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As cozinhas

— Isso foi fantástico. — Confessei um pouco emburrada, porém impressionada.

— Nunca tinha visto uma demonstração bem na frente de meus olhos. — Arthur admirou-se. — as Brujas sempre treinam longe dos olhares curiosos.

— Eu já tinha visto algo assim, mas não igual a isso. Fazer chover é mais que impressionante, é esplêndido! — Timaki elogiou.

Etzel e Ashia trocaram olhares embaraçados de quem não sabia como lidar com a admiração alheia. Creio que não estavam preparadas para causar tamanho impacto.

— Somos tão fantásticas quanto vocês. — Nair interveio. — Soubemos que Avalon terá um novo alquimista e boticário — passou o olhar em Arthur —, e uma Lycoina — parou o olhar em Timaki.

— O que é uma Lycoina? — Perguntei à Timaki.

— Nada importante. — Jogou um olhar nada amistoso na direção de Nair, que ergueu as palmas das mãos como se empurrasse uma culpa para longe de si.

Olhei fixamente nos olhos de Timaki.

— Não existe apenas uma maneira de conseguir uma informação. Cedo ou tarde descobrirei. — Fiz uma mistura de promessa com ameaça.

Minha amiga ergueu os ombros como quem lava as mãos. Deixaria-me ir pelo caminho difícil, mas não me contaria.

— Devemos ir, Nair. — Ashia chamou, já em voo novamente.

Se tinha algo que eu desejava profundamente, era voar. E faria das tripas um coração, asas, ou o que fosse preciso para atingir tal objetivo.

— Sim. — Nair concordou e pegou a mão de Etzel que estava distraída mostrando para Arthur um pequeno frasco feito de gelo. — Vamos querida.

— Sim, Nair. — Etzel concordou.

Elas se despediram de nós e partiram antes de eu perguntar quando teria o prazer de revê-las.

— Bem, preciso ir. — Timaki falou e correu. Ela sabia que eu tentaria descobrir o que era uma Lycoina.

Restamos, Arthur e eu, nos encarando como idiotas.

Observei que o pequeno frasco de gelo em sua mão, muito parecido com um diamante. Não derretia.

— Nossa — cutuquei o pequeno recipiente com a ponta do dedo —, é incrível que ainda esteja inteiro.

— Não irá derreter graças ao domo mágico. — Arthur explicou. — É excelente para colocar substâncias muito inflamáveis. Temos uma câmara especial cheia deles, mas este é um presente para mim. — Ergueu o objeto frente ao rosto, admirando os detalhes.

As mesas de refeição, naquele momento, já estavam quase completamente livres da presença humana, cheias apenas de utensílios sujos e a bagunça de restos de alimento. Nunca percebi como tudo ficava desorganizado porque sempre saía antes do final.

Um grupo de pessoas reunidas, que incluía mulheres e rapazes, se dividiu em duplas. Arthur e eu assistimos quando as duplas colocaram espécies de cinco tambores de metal no vão entre as mesas, com espaçamentos iguais entre si. E depois se afastaram. Dez pessoas se postaram aos lados das duas mesas, cinco para cada uma. As tais fizeram apenas os restos de alimentos levitarem no ar.

Quatro mulheres voaram acima dos restos. E não sei dizer como, mas todos ficaram secos e foram triturados, se transformando em ração para os animais. Ração que foi colocada nos tambores previamente posicionados, e estes, depois de cheios, foram levantados no ar por cinco mulheres que sequer os tocaram. Elas levaram os tambores dali.

Depois mais um grupo de quatro pessoas passou jogando água sobre as louças. Água que brotava de suas mãos e caía sobre tudo, veloz e violenta, fazendo com que tudo fosse limpo em instantes.

Os rapazes que esperaram pacientes pelo fim da lavagem. E quando se deu, juntaram os utensílios limpos em grandes pilhas que foram levitadas e levadas dali, assim como os tambores.

Por fim, as mulheres dos jatos de água lavaram as pedras do chão e os bancos, deixando tudo impecavelmente limpo. Os rapazes abriram uma portinhola no chão do centro do espaço, revelando um compartimento de onde tiraram quatro toras de madeira, que foram carregadas e colocadas no espaço da fogueira, para serem acesas durante o jantar.

Não demorou mais que minutos para que tudo estivesse limpo e organizado.

Mas não parou na limpeza.

No fim de tudo, quatro fadas humanas - em Avalon também existiam as fadas Elementais - se colocaram nos quatro cantos das mesas e com movimentos fluidos fizeram brotar e crescer trepadeiras de caule forte que se encontraram acima das mesas, no centro de tudo, formando um teto impermeável salpicado por pequenas flores de cores quentes.

Uma pequena criatura com asas, orelhas pontudas e nariz gigante pousou sobre a cobertura recém terminada e defecou ali, fazendo com que uma das fadas responsáveis pelo trabalho gritasse furiosa enquanto ia arrumar a bagunça.

Ossos do ofício.

Estava tudo organizado para o jantar, faltava apenas a comida. E esta, naquela tarde, era minha função.

— Preciso ir — me despedi de Arthur —, hoje cozinhar é minha função.

Meu amigo ergueu uma sobrancelha enquanto guardava o frasco de gelo em um bolso de sua calça.

— Ora, vejam só, a "princesa" hoje se une aos plebeus. — Ergueu os dedos no ar e fez sinal de aspas ao me chamar de princesa.

Eu ri.

— Vai ser humilhante para você, jovem Arthur. Faço uma sopa de coelho que é de enlouquecer o paladar. — Provoquei.

— Vejam a vilã colocando as asas para fora. Uma pena que não seja literalmente, já que você ainda não voa, é carregada pelos céus como um baú velho. — Implicou.

Gargalhei com aquela comparação, porque eu realmente parecia uma mala sendo carregada por aí.

— Admito, sou um baú. — Retruquei. — No entanto tenho alças — ergui os braços —, portanto me respeite!

Arthur gargalhou tanto que ficou sem ar. Chegou a dobrar o corpo e colocar as mãos sobre a barriga. E eu ri junto, pois era bom ver meu amigo feliz. A alegria é algo extremamente contagiante e tem uma força de arrastar multidões.

— Vamos, vamos, senhorita Merak, A Mala. Ande rápido ou nos atrasaremos. E Elizaberta, a chefe do dia, sopra marimbondos quando está nervosa.

Arthur enganchou seu braço no meu e fomos conversando pelos caminhos, pois iríamos para o mesmo lugar. Demoramos cerca de vinte minutos para chegar na área das cozinhas.

As cozinhas não eram nas árvores, como as outras construções. Elas ficavam em um complexo de cavernas com câmaras ligadas por elevadores e escadas. Havia sobre o topo das pedras, uma dezena de chaminés, de onde saía fumaça branca que rapidamente de evanescia no ar. Do lado de dentro ouvi gritos que apressavam alguém.

Andamos pelo piso gramado até a entrada, e quando pisamos nossos sincronizados pés direitos dentro da primeira câmara, Arthur me puxou para o chão para abaixar e dar passagem a um enxame de marimbondos.

Quando nos levantamos, olhei assustada para meu amigo.

— Não era uma metáfora! — Gritei apavorada.

— Não — disse tranquilo —, era literal. Se serve de conforto, eles somem em pouco tempo, mas não chegue muito perto, pois picam.

Olhei para trás e os insetos já não estavam lá, mesmo assim meu coração se mantinha acelerado. Arthur me arrastou câmara adentro para um complexo de armários de pedra, lindamente trabalhados e hipocondriacamente organizados. Dentro, havia vestes especiais impecavelmente brancas. Túnicas, que deveríamos usar enquanto estivéssemos nas cozinhas, e sobre as túnicas deviam ser colocados aventais tão impecavelmente limpos quanto às túnicas.

Nas cabeças pusemos toucas de tecido para que o cabelo não se soltasse durante o trabalho. E ao invés de sapatos, calçamos sapatilhas de pano, também muito limpas.

— Elizaberta gosta de tudo impecavelmente limpo. — Arthur avisou enquanto terminava de calçar seus sapatos. Sentado em um banco de pedra ao lado dos armários. — Somos obrigados a vestir essas coisas brancas para que ela veja à distância se há alguma sujeira em nossas roupagens.

— O que acontece se não nos mantivermos limpos? — Questionei assustada.

— Bem... — Ele olhou na direção da saída e eu entendi o recado.

Quando terminamos de nos vestir, segui Arthur por um caminho que levava a uma escada de acesso à câmara de cima, que era um longo e largo corredor.

No final do corredor havia uma porta de madeira maciça, e quando Arthur a abriu, deslizando para os lados, pôde ver a primeira câmara-cozinha, onde várias pessoas lavavam e picavam alimentos.

Alguns dos que ali trabalhavam usavam de poderes e outros faziam do jeito tradicional, todavia, no fim tudo era depositado em enormes vasilhas de vidro, que estavam alinhadas em cima de uma bancada cheia de gavetas.

Olhei para o chão de pedra polida e brilhante. Vi o reflexo de meu rosto, assim como nas as paredes. Aquele lugar estava mais limpo que os pratos nos quais comíamos todos os dias. Ao contrário do que geralmente acontece em uma cozinha, o ambiente ali era fresco. Não havia pessoas suadas se desfazendo em reclamações e o motivo disso era o teto.

Os tetos das câmaras-cozinhas eram revestidos de uma grossa camada de gelo, que deixava os ambientes sempre frescos. Era o mesmo material do qual o frasco de Arthur era feito, portanto, não derretia.

Uma mulher esguia, de nariz redondo e olhos brilhantes desceu as escadas que levavam até outras câmaras.

Ela me viu e sorriu de uma maneira simpática, com dentes brancos e muito brilhantes emoldurados pela boca naturalmente avermelhada, como uma maçã. Sua tez trazia, com certeza desde o nascimento, um bronze leve das terras onde o sol é mais generoso em suas aparições.

— Merak? — Perguntou enquanto se aproximava.

— Sim. — Respondi devolvendo o sorriso.

Ela estendeu a mão em um cumprimento.

— Sou Elizaberta Baraona. — Me analisou com seus olhos verde musgo e depois olhou para Arthur. — Art, querido, os cremes esperam por você. Faça aquela gente temperar tudo direito, sim?

— Sim, Elizaberta. — Arthur lhe deu um sorriso e partiu sem se despedir de mim, subindo as escadas em um gingado característico.

Quando sumiu de nosso campo de vista, Elizaberta segredou:

— Esse rapaz tem um paladar incrível. Ele sabe exatamente onde fica o ponto de equilíbrio de cada coisa. Não me surpreende que consiga, sozinho, elaborar boas fórmulas. Uma perda e tanto para as cozinhas — suspirou —, um ganho gigantesco para a alquimia.

— Concordo. — Respondi acanhada em tecer maiores elogios a Arthur.

— Não seja tímida. — A mulher me puxou na direção da escada e parecia querer continuar a conversa. No entanto, seus olhos de águia captaram uma atrevida rodela de cenoura que caíra no chão em algum momento.

Sua feição se alterou rapidamente para o estado de raiva.

— Vejam isto, uma mácula na minha cozinha! — Ralhou. — Limpem isto, já! Sujeira e comida não combinam nem um pouco.

Parecia tudo normal, até que de sua boca pouco aberta, saiu um marimbondo.

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