˖࣪ ❛ EU ACEITO
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[Este capítulo contém cenas +18]

BEIJE-ME. Damian pediu através de seus pensamentos, sem torná-lo verbal. Edward fervorosamente concedeu seu desejo e agarrou-o pelo pescoço para puxá-lo para mais perto.

A casa em que iriam morar ainda não tinha instalação elétrica, eles estavam na sala principal iluminada com velas acesas pelo leitor de mentes depois que seus familiares e amigos os deixaram sozinhos. Eles ficaram frente a frente, felizes e ansiosos como nunca antes para se tocarem novamente, desta vez não por ciúme ou desejo puramente carnal, mas sim por seus sentimentos um pelo outro. Por fora não se ouvia nada, por dentro só se ouvia o eco do som de suas bocas se beijando e os pequenos suspiros de cada um deles.

O beijo que o moreno havia implorado se intensificou a ponto de a língua de Damian exigir entrar na boca de Edward e explorar completamente. Edward abriu os lábios e permitiu aquela ação, maravilhado com o resultado; era revigorante beijar sem ter que esconder ou ter vergonha do que sentiam.

O homem de cabelos cacheados foi até o pescoço de Edward e o beijou bem no pomo de Adão, ele queria tanto beijá-lo ali desde a última vez. O vampiro virou a cabeça para o lado e permitiu o acesso ao pescoço, fechando os olhos. Suas finas mãos de músico correram pelas costas de Damian por cima da camisa, tirando-lhe o paletó que usava antes, ele queria tanto tocar sua pele de novo, e dessa vez faria com toda a calma do mundo.

Enquanto eles se beijavam novamente, Damian tocou a barriga de Edward com as mãos sob sua camisa branca fazendo Edward ofegar involuntariamente, surpreendendo os dois com o som lindo e erótico.

Eu quero tirar isso de você, novamente o pedido de Damian passou por sua mente. Gostava de não falar e deixar que ele visse seus pensamentos, gostava de não ter que verbalizar o quanto o queria, como se palavras não bastassem.

Edward levantou os braços e Damian automaticamente estendeu a mão para remover sua camisa. Sorriu ao ver o torso nu de seu criador e não resistiu em beijar seu peito, passando lentamente por seus ombros e descendo até seu abdômen e se dedicando a beijar seu umbigo.

Isso é demais, Edward pensou melancolicamente. O recém-criado não tinha sido tão ousado da última vez, e sua atitude desinibida o estava deixando louco. Ele pegou seu rosto entre as mãos, beijou-o novamente com apetite e lentamente se livrou da camisa de Damian, deixando-o nu do tronco igual a ele.

Os dois sorriram levemente antes de se beijarem novamente, desta vez com mais vontade, mordendo-se um ao outro e afogando nos gemidos um do outro na garganta. As mãos de Edward acariciando as costas do garoto mais baixo enquanto ele lhe dava mordidas em todo o pescoço que arrancaram suspiros do leitor de mentes. Para o recém-criado, era o som mais excitante que já ouvira na vida.

Damian ousou abrir o botão da calça de seu criador, surpreso por um momento; aquilo parecia tão real naquele momento, mas eles não iam e não queriam parar.

— Tire isso de mim. — Edward fez seu pedido verbal.

Damian obedeceu e se livrou da roupa de Edward, ele também ficou nu graças à ajuda de seu agora noivo. Edward engoliu em seco, eles olharam nos olhos um do outro com ternura, eles até sentiram suas bochechas formigando de timidez.

— Não tem cama. — Damian pensou provocando uma risada angelical de Edward. Ele acariciou a testa dele, tirando mechas do cabelo cacheado e beijou sua testa até chegar em sua orelha.

— Nós não precisamos disso. — Edward sussurrou no ouvido de Damian.

Com essa última frase eles perderam a noção de tudo ao seu redor.

Eles se deitaram no chão de madeira, Edward em cima de Damian com cuidado para não esmagá-lo com seu peso. As mãos finas do primeiro explorando seu corpo fizeram o segundo tremer, especialmente quando tocaram sua ereção.

O que eles estavam experimentando era muito melhor do que tomar sangue humano. Edward correu delicadamente pelo corpo de Damian e se perguntou como poderia se conter por tanto tempo.

Eu quero tentar algo, deixe-me ter o controle, por favor. Damian implorou mentalmente e Edward rapidamente mudou de posição deixando o recém-criado em cima dele.

Damian beijou os lábios de Edward, mas não se deteve neles, com sua língua percorreu o pescoço e os peitorais do homem mais velho, fazendo-o estremecer e arqueá-lo, deixando-o ver o quanto gostava disso. Ele cobriu cada parte de seu torso com beijos e lambidas impróprias até atingir seu objetivo. Quando o mais novo pegou o membro de Edward em suas mãos para acariciá-lo, sentiu como se um milhão de estrelas explodissem dentro dele.

O de cabelos cacheados umedece os lábios com a língua, um sorriso ardente aparecendo em sua boca. Edward podia ser mais experiente em muitas coisas, mas quando se tratava de sexo ele era tão pudico e inexperiente que Damian pensou que poderia ensiná-lo.

Quando Damian começou a beijar e lamber seu membro, Edward se moveu atônito. — Damian... — ele gemeu tentando se afastar, mas o nome o deteve, usando sua força de recém-criado.

Diga-me que você não gosta e eu vou parar, eu prometo. Ele comunicou mentalmente e Edward não podia recusar, ele era o paraíso.

Damian suspirou ao ouvi-lo gemer ainda mais, levando o prazer a tal limite que custa a acreditar, fechou os olhos, colocando todo o membro de seu criador na boca até sentir que estava engasgando. Depois de alguns minutos ele fechou ainda mais, baixou as pálpebras e puxou-o de sua boca abruptamente ouvindo um som naquele silêncio ofegante, evitando o clímax de Edward.

O jovem recém-criado descobriu que, embora adorasse o som que Edward fazia no piano, nada se comparava aos sons guturais e requintadamente sexuais que ele fazia.

— Deus... — Edward sussurrou, abrindo os olhos completamente escurecidos pelo desejo.

— Eu pensei que você não acreditasse nele. — Damian zombou asperamente quando se deitou ao lado dele no chão de madeira. Seus olhos também escureceram, perdendo aquele lindo ouro que possuíam.

Sem falar, Edward atacou os lábios de Damian novamente, sentindo seu próprio gosto neles e isso, ao invés de enojá-lo, o excitou ainda mais do que já estava. Com as mãos ele percorreu a parte frontal do corpo de seu amante, acariciando seus peitos. Ele não aguentou mais e em um movimento rápido colocou-se entre as pernas do canadense, ambas as ereções se tocando perigosamente.

Edward começou a fricção fazendo com que o rosto de Damian se distorcesse em uma carranca de prazer. As unhas do moreno cravaram-se nas costas do leitor de mentes, ele podia sentir como cada centímetro de seu corpo estava coberto pela pele de neve de Edward, um pensamento fugaz passou por sua mente: que não havia como se aproximar de um pessoa, que dar mais um passo seria como abrir o peito e expor o coração.

A fricção parecia insuficiente para ambos, então Edward segurou suas pernas e o ajustou para que ele pudesse entrar nele, temendo que, se o fizesse com força, Damian pudesse quebrar. O mais novo levantou-se com a ajuda dos cotovelos para poder beijá-lo novamente nos lábios; suspirando e ofegando recebendo os sons de ambos se misturando.

Edward procurava entrelaçar seus dedos, para se sentir ainda mais apegado ao seu noivo. Damian arqueou as costas quando Edward tocou aquele ponto que causou uma chuva de prazer novamente. O recém-criado se perguntava se algum dia se cansaria de se entregar assim ao seu criador.

Eles estavam à beira do fim e Damian não pôde deixar de olhar Edward diretamente nos olhos, ele o amava muito, ele queria dizer isso em voz alta, mas Edward colocou um dedo entre os lábios, ele sabia disso.

— Edward... — ele engasgou com a voz rouca ao sentir como aquilo terminava, assim como aquele nomeado sendo envolvido em um sentimento de euforia mútua.

Uma vez liberado, Edward largou seu corpo sobre o de Damian, ele não estava cansado graças ao seu status de vampiro, ele só queria aproveitar os restos de um encontro tão arrebatador. Sua mão esquerda não ficou parada, ele acariciou os cabelos cacheados de Damian enquanto ele beijava o rosto de Edward.

— Você ainda acredita que sua alma irá para o inferno? — questionou o recém-criado em voz baixa, ainda respirando compassado, olhando diretamente para ele. Edward considerou sua resposta e respondeu sorrindo, deslumbrante.

— Sim.

— O meu seguirá o seu então, aonde você for eu irei sem pensar.

— Então valerá a pena ir para o purgatório com você, Damian Cullen. — Edward murmurou, beijando sua testa e roçando o nariz em seu cabelo.

— Aposto que sim, Edward Cullen. — Damian sorriu levemente com as carícias de seu amante.

Ficaram muito tempo em silêncio, até que as velas se apagaram e foi a aurora que iluminou o quarto de sua nova casa, de sua nova vida.

★

Várias semanas se passaram desde que tudo foi consertado. Bonnie havia sido aceita em duas universidades, o problema é que ela não queria se separar de Jasper ou Damian, além de querer lutar pelo sonho de se tornar uma maquiadora. Ela não queria perder tempo com algo pelo qual não era apaixonada, então estava pensando seriamente em tirar um ano sabático.

Os Cullen aprenderam com a loira brilhante que sua vizinha detestável, Bella Swan, havia abandonado o pai e voltou para a mãe na Flórida.

Edward e Damian estavam cada dia mais apaixonados, a ponto de sumir por uma semana inteira por não saírem de casa para ficarem juntos.

— 13 de setembro? Tem certeza? — Edward pergunta, levantando-se com a ajuda dos cotovelos para olhar de perto o noivo.

Naquele dia eles decidiram sair e foram para a clareira de Edward. Damian, que estava montado em seu noivo, assentiu com a boca fechada.

— Sim, quero antecipar antes que Alice convide toda a cidade. Eu só quero algo tranquilo.

— Será um duro golpe para ela. — Edward sorri e toca o nariz de Damian. — Quando você quer, pode ser bem durão e mau.

— Não estou fazendo isso para incomodá-la, só quero que nossa união seja uma questão nossa e não de pessoas que não conheço, como aqueles primos do Denali, por exemplo.

— O que você quiser está bom para mim. — Damian sorriu ao ouvir sua resposta e beijou-o com força, segurando suas bochechas.

— Eu quero adiar minha admissão na universidade assim como Bonnie. — Edward franze a testa.

— Você tem certeza? — pergunta o leitor de mentes. — Você sabe que eu o apoio em qualquer coisa, mas não quero que você interrompa seus planos por mim.

— Não estou impedindo eles por você, só acho que quero um tempo com você, sozinho. — Damian sorriu, apertando os lábios. — Quero ver o mundo tomado por suas mãos, quero viajar e me aperfeiçoar ao controle. Você e eu temos muitas coisas para curar e acho que uma viagem indefinida juntos pode resolver isso, pode soar egoísta mas eu quero você só pra mim por um tempo.

Edward assentiu bem-humorado. — Parece perfeito para mim, e eu acho que sei onde vou levá-lo primeiro.

★

O mês de setembro chegou rápido, o verão acabou e as folhas marrons das árvores começaram a cair. Edward e Damian terminavam de arrumar as caixas com as coisas que haviam trazido da casa principal para o novo lar quando receberam a visita de Alice, que radiante, parecia ter recuperado a alegria que perdera poucos meses atrás.

Ela entrou na casa de seus irmãos e tinha duas sacolas brancas nas mãos.

— Olá, olá. — ela murmurou sorrindo.

— Você poderia ter ligado, Alice. — Edward a repreende, que estava arrumando seu piano na sala.

— Vocês estão vestidos, eu tinha que aproveitar. — ela respondeu e mostrou a língua.

— O que são aqueles? — Damian perguntou, colocando alguns livros em uma prateleira em sua estante.

— Esses são dois ternos lindos e finos para vocês dois. — Alice respondeu, colocando-os no sofá de três peças. A pequena vampira admirou a casa dos meninos, ela não poderia decorar melhor o lugar, tudo gritava com eles.

— Roupas para? — Damian levanta uma sobrancelha.

— Para a renovação dos votos de Rosalie e Emmett, o que mais? — ela respondeu como se fosse óbvio.

— Mas eles fizeram isso dois anos atrás. — Edward franziu a testa.

— Mas eles se amam muito e vão fazer de novo. — respondeu Alice sorrindo. — Às 6 horas no prado. Vá lindo e bonito como você sabe, não se atrase.

A garotinha se aproxima dos dois e lhes dá um beijo na bochecha. Edward, franzindo a testa, para o braço dela.

— Existe alguma razão pela qual você não consegue parar de cantar em sua mente uma música daqueles coreanos que Bonnie gosta?

Alice sorriu e piscou para ele. — Eu gosto deles, só isso. Vocês são pegajosos, passei toda a tarde de ontem com Bonnie e ela os colou em mim.

★

Às 5:55, Edward e Damian estavam bem vestidos em seus elegantes smokings pretos.

— Você está deslumbrante. — Edward exclamou enquanto Damian tentava, sem sucesso, pentear seu cabelo encaracolado no banheiro do quarto principal.

O recém-criado piscou para ele através do espelho do banheiro e se virou para abordá-lo; ajeitou a gravata borboleta e deu-lhe um selinho.

— Perfeito. — ele disse sorrindo, e Edward passou os braços em volta de sua cintura.

Caminharam de mãos dadas, o tempo estava perfeito porque não chovia e o céu estava coberto de nuvens inofensivas. Eles chegaram na clareira rindo de uma piada boba que Damian havia contado e ficaram surpresos ao ver toda a família reunida, bem como vários membros da matilha como Seth e Leah Clearwater, Jacob Black e Quil Ateara; Bonnie estava lá também, sorrindo nos braços de Jasper.

A testa de Edward franziu, já que os pensamentos de todos eram evasivos. Damian imitou seu gesto e virou o rosto para olhá-lo, queria saber o que estava acontecendo.

O prado estava lindamente enfeitado com flores brancas, cadeiras feitas de troncos de madeira e havia um corredor que terminava em um arco que parecia erguer-se naturalmente do chão. Era o casamento dos sonhos deles.

— Eu sei que tenho sido uma vadia total com vocês dois. — Alice se aproxima deles com um sorriso, os vampiros olhando para ela como se ela tivesse crescido outra cabeça. — E eu prometi que faria qualquer coisa para compensar um pouco por o quão ruim eu fui no passado e agora estamos aqui no dia do seu casamento.

Damian engasgou e pensou que era algum tipo de piada. Ele olhou para ela como se ela tivesse enlouquecido e se virou para ver a reação de seu noivo, e ficou surpreso ao ver Edward sorrindo, tocado.

— Não temos anéis. — o mais jovem dos Cullen se desculpou rapidamente. Bonnie assobiou e, sorrindo, mostrou dois anéis de ouro.

— Você só tem que andar e Carlisle vai se casar vocês, acabou. — Alice respondeu vitoriosa.

Carlisle se aproximou dos meninos e, sorrindo, comenta mais uma das loucuras da filha. — Alice me obrigou a conseguir uma licença online, se não fosse eu o escolhido teria sido Emmett e teria sido pior.

Damian balançou a cabeça, igualmente divertido e surpreso com as loucuras de sua família, ele se virou para olhar para Edward, que não havia dito nada até agora. O vampiro de cabelos cacheados mordeu o lábio inferior nervosamente e fez a pergunta: — Você quer fazer isso?

Edward sorriu e olhou-o bem nos olhos. — É a única coisa que eu queria fazer desde que te conheci.

Damian franziu os lábios em um sorriso e exalou enquanto liberava seu nervosismo.

Foi uma cerimônia significativa, com Damian andando pelo corredor das flores de mãos dadas com Esme, sua mãe. Edward esperava por ele sob o arco com os olhos mais brilhantes do que nunca, de repente tudo parecia desaparecer para os dois menos eles, e eles perceberam a presença dos outros quando Carlisle pediu que eles fizessem seus votos, sendo Edward o primeiro:

— Apaixonei-me pela tua bondade, pela tua coragem incrível e pelo teu coração que não faz mais do que oferecer amor a quem o toca. Escolho-te porque ao teu lado descobri que o verdadeiro amor é aquele que não isola, não rejeita e não persegue: apenas aceita.

Damian sorriu imensamente e olhou para baixo por um segundo, pois era a vez dele:

— Eu escolho você, Edward Cullen, e escolhi desde o primeiro momento em que abri meus olhos para este novo mundo. Não prometo que tudo será cor de rosa, em nosso mundo nada nunca é, sei que haverá milhões de problemas mas sei que vamos enfrentar cada um deles juntos, de mãos dadas.

Bonnie, em prantos, se aproxima para entregar as alianças. Edward deslizou o anel na mão esquerda de Damian e vice-versa.

— Edward Anthony Masen Cullen, você aceita Damian Cullen como seu marido? — Carlisle perguntou.

— Eu aceito.

— Damian Cullen, você aceita Edward como seu marido?

— Eu aceito.

— Você pode beijar o noivo. — Carlisle declara sorrindo e o mundo desaparece para eles.

Aplausos logo se seguiram, assim como aplausos de sua família e amigos. Tanto Damian quanto Edward sentiram abraços de todos, Bonnie sendo uma das mais eufóricas.

A recepção foi realizada na mansão Cullen, mais tarde acompanhada por Sam Uley e sua noiva Emily Young, que anunciaram que estavam esperando sua primeira filha, a quem chamariam de Leah.

Alice havia se exibido, e agora um olhar sorridente enquanto Bonnie, Damian, Leah e Seth dançavam e riam no centro da pista, pois as duas garotas apostaram que Bella apareceria em algum momento para impedir o casamento, Leah ganhando o prêmio que perdeu da outra vez

— Obrigado, ficou lindo. Assim como havíamos imaginado. — Edward a abraçou e a pequena vidente beijou sua bochecha.

— Edward, está reservado um belo futuro para todos nós, você vai ver.

— Eu confio nisso. — respondeu o irmão sorridente. — Se me dá licença, tenho que dançar essa música com meu marido.

Alice assistiu com um enorme sorriso enquanto o casal agora casado dançava gentilmente uma de suas canções favoritas: The Way You Look Tonight, de Frank Sinatra.

Nesse momento, ela teve uma visão que a intrigou um pouco, mas não perdeu o sorriso.