x 06 x
Todos viraram para encarar o rapaz que usava uma calça preta e uma camisa da mesma cor. O contraste da roupa com sua pele branquinha lhe caiu muito bem. Jimin nada disse, embora sua cabeça formulasse milhões de respostas para a ocasião. Tamanha não foi a surpresa quando Taehyung verbalizou a melhor delas.
— Como sabe que essa é a sua filha? Por acaso você a conhece?
Dahyun levou a mão á boca novamente, dessa vez para conter o riso. Hoseok e Taeyang entreolharam-se e desviaram o olhar. O moreno não teve reação e acabou por quase repetir a pergunta para si mesmo mentalmente.
É ela?
— Eu... Eu... — Jungkook tentou se explicar. — Me desculpe, eu só...
— É a sua filha sim, mas não irei tirar as minhas mãos dela. Estou cuidando para que ela não morra, fazendo um procedimento que você como pai deveria fazer e não faz. Agora saia daqui. Quem te deixou vir para cá? A visita é só a partir das 10h. — o loiro disparou.
— Que procedimento é esse que não inclui as suas roupas? — o moreno rebateu, ignorando o pedido de Jimin.
— Park está transmitindo o calor do corpo dele par SunHee. Isso deveria ser feito pela mãe, mas já que ela não está aqui... — Taeyeon explicou.
"E você é um ridículo negligente..." Jimin se limitou a pensar.
— Você pode fazer isso, se quiser. É até melhor, para que ela se acostume com a presença do pai. — a moça sugeriu.
Jungkook sentiu as mãos gelarem e as pernas praticamente cederem. Não estava pronto, não ainda, não podia fazer isso. Ele não sabia como fazer e não se sentia preparado para descobrir. O silêncio se instalou no ambiente, trazendo com ele a tensão. Todos esperavam a resposta de Jeon que abriu a boca várias vezes, na mesma frequência em que olhava para os lados, talvez procurando alguma forma de sair daquela situação.
— SunHee teve algumas paradas cardíacas essa semana e ainda assim está aqui conosco. É uma guerreira, tem do que se orgulhar. — Hoseok disse, fazendo o outro esboçar um pequeno sorriso.
— Se continuar assim, pode sair daqui antes do que imagina. — Taehyung complementou. — Ela não teve mais hemorragias desde a última vez que a vi. E duvido muito que tenha mais alguma complicação grave já que Park assumiu os cuidados por completo.
Jimin viu a feição do homem mudar. O traço de sorriso que havia em seus lábios sumiu e o olhar — quase — intimidador estava de volta. Funcionou, afinal. Jungkook estava com ciúmes da filha e foi exatamente isso que o fez deixar a UTI a passos pesados.
— Ele é pior do que eu pensei. — Taeyeon comentou fazendo uma expressão de surpresa.
— Não entendo porque essa resistência em conhecer a própria filha. — Hoseok comentou inconformado. — Mas cá pra nós, não é todo dia que vemos uma cena dessas, não é mesmo? — o moreno apontou para o loiro e em seguida passou a mão pelo próprio peitoral.
— Vai se ferrar você também. — Jimin riu. — Tem coisas melhores para serem vistas por você aqui nessa sala.
Dessa vez foi Taehyung que mudou o semblante, suas bochechas coraram e ele murmurou alguma coisa. Teria deixado o local se o pager de Hoseok não tivesse apitado, fazendo-o sair.
— Eu vou te odeio, Park Jimin. — o ruivo disse. — Sua sorte é o bebê que está em seus braços.
— Hm, por acaso estou perdendo alguma coisa? — Taeyeon perguntou, alternando o olhar entre os dois amigos.
— Não exatamente... — Park limpou a garganta, discretamente apontando com a cabeça para Dahyun que anotava algo em seu caderninho. — Estou apenas implicando com Taehyung.
— Eu vou me retirar. Tenho uma cirurgia daqui à uma hora e preciso me organizar. — o ruivo disse, após conferir o relógio. — Dahyun, chame a Momo, por favor. Quero que ela me auxilie.
— Sim, senhor. — a jovem deixou o recinto rapidamente.
— Me entendo com você depois. — ele dirigiu-se ao loiro, que apenas rolou os olhos. — Até mais, Taeyeon. Apareça mais vezes. — completou, saindo dali.
Taehyung sempre fora muito organizado e metódico. Em dias de cirurgia, odiava pedir aos residentes ou funcionários do hospital que separassem seus equipamentos, acessórios e/ou instrumentos. Perdeu a conta de quantas vezes discutiu com Namjoon por conta disso.
Gostava de se organizar sempre uma hora antes e foi isso que o levou até a —apertada e abafada— sala de materiais que ficava no terceiro andar. Lá era calmo, tranquilo e pouco movimentado, já que a maioria dos equipamentos só eram pegos no máximo meia hora antes das cirurgias.
Adentrou o local e começou a falar sozinho, lembrando em voz alta de tudo que precisaria. Passeava distraído entre a segunda e terceira fileira quando ouviu a porta ser fechada e trancada.
— Ei! Tem gente aqui! — disse alto, imaginando que alguém havia o trancado por fora.
— Eu sei, sweet.
O ruivo deixou cair no chão todos os materiais que estavam acumulados em sua mão. Sorte dele que nenhum era pesado ou duro o suficiente para fazer um barulho extremamente alto.
Em milésimos de segundos, Hoseok já estava em sua frente, olhando fixamente em seus olhos. Pensou em sair dali, mas sabia que não conseguiria, uma vez que estava no fim da sala, novamente encurralado.
— H-Hoseok...
— Shh... — o moreno levou o dedo indicador aos lábios do mais novo, na intenção de fazê-lo ficar calado. — Não diga nada.
Taehyung já não sabia disfarçar. Estava tão próximo de Jung que não sabia qual coração estava fazendo mais barulho: o seu ou o dele. A respiração do mais velho já batia em seu rosto e ele já estava realmente ficando farto de toda aquela situação. Sentia sua calça ficar apertada na região de perigo e foi exatamente isso que o levou a grudar seus lábios no do outro.
Hoseok não se afastou, muito pelo contrário. Imprensou Taehyung na parede atrás de si e levou uma das mãos até seus cabelos ruivos, puxando-os levemente enquanto aprofundava o beijo. Suas línguas estavam desesperadas por — mais — contato e isso tornou o beijo um pouco apressado demais. O peito de ambos já subia e descia rapidamente, o ar já estava prestes a esgotar no pulmão deles, mas isso não os impediu de continuar.
O moreno buscava tanta proximidade com o corpo do garoto à sua frente que poderia ser capaz de fundir seu corpo ao dele. As mãos do ruivo alternavam entre as costas e cintura do mais velho, apertando, puxando mais para perto, sentindo o contato em suas intimidades cada vez mais intenso mesmo por cima dos — malditos e desnecessários — pedaços de pano.
Quebraram o beijo extremamente ofegantes. Os lábios de ambos estavam vermelhos e os olhos não se desgrudavam. Estavam prestes a recomeçar toda a sequência quando batidas na porta foram ouvidas.
— Taehyung, você está aí? — a voz conhecida chamou, fazendo-o ponderar entre o homem à sua frente que mordia levemente os seus lábios e abrir a porta para o amigo. — Taehyung? Porque trancou a porta?
— Odeio Park Jimin... — Hoseok disse em meio a um suspiro. — Quero continuar isso depois, o mais rápido possível. — acrescentou, se afastando em seguida e destrancando a porta.
Park arregalou os olhos. Era mais do que engraçado ver Hoseok completamente atordoado, com os lábios inchados e olhar um tanto perdido, talvez ainda associando as coisas. Melhor do que isso foi constatar que o melhor amigo estava ainda pior. Escorado na parede do fim da sala, Taehyung parecia em transe.
— O que aconteceu aqui? — o loiro perguntou, notando as coisas que estavam caídas no chão.
— Eu não sei. — o outro respondeu, ainda com o olhar vago. — Mas eu quero mais. Eu preciso de mais.
❈
— Disseram até que você cantou. Cantou, Taehyung. — Jimin colocou um pedaço de torrada na boca
Ambos estavam comendo o lanche da tarde na lanchonete, após os boatos da provável melhor cirurgia realizada pelo ruivo. Com precisão, agilidade e uma boa dose de inspiração, ele havia conseguido os melhores resultados.
— Eu só estava animado... E não era pra menos. Eu beijei Jung Hoseok. — Taehyung disse, em seguida arregalando os olhos para o amigo, que o encarou confuso. — Park, eu beijei Jung Hoseok. — constatou, levando a mão aos lábios.
— A ficha só caiu agora? — o loiro riu. — Você estava mesmo precisado hein...
— Olha quem fala, não é? Meses e meses sem dar um up nessa sua vida amorosa. Está com inveja. — Tae provocou e fez uma careta, quando o café quente queimou sua língua.
— Bem feito. — Jimin riu novamente. — E por falar em dar... — balançou as sobrancelhas, indicando que alguém estava chegando.
— Boa tarde, Park. — Jung cumprimentou animado. — Taehyung... — colocou as mãos nos ombros do mais novo, apertando levemente.
— Eu vou dar uma olhada na SunHee. Até mais. — avisou, levantando-se e saindo imediatamente antes que fosse obrigado a segurar vela.
Em pouco tempo, Jimin já estava no andar da UTI. Após passar no berçário e conferir o estado dos gêmeos que havia ajudado a trazer ao mundo há algumas horas, ele agora precisava ver uma — para não dizer a mais importante — paciente.
Estranhou quando encontrou a porta encostada ao invés de fechada e estava prestes a reclamar com quem quer que tenha sido o irresponsável, quando identificou as costas largas do homem de cabelos negros que estava conversando e sorrindo com a pequena SunHee.
♣
*insira aqui um video da tulla luana xingando vários palavrões* essa sou eu kajdjsjfd OBRIGADA PORRAAAAAAAA +400 views em 2 dias bicho, voces querem me ver morta???? olha isso aqui aaaaaaa
não vou me demorar por aqui hj pq eu tava conversando com um passarinho e ele me contou que mais tarde tem att de novo, então, até mais 🐣
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro