grave a confusão para mim. — Jimin riu e o outro fingiu dar-lhe um soco no braço. — Estou brincando. Mas falando sério, acho que deveria cair fora dessa história de uma vez por todas.
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— Dahyun disse que você estava me chamando. — Jimin perguntou à irmã assim que entrou na sala de reuniões que ficava próxima ao berçário.
— É, eu recebi seus exames. Está com gastrite. — ela semicerrou os olhos.
— Que bobagem, Jihyo. Isso é normal. — ele disse, calmamente se sentando em uma das cadeiras.
— Normal? Você não dorme direito, não come direito, não tira os dias de folga corretamente. Você não tirou férias até agora. — a morena começou.
— Eu sou um pediatra e obstetra. A todo o momento crianças adoecem e bebês vêm ao mundo. — tentou explicar-se.
— Isso não quer dizer que você precisa parar de viver por conta deles. Jimin, você não é o único profissional desse tipo no hospital.
— Mas sou o melhor e isso você não pode negar. — o loiro respondeu naturalmente, brincando com os dedos em cima da mesa.
— Minie... — ela se aproximou, acomodando-se junto ao irmão. — Já faz três anos que ele se foi. No começo eu achava normal você querer ocupar tanto a mente a ponto de esquecer tudo o que...
— Não é mais sobre o... Eu já esqueci. No fundo acho que faria a mesma coisa. Era o futuro dele, porque abriria mão por causa de um namoradinho de faculdade? — confessou, ainda sem olhar para a irmã.
— E sobre o que é agora?
— Eu só me acostumei, entende? Não quero me sentir vazio e é exatamente assim que me sinto toda vez que coloco os pés fora daqui.
— Custa pelo menos se alimentar direito? — ela pediu, levantando o queixo do mais velho cautelosamente.
— Não posso abrir mão do meu café. — Jimin fez uma cara triste, formando um bico com os lábios.
— Será que terei que ligar para Park Choa vir cozinhar para o filho mais velho? — Jihyo ameaçou com ar de riso.
— Não está nos meus planos entrar pelo hospital rolando ou ficar entalado na porta do elevador. — ele disse e ambos riram. — Deixe a mamãe fora disso.
— Por falar em comer, fiquei sabendo que você tomou uma sopa bem caprichada ontem.
— Tomei é? — tentou fingir para a irmã.
— Quando eu cheguei em casa à noite, tinha alguém te observando dormir no sofá...
— Como é que é? — Jimin encarou-a surpreso.
— Isso mesmo e não finja que não sabe que alguma coisa mudou...
— Mudou. Hoje eu e Jungkook nos tratamos educadamente pelo bem da Sun.
— Só por causa dela? — ela pressionou e o loiro riu, balançando a cabeça negativamente.
Há alguns passos dali, Jeon caminhava distraído a caminho da sua visita diária à filha. Ouviu risos vindo de uma das salas e ao olhar pela janela de vidro, identificou os irmãos Park. Iria continuar o percurso, mas ouviu o nome da recém-nascida e resolveu parar próximo à porta.
— Porque mais seria? Sun é a única coisa que nos liga. — deu de ombros.
— Você já é quase pai dela também. Até a conta do hospital assumiu... — Jihyo disse e Jeon juntou as sobrancelhas sentindo-se confuso.
— Faria por qualquer paciente... — tentou disfarçar.
— Mas em anos nessa indústria vital, essa é a primeira vez que te vejo fazer isso. — ambos caíram na gargalhada novamente.
Jungkook afastou-se da porta quando avistou Taehyung se aproximando. Caminhou até ele decidido a tirar a história a limpo, pois lhe parecia estranho demais que Jimin tivesse feito tal coisa.
— Boa tarde, Jeon! — o ruivo cumprimentou sorridente.
— Se eu te perguntar uma coisa, vai me dizer a verdade, não vai? — ele cruzou os braços na frente do corpo.
— 'Tá me assustando...
— O plano de saúde me ligou há algumas semanas e eu fui informado de que a Sun não poderia mais ficar na ala particular do hospital... Mas é exatamente onde ela continua.
— E-Ela... Ela está tecnicamente na ala pública, mas lá é muito cheio e decidimos...
— É o Jimin, não é? Ele está pagando tudo.
— Jungkook...
— É ele, não é? Eu já sei. — deu de ombros.
— A intenção dele é a melhor...
— Então porque não me contou? Porque ninguém me contou? Ou me comunicou? — questionou, passando as mãos no rosto.
— Porque o Jimin não deixou. Você o odeia, queria processá-lo ou matá-lo. Ou as duas coisas. Estava sempre implicando, então achamos que seria melhor manter em segredo, pela saúde da sua filha. — Taehyung disparou.
— Eu não odeio o Jimin. — confessou, fazendo o ruivo arregalar os olhos.
— Não?
— Não e é exatamente por isso que eu vou fazer o que já deveria ter feito há um tempo...
— E o que seria? — o ruivo encarou-o apreensivo.
— Agradecer do jeito que o doutor Park Jimin merece.
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me perdoem por esse lixo de capitulo, mas tem uns que precisam ser zzzzz pq antecedem os AAAAAAA rsrs será que agora #vai?
obrigada pelos 1k de estrelinhas e 5k de views!!! e aos que chegaram agora, bem vindossss, ane já ama vocês! até loguinho 🐣
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