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Morte n'O Pomar

Acordei debruçada sobre o livro que contava a história das Brujas antepassadas. Não tive apenas um sonho, era um encontro espiritual. Ainda hoje, creio que estive tão perdida nos acontecimentos que as demais se viram com a obrigação de ajudar. Todas, exceto uma...

Foi tudo tão rápido e intenso que perdi a oportunidade de descobrir os motivos do ódio que Jaci sentia por mim. Talvez elas, as anciãs, soubessem responder. Certamente saberiam, afinal, souberam contar quem, inescrupulosamente, matara minha tia Ana.

Malditos imundos!

Se tivesse oportunidade eu vingaria minha tia, mas alguém já se dera ao trabalho de vingar nossa família, me poupando e tirando de mim o direito de lavar minha alma no sangue do inimigo. Eu gostaria de saber quem teve a audácia de tirar de meu caminho a tentação do homicídio.

Ainda sonolenta, caminhei até meu quarto a passos duros, me encostei-me à penteadeira e olhei no espelho. Algo mudara em mim. Resistência, maturidade. Era o resultado de ter me deparado com males desconhecidos e com forças que eu não presenciara antes. Descobri que o amadurecimento vem mais rápido quando você é obrigado a lidar com grandes responsabilidades, muito mais rápido que amadurecer apenas com as experiências comuns que ocorrem ao passar dos anos.

Naquele dia, olhando para o espelho, eu contava quinze anos de existência carnal sobre a terra, mas por dentro, me sentia velha e cansada. Uma mulher experiente.

Abri o baú e escolhi um vestido vermelho. Cor proibida para jovens, já que por norma de etiqueta, todas deveriam usar cores claras, que sinalizassem sua pureza. Meu avô não se importava com regras da sociedade. Ele apenas queria me ver feliz e um dia, minha felicidade fora escolher vestidos de tecido escuro.

Vestida em escarlate e com os cabelos enrolados em uma fita de mesma cor, peguei o livro que tinha emprestado da biblioteca, respirei fundo e me preparei para o café da manhã. Seria o primeiro que tomaria junto com meus amigos.

As mesas estavam silenciosas, talvez por ser muito cedo e a maior parte de Avalon estar acordada havia pouco tempo. No entanto, era mais que isso, as pessoas pareciam estranhas, incomodadas, agitadas.

Encontrei meu lugar entre Timaki e Arthur. Claro que eles sempre chegavam primeiro. Benefício de morar mais perto dali.

Durante o café da manhã não havia cobertura ou fogueira, apenas as mesas abarrotadas de comidas, recebendo o calor dos agradáveis primeiros raios de sol.

- Bom dia, amigos! - Cumprimentei sorridente enquanto me sentava em meu lugar costumeiro.

- Bom dia, Lira. - Responderam.

- Onde esteve, Timaki? - Sussurrei para ela.

Naquela manhã minha amiga também parecia diferente, mais ferina, forte e até mesmo um pouco mais alta. Pouca coisa, mas crescera. Arthur se mostrava calmo como sempre. Sua tranquilidade me trazia lembranças de Mahina. Pensei que se ele tivesse poderes, seria como ela, calmo, preciso e letal.

- Eu não sei. - Timaki respondeu.

Era uma resposta treinada, óbvio, mas parecia convincente.

- Ora, está bem. - Sorri enquanto observava Timaki encher o prato com presunto defumado.

De minha parte, escolhi o mesmo que Arthur. Um pão de massa doce e vinho da mesma cor de meu vestido. Inconsciente eu combinava as cores, com uma curiosa inspiração no vermelho.

- E vocês, o que fizeram ontem? - Timaki questionou.

- Fomos ao lago observar a lua cheia - Arthur respondeu. - E aproveitei para colher daquelas flores raras.

- Dão ótimos antídotos e poções de cura. - Observou.

- Sim, pretendo testar uma fórmula que vi em um livro de boticários. - Meu amigo contou.

- Impossível. Os boticários precisariam viajar a lugares absurdamente ermos para conseguir dessa flor. - Timaki franziu o cenho estranhando que houvessem boticários inteirados da existência daquela erva.

- Ao que parece, até mesmo os frouxos homens comuns tem alguma coragem. - Arthur replicou em tom brincalhão.

Nós rimos. Eu não participava ativamente da conversa, me sentia um pouco introspectiva, mas estava bem com aquilo porque me divertia em observar. Foi quando me ocorreu uma pergunta que ainda não fizera.

- Timaki, se você não é comum, quais suas habilidades extraordinárias?

Ela me olhou fixamente antes de responder.

- Sou forte além do comum, extremamente ágil, tenho olhos de águia e ouço bem a uma distância consideravelmente grande. - Havia uma excitação na resposta, como se ainda existisse algo excelso a dizer.

- Isso é realmente marav... - Não consegui concluir a frase. Raios que me partissem, mas aquilo já estava se tornando hábito.

Uma menina, de nome Selina, apareceu voando em velocidade surpreendente. Seu rosto vermelho estava banhado em lágrimas. A pobre parecia histérica e gritava algo que não conseguimos entender de imediato.

Quando finalmente compreendemos suas palavras, preferíamos não tê-las entendido. "Brietta está morta!", ela gritava. Aterrissou esbaforida. Quase perdeu o equilíbrio e se estabacou no chão.

- Brietta está morta! - Repetiu. - MORTA! MORTA! - Gritou completamente nervosa.

A primeira reação de todas as pessoas foi trocar olhares de estranhamento. A segunda, olhar de modo inquiridor para a moça, como se ela estivesse irremediavelmente enlouquecida. Depois do primeiro momento, iniciou-se uma confusão de pessoas se levantando e correndo para onde Selina estava. Uma multidão se formou à sua volta enquanto ela chorava ajoelhada, completamente alheia ao mundo.

Não demorou e três membros do Conselho chegaram ali. Essas eram Gaya Holger, uma Bruja que controlava a terra, Alethea Aliki, fada já há muito tempo residente em Avalon e Jaciara Potira.

Alethea se aproximou de Selina e tentou acalmá-la com uma poção feita por boticários de Avalon. Não demorou em surtir efeito.

- Onde encontrou o corpo? - Jaci perguntou.

- A-a-atrás da cabana, no canteiro. - A moça respondeu entre soluços.

- Qual cabana? - Alethea indagou enquanto Jaci enrugava o rosto.

- A cabana da recém chegada. A-que-que-la com nome diferente. - Selina engasgou com o ar.

Um vento de mau agouro soprou em meu rosto. Meu nome era diferente, eu era recém chegada e morava em uma cabana... A compreensão me tomou aos poucos, como uma cobra que se enroscasse em minhas pernas e subisse pelo meu corpo, mas só tive entendimento total do que acontecia, quando Jaci, olhando em meus olhos, perguntou para a moça:

- Lira Merak?

- Sim - ela confirmou. - Lira, atrás da morada de Lira.

Minhas pernas fraquejaram de maneira estarrecedora. Se Timaki não tivesse me segurado, eu cairia. Era inacreditável, mas havia uma pessoa morta. Uma pessoa morta no meu quintal. Incapaz de falar e de andar, apenas troquei olhares com meus amigos. Eu sentia o peso da observação de Jaci, e mesmo à distância era possível perceber que ela resmungava. Havia um pandemônio à nossa volta. Muitas pessoas se expressavam ao mesmo tempo, algumas tristes, e outras ouriçadas.

Eu só queria sair dali. Desejei ver com meus próprios olhos e verificar se Selina dizia a verdade. Fiz força para dar um passo, mas foi inútil. Timaki, percebendo minha intenção, me pegou no colo e carregou até onde eu desejava ir. Arthur, como o bom amigo que era, foi também.

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