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17 Aprendendo com os experientes


(Calma deixa eu respirar um segundinho. Unf! Pronto. Ai ai é muito personagem para conseguir controlar e pegar todos os focos então... paciência por gentileza. Tipo... 1 eu vou sim mostrar todos, porem acho que é melhor explicar o que esta rolando e diminuir a confusão o quanto antes ai acabo focando mais no passado da turma primeiro. Terminando esta etapa vou pegar pesado no presente, isto é casais e batalhas. )

E assim todos foram embora... Nada tinha saído conforme o planejado.

Ai ai estou falando igual o cebolinha... Mas é verdade, tinha dado tudo errado. Era para eu ter ido ao encontro na escola. Teria resolvido tudo, ninguém precisaria marcar nada de pois e não haveria tantas mortes. Eu teria encontrado com o Do Contra antes e ele poderia ter nos ajudado.

Mas me distrai com o Cascão e tudo aconteceu como aconteceu, tudo por um descuido meu. Agora ninguém confia no Do Contra. Mas também... será que nós podemos mesmo confiar nele?

Volto para casa e minha cabeça fica girando enquanto estou deitada na cama. Nem ouço quando minha ame me chama, ela não sabe de nada; e nunca vai saber.

Fico pensando em tudo o que estava acontecendo, o que aconteceu e o que poderia acontecer. Me lembro do que o Do Contra me disse, sobre nos ajudar e nos ensinar, ele já estava nesta cidade a tanto tempo que poderia ser ótimo... se eu conseguisse confiar nele. Ai! Pobre do Nimbus... ficou arrasado. Também não é por menos, o irmão desaparece por anos para a parecer assim... Não consigo nem imaginar o que se passa na mente dele.

Vi que o cebolinha foi tentar falar com ele de canto, depois pergunto para ele o que conseguiu. Vi a Magali sair com ele de carro, mas o Cascão esta junto então esta tudo bem.

O Cascão... o que foi aquilo? Tudo veio a baixo. Tenho que falar com ele depois. Ele deve ser como eu ter habilidades, e esta na cara que ele não controla nada; ele estava comigo no dia do gaz e pode ter cido isso. Mas isso quer dizer que a Magali e o Cebolinha também tem uma habilidade! Mas a Marina não estava lá... como ela fez aquilo?

Aai! Tudo é tão confuso!

Me levanto e vou ate a casa do Cebolinha. ele podia me ajudar a pensar, e eu também queria perguntar a ele o que consegui com o Do Contra e qual era o seu super poder.

Mas ao sair de casa vejo o Nimbus em um canto a pensar e me sinto obrigada a lhe dar um ombro amigo.

---- Quer ir tomar um sorvete? Sei que nestas horas se toma cerveja mas... ---- tento fazer graça mas me sinto mal por ter tentado, a coisa era seria e eu fazendo graça. ---- Me desculpa. Você quer conversar?

---- Sabe.. Mônica... ---- pela sua postura e seu tom de voz achei que ele fosse me mandar embora e já estava indo, quando ele me segurou e me fez sentar a seu lado em um bando ali próximo. ---- eu não sei o que pensar. O David sempre foi diferente sabe... Vocês ate o apelidaram por conta disso. Mas quando nos mudamos ele piorou muito; dava tanto trabalho a nossa mãe que...

---- Esta tudo bem... ---- Deitei a cabeça dele no meu ombro, eu não queria vê-lo chorar mas naquele momento ele precisava. Tive vergonha por não saber o nome do Do Contra fiquei em silencio.

---- Nossos pais brigavam dês que eu me entendo por gente. Isso já era normal para nos, já nem ligávamos. Na verdade ficávamos apostando quando iriam se divorciar. ----- ele resolve desabafar. Ainda estava no meu colo, admito que fiquei com vergonha de alguém nos ver. Mas depois passou, estava mais preocupada com ele. ---- Quando nos mudamos ele começou a falar em coisas absurdas o tempo todo. Anjos e demônios... nossos pais não acreditaram. Chegamos a levar ele em vários médicos, demos remédio e ate o internamos. Mas ele só piorava... Depois disso ele sumiu. Entrou em contado algumas vezes, mas não dizia coisa com coisa. E depois... desapareceu. ---- ele soluça e engole o choro. Garotos são tão marrentos. ---- me fiseram crer que ele estava louco. Eu fiquei contra ele... depois disseram que ele estava desaparecido. Depois de tantos anos... o deram como morto.

---- Nimbus... esquece isso. Por favor. Sei que é horrível mas... ---- O que eu podia falar? Em que eu poderia ajudar o meu amigo? ---- Não adianta mais. Nos temos que nos concentrar em ajudar ele agora!

---- Mas mônica... Você ouviu o cascao....? O modo que ele pensa não é único. Todos acham a mesma coisa. ---- E foi tudo minha culpa! Se eu tivesse o apoiado e o ajudado...

---- Não vou permitir que você se culpe. O Do Contra sempre foi cabeça dura. Ate mais do que eu! Você nunca iria convence-lo... seja o que for que ouve com ele você só seria arrastado junto.

Eu estava distraída de mais para ver que o Cebolinha se aproximava, mas também não estava fazendo nada de errado. Nós não tínhamos nada e eu só estava confortando um amigo.

---- Ola ola... então você é assim agola? ---- ele se aproximou de mim já a me julgar, arqueava uma das sobrancelhas com malicia e continha uma expressão de ódio e desprezo. ---- Fica de xaveco com qualquel um no meio da lua...

---- Cebolinha se toca! ---- me levantei já o pondo em seu lugar, não estava nem ai para sua fúria; ele não tinha o direito de me julgar. Eu só estava confortando um amigo, mas mesmo que não tivesse, se eu estivesse com ele; não era da conta dele, nos não tínhamos nada.

Mas ele apenas fungou e se virou ainda irritado. Saiu em direção a própria casa.

---- Me desculpa por isso Mônica. ---- o Nimbus se levantou se despedindo de mim. ---- Eu não queria arrumar problemas entre vocês.

---- Entre nós? Mas Nimbos nós não temos nada! ---- eu afirmei como tudo que tinha, mas ele me sorriu atravessado. Como se dissesse "assume que você tem sim".

Mas mesmo com o deboche eu podia ver que ele ainda estava muito abalado e seguia em uma direção oposta a sua casa.

---- Espera aonde você vai? ---- eu o sigo, não podia deixar ele sozinho agora.

---- Andar... Não queria ir para casa agora. ---- ele me afirma sem para de caminhar. E eu o acompanho.

Vamos ate a onde era a padaria do Quinzinho, já esperávamos por encontra-lo destruído ou devastado. Na verdade durante o caminho fomos tentando adivinhar seu estado, sempre chutando o pior que podíamos.

Mas ao chegar o local nos surpreende. Não estava destruído e sim reformado. A entrada meiga com uma vitrine de doces e pães estava repleta de objetos sexuais e armas frias. Tudo em exposição. A grande entrada não tinha seguranças, mas a porta foi reduzida e a vitrine aumentada para caber mais coisas estranhas.

Ficamos ali observando por um tempo e depois caímos na gargalhada. Nenhum de nós tinha adivinhado que aquilo se tornaria um tipo de bar de strip! Rimos muito mesmo, ate que alguém saiu e por poucos segundos pudemos ver lá dentro.

Era escuro, com luzes focadas no palco. Só deu para ver isso, a porta se fechava bem rápido, mas pude sentir que o Nimbus estava louco para entrar e matar a curiosidade. Acho que nossas intenções eram diferentes em entrar ali. Eu só estava curiosa.

Mas entramos. O local tinha as paredes pintadas de preto, mas as luzes vinham das laterais como de o teto fosse um forro que as cobrisse. Tenho que admitir que era muito legal! Haviam varias mesas, e se tratava realmente de uma bar; as pessoas conversavam e não ligavam para as meninas que serviam. Nem mexiam com elas.

No palco tinha uma cantando. Não estava dançando estava cantando. Me impressionei em encontrar um ambiente tão agradável.

---- Eu gatinha! ---- Um cara se levanta da mesa e vem ate mim. Eu já estava pronta para atacar quando ele continua a falar. ---- O chef disse para protegermos vocês. Se não iria acabar com todos nós... São amigos de infância dele não é? ---- foi ai que vi que suas roupas estavam do avesso, no escuro era difícil. ---- Vem senta aqui conosco.

Eu olho para o Nimbus e ele me olha, ficamos em silencio sem saber o que fazer ate que ele volta a nos chamar e nós o seguimos. Na mesa os outros também tinham o mesmo uniforme, apesar de ter varias pessoas de varias gangues dava para ver que eles realmente não se misturavam. Lá era mais um local neutro e de paz.

---- Quais são seus nomes? ---- ele se vira e chama uma das garçonetes e entrega um copo para cada um de nós. Um liquido vermelho e preto muito assustador que nós ficamos a encarar.

---- Eu sou a Mônica e este é o NImbus...

---- Nimbus? Olha gente este é o Nimbus! ---- eu não pude terminar de falar; ele começo a gritar para o restante que se animava tanto quanto ele. ---- Entoa você é o famoso! Hahaha! Conta ae! Como o chef era na infância antes dos poderes?

---- Ele tem algum poder engraçado tipo molhar a cama? ---- outro cara comenta entre risos. Todos pareciam boas pessoas.

---- Anm... Ele era a mesma coisa... eu acho que os poderes não mudaram nada. ---- o Nimbos finalmente para de encarar o copo estranho e se arrisca dar um gole. ---- Só que antes ele forçava e agora o universo em volta dele faz o que lê faz... ---- a expressão dele ao tomar o primeiro gole me deixa curiosa e com vontade de experimentar também.

---- Vocês gostam do Do Contra? ---- me pergunto ainda olhando em volta. Todos me encaravam no começo mas agora voltaram a me ignorar. As serventes me incomodavam um pouco, estavam todas de roupas intimas ou muito insinuantes. Mas ninguém mesmo mexia com elas então eu tentava me segurar. Era difícil ficar à-vontade naquele local.

---- Do Contra? Hahaha ouviram isso rapazes? Olha o apelidinho do chef quando era guri! ----- Eles riram tanto que me senti mal por ter dito. ---- Dês de pequeno o cara já era assim... Da pra imaginar o porque do apelido. Mas se gostamos do chef? O chef é o chefe horas! Nós que escolhemos seguir ele... então sim. Gostamos do chef.

---- Você disse que ele os mandou nos proteger. O que lê dis...?

---- O que ele falou de mim para vocês? ---- novamente sou interrompida, desta vez pelo Nimbos que parecia bem alterado. Olho para ele e já tinha tomado todo o copo. Minha vontade era tirar ele dali imediatamente.

---- Bem... ---- o terceiro indaga pensativo. Ele também notou a alteração de Nimbus. ---- Ele não é de falar muito, ate por que ninguém entende. Só alguns... ---- mas ele pede outro copo e o serve, empurrando para mim o meu para que eu o bebesse logo. ---- Ele contou apenas que tinha um irmão caçula. Mas imaginamos que seria bem mais novo. Vocês tem quanto tempo de diferença? Não são gêmeos mas também não tem um ano.

A pergunta parece que incomoda o Nimbus e ele sai. Peço desculpa e saio atrás dele, o alcançando antes que ele saísse. A musica alta e luzes não escondem seu transtorno.

A verdade é que eu também fiquei curiosa. Para mim eles eram irmãos, eu era uma criança e nunca me importei com estes detalhes bobos. Mas eles sempre foram bem diferentes... fisicamente também.

---- Acho que agora ficou mais na cara não é...? ---- ele se recosta sobre uma parede se põe a beber. Não tinha percebido quando ele tinha pego o copo. ---- Depois que fomos embora... e ele começou a dar tantos problemas... Minha mãe se afastou. Não queria que eu tivesse mais contato com ele... ou com a mãe dele.

(Bem... Pedi ajuda e me deram. *-* te amo por isso! O nome real do DC é Mauricio. Mas é o nome do garoto não do personagem então fui conforme o meu gosto e seu significado: Pus David por que amo este nome e tem o significado de "Preferido" e ele é o meu predileto mesmo. E Cleber pos significa "Habitante no penhasco", que fica de simbolismo de tudo que ele passou. E mantém a sigla)

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