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Inesperado

Já me aproximava do rio abaixo onde a queda terminava de forma violenta. Minha audição captava bem o estrondo das águas que se chocavam com violência, mas meus olhos não viram o objeto sólido que colidiu contra meu corpo.

De início pensei que fosse mais uma pedra, pois meu corpo adormecido pela dor e pelo frio não tinha o mesmo tato de sempre. Não era uma pedra.

— Ouvi você tossir. — O ser grasnou, enquanto me levava na direção contrária à do rio, voando com suas asas de morcego.

— Murciégala. — Balbuciei sem força.

— Faz três dias que você desapareceu. Todos estão procurando por você. Seu avô está simplesmente ensandecido. — Informou.

Vovô... Quase perdi a consciência outra vez, mas eu me recusava a ser fraca.

— Ninguém encontrou rastro. — Explicou. — Me acusaram de insana quando resolvi procurar fora do domo mágico, mas fico feliz de não me importar em demasia com a opinião alheia.

— Fora... Do... Domo? — Sussurrei com voz arrastada. Sem problemas, ela tinha excelente audição.

— Sim, você está fora da parede de proteção. Não sei como saiu, mas Élora vai descobrir. — Garantiu.

Pensando bem, eu já deveria saber. Nada estava mágico naquela floresta, a não ser dentro das trevas ruins que quase me tragaram para a morte.

Assisti ao nascer do sol aparada nos braços de Murciégala, enquanto era transportada de volta para o Pomar. Meu corpo ainda fedia e eu tremia intensamente devido o frio que não me abandonava. Machucada, fraca e humilhada, de uma forma que já estava se tornando rotina. Quantas visitas a morte já me fizera nas últimas semanas?

Porém eu não morria. Em parte graças ao meu poder, mas por outro lado, o medalhão não permitia que minha vida se esvaísse com facilidade. Talvez por isso a pessoa tenha tentado levar o medalhão... Não era para roubá-lo afinal, mas sim para me deixar desprotegida.

Quem me odiava tanto? Eu mal tivera tempo de ter uma vida e fazer inimigos.

Em minha mente surgia apenas o nome de Jaci, mas ela tinha me curado. Fazia sentido me machucar para depois me curar?

Em um instante Murciégala e eu estávamos voando no céu comum. Dali eu podia apreciar o sol fora da redoma mágica. No instante seguinte, já estávamos na comunidade, com suas maravilhas impressionantes e seus perigos preocupantes. Murciégala não me levou para minha cabana, como pensei que faria. A criatura voou para o Castelo, talvez o único lugar de Avalon que era realmente protegido, pois ali residia o Conselho.

— Não tenho permissão para trazê-la aqui, mas não vejo solução melhor — Murciégala disse em tom de desculpa.

O Castelo era diferente do mundo lá embaixo. Ali, criaturas mágicas corriam soltas e a olhos nus. Havia fadas Elementais de vários tipos, faunos, centauros, ninfas, gnomos e outras criaturas que vi ligeiramente porque Murciégala voava rápido demais.

A mulher morcego entrou comigo pela janela de uma torre estupidamente alta, em um quarto que não tinha portas, e me colocou sobre uma cama confortável.

— Vou procurar por Élora. — Murciégala avisou. — Se alguém quer matar você, é bom que não se espalhe a notícia de seu retorno.

Ela se foi e me deixou ali, refletindo sobre o inesperado e a sorte. Foi inesperado ser salva por Murciégala, e uma sorte que ela tenha tomado um caminho diferente dos demais. Mas seria mesmo sorte? Ou obra dos deuses? Por que os deuses me deixavam imersa naquela confusão se podiam me ajudar?

Talvez o problema fosse o fato de Jaci demorar em iniciar meu treinamento. Ou, minha maior dificuldade em lidar com os Elementais. Podia até mesmo ser questão de azar, talvez tenham me subestimado, e havia a possibilidade de que tivessem subestimado quem me queria morta. De certo modo, não me acharam capaz de sair de dentro da proteção mágica que cobria Avalon. Mas aconteceu...

Não que eu tenha feito por vontade própria, mas aconteceu.

Percebi que mesmo calor do quarto da torre, meu corpo ainda tremia de frio.

"Morte... sinto sua presença, no entanto, não é tempo de minha partida." — Pensei.

Observei tudo à minha volta, cada detalhe requintado dos móveis e da arquitetura, até que duas criaturas entraram pela janela. Murciégala voltara em companhia de Élora.

— Lira?! — A Fada questionou em tom surpreso e de olhos arregalados.

— Sim, eu não quis confidenciar entre companhias que a tinha encontrado, porque não sabemos quem deseja que a menina morra. — Murciégala explicou de modo que esclareceu a Élora e a mim.

— Que notícia formidável! — Élora falou com certa emoção. — Onde estava perdida? — Questionou com a face nitidamente preocupada.

— Na Queda dos Sete Homens. — Murciégala respondeu. — Ouvi sua tosse enquanto caía junto com a água.

— Minha amiga — Élora se dirigiu à mulher morcego —, devo a ti um pedido de desculpas, fui teimosa e não a ouvi.

— Você deve a si mesma uma dose de realidade, Élora. Olhe para a menina, quase morta outra vez. Já é tempo de parar de agir como uma mãe. Seja mais rígida nessa caçada.

Élora segurou uma de minhas mãos e analisou um arranhão profundo.

— Você tem razão, Murciégala. — Admitiu. — Me perdoe por isso, Lira. A Culpa é toda minha. A deixei desprotegida.

— Não se preocupe... Foi repentino... — Respondi.

A Fada passou a mão em meu rosto antes de abrir suas asas e seus olhos brilharem em um extraordinário tom de verde. Murciégala olhou para a janela e se afastou, como se calculasse a necessidade de sair. Por fim apenas abriu espaço para a entrada de uma fada Elemental.

As asas da fada tinham aparência de folhas verdes, sua pele era da cor do barro e os olhos sem pupilas, eram inteiramente verdes. Ela não tinha nariz e suas orelhas tinham pontas afiadas. O cabelo não era pêlo corporal, mas centenas de finos cipós.

Aquela fada era do elemento terra. Ela olhou para Élora e emitiu um som estranho que presumi ser uma fala. Élora respondeu no mesmo dialeto e tudo que entendi foram dois nomes: "Mbizi" e "Jaci".

A fada fez um aceno de cabeça, diminuiu de tamanho e desapareceu no ar. Quero dizer, apenas seu corpo desapareceu, pois as asas continuavam ali, como folhas flutuando no vento. Folhas que saíram pela janela.

Isso explicava porque quase não as víamos, mesmo que elas estivessem o tempo todo bem à frente de nossos olhos.

— Acho melhor cobri-la. — Murciégala pegou um cobertor e jogou sobre mim. — Está tremendo muito.

— Por enquanto não vamos avisar seu avô, Lira. — Élora me preveniu.

— Não vão me avisar? — Uma voz nervosa falou da janela, soando como um trovão no quarto da torre.

Vovô estava lá. E não era delírio.

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