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Medo Bobo

Narradora: Mari

Depois de passar a semana suprimindo minhas emoções, eu finalmente estava permitindo o meu coração bater acelerado.
Permitindo um sorriso grudar no meu rosto e não ter hora para sair.
Estava até permitindo gritinhos sem sentido escaparem pela minha boca a cada 5 minutos.

Era como se uma força invisível apertasse meu peito, forçando uma felicidade a entrar em mim sem prazo para sair.

Era hoje.

Eu finalmente iria ver o Jão.

O avião vai pousar a qualquer instante e o sol não tinha nem nascido ainda.

Eu tinha mandado mensagem para o Pop Yellow (o grupo de dança kpop que eu faço parte, caso você tenha perdido essa informação nos capítulos anteriores) antes de sair da minha cidade explicando que eu não iria poder ir hoje.

Em cima da hora para evitar brigas. E também não dei muitos detalhes. (Eu sei, sou uma pessoa horrível, mas o único jeito de dar a notícia que faltei o ensaio para ir em um show é pessoalmente. Elas tem que sentir toda a minha emoção para entender que foi necessário. Eu acho).

Eu estava torcendo para ninguém perguntar o porquê da minha ausência com a mesma intensidade que eu queria que perguntassem. Eu só queria poder gritar pros sete ventos que eu iria ver o Jão.

Eu. Ver. Jão.

As três palavras mais felizes do meu dicionário no momento.

O avião finalmente pousa e já posso quase sentir a presença do Jão ao meu lado.

Agora estamos só algumas horas de distância.

15 horas e 43 minutos para ser mais exata.

Assim que desco e vejo aquela imensidão que é o aeroporto meu coração aperta.

Eu estava sozinha.

Em uma cidade estranha. Em uma cidade GIGANTE e estranha.

Meu sorriso vacila. Mas só por instante.

Só até eu lembrar do Jão.

Até eu lembrar que meu pai me deu um guia de São Paulo com todas as linhas de ônibus e metrô. Eu estava agarrada nele desde que o avião partiu. Minhas rotas já estavam planejadas e o dinheiro para chegar e voltar do show estavam contadinhos.

Eu consegui até deixar um dinheiro separado para comer antes do show.

Tudo ia dar certo.

Meu sorriso volta com força.

Acho uma mesa vazia e começo a despejar meu material de reatores homogêneos nela. Livros, cadernos, folhas, lápis, post-its, canetas coloridas, canetas marca texto, resumos. Eu olhei para aquela bagunça e fiquei impressionada com a quantidade de coisa que consegui enfiar na minha mochila.

E agora é hora de focar. Ninguém liga se são 4h da manhã. Eu tenho uma final para passar.

Liguei minha playlist no celular e comecei a revisar o cálculo de reatores em batelada (nem preciso dizer que eu e Jão estávamos cantando juntos cada uma das músicas).

Quando já estava amanhecendo e o aeroporto foi ficando cada vez mais cheio começou a tocar um dos meus covers favoritos do Jão: a música Medo bobo da Maiara e Maraísa.

E eu aproveitei para cantar junto com ele a minha versão nerd da música, o que combinava totalmente com o meu momento de estudos:

"E na hora em que eu estudei

Fui melhor do que imaginei

Se eu soubesse tinha estudado antes,

No fundo sempre fui uma boa estudante..."*

Narrador: Jão

Hoje o dia seria corrido, pegamos um vôo bem cedo para São Paulo pois a passagem de palco ia começar bem cedo.

As últimas semanas tinham sido uma sequência maluca de shows por todo o Brasil e tudo o que eu conseguia pensar no momento é que eu precisava de um café.

Eu mal podia acreditar que a minha primeira turnê estava acontecendo. Que tinham pessoas que gostavam de ouvir as minha história. E eu iria agradecer a cada uma delas dando tudo de mim em cada show.

Mas antes, um café.

Fui andando até a primeira cafeteria que avistei. Em uma das mesas uma menina estava estudando, os materiais ocupando a mesa inteira. Uma caneta prendia frouxamente seu cabelo em um coque bagunçado.

Pedi meu café e dei uma segunda olhada para a menina, ela estava totalmente imersa, rabiscando furiosamente em uma folha. Eu quase ri. Era quase irreal pensar que eu tinha largado a faculdade de Publicidade e Propaganda para viver de música. Tinha cantado em tantos bares e karaokês que já tinha perdido as contas.

E aqui estava eu. Quase no fim da minha primeira turnê. Era uma felicidade indescritível que enchia meu peito inteiro. Me enchia de orgulho com a mesma força que me deixava inseguro, com medo de que tudo isso fosse só um sonho e que a qualquer momento eu pudesse acordar e voltar a estaca zero.

- Seu café - a garçonete disse me entregando um copo.

- Obrigado - eu falei enquanto andava até uma mesa.

- E na hora em que eu estudei - a menina dos estudos cantarolava, sem nem perceber que qualquer um ali dentro podia escutar.

- Fui melhor do que imaginei - eu conhecia aquele ritmo, tomei um gole do café, pensativo- Se eu soubesse tinha estudado antes, no fundo sempre fui uma boa estudante.

Me segurei para não cuspir meu café quando percebi que ela tinha feito uma paródia da música da Marília Mendonça. Nunca tinha escutado aquela versão nerd da música. Era hilária.

-João, vem logo, você tem que começar a passagem daqui a pouco se quiser descansar um pouco antes do show - Pedro falou me fazendo esquecer da menina e levantar.

Pedro era um dos meus melhores amigos, parceiro e quem estava comigo desde o começo da minha loucura de ser músico.

Ele olhou para mim e percebeu como eu estava me segurando para não rir.

E então sem nem saber o porque da minha risada, começou a rir comigo.

Fui andando até o Pedro deixando a menina para trás.
Abri o meu sorriso de novo, agora por outra razão. E essa razão estava bem ao meu lado.

*Trecho da música Medo Bobo, Maiara e Maraísa:

"E na hora em que eu te beijei
Foi melhor do que eu imaginei
Se soubesse tinha feito antes
No fundo sempre fomos bons amantes"

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Jão e Pedro, você gosta desse casal?

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