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Celebração de Idades

Todos acordaram tarde no dia seguinte. Foi uma manhã preguiçosa e uma tarde agitada. Toda a sorte de seres preocupada em se arrumar com esmero para aquele dia especial.

Já depois do almoço iniciei meu ritual de embelezamento, afinal, eu era uma moça um pouco vaidosa. Sem ajuda, claro, pois já era acostumada a não depender de outras pessoas para realizar alguma ação.

Estendi o vestido sobre a cama e junto a ele coloquei os acessórios.

Enchi minha banheira, mornei a água e joguei nela essência de flores, feita por Arthur. Juntei a tudo algumas pétalas, que uma fada Elemental levou para mim a pedido de Gaothin. Eram flores raras do topo de uma montanha, e segundo me disseram, tinham propriedades de cura e aumentavam as energias. Banhei-me sem pressa naquela água que me relaxava e após o banho calmamente me sentei à penteadeira, onde penteei e sequei meus cabelos.

Em minha antiga vida precisaria de muitas toalhas para secar as madeixas mais rápido do que a natureza fazia. Mas com o controle do fogo, bastava usar o calor de minhas mãos e em pouco tempo os fios estavam livres de umidade.

Separei uma grossa mecha de cabelo na nuca e a deixei. Fiz um coque firme com o restante e o prendi com a ajuda de alfinetes e agulhetas. Era moda no continente o uso de chapéus, mas eu não tinha o hábito e poucas pessoas da ilha usavam tal acessório.

Peguei a mecha que ficou separada e a dividi em duas partes iguais. Fiz duas tranças firmes, uma com cada mecha. Depois as enrolei sobre a cabeça, uma no sentido horário e a outra no sentido anti horário até que chegassem à base do coque. Novamente usei de alfinetes e agulhetas para que o cabelo ficasse bem preso. Demorou e foi trabalhoso, mas o resultado final se mostrou melhor do que eu imaginava. E nem foi preciso usar meu Livro de Segredos, que ganhei de vovô quando descobri que ele tinha um.

Ao contrário da moda do continente, eu não me atraía por depilar a testa, achava um hábito estranho arrancar os cabelos para ter testa longa. E ao que me pareceu, as pessoas por ali também não conservavam este hábito da moda.

Arrumei as sobrancelhas e passei óleo perfumado pelo corpo. Peguei os recipientes de embelezadores e os abri. Usei pouco de cada. Delineando os olhos, esfumando nas maçãs do rosto e pintando os lábios.

Já estava ótimo. Mais tempo me arrumando e eu ficaria como uma arara, ave da terra de Jaci que apareceu por ali certo dia.

Finalmente coloquei o vestido. Tinha o tamanho certo, portanto, eu não precisava fazer ajustes. Observei rapidamente que meu corpo mostrava pequenos sinais de amadurecimento.

Enfeitei-me com os brincos de safira, o medalhão da Ordem e uma presilha de cabelo de um modelo interessante. As duas extremidades eram presas dentro dos cabelos de modo que ficaram ocultas, o restante da extensão do adorno era uma corrente, com um pingente no centro que pendia sobre a testa.

Ouvi batidas na porta.

— Lira, já se aprontou? — Caroulinde chamou.

— Sim! — Gritei. — Entre e venha até aqui.

Ela me encontrou no quarto. Estava com o cabelo cheio de pequeninas tranças e enfeitado com pedrinhas brilhantes. Sua roupa de couro, um vestido curto e reto, era toda bordada com pedras coloridas de formatos irregulares. As penas de suas asas foram cobertas por pó de cintilância prateada.

— Você está belíssima. — Elogiei.

— Você também. — Devolveu o cumprimento. — Podemos ir?

— Claro. Vamos devagar, sim? Senão chegaremos despenteadas.

Ela riu.

À medida que nos aproximávamos do solo, eu podia ouvir a música ficar mais alta. Era como se uma enorme orquestra tocasse, mas na verdade os instrumentos tocavam-se sozinhos, flutuando nos ares, sob a chuva de brilho dourado.

Observei com orgulho, que meu fogo ainda ardia no círculo de fogueiras.

Três moças dançavam sobre o palco de pedra. Algo folclórico provindo de algum lugar. Uma delas tinha asas.

Quando aterrissamos, fui atingida pelo cheiro do banquete que já fora servido sobre as mesas. A maioria dos moradores da comunidade já se sentara. Bebiam alegremente enquanto conversavam de maneira efusiva. Uma energia boa preenchia o ambiente.

A mesa exterior, apesar de servida e com pratos postos, encontrava-se completamente vazia.

Caroulinde me arrastou para nossos lugares, perto das pessoas que eu já conhecia. Lá estavam Timaki, Arthur, Ashia, Nair, Etzel, Gaya, Yuki, Jalian, Murciégala e outras. Estranhei que membros do Conselho estivessem por ali uma vez que tinham lugar de honra, mas aparentemente, os lugares especiais seriam ocupados depois.

— Chegou uma princesa! — Etzel bateu palmas de empolgação.

Fiz uma reverência exagerada para todos e recebi assovios em troca. Meu coração se alegrou. Éramos uma família, afinal. Tomei meu lugar junto às amizades que tinha feito até então. E apesar de lá no fundo, temer acusações por ser uma assassina, isso não aconteceu.

Bebi um pouco de vinho e observei o confabular repleto de entusiasmo.

— Estamos moldando bonecas de elemento! — Etzel contou com muita animação. Depois soltou no ar uma pequena boneca com asas, que fez alguns movimentos de dança e explodiu em gelo brilhante deslumbrando os presentes, do jeito que Etzel tanto gostava.

— Ela é boa! — Murciégala cumprimentou com palmas.

— Excelente, Etzel. — Nair elogiou.

Todas estavam vestidas com trajes festivos que representavam bem a região de onde vieram.

De repente, tudo ficou escuro. Até mesmo a iluminação das fogueiras desapareceu. Um burburinho se iniciou no escuridéu e duas luzes surgiram acima do palco, iluminando tudo.

Uma das luzes era Élora. Com um vestido feito de pétalas de rosas azuis e folhas frescas. Era maravilhoso. Seu rosto brilhava e os cabelos alaranjados pareciam vivos como fogo. Ao seu lado, uma jovem mulher de longos cabelos lisos e brancos, rosto angelical, olhos estreitos e nariz um pouco largo emitia um brilho prateado. Seus olhos eram castanhos e a pele morena tinha um tom avermelhado. Usava um vestido simples de tecido leve que não tinha alças e nem corpete. Sobre a pele havia desenhos de padrões indígenas pintados e na testa uma representação de lua crescente.

Fiquei embasbacada com tamanha beleza. Quem seria?

— Bem vindos à Celebração de Idades! — Élora abriu os braços.

Todos comemoraram de maneira efusiva.

— Hoje é um dia ímpar no Pomar, e todos sabem por que. Hoje, comemoramos mais um ano de todas as vidas que aqui residem. Somos uma família! Uma família complexa — risos —, mesmo assim unida pela magia e pelas dificuldades que assolam a sociedade fora daqui. — Fez uma pequena pausa e deu um giro, olhando para cada pessoa que estava na mesa. Quando terminou a volta, gritou: — Pela magia!

— PELA MAGIA! —Todos acompanharam.

A jovem do lado de Élora jogou para cima uma esfera dourada e prateada. Era fogo. O círculo explodiu, formando uma chuva dourada e prateada que encantou a todos.

Com um movimento dos braços a mulher fez os pingos de fogo desaparecerem antes que caíssem sobre os que ali estavam.

— Obrigada, Jaci. — Élora agradeceu.

Jaci? Aquela era Jaci?

A escuridão se foi e o local voltou ao estado inicial.

— Jaci? — Perguntei para ninguém em especial.

Gaya soltou uma gargalhada áspera.

— Sim, ela. Creio que um dia ela vá explicar a mudança. — Piscou com um olho.

A voz de Élora chamou nossa atenção mais uma vez. Todas do Conselho se reuniram em um círculo acima do palco.

— Estão prontas? — Perguntou A Fada.

— Prontas para quê? — Sussurrei para Timaki.

Ela apenas gesticulou com uma das mãos para que eu esperasse.

— Que se abram as portas! — A mestra de Avalon ordenou.

Todos se voltaram para onde a neve caía. Então, eu entendi.

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Pequena curiosidade: Nem sempre existiram tic tacs, piranhas e ligas, não é mesmo? Os modos de prender e enfeitar os cabelos, foram mudando através dos tempos. No século XVI, altura da ambientação, era comum que mulheres europeias usassem alfinetes e agulhetas nos cabelos. Também era moda aqueles chapéus de cone que todo mundo já viu em filmes ou livros de História.

Fato curioso é que as mulheres muitas vezes depilavam os cabelos da testa, para ficar com ela mais alongada.

Sim, já existiam pinças e outros acessórios de depilação, apesar de a Igreja Católica (dominante na epoca) não aprovar tais hábitos. Além dos acessórios, existiam algumas fórmulas bem malucas, que circulavam em "livros de segredos".

Esses livros continham não apenas segredos de beleza, mas também receitas culinárias, remédios e alguns estudos de outras naturezas.

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