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Mistérios do fogo

— Dói. Não é mesmo? — Jaci me provocou em tom de troça.

— Acaso brincas? Morrer seria mais fácil. — Retruquei cheia de raiva.

— Não brinque com isso! — Mermeide gritou de onde estava.

— Ela vai precisar de você. — Domhany falou para a sereia.

A entidade olhou para ele e depois para mim antes de começar a se deslocar em minha direção. Fitei Jaci que analisava minha reação. Não era muito intensa. Eu apenas segurava meu braço como se fosse descolar do corpo e cair. Mermeide chegou até mim, pegou meu braço em suas mãos frescas e me fez soltar um gemido de alívio. A água que saía de suas mãos reconstruía minha carne e levava embora a dor daquela terrível queimadura. Rapidamente ela terminou o socorro que veio como um ato de misericórdia. Salvou meu braço daquele machucado horrível.

— Obrigada, Mermeide. — Agradeci.

— Não se fira outra vez. — Advertiu.

Concordei com a cabeça e voltei a olhar para Jaci que me encarava. Eu estava pronta para me defender se ela fizesse aquilo outra vez. E ela fez. Jaci lançou mais um daqueles grãos infernais.

Para me defender puxei o vento na frente do meu corpo e fiz um escudo que parou o fogo. A partícula demoníaca caiu no solo, abrindo um buraco estreito, mas profundo. Minha mestra sorriu satisfeita.

— Excelente, menina. — Cumprimentou. — Esteja sempre preparada para atacar e se defender. Você nunca sabe de onde a ofensiva virá.

Meneei com a cabeça em concordância com suas palavras. Já havia perdido a conta de quantas vezes me deram aquele conselho, mesmo assim nunca o tinha levado em consideração, porque se tivesse aprendido a me precaver, aquele ataque de Jaci jamais teria me atingido.

— Pensei que o fogo não me queimasse! — Lancei as palavras com certa indignação.

— Esse fogo não é apenas fogo — explicou. — É terra incendiada. Pedra derretida. São dois elementos unidos em um ponto tão absurdo que é preciso muito gelo para combater.

— Como posso lutar utilizando algo que não domino em sua totalidade? — Reclamei enquanto pensava na água e no gelo. Não era tão fácil para eu manipular tais elementos.

— Não quero que você lute contra a armadura. — Falou em tom ríspido. — Quero que você faça a sua própria e use-a em batalha.

— Então me ensine a fazer esta merda! — Desafiei irritada. Se era para fazer a armadura, então eu faria.

Jaci me lançou mais um de seus olhares misteriosos antes de dizer:

— Ainda não.

Surpresa, expressei confusão com uma careta.

— Por que não? — Questionei.

Ela tirou a armadura do corpo como se não demandasse esforço. Primeiro sugou todo o fogo deixando seu corpo coberto por uma crosta de pedra e com um movimento ela quebrou a rocha, usando mais de sua força Elemental que da força muscular.

— Primeiro eu quero lhe mostrar outro tipo de fogo. — Falou enquanto se aproximava mais um passo para que ficássemos cara a cara.

— E não existe apenas um? — Eu estava surpresa do alto de minha ignorância.

Os olhos de Jaci cintilaram alaranjados.

— Não para nós, que somos marcadas por Ela.

— Ela quem? — Eu já estava farta de tanto mistério.

— Jaci.

Jaci olhou para a lua e eu também. Esplendorosa e brilhante esfera no céu.

— O que você vê? — Perguntou.

— A Lua.

— O que a lua faz?

— Emite luz.

— O que o sol faz?

— Emite luz.

Jaci voltou seus olhos para mim e abriu os braços que ficaram envergados como asas e foram tomados por penas de fogo. Fogo prateado. O corpo de Jaci foi coberto por fogo prateado e o ar à nossa volta se tornou frio.

Jaci alçou voo e sua forma se assemelhou à de uma águia. Sua carne desapareceu até que restasse apenas aquele fogo frio cujas labaredas prateadas dançavam iluminando a noite.

A mulher, que se tornara uma ave, lançou seu corpo contra uma árvore que queimou instantaneamente, se transformando em pó. E no pó Jaci quase desapareceu. Restava apenas uma minúscula chama de todo seu ser. Entretanto a chama cresceu até que outra vez a ave voou pelos ares. Aquela era a famosa Fênix de Avalon, que renascia de um resquício de fogo. O fogo gelado que queimava mil vezes mais rápido que o fogo comum. Fogo da Lua.

Quando pousou à minha frente, Jaci voltou para sua forma humana. Sem saber como me portar diante de tamanha maravilha, eu a aplaudi. Aplaudi porque ela merecia aplausos. Jaci se curvou em uma reverência teatral.

— Como fez fogo frio? — Arregalei os olhos para expressar minha admiração.

— A própria deusa me contou do Fogo da Lua. Em um sonho. Se há luz, há fogo. E é um fogo especial, selvagem, que consome muita energia vital. Ela veio em sua roupa prateada, bela como meu povo. Seus cabelos prateados eram longos e flutuavam no ar e seus olhos, também prateados, iluminavam meu coração. Jaci disse que eu era escolhida. Que meus cabelos mostravam que eu era escolhida. Que eu tinha sido forte e aguentado até então, por isso era tempo de aprender a técnica especial, pois em pouco tempo haveria outra igual a mim que também precisaria de ajuda.

"Diante da maravilha de uma deusa, eu não podia fazer mais que contemplar, mas quando ela partiu percebi os significados de suas palavras. Outra como eu. Outra amaldiçoada que mataria alguém sem intenção. Que carregaria o fardo."

Jaci se aproximou mais, segurou meu queixo e ergueu minha cabeça, olhando no fundo de meus olhos, com suas íris prata flamejante.

— Não podemos saber quem será a próxima, até que ela se manifeste.

— Eu não vou machucar as pessoas por acidente. — Retruquei com o maxilar um pouco preso.

— Assim espero, Merak. Depois que eu ensinar o que sei, será sua vez de desenvolver sua própria técnica. Então você terá domínio e conhecimento, junto com tudo isso vem o fardo de suportar que você não é normal.

— Não vai acontecer. — Falei com certa arrogância.

Jaci soltou meu queixo, se virou de costas e cruzou as mãos. Não vi sua boca se mexer, mas senti o calor de suas palavras seguintes: Está pronta para começar?

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