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Questão de segurança

— É uma necessidade — Élora decretou com firmeza, e sua fala chamou nossa atenção. — Durante sua recuperação e enquanto não soubermos quem, com tamanha veemência, tem tentado contra sua vida, uma guarda permanecerá por aqui. Não se preocupe com elas, são confiáveis. — Me tranquilizou.

— Todos os turnos serão chefiados por membros do Conselho. — Timaki fofocou.

— No dia de Jaci não será necessário uma equipe de pessoas — Elizaberta nos lembrou de sua presença ali —, aquela mulher é o demônio, apenas alguém muito tolo ou muito corajoso a desafiaria.

— Ouvi por aí... — Timaki começou a contar, porém parou, acanhada.

Já esperava uma repreensão por ouvir assuntos que não eram seus. Mas ao contrário do que imaginou, a reprimenda não veio. Portanto ela continuou:

— Que no dia de Jaci a guarda é reduzida e no dia de Meva ela é acrescida, para contrabalancear.

— É porque no dia de Jaci, teremos aqui a presença de três Brujas. — Élora explicou.

— E no dia de Meva, a guarda será quase totalmente composta por humanos. — Elizaberta gesticulou com a mão, como quem dispensa o assunto.

— Em um dos dias é Murciégala quem comanda. — Os olhos de Timaki brilharam pela admiração. — Ela é tão forte e decidida.

— Ouve a longa distância. — Completou Arthur.

— Sim, sua audição é mais apurada que a minha. — Timaki suspirou emocionada.

— Ela come como um elefante. — Elizaberta segredou aos sussurros, e aquilo nos fez rir.

— Eu ouvi isso! — Murciégala apareceu na janela e nos assustou. Digo, Timaki não ficou assustada. — Aproveitaremos que você tem tempo livre para falar mal de minha pessoa, Elizaberta. Quero discutir um prato feito com as frutinhas que plantei em uma das estufas.

— Está bem. — Elizaberta concordou entediada. Depois se virou para Art e ordenou: — Leve os utensílios para a cozinha quando ela terminar a refeição. Apontou para mim com o dedo indicador. — E Lira — olhou no fundo de meus olhos —, soube que você aprendeu a receita de ensopado de coelho que sua tia Ana fazia. — Estreitou os olhos. — Eu a quero, portanto, melhore rápido.

— Você conheceu minha tia Ana? — Indaguei surpresa.

Elizaberta não se deu ao trabalho de responder, apenas dispensou o assunto e saiu. Élora riu. Ela sabia algo, mas não me contaria, eu tinha certeza. Pelos deuses, eu ainda descobriria esse segredo. Mas primeiro eu precisava resolver outro assunto.

— Arthur... — Falei em um tom que o alertou. — Sua língua não cabe na boca!

— Desculpa, eu apenas contei sobre a brincadeira que você fez naquele dia. — Falou com sinceridade e sem arrependimento.

Elizaberta apareceu na porta outra vez, nos surpreendendo. Ela apontou um dedo em minha direção, como se pudesse me matar com ele.

— E quero antes da Celebração de Idades. — Avisou.

— Tu-tudo bem... — Gaguejei devido o susto. — Posso escrever a recei...

— JAMAIS! — Elizaberta cuspiu um marimbondo, repentinamente furiosa. Eu e meus amigos nos sobressaltamos diante da negativa. — É preciso observar para aprender como fazer direito. Receitas são bases inexatas. — Explicou um pouco mais calma.

— Tudo bem, Elizaberta. Ela o fará, assim que se recuperar. — Élora interveio.

Elizaberta foi embora outra vez. Esperamos até ouvir a porta da frente se fechar.

— O que é a Celebração de Idades? — Joguei a pergunta no ar e continuei minha refeição.

— O Pomar tem muitos membros — Élora explicou —, portanto, temos aniversários todos os dias. Consideramos cada pessoa importante e especial, e para celebrar todos os aniversários criamos uma comemoração única.

Meu aniversário estava próximo, mas ainda demoraria um pouco para chegar.

— É grandioso! — Timaki se empolgou. — Muitas comidas, bebidas e danças.

— E trabalhoso. — Arthur suspirou. — Uma semana inteira para preparar tudo.

— Mas e se eu não quiser comemorar nesse dia? — Perguntei.

Não fazia diferença o dia, se não pudesse ver vovô Barakj, de nada adiantaria.

— Comemorações individuais são permitidas. — Élora explicou. — No entanto, a comunidade toda participa dessa.

— É porque é especial, Lira! — Timaki entrelaçou os dedos de suas mãos e os apertou em um claro sinal de ansiedade.

— Por que é especial? — Indaguei.

Timaki e Arthur olharam para Élora. Ela balançou a cabeça, sinalizando que não deviam me contar o motivo de ser tão extraordinário. Minha amiga estava quase sufocando ao meu lado, talvez um pouco de persuasão a fizesse falar.

— É hora de partirem, Lira precisa descansar. — Élora despediu meus amigos sem me dar oportunidade de tentar Timaki.

Arthur recolheu alguns dos utensílios e me beijou a bochecha. Timaki saiu do quarto, voltou com meu cantil cheio de água fresca que entregou em minha mão. Agradeci, e ela beijou minha outra bochecha.

Meus amigos partiram levando tudo que trouxeram consigo e senti um vazio incômodo naquela casa. Novamente o cansaço e as lembranças ruins tomaram meu ser.

Enquanto tomava a água de meu cantil, lembrei-me de Anasthy morta. O aperto que surgiu em meu peito abafou toda a alegria que sentia poucos minutos antes e me fez chorar.

Élora se sentou na cama ao meu lado e pegou uma de minhas mãos, enquanto no desconsolo eu soluçava.

— Pela primeira vez, todos têm razão em me chamar de assassina. — Desabafei. — Ela era tão inocente quanto eu.

— Sim, ela era tão inocente quanto você e você a matou. — Élora falou com voz afável, mas sincera. — No entanto, a vida não é fácil, nem simples. E nós, Lira... Nós somos seres projetados para agarrar a vida a qualquer custo. Quem poderia culpar você por se defender?

— Pensei que ela fosse um monstro. — Contei com a voz cheia de angústia. — Eu não sabia... Se eu soubesse, eu... Eu não teria escolhido viver. Sinto-me culpada.

Soltei minha mão da dela e coloquei sobre minha face banhada em lágrimas, fiz o mesmo com a outra mão, me entregando a um pranto convulsivo. Na escuridão, ouvi as palavras firmes de Élora.

— Você quase morreu também, Lira. Se você se sente culpada, imagine como me sinto. — Falou com pesar. — Não é a primeira morte, e eu sou responsável por cada vida que reside dentro desse domo mágico. Enfrentar a família de Brietta foi um castigo, mas seu comportamento não era exemplar como o de Ba.

"Acredite, temos tentado solucionar o problema, mas seja quem for que esteja lhe perseguindo, não sabemos os motivos exatos e também não deixa rastros mágicos. Por isso sua segurança será reforçada, Lira. Se você estiver segura, todas estarão."

— Élora... Eu matei uma pessoa. Eu... Tirei uma vida. Serei amaldiçoada por uma mãe. A mãe de uma inocente. — Coloquei a mão sobre meu tórax, onde sentia uma pontada. — É justo estar viva quando ela morreu?

— Lira — Élora suspirou —, seus lamentos não a trarão de volta à vida, no entanto, se você se sente culpada, lute. Lute e honre a memória dela!

Élora segurou meus ombros e olhou no fundo de meus olhos. Então percebi os detalhes de suas pupilas. Dilatadas, salpicadas de pontos brilhantes, como o noturno céu estrelado.

— Lute, porque você tem uma família que te ama a ponto de protegê-la nas sombras. Sua linhagem é única e não deve findar em você. Saiba dessa verdade, Lira... Seu avô não é mais humano, mas ele também pode morrer, ou pior, pode ser morto. Você já deve ter descoberto que os inimigos são uma herança para as Brujas. Todas, sem exceção, foram assassinadas. Jaci não foi mota, mas... — Élora reconsiderou o que ia dizer. — Lira, você é afilhada de um homem poderoso, neta de um homem perigoso e mesmo assim o Mal do mundo não teme as consequências de seu infortúnio. Aproveite nosso apoio e torne-se a mulher mais temida de duas linhagens. Assuma o que você nasceu para ser: a Ira do Dragão. A Bruja da Ordem do Dragão.

Senti uma descarga de energia percorrer meu corpo cansado enquanto olhava para as pupilas de Élora e ouvia sua voz determinada.

— Eu não posso prometer. — Respondi de modo são. — Não posso dizer que serei mais do que sou...

Ela soltou meus ombros, mas ainda me hipnotizava com aquelas pupilas estreladas.

— Isto é ótimo, porque não estou pedindo para que você seja mais do que é. — Ela sorriu de um jeito enigmático e depois passou a mão frente a meu rosto, formando no ar um véu leitoso e brilhante, que com carinho, soprou contra minha face, me fazendo amolecer. — Garanto que desta vez poderá descansar.

Deixei meu corpo tombar pesado sobre a cama. Meus membros não me obedeciam, mas eu também não fazia questão de mexê-los. A languidez me tomou por inteira. Minha respiração se tornou preguiçosa. E por fim, mergulhei na escuridão confortável de um sonho sem formas.

Havia lá, apenas o aconchego.

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