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O campo de flores

No dia seguinte, eu já me sentia consideravelmente melhor. Por este motivo e para não ficar sozinha, me delegaram uma tarefa tranquila já pela manhã.

Coloquei um vestido simples, marrom, e pendurei o medalhão no pescoço. A partir de então eu sempre o carregaria comigo, não importava o que acontecesse, pois assim ordenava minha intuição.

Encontrei-me com Timaki, pela primeira vez trabalharíamos juntas no pomar que ficava ao lado de um campo repleto de vistosas flores silvestres. A atividade era amena. Apenas a colheita das frutas para depois levá-las nas cozinhas, onde seriam utilizadas como ingredientes das refeições.

— Aqui — Timaki me estendeu uma fruta em forma de coração, cuja casca tinha tons de verde, vermelho, laranja e amarelo —, prove. — Ofereceu.

— Que fruta é esta? Não conheço. — Comentei curiosa.

Peguei a fruta e aspirei seu aroma doce e encorpado. Minha boca salivou com o prazer desperto pelo aroma.

— É uma manga. — Timaki respondeu com um sorriso. — Eu também não conhecia, pois não é comum dos lugares de onde venho. Avalon tem frutas vindas de todas as terras do mundo.

— O aroma é curioso. Forte, doce, encorpado... — Refleti em voz alta.

— É deliciosa. — Concluiu.

— Posso comê-la? — Questionei.

— Claro que sim! Claro que sim! — Timaki girou à minha volta. — Você pode comer qualquer fruta dos pomares. Quando perder uma refeição, pode ir às cozinhas, lá eles sempre preparam algo para você.

— Mas as cozinhas não funcionam por turnos? — Indaguei.

— Sim, elas funcionam, mas sempre que um grupo sai o outro entra, pois eles demoram muito para cozinhar tantos pratos. Mesmo com ajuda de magia o processo de cozimento é sempre de acordo com as leis da natureza. — Explicou.

Timaki pegou um fruto da mangueira carregada, que estava alinhada a outras de sua espécie, igualmente prósperas, de copa larga, verde e salpicada de manchas coloridas, que eram seus frutos.

— Você come assim, cuidado para não se sujar — falou antes de morder a manga e puxar a casca devagar, revelando a polpa suculenta e alaranjada antes de mordê-la.

Imitei seus gestos e me senti no paraíso quando provei a fruta. Tinha um sabor magnífico que ouriçou meu paladar.

— Hum... Deliciosa. — Elogiei com a boca melada pela polpa da fruta.

Timaki gargalhou.

Terminamos de comer as frutas e seguimos colhendo, até que meu cesto e o dela ficaram cheios. Já era quase hora do almoço quando finalizamos a atividade. O dia estava ensolarado e as sombras que as árvores proporcionavam para descanso dos trabalhadores eram muito bem vindas. Algumas pessoas riam e apontavam para o ar vazio à sua frente.

— Do que riem? — Perguntei à Timaki enquanto me sentava para descansar um pouco antes de carregar os cestos.

— Eles vêem os espíritos dos pomares. Sim, sim! São lindos! — Contou com olhos brilhantes.

— Você os vê? — Questionei.

— Às vezes vejo. Durante a noite, por exemplo. Alguns são pequenos, tem asas e gostam de colher o aroma das frutas. — Ela gesticulou com as mãos como se fossem asas em movimento.

— Eu te invejo, Timaki. Queria poder vê-los também. — Suspirei.

— E você poderá, Lira. Seus olhos se abrirão para o mundo espiritual e mágico quando você dominar seus poderes. — Revelou.

— Todos falam desse domínio, mas eu consigo apenas de maneira involuntária ou sob pressão. — Desabafei.

— Lira — Timaki ajoelhou à minha frente e segurou minhas mãos —, você precisa canalizar sua energia. As emoções intensas geram a energia que seu corpo utiliza para alimentar seu elemento. Que já está vivo em seu coração. Apenas espera que você o liberte.

Minha amiga, naquele momento, me pareceu muito mais velha do que realmente era. Suas palavras de sabedoria soaram tranquilas e carregadas de inteligência.

— O segredo é sentir a chama que arde em seu interior, então encontrar as energias intensas que correm em você e usá-las para alimentar a chama como você alimenta uma fogueira. — Continuou. — Pense com firmeza que as chamas estão saindo de você, como se fluíssem para fora de sua pele e de alguma forma elas saem.

— Como você sabe? — Falei com admiração.

Timaki se levantou, volteou em torno do próprio eixo e fez um cumprimento teatral como uma apresentação de si.

— Meu nome é Timaki Sirrrrhan! — Se apresentou. A menina me olhava como se esperasse alguma reação.

O nome Sirhan me soava familiar, mas onde eu o vira antes? Após pensar um instante me lembrei.

— Sirhan! Shaira Sirhan! — Gritei eufórica chamando atenção de um grupo de pessoas próximas a nós.

— Sim! — Ela bateu palmas comemorando minha descoberta. — Sou descendente de Shaira Sirhan. Os conhecimentos atravessaram as gerações e chegaram a mim. Fiquei muito contente quando soube que a próxima Bruja chegaria em Avalon, já que Jaci não é muito afeita à conversas. — Zombou.

— Mas você não pode ser uma, certo? Não é hereditário. — Concluí.

— Não sou uma Bruja, tem razão, mas conhecimento é algo importante na vida. É muito valioso. — Determinou.

De repente Timaki olhou na direção do campo de flores.

— Veja, lá vai a velha Jaciara. — Timaki apontou com o queixo.

Jaci voava rapidamente sobre o campo de flores e logo saiu do alcance de nossa vista.

— Ela é muito amarga e me odeia. — Reclamei.

— Talvez ela tenha ciúmes de você. — Conjeturou.

— Não sei Timaki, ela não me quer em Avalon. Diz que trarei desgraça. — Desabafei expirando o ar com força.

— Não sei qual o motivo de tamanha amargura. Porém, de qualquer forma vocês serão obrigadas a lidar com as diferenças. — Disse como se confidenciasse algo.

— Como assim? — Meu coração deu um pulinho no peito.

Ela apenas riu e balançou a cabeça. Mesmo que instasse Timaki a falar, ela não colaborava.

— Sabe o que estou louca para fazer desde que cheguei aqui? — Questionei.

— Não — ela respondeu com os olhos arregalados de curiosidade. — O quê?

— Correr entre essas flores como eu corria na minha terra. — Abri um sorriso travesso.

Levantei-me em um pulo e me coloquei a correr entre as belas flores, na direção do outro lado do campo. Timaki permanecera parada na sombra, de braços cruzados enquanto ria de minha marotisse.

Já tinha atravessado mais da metade do campo quando senti minhas pernas fraquejarem. Minha respiração se tornou difícil e aos poucos não consegui erguer os pés. Coloquei a mão sobre o peito e me virei com dificuldade para ver Timaki.

— Lira! — Minha amiga gritou com urgência enquanto eu caía de joelhos entre as flores.

Apoiei minhas mãos na terra à minha frente, sentindo que meus braços também não aguentariam o peso do meu corpo. Timaki foi tão veloz que em poucos instantes já havia chegado onde eu estava. Caí deitada, sem forças, enquanto minha amiga farejava o ar como um animal. Minha visão estava embaçada demais, quase não pude distinguir os traços de seu rosto, mesmo assim a vi me erguer no colo e correr comigo, como se eu não pesasse mais que uma pluma.

Já tínhamos passado do pomar, quando incapacitada, desmaiei.

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