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Finalmente, amigos!

O sol estava especialmente agressivo naquele dia e minha pele já ganhava um tom levemente mais escuro pela exposição a ele, no entanto eu não reclamava do calor, ele me fazia sentir viva e cheia de energia. Fui cantando pelos caminhos até as mesas de refeição. Era uma cantiga ensinada por minha tia quando eu ainda era uma criança de colo.

Senti saudades de tia Ana, mas não aquela saudade dolorosa. Senti uma saudade estranha e confortável, como se ela estivesse presente comigo.

A menina perdida não está mais

Encontrou o caminho de seu coração

Tocou sua lira com precisão

E a melodia tomou o seu ser


Vem menina e dance comigo

Jogue no chão, a sua dor

Dance e encante, este é o caminho

Para dominar, o que restou


A menina cresceu tão infeliz

E encontrou o caminho da sua dor

Saiba menina, se você cantar

Triste não mais será


Venha menina e dance comigo

Gire e se livre, da sua dor

Cante o mal e toda a agonia

E irá dominar, o que restou


Quando cheguei ao local de destino já girava e dançava como minha tia Ana tinha ensinado. Eu poderia ficar embaraçada por aquele comportamento atípico, mas não era justo sentir vergonha por estar feliz.

Avistei Timaki e Arthur sentados no mesmo lugar do dia anterior, havia um vão entre eles, provavelmente um espaço para mim.

Sobre as mesas, um teto feito de cipós e trepadeiras entrelaçadas fazia sombra sobre o recinto. Todos conversavam felizes. Timaki já devorava sua carne como um predador faminto enquanto Arthur se portava de seu jeito costumeiro.

— Olá! — Cumprimentei enquanto me sentava entre eles.

— Olá! — Disseram em uníssono.

— Você não veio para o desjejum. — Arthur ponderou enquanto eu amontoava comida em meu prato.

— É uma história complicada... — comecei a falar, mas logo parei, o sabor da carne branca com molho doce estava divino. — O que é isto? — Cutuquei a carne com o garfo enquanto olhava para Arthur.

Timaki não tinha condições de responder, estava agarrada em um pernil do tamanho de sua cabeça. Para onde ia tanta carne?

— Bem, isto é peito de ave com molho de maçã. — Arthur respondeu com olhos brilhantes. — Fico feliz que tenha gostado, eu mesmo preparei. Coloquei aqui para que você provasse.

— Está divino! — Elogiei mais uma vez.

A carne derretia na boca e tinha um toque azedo no final, algo muito sutil que aguçava o paladar.

— Obrigado, é muita gentileza sua. — Tentou ser modesto. — Mas, voltando ao assunto do desjejum...

— Bem Arthur sinto por não poder contar detalhes, simplesmente não os conheço! Em um instante estava com Meva ao lado do Lago Elemental, e no outro acordei na cabana de Jaci. — Expliquei.

Meu amigo abriu bem os olhos, surpreso com aquela revelação.

— Ela dispensou a você tratamentos indelicados? — Indagou.

— Novamente. — Suspirei. — Não sei qual o motivo de tanto ódio.

— Talvez ela tenha medo de você tomar o lugar dela. Vocês têm o mesmo talento natural. — Indicou a marca em minha omoplata. A mesma que estava entalhada em minha porta.

Não me passou despercebido que meus amigos sabiam bem mais do que me contaram antes. Pela primeira vez tive uma confirmação de que eu e Jaci tínhamos o mesmo tipo de poder.

— Quantas? — Questionei olhando fixamente para os olhos de meu amigo.

— Quantas...? — Expressou estranhamento.

— Quantas Brujas de fogo existem aqui? — Especifiquei.

Arthur pigarreou e olhou o fundo do prato antes de responder.

— Duas. — Disse timidamente. — Em Avalon existem apenas duas.

— Três, comigo. — Concluí.

— Duas, com você. — Me corrigiu.

— Apenas Jaci e você. — A voz de Timaki veio tão repentinamente que nos assustou. Arthur segurava o riso enquanto olhava para ela, me virei para entender o que havia de tão engraçado.

Timaki estava relaxada, com um braço apoiado sobre a mesa e uma montanha de ossos dentro do prato. Era possível ver em seus olhos um brilho de satisfação.

— Já existiram outras, mas elas se foram. — Timaki continuou. — Voltaram para suas origens ou morreram. Existe um livro na biblioteca com a história de várias Brujas, não tem muitos detalhes, mas serve para conhecê-las.

— Onde fica a biblioteca? Como posso ver o livro? — Sim, eu estava empolgada com a nova informação, queria conhecer a história das demais que eram como eu. De alguma maneira sair daquela solidão na qual estive desde muito tempo.

Seria possível conseguir algo que ajudasse a dominar minhas forças?

— Infelizmente, você só pode ir até a biblioteca em duas ocasiões: A primeira é quando você é chamada lá, e a segunda, é quando folgar das atividades. — Timaki respondeu enquanto Arthur acenava com a cabeça de maneira afirmativa.

Então Timaki se aproximou e sussurrou de modo que apenas eu e Arthur ouvíssemos:

— Soube que você teve lições com a própria Galdur.

— Sim — confirmei. — Algum problema? — Me senti insegura, como se tivera cometido um crime.

— Não, nenhum problema. — Falou de maneira misteriosa.

— Na verdade — Arthur interrompeu — membros do Conselho raramente treinam os iniciantes.

— Sim, membros do Conselho são muito ocupadas, elas raramente dispõem de tempo. — Timaki completou o raciocínio.

Intimamente imaginei o que faziam de tão importante. Um dia descobri, e garanto que era realmente importante. Naquele momento, no entanto, não me aprofundei nos pensamentos sobre aquilo, afinal eu tinha outras preocupações, precisava ver minhas tarefas para a tarde e, principalmente, descobrir um modo de controlar minhas forças.

— Arthur... — Comecei a falar, mas fui interrompida por uma voz estridente.

— Finalmente, amigos!

Todas as cabeças se voltaram para a garota de rosto oval e delicado que estava em pé ao meu lado. Voltei-me para ela e lancei um olhar inquisidor.

— Finalmente conheci a garotinha mais mimada de Avalon — ela riu de maneira forçada. — E olha que graça, ela tem cabelo de cor rara!

Timaki levantou e se colocou em uma posição estranha, defensiva.

— Oi, meu nome é... — Tentei me apresentar.

— Lira Merak — ela me interrompeu novamente. — Eu sei. Todos sabem. Merak, a garota prodígio! Ha, ha! Vejam só... Uma menina normal.

— Eu não ent... — Tentei dizer, assustada com a agressividade da moça.

— Meu nome é Brietta. — Firmou os olhos nos meus e aproximou seu rosto. — e saiba que aqui não terás regalias, bruxa.

Brietta se afastou e cuspiu no chão, perto de meus pés.

— Eu não quero regalias! — Finalmente me defendi.

Timaki rosnava prestes a avançar sobre sua presa. Em resposta, Brietta colocou a ponta do dedo em minha testa e meu coração acelerou. Ela era mais velha, tinha cabelos cor de mel e olhos verdes. Não sei o que pretendia fazer, pois naquele instante Élora apareceu para frustrar seus planos. Pela primeira vez vi Le Fay profundamente irritada.

— Brietta! — Chamou com voz de trovão. — Venha comigo.

A moça a seguiu, mas não antes de resmungar: "Você não perde por esperar".

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