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Então eu estarei lá,

Quando você chegar

Ver você me provar que eu ainda estou viva

E quando você me tiver em seus braços 

E me abraçar forte

Eu sei que significará muito essa noite

𝑺𝑼𝑷𝑬𝑹 𝑻𝑹𝑶𝑼𝑷𝑬𝑹  | ABBA


O silêncio do bar era um contraste gritante com a agitação que havia antes. Já fazia quase quinze minutos desde que Leon e Zoe tinham ido embora juntos. Eu não queria ser um incômodo para eles, então inventei uma desculpa qualquer e os deixei ir sem culpa. Meu alojamento não ficava longe dali, e a noite estava fresca o suficiente para uma caminhada tranquila.

Mas, mesmo assim, eu não estava sozinha.

Deslizei o canudo entre os dedos, girando-o devagar dentro do copo quase vazio. O gelo tilintava suavemente, quebrando o silêncio desconfortável entre nós. Eu não era tão extrovertida quanto Leon e Zoe, e tinha certeza de que ele já havia percebido isso. Talvez fosse só educação, ou ele apenas estava sendo gentil.

— Você não precisava ficar aqui comigo — murmurei, evitando seu olhar.

— Eu gosto de conversar com você.

A forma como ele disse aquilo me fez erguer os olhos. Não havia malícia, nem qualquer indício de segundas intenções. Apenas sinceridade. Mas ainda assim, seu olhar carregava algo diferente, algo que me fez engolir em seco.

Desviei o olhar, buscando meu celular sobre a mesa.

— Olha o horário... já está tarde — comentei, deslizando o dedo pela tela, mais para me distrair do que por real necessidade.

Ele riu, um som baixo e rouco que fez algo dentro de mim vibrar.

— Então vem, eu te levo até o seu alojamento.

Minha cabeça se ergueu rápido o suficiente para que ele percebesse minha hesitação. Eu o encarei com desconfiança, e, como se já esperasse por essa reação, ele ergueu as mãos em um gesto de rendição, um sorriso leve brincando nos lábios.

— Calma, relaxa. Só vou te levar até a porta do prédio, depois volto para minha casa.

Por algum motivo, a ideia de voltar sozinha não parecia tão atraente quanto antes.

Suspirei, deixando os ombros relaxarem.

— Tá bom — murmurei, convencida, mas ainda mantendo um tom cauteloso.

Ele sorriu de lado, pegou seu casaco que estava jogado no encosto da cadeira e o vestiu de maneira casual, como se fosse a coisa mais natural do mundo. Meu coração bateu um pouco mais forte sem motivo aparente.

Levantei-me e saímos juntos, caminhando lado a lado sob as luzes amareladas da rua. O vento frio tocou minha pele, e, por um momento, eu gostei de não estar sozinha.


A caminhada até o meu alojamento estava sendo bem mais divertida do que eu imaginava. A cada passo, a conversa fluía como se fosse a coisa mais natural do mundo, e eu não conseguia deixar de me sentir à vontade. Era como se já estivéssemos ali, em uma conversa descontraída, há muito tempo. Passamos de debates sobre heróis e vilões para discussões sobre os livros que mais nos marcaram, e eu estava me divertindo imensamente.

— Sério, de todos os livros, Procurando Nemo foi o que mais te marcou? — perguntei, rindo, sem acreditar na resposta dele. Ele me olhou com uma expressão exageradamente séria, como se fosse a coisa mais importante que ele já tivesse dito, mas os olhos dele estavam brilhando de diversão.

— Olha, se a cena da morte da esposa de Merly não te traumatizou, então você tem um coração de pedra — ele disse, com uma feição exagerada de quem estava defendendo sua escolha com todo o ardor. Não consegui evitar, quase cuspi minha bebida de tanto rir.

— Ah, para! Você é muito dramático! — retruquei, ainda rindo. Eu me senti confortável naqueles momentos, como se fôssemos dois velhos amigos compartilhando risadas sem preocupações.

Ele riu junto e, antes que pudesse continuar, me perguntou com um sorriso travesso:

— E você, qual livro realmente te marcou? Aposto que você vai escolher algum daqueles com mistério e suspense.

Eu olhei para ele por um momento, sentindo o calor da conversa, e então dei um sorriso leve, um pouco envergonhada, como se estivesse prestes a revelar um segredo pessoal. Olhei para o chão por um instante, antes de voltar os olhos para ele.

Romeu e Julieta — disse, de forma simples, quase com um tom de brincadeira, mas ele percebeu que havia algo mais ali. Ele me olhou por um segundo, e eu sabia que ele entendia. Eu não precisava explicar mais nada.

Eu o observei, vendo seus olhos se estreitarem levemente, como se estivesse ponderando algo. Ele não disse mais nada. Apenas deu de ombros, como se fosse a resposta mais óbvia do mundo. Mas eu podia sentir que ele estava interessado, mesmo que não demonstrasse completamente.

Fiquei quieta por um momento, a sensação de proximidade crescendo entre nós. Finalmente, olhei para o grande prédio que já estava diante de nós, e a realidade de que nossa conversa estava chegando ao fim me bateu.

— Chegamos — falei, a tristeza invadindo meu tom. Eu queria que aquele momento durasse mais, mas sabia que logo ele teria que ir.

Ele deu um sorriso pequeno, como se estivesse se despedindo de algo bom, mas sem pressa de ir embora. — É, parece que sim. — Ele parou, e a troca de olhares entre nós parecia dizer mais do que palavras. Eu queria continuar a conversa, mas algo me dizia que o momento ainda não tinha chegado ao fim.

Ficamos ali, alguns segundos em silêncio, até que ele deu um leve aceno de cabeça e disse, com um tom tranquilo e quase promissor:

— A gente se vê por aí.

Eu assenti, sentindo uma mistura de alívio e uma pequena pontada de desejo de continuar ali, conversando, rindo mais um pouco. Quando ele se virou e começou a se afastar, algo dentro de mim queria correr atrás dele, fazer o tempo voltar, mas não fiz. Apenas observei, com a sensação de que acabara de viver algo simples, mas especial, que não queria deixar ir embora tão facilmente.

Subi para o meu alojamento, ainda com o sorriso no rosto, mas uma pontinha de cansaço começou a se fazer presente. Quando estava prestes a abrir a porta, um som suave e inesperado me parou.

Gemidos.

Merda.

Eu sabia exatamente o que estava acontecendo. Leon não estava por perto, e minha colega de quarto estava ocupada. A ideia veio rápida e impulsiva.

Corri até o corredor e desci as escadas, sentindo a adrenalina subir. Olhei para o lado, rezando para que ele ainda estivesse por perto.

— Ei, Walle! — gritei, fazendo-o se virar. Seus olhos brilharam ao me ver, e o sorriso no rosto dele foi inevitável.

— Vamos dar mais uma volta? — perguntei, com uma energia que eu não sabia de onde estava vindo.

— Bem... eu sei o seu lugar favorito , quer que eu te mostre o meu — assenti.


A moto rugiu suavemente sob nós enquanto cortávamos a estrada sob o céu noturno. O vento batia contra meu rosto, bagunçando meus cabelos, e eu adorava a sensação de liberdade que aquilo me proporcionava. O cenário passava rápido, como se estivéssemos deixando o mundo para trás, apenas eu e ele, compartilhando aquele momento sem a necessidade de palavras.

Quando Walle reduziu a velocidade e parou perto da cachoeira, eu quase perdi o fôlego. A água descia em cascata iluminada pelo luar, criando um brilho prateado sobre a superfície calma do lago. O som da queda d'água era hipnotizante, preenchendo o silêncio com uma melodia natural e reconfortante.

— E aí, gostou? — Ele perguntou, inclinando a cabeça de lado com um pequeno sorriso divertido. Ele já sabia a resposta, mas queria ouvi-la mesmo assim.

— Se eu gostei? Isso é incrível, Walle! — Falei sincera, ainda admirando a paisagem.

Ele deu um passo à frente, me observando com um olhar travesso. — Quer entrar?

Me virei para encará-lo, ponderando a ideia. Ele percebeu minha hesitação e deu de ombros.

— Pode entrar com roupa mesmo, sem problema. Depois eu te empresto minha blusa.

Mordi o lábio, avaliando a proposta, e então apenas balancei a cabeça com um riso leve. Se eu ia aproveitar a noite, que fosse direito. Tirei os sapatos e abaixei minha calça jeans, ficando apenas de blusa e calcinha. O frio da noite arrepiou minha pele, mas a expectativa do mergulho me manteve aquecida.

Olhei para Walle e vi que ele já estava sem camisa, entrando na água com um ar despreocupado. A luz suave do luar ressaltava cada contorno dos músculos dele, a pele molhada refletindo um brilho tentador. Ele era atlético, não apenas forte, mas com aquela definição que parecia natural, como se tivesse nascido para ser assim.

Ele se virou para mim, os cabelos já molhados, e estendeu a mão. — Vem logo, tá esperando o quê?

Ri baixinho e respirei fundo antes de entrar na água. O primeiro contato foi um choque contra minha pele quente, fazendo um arrepio subir por minha espinha. Mas logo o frio foi substituído por uma sensação gostosa e revigorante.

— Está ótima — murmurei, fechando os olhos por um instante, sentindo a água envolvendo meu corpo.

— Eu disse — ele riu, nadando um pouco mais perto de mim.

Ficamos ali, apenas curtindo o momento, deixando a água nos envolver e o som da cachoeira preencher o silêncio. De vez em quando, nossos olhares se encontravam, e eu sentia um calor diferente, não da água, mas dele. Walle tinha essa coisa... essa presença que fazia tudo parecer mais intenso, mais vivo.

Ele passou a mão pelo cabelo molhado, me observando como se estivesse tentando decifrar algo.

— Sabe, eu não imaginava que minha noite terminaria assim — ele comentou, a voz leve, quase como um pensamento em voz alta.

— Nem eu... — confessei, encarando-o de volta, sentindo meu coração bater um pouco mais forte do que o normal.

Ele sorriu de lado, e naquele instante, a única coisa que eu sabia era que não queria que aquela noite terminasse tão cedo.

A água da cachoeira refletia os primeiros tons dourados do amanhecer, criando um brilho suave sobre as pedras molhadas. O som da queda d'água preenchia o silêncio confortável entre nós, enquanto gotas escorriam pelos nossos cabelos e pele, esfriando o calor que o cansaço e a adrenalina tinham deixado.

— Por que Aurora? — a voz dele veio baixa, quase hesitante, como se estivesse puxando o fio de um segredo.

Eu tirei os olhos da água e encontrei o olhar curioso dele. O brilho âmbar das primeiras luzes do dia refletia em seus olhos, deixando-os mais claros, quase cristalinos. Um sorriso leve brincou nos meus lábios antes de eu virar o rosto de volta para o horizonte.

— Minha mãe estava no Alasca quando conheceu meu pai... ambos eram jovens e apaixonados — minha voz saiu suave, como se cada palavra trouxesse de volta o eco de uma lembrança antiga. Um aperto leve surgiu no meu peito. Será que, se minha mãe soubesse que o amor a faria desistir do seu maior sonho, ela ainda teria escolhido meu pai?

Ele não disse nada de imediato, apenas me observou, como se tentasse ler algo além das palavras. Eu sentia seu olhar, quente e atento, o suficiente para que um arrepio subisse devagar pela minha espinha.

— Ele pediu ela em casamento bem na época da aurora boreal — continuei, soltando o ar lentamente.

Ele inclinou a cabeça para o lado, um sorriso pequeno se formando.

— Bem, pelo menos o seu nome tem um significado bonito... — sua expressão mudou para um falso descontentamento, fazendo um drama exagerado ao recostar os ombros contra a pedra — meus pais adoravam um chef de cozinha e acharam que seria uma ideia genial colocar o nome dele no filho.

Eu soltei uma risada baixa, sentindo a leveza que ele trazia para qualquer momento.

— Então, John é um nome culinário?

— Pois é. Quase fui batizado de Espaguete.

Eu ri de verdade dessa vez, jogando um pouco de água nele, que se defendeu rindo também. Ele balançou a cabeça, soltando gotas para todos os lados, e se inclinou um pouco mais perto de mim. O riso foi se tornando um silêncio confortável, o tipo que não exigia palavras, apenas presenças.

Os primeiros raios de sol tingiam tudo de dourado, o reflexo dançando na superfície da água. Ele me olhava de um jeito diferente agora — um olhar calmo, intenso, como se estivesse vendo algo que não queria desviar os olhos.

Meus dedos brincaram distraidamente com a beira da minha blusa molhada, e ele seguiu o movimento, seus olhos descendo por um instante antes de voltarem aos meus. Sua respiração estava suave, mas eu podia ouvir.

Ele se inclinou devagar, me dando tempo para recuar, se eu quisesse. Mas eu não quis.

O beijo aconteceu no ritmo do amanhecer. Devagar, como os primeiros raios de luz tocando o céu. Suave, como a brisa que nos envolvia. Não havia pressa, não havia urgência — apenas um momento compartilhado, perdido no dourado do sol nascente e no barulho distante da cachoeira.


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