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O despertar da Bruja

Sim, tudo estava mais mágico.

Tudo, absolutamente tudo, cintilava. Havia mais sons na natureza. Músicas sutis que antes eu jamais ouvira. Sussurros, falas, gritos tão baixos que quase não se ouvia.

Encarei Galdur à minha frente e ela era maravilhosa. Absurdamente mais bela do que antes. Seus olhos não eram brancos, na verdade suas íris tinham uma pálida cintilação dourada. A pele emanava luz e seu sorriso era estonteante com dentes tão brancos e irradiantes que cegariam uma pessoa comum.

Até as pedras, antes opacas, cintilavam sob a iluminação do sol que era mais calorosa.

Fiquei surpresa, e foi um milagre não ter perdido o fogo em minhas mãos em razão da forma desconcentrada como eu admirava tudo. Olhei para as chamas e desejei que ele sumisse. Sumiu. Fiz o inverso e desejei que ele ressurgisse. Ressurgiu. E tudo que precisei fazer foi imaginar que a chama em meu coração fluía para as mãos.

Sorri.

Eu vencera a primeira luta contra minha própria pessoa. Meu poder fora submetido ao meu controle.

Dei pulinhos de alegria enquanto apagava e acendia o fogo que saía por meus poros. Galdur soltou uma gargalhada mil vezes mais encantadora que antes. E sua alegria me fez sorrir.

— Confesso que foi uma estratégia arriscada, mas funcionou. — Segredou.

Ergui uma sobrancelha em indagação muda.

— Lira, você sempre funcionou sob pressão. Percebemos desde seu teste na sala do Conselho. — Contou. — Gaya Holger fez uma cópia de seu avô. Um boneco de areia. Diante da cena você ficou furiosa. Com a fúria, liberou poder em intensidade média.

— Eu... É minha única família, eu o amo, obviamente ficaria ferida com sua morte. — Admiti.

— Sabemos disso. — Ela voou em um círculo à minha volta, deixando um rastro colorido e brilhante. — Às vezes é preciso chegar em condições extremas para se tornar uma pessoa agressiva e defensiva, querida. Sabemos disso. Você ainda é uma menina, era inocente, mal saberia se defender.

— Quando precisei de uma defesa sobrenatural, nem sei como consegui. — Declarei.

— Também é de nosso conhecimento. O Altíssimo apiedou-se de sua condição, e sendo parte da Ordem do Dragão, foi enviada a ti uma ajuda carnal, de sua própria família. — A voz de Galdur ficou mais séria. — Ainda assim, foi preciso desnudar a verdade de sua natureza.

— Galdur, as Conselheiras sabem a qual deus que escolhi servir? — Questionei atenta.

O único objetivo daquela pergunta era obter uma resposta para outra questão e por estratégia citei apenas um deus. Testava até onde iam os conhecimentos do Conselho. O quanto aquelas mulheres sabiam.

Galdur aterrissou à minha frente. Tombou a cabeça para o lado e gargalhou. Lá no fundo de meu coração, me senti um pouco ofendida, como se minha ignorância ou tentativa de esperteza fosse motivo de gozação.

— Lira... — Galdur ainda tentava controlar o riso. — Sabe que tem mais três títulos além de seu próprio nome?

Levantei as palmas das mãos para cima. Apagadas.

— Não. Deveria?

— Ora, essa gente mexerica tudo, menos o que tem importância. — Galdur resmungou. — Lira, desde que a notícia de seu encontro com seu avô se espalhou pelas terras do mundo, chamam-na Bruja do Dragão. Você ainda é demasiado jovem para compreender a grandiosidade desse título e os perigos que ele traz. As Conselheiras têm mais dois nomes para você, sendo o primeiro, Ira do Dragão.

— Ira do Dragão? — Questionei incrédula. — Isso é ridículo, Galdur. Não quero parecer desrespeitosa, mas sou uma criatura calma por natureza. Como pode me caber tal título? Além disso, existe um fundo de piada nisso... Ira... Lira...

Galdur gargalhou outra vez, me desarmando da indignação. Quando continuei minha fala, a reclamação já não tinha a mesma força de antes.

— Tenho medo de descobrir meu terceiro e honroso nome. — Bufei.

— Bem. Este é certamente muito honroso. Carregue-o com orgulho. — Disse com franqueza.

— Qual seria? — Perguntei sem conseguir segurar a curiosidade.

O que poderia ser mais honroso que a honra e a maldição de ser membro da Ordem do Dragão?

— Seu terceiro título é único e especial, Lira. Não haverá sobre a terra, criatura que ouse pronunciá-lo com malícia ou deboche, sem que seja punida com o mínimo de um morder de lábios. — Galdur avisou.

Aquele mistério todo arrancou de meu âmago toda a bisbilhotice ali latente, fazendo com que aflorasse visivelmente.

— Você é conhecida, entre as anciãs e os anciãos do mundo, como Renascida de Mil Deuses.

Ali estava minha resposta. Não apenas o Conselho sabia o caminho que eu tinha escolhido, mas também outros sábios pelo mundo. Meu nome se tornava cada dia mais reconhecido, e para mim era um problema. Eu era tímida demais para aceitar o título em sua completude. E ignorante demais para compreender sua grandiosidade.

Renascida dos Mil Deuses... Eu era isto, afinal. E isso me fez recordar de algo importante.

— Galdur... Qual é minha missão no mundo? — Esfreguei uma mão na outra em sinal de ansiedade.

— Lira, sua missão é apenas sua. Cabe apenas a você saber e cumprir. — Replicou séria.

— Mas você parece saber sobre. — Reclamei.

— Não me cabe atropelar o tempo. — Devolveu com firmeza.

— Olhe para mim Galdur — pedi em uma angústia crescente —, sou uma fraca! Eu sei que já vi meu corpo estando fora dele, mas não me lembro de toda a sensação. Apenas recordo que me julguei fraca. Por que os deuses dariam uma missão para uma criatura tão ridiculamente frágil?

Era estranho, mas na minha sede por aquela resposta havia uma dor que eu não entendia.

— Não me pergunte sobre as resoluções divinas, Lira. Mesmo o mais poderoso dos mortais jamais saberá qual a amplitude do Mal que caminha sobre a terra. — Repreendeu. — Poucos de nós escolhem carregar o fardo de lutar contra a sombra que caminha entre a humanidade e além. Mal sabemos acerca do brilho das estrelas, como saberíamos sobre o mal que se disfarça de bem quando quer?

Engoli em seco enquanto Galdur respirava fundo. Eu tocara em um ponto sensível.

— Apenas tenha cuidado para não se perder, menina. — Avisou. — Muitos já desejam sua cabeça em uma estaca nessa luta entre o bem e o mal. Não seja você a primeira a entregar essa vitória.

— Muitos me chamam de assassina. — Me revoltei enquanto as lágrimas caíam no chão em pingos grossos e quentes. — Assassina!

O título mais injusto que já recebera até então. Eu podia ser tudo, menos uma assassina.

Galdur me observou de uma maneira especulativa antes de soprar em meu rosto uma brisa suave e gélida que instantaneamente acalmou meu coração e minha mente, fazendo cessar meu choro.

— Estamos nos empenhando na resolução deste caso, Lira. Sentimos muito. Desde a morte de Brietta temos vigiado os quatro cantos de Avalon dia e noite para garantir sua segurança. Élora jurou punir com as próprias mãos a pessoa que ousou tirar a paz do Pomar. Uma paz que ela levou anos para estabelecer. — Justificou.

— Jaci tem razão, Galdur. É minha culpa. Mesmo que não tenha me encostado em Brietta, eu a matei. — Assumi.

— Não se engane, Lira. Brietta era apenas um instrumento de alguém que caminha entre nós. Temos vigiado com olhos de águia e cedo ou tarde apanharemos esta pessoa. — Garantiu.

— Por que nunca consideram Jaci como culpada?! — Protestei.

— É hora de fazer a refeição. — Galdur respondeu. — Agora que despertou, seu treinamento se iniciará.

Sem deixar espaço para mais perguntas, Galdur virou as costas e partiu voando. Acompanhei com o olhar. Mal podia esperar para voar também.

"Se esforce, humana." — Um Elemental respondeu meu pensamento desejoso.

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*AVISO*

Daqui em diante a narrativa tende a ficar mais violenta, apresentando temas sensíveis.

Se você não tem certeza sobre a leitura de tal conteúdo, não prossiga.

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