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[T] Saudade




— Os dias parecem mais animados — comentei com Midnight enquanto a acompanhando pelos corredores da U.A. Com o festival escolar se aproximando, todas as classes estavam se organizando para dar seu melhor.

Apesar de ser para os alunos e convidados, havia uma competição velada entre as classes e anos: a de quem teria a melhor ideia.

— Dedicação total a uma atividade, existe algo mais excitante do que isso quando falamos em juventude?

A professora abraçou o próprio corpo, me fazendo balançar a cabeça em seguida. A maioria dos funcionários da escola foram reunidos para falar da parte técnica do festival, incluindo o meu novo setor, a enfermaria.

O diretor ordenou que todos aparecessem no anfiteatro da escola, ver as bancadas brancas organizadas em escadas me fez lembrar da prova de admissão. Todos os alunos interessados em entrar na U.A se sentavam ali aguardando as instruções para a prova de admissão.

— Boa noite a todos! — Diretor Nezu cumprimentou — Como sabem a U.A está se preparando para um festival cultural, e devido aos acontecimentos passados precisamos manter a segurança dos alunos e dos convidados como prioridade.

Relatórios e tabelas de escala foram entregues, tal bem como o mapa das atrações feitas pelos alunos e pela próxima hora, ou mais, todo o corpo docente e colaboradores receberam o mais alto nível de instrução em relação ao evento. Sempre destacando aquilo que era mais importante, o bem-estar dos alunos.

Felizmente até mesmo a enfermaria estava com escalas, então eu poderia andar pelos projetos dos alunos e olhar. Bati as folhas na mesa as alinhando, guardando na bolsa em seguida. Me levantei, chequei o horário e então saí do local para encontrar com Touya do lado de fora da escola, onde ele já me esperava.

Contudo, antes disso acontecer. Outra pessoa veio ao meu encontro.

— Tem um momento, [Nome] — Aizawa mantinha as mãos nos bolsos e um tom solene na voz.

— Claro, o que precisa professor?

Ele indicou para andarmos, e assim que nos afastamos um pouco o mais velho abriu seus pensamentos.

— Conversei com o diretor sobre deixar que Eri venha ao festival cultural, ele achou uma boa ideia.

Uma genuína felicidade me preencheu fazendo-se puxar os cantos da minha boca num sorriso. Juntei as mãos e virei o rosto para o homem — Isso é ótimo! Fiquei com medo por um momento quando Midoriya sugeriu, mas realmente é uma boa notícia.

— Sim, mas tem uma condição — ele continuou, é provavelmente o motivo dele ter me procurado. — Por ficar muito tempo isolada da sociedade, ele me pediu para deixar ela visitar a escola antes do dia do evento. Para se acostumar.

Balancei a cabeça — Sim, parece o mais sensato a se fazer.

Aizawa soltou um suspiro e então levantou a cabeça — Como ela esteve no hospital até agora, não tem muito o que vestir. Na verdade, nada, já que ela tem o mínimo de familiaridade com você, será que pode me ajudar com isso? A escola ira compensar monetariamente, então não se preocupe com isso.

— Claro, verei isso — respondi. — Quando essa visita irá acontecer?

— No próximo sábado, então seria o ideal se você conseguisse ver isso antes. Posso pedir uma dispensa para você.

Ponderei por um momento, não tinha muito o que fazer na escola no momento — É de grande ajuda, obrigada professor.

— Eu que agradeço — ele disse por fim com um tom amigável. Olhando para frente e dando um aceno de cabeça.

Touya estava encostado no carro de braços cruzados, a luz noturna fazia seus cabelos brilharem ainda mais prateados. Ele acenou de longe para o mais velho e aguardou que eu me aproximasse para abrir os braços e receber.

— Desculpe demorou um pouco mais do que imaginei — disse.

— Não faz tempo que cheguei — Touya beijou o topo da minha cabeça — mas confesso que estou louco para voltar para casa.

De alguma forma, depois da última conversa o nosso relacionamento parecia mais natural — se é que posso falar isso uma vez que somos casados —, Touya voltou a dormir na cama do quarto de casal e ocasionalmente, quando ele estava se sentindo aventureiro, me beijava.

Nesses momentos, onde seus olhos estão próximos dos meus que consigo enxergar sua dor, e seus dilemas. O medo da rejeição que o impede de se aproximar, com o sentimento de saudade por perder, de certa forma, algo que ama. Esses pensamentos sempre rondam a minha cabeça, por esse motivo acabei me calando um pouco durante nosso retorno e jantar. Observando mais as interações de Touya com minha mãe do que qualquer outra coisa.

— O que você está olhando? Acho que não a vejo tão focada desde a última prova que fez.

Sentada na cama com as costas apoiada num largo travesseiro, levantei os olhos da tela do computador no meu colo. Quase me engasgando no processo ao ver que o meu marido saía do banho apenas com uma calça larga, exibindo o torso nu ainda com algumas gotas de água. Ele não tinha muita massa muscular, seus ombros não eram largos como o do pai ou Natsu, porém seus músculos eram definidos. Suponho que ele nunca treinou para ser forte fisicamente, mas sim ágil e atlético.

Touya levou a tolha para os cabelos e se aproximou, nisso eu abaixei os olhos para a tela novamente engolindo seco.

— Roupas de criança — respondi, rolando a página do site. — Aizawa pediu para eu ver algumas roupas para Eri, a garota que resgatamos da Hassaikai. Ela deve sair do hospital para fazer uma visita.

Por um momento seu olhar se tornou distante, poderia dizer até mesmo triste. A cabeça voltada para o chão e o maxilar travado.

— Touya? — o chamei ligeiramente preocupada, colocando o notebook de lado. Só então ele pareceu sair do transe momentâneo — O que foi?

O homem pareceu ponderar e então respirou profundamente olhando para o teto — Eu não sei se eu devia te falar isso agora. Mas descobrir sozinha também não é a melhor opção.

Eu não fazia ideia do que era, mas de alguma forma meu peito e se apertou — Não importa o que é prefiro ouvir de você.

Meu marido soltou os ombros, se virou em direção ao closet e sumiu por alguns instantes antes de voltar com uma pequena caixa branca com uma fita de cetim azul-turquesa. Touya se sentou na beirada da cama deixando o objeto em meu colo. Não foi necessário palavras para eu entender sua intenção.

Assim que puxei a fita que era da cor de seus olhos, a sensação de aperto se intensificou, a ponto de eu sentir um soluço preso na garganta e então o marejar de lágrimas nos olhos.

Era um par de sapatinhos de criança, mas nós não temos filhos.

Apertei a caixa nas mãos — O que aconteceu?

Touya não olhou para mim, puxou a toalha do pescoço enrolando a ponta do tecido nos dedos em sinal de nervosismo.

— Nós o perdemos, no primeiro trimestre da gestação — respondeu — faz pouco mais de um ano agora. Tivemos essa conversa sobre família sobre um bom tempo, eu não tenho um bom exemplo, meu pai é um merda. Sempre pensei estar fadado a ser igual, mas você é muito boa convencendo as pessoas.

Touya deixou ecoar um riso seco — A ideia me deixou animado, ser o pai que eu não tive, mas os planos mudaram um pouco.

Lágrimas caíram nas minhas mãos — Me desculpe.

— Não, não, não, não foi culpa sua. Ou minha, foi espontâneo — a toalha foi solta no chão e então ele me levou para seus braços numa forma de conforto. — Droga, eu sou um idiota, não precisava ter dito isso.

— Não, precisava sim — limpei o rosto —, eu não sabia. Bom, evidentemente, não queria te deixar desconfortável.

Ele levou minhas mãos até sua boa beijando as costas delas — Não deixou meu amor, como qualquer perda, restam só as perguntas de um futuro incerto. O amor que foi dele, ou dela, é eterno. Agora só resta saudade.

Touya sorriu e levantou a mão para minha orelha, a esfregando de leve assim como quando éramos crianças. Beijando minhas bochechas e em seguida se levantando para colocar a toalha longe.

Fechei a caixa com o sapatinho, e me levantei da cama para voltar a guardar no closet. Apesar de não saber seu lugar original, quando voltei para cama meu marido estava rodando as mesmas páginas de lojas infantis.

— O que achou?

Ele resmungou — São fofas, mas parecem desconfortáveis. É a primeira vez dela usando roupas assim não é? Algo como esse ou esse, parece melhor.

Ele apontou dois vestidos na tela. E ao ver meu questionamento continuou.

— Exposição da mídia desde pequeno, sei uma coisa ou outra sobre moda.

Virei o rosto para ele — Então, por que sempre sai com a mesma roupa?

O computador voltou para o meu colo e o homem escorregou na cama abraçando a minha cintura — Porque é trabalho, não preciso pensar muito no que vestir.

Resmunguei vendo o que ele tinha salvo — Até que você tem bom gosto.

— É claro que tenho, você pode comprar e retirar na loja. Não é tão longe.

— Parece bom, não sei o tamanho certo de Eri então pode ser que eu precise trocar algo. É melhor eu levar as roupas assim que comprar, quer me acompanhar?

Seus olhos se fecharam — Sim. Talvez eu precise de algo diferente para pensar. Hawks está me tirando do sério, todo esse barulho. Todos os lugares que olho parece não ter saída, nem Swyn tem sido de muita ajuda. Apenas se aquele bastardo tivesse mostrado a cara, já teria facilitado meu trabalho.

— Ele nunca mostrou o rosto? — ajeitei a posição passando o braço por cima do seu ombro. Essa informação é nova, nas mídias não tinha muito sobre ele, apenas menções e as imagens são sempre um borrão.

— Não que tenhamos visto — reclamou — tem boatos que ele costuma andar entre os civis. Mas ninguém nunca o reconhece, o que não entra na minha cabeça já que ele tem aquele par de asas idiotas.

— Ele não pode controlar as penas? — rolei a página favoritando mais alguns modelos de roupas infantis — Pode se livrar de todas elas e andar como um civil normalmente.

A cabeça do policial se levantou para mim num instante — Como sabe isso? É uma informação restrita.

Merda.

— Nas fotos borradas ele sempre parece estar de jaqueta, para vestir deve ser um pouco complicado se ele não tem alguma habilidade motora diferenciada com as asas. — eu esperava que o meu tom de voz fosse o suficiente para o convencer. Tudo parecia estar indo tão bem, que um deslize agora seria desnecessário. É claro que ninguém saberia disso, provavelmente a única pessoa que o viu depenado fui eu.

— [Nome] você é um gênio! — a tampa do computador foi abaixada e colocada para o lado enquanto Touya rolou na cama me levando junto num momento de realização e felicidade.

— Se conseguirmos traçar um bio-tipo dele podemos começar a procurar suspeitos — disse sustentando o corpo sobre o meu. Seus olhos repentinamente ganharam um brilho diferente, que fizeram parecer haver chamas vivas atrás das íris azuladas.

— O que foi?

— Você fica muito sexy quando fala coisas inteligentes para mim.

A feição que me lembrou a de um caçador espreitando sua presa, foi tudo que vi quando sua boca se abaixou para encontrar a minha. O corpo naturalmente quente se colou contra o meu sem grande resistência, de ambas as partes. Seria uma grande mentira dizer que não queria mais. Mais do seu gosto, mais do seu corpo, mais daquele sentimento inebriante que tomava minha mente quando tínhamos um momento juntos.

Esse tal de amor é perigoso, e ilusão que vem com ele também.

Pele contra pele, uma sensação acalorada. Um desejo a muito reprimido que rompeu suas constrições e queimou em forma de paixão. Se todas às vezes essa minha versão fosse amada como dessa vez, posso imaginar porque Touya disse que a vida marital era agitada.

Ele sabia o que fazer e como fazer. Seus toques se encaixavam em cada curva com perfeição, as palavras doces sussurradas entre resmungos e gemidos ao pé do ouvido fazia arrepios correrem pela minha coluna. Nem lento, nem rápido, mas profundo, posso dizer intenso. Como o sentimento enraizado em nós, que nasceu na infância e então cresceu florescendo na vida adulta.

Touya entrelaçou os dedos no meu cabelo, os afastando do rosto os fios desordenados.

Obrigado, está quieto agora.

Um momento de lucidez e então uma estranha realização. Aquela frase, da mesma manira, já havia deixado minha boca uma vez. Antes.










N/A: Se você está boiando, volta no capítulo 'Silêncio' que talvez ajude a esclarecer os paralelos.

Me deixe saber suas teórias, o que está acontecendo com a querida [Nome]?

AVISO: Criei um canal no Whatsapp, lá eu mando as atualizações, lembretes amigáveis, uma informação ou outra de texto, segredinhos. Se tiver interesse no que eu faço além de só escrever fanfic, está no primeiro link do Linktree.

Como sempre, obrigada por ler até aqui!

Até mais, Xx!

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