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Capítulo 2 _ Parte 1/3

                                Nicolás

Quatro anos depois...

Eduardo, não posso te dizer que sinto remorso em não ter lhe escrito antes, porém com toda certeza digo sobre a enorme curiosidade que obtive em pensar como seguiu sua vida após minha partida e é por isso que lhe escrevo. Você teria compartilhado da mesma curiosidade?

Bom, sendo assim, sigo dizendo que meus dias foram turbulentos e felizes, nem todos, claro, como o dia de hoje. Você sabe melhor do que ninguém o quanto eu sou transparente com as pessoas e com o que sinto, e foi assim que mergulhei no que eu acreditei ser o amor, mas vi que era espontaneamente raso de mais para mim, e só assim percebi que não era amor.

Desse amor, que nada mais era do que a liquidez de momentos intensos e insanos, tive a enorme surpresa hoje pela tarde, quando o sol se esquentou pelas três, que desse amor líquido teria um fruto que carregarei no meu ventre por nove meses antes de tê-lo em meus braços. Deve estar se perguntando como eu me sinto em relação à isso, e sim, se for o mesmo que eu pensei, saiba que eu estou inteiramente assustada com a ideia.

Não sei como você reagirá a essa carta, mas saiba que eu desejo que você ainda me ame e lhe contarei o porquê. Ao mergulhar nesse amor raso com um homem da sua mesma idade, notei a diferença entre ambos, não só nas manias, como também na personalidade e carácter. Antes você era bravo, me assustava com seu mau humor e logo depois mostrou ser o mesmo Eduardo que enfeitou minha infância. Já Nicolás parecia ser bom, até se mostrar individualista e indiferente.

Com o tempo vi que eu pensava mais em você do que nos meus pais ou até mesmo Darlan, sempre lembrando das suas tentativas de me animar, até mesmo do seu ronco de madrugada. Por que falar de amor em vez de te contar onde estou ou o que estou fazendo aqui? Acho que hoje estou muito mais sentimentalista do que de costume, e eu queria mesmo te contar que esses quatro anos me fizeram ver que eu preciso manter contato com você, pois o amo.

Me falaram que te amar seria um tiro no escuro; amar alguém de longe, sem saber o que se passa na vida da pessoa é sobreviver de passado, de lembranças e incertezas. Você se tornou minha incerteza porque eu o transformei nisso, e peço minhas sinceras desculpas. Espero que você esteja feliz e que tenha encontrado alguém que o ame como eu nunca amei antes. Não vou lhe contar onde estou, pois preciso repensar se quero mesmo saber sua resposta, e pensar também se lhe enviarei essa carta, assim como todas que escrevi essa semana.

Me perdoe por ter sido egoísta, e continuar sendo.

Com amor, Emma.

  Dois anos antes...

    Emma havia se mudado de Pitsburg para qualquer outro canto que houvesse acolhimento para tudo o que procurava. Nunca foi sobre lugares, sempre foi a busca por suas novas rotas. Começou trabalhando em um orfanato, não era necessário, mas sentia necessidade de se manter distraída. Ajudava crianças de todos os tipos e formas, por todos os dias que se dispôs. Se sentia grata com a missão que o destino havia lhe entregado, mesmo que não fosse por muito tempo.

      Olhava as estrelas durante a noite, por um curto período. Depois de descoberto, o pequeno observatório do falecido Sr. Lincoln ( fundador do orfanato Recanto Azul), se tornou seu lugar favorito. Sempre com a chama viva e a brasa de esperança nos olhos, Emma admirava cada pedacinho que conseguia do céu sob seus olhos. Queria sentir Darlan pertinho do seu carinho como nos velhos tempos. Nunca deixaria de amar seu irmão e zelar por seus anos luz de lembranças.

    Emma morria de saudades da sua antiga casa onde passou boa parte da vida. Sentia saudades dos seus diversos momentos nela. Lembrava de quando corria pelo quintal com Eduardo, dos cabelos loiros do garoto que com o tempo escureceu. Ela lembrava também do Jardim, do qual sempre gostou, principalmente das flores que plantou. Quando Eduardo era mais novo subia pelas árvores atrás de frutas para colocar todos os dias na porta de Emma. Antigamente ela morava na casa dos fundos da casa de Eduardo, e foi assim até seus pais faleceram.

     Em uma tarde de verão, Emma subiu para o observatório e desenhou quatro borboletas. Ela se infantilizou ao se relacionar com a pureza e fragilidade das crianças órfãs. Cada borboleta era uma pessoa especial e uma delas era Nicolás, que era um jovem de aparência morena e espontaneamente fugaz. Ele era o novo professor de história, e aparentemente encantado com a beleza da jovem a observava de longe. Era inegável dizer que ela não se sentia atraída, porém, muito receosa.

     Quem era de fato Nicolás, além de um homem de vinte e tantos anos que sempre dizia que a vida era para ser vivida intensamente, sem medos ou receios. Emma era inteiramente receosa e desconfiada, com todos os seus defeitos ainda achava tempo para retrucar nos dos outros, quem nunca? Nicolás sempre almoçava na cantina junto com as crianças em vez de se sentar ao lado dos outros professores e isso despertou curiosidade na garota...

___ Oi. Posso me sentar ao seu lado, Nicolás?

___ Claro. Fique a vontade. ___ Ao se sentar, a garota notou que ele não lhe tirava os olhos. A olhava com tanta intensidade que quase saiu correndo de lá.

___ O que tanto olha? Oras.

___ Você.

___ Nem imaginei.___ Risos. ___ Sério, o que é?

___ Todos me chamam de professor Nicolás, menos você.

___ E o quê que tem?

___ Nada de mais, só achei curioso.

___ Bom, é esse o seu nome, estou certa? Então por que te chamar de professor Nicolás se eu não chamo a dona que limpa as salas de faxineira Jertrudes?

___ Porquê o nome dela não é Jertrudes.

___ Ah, assim sim. Bom, acho que Jertrudes combina com ela, você não acha?

___ Não. Eu ainda não sei seu nome.

___ Emma.

___ Lindo nome.

___ Sempre dizem isso.

___ Não gosta dele?

___ Gosto. Gostei de você Nicolás, por que não conversamos mais tarde?

___ Estarei dando aula.

___ Ah sim. Bom, pra todos os casos pode me procurar se quiser. Sempre durmo no quarto 23.

___ Não tenha dúvida de que farei isso.

___ Gosta de estrelas?

___ Até as que não conheci ainda.

___ Onde você estava esse tempo todo?

    E assim, começou a conversa de várias outras conversas que eles teriam, sempre sobre qualquer assunto, passeando sobre as palavras e constatações, risadas e olhares que falavam por eles. As relações humanas são conexões de estímulos, se você passa uma energia positiva, os estímulos tendem a passar uma boa conexão de volta. Emma era tímida do lado de fora, mas dentro do observatório em que passou várias noites acordadas conversando sobre estrelas e histórias, soube que estava perdidamente apaixonada por Nicolás.

     Descobriu que Nicolás queria ser arquiteto, e que filosofia era seu grande amor. Soube onde conseguiu cicatrizes sobre suas marcas da alma. Soube como ele decidiu sair de casa e quando ele conheceu a neve, soube que era brasileiro e que amava o frio. Nicolás sempre mostrava seu lado bom, mas ela se sentia estranha por não saber ainda sobre seus pontos negativos. Ele não poderia de forma alguma ser o teor da positividade o tempo inteiro, muito menos ser perfeito o suficiente pra ela. Como ela poderia lidar com isso?

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Não tenha medo de conhecer pessoas.
Injusto é confiar
em pessoas erradas
e não valorizar quem merece!

Nannye Dias

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