
01 | THINGS WE'D NEVER DO AGAIN
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ANTES MESMO DE ABRIR OS OLHOS, Helena respirou fundo. Aquele momento sensível entre acordar e ainda não começar a pensar no restante do dia sempre lhe trouxe paz - era como a calma marítima do amanhecer antes que os ventos chegassem e, com eles, os movimentos e ondas de caos.
Helena aproveitou enquanto podia, mas seu marido logo começou a se mover ao seu lado, aproximando-se dela e beijando seu ombro descoberto. O cheiro forte de seu perfume chamava muita atenção, tomando todo seu nariz, não sendo ruim, mas forte e que Helena sabia que dominava todo o quarto dos dois. Thomas usava o mesmo perfume há anos, a ponto de ser tão familiar a ela quanto seu próximo reflexo no espelho.
Abrindo os olhos, Helena finalmente se levantou.
⎯ Bom dia, amor. ⎯ A voz rouca de Thomas se fez ouvir enquanto ele se espreguiçava.
⎯ Bom dia, Tom. ⎯ Helena deu-lhe um rápido beijo antes de ir ao banheiro e preparar-se para o restante do dia.
Escolheu atentamente o que iria usar. Pegou seu vestido tubinho branco que ia até os joelhos e realçava suas curvas, enquanto, pelas mangas longas e a falta de decote, ainda satisfazia a imposição de decência que a alta sociedade ordenava. Maquiagem leve para esconder as imperfeições e, finalmente, sua própria rebeldia pessoal que nunca abandonava: o batom Satin Macximal acetinado na cor Brave Red da MAC, um vermelho aberto e brilhante que Helena adorava junto ao contraste de sua pele clara e cabelos escuros. Era um toque de ousadia que se permitia em seu dia a dia, mesmo nas festas e ocasiões mais diurnas, o Brave Red estava sempre pintando seus lábios. Finalizou com saltos baixos e escolheu a gravata de Thomas, uma branca para combinar com a sua.
Esses pequenos detalhes se tornaram grandes, expressavam que eram uma família unida, que eram a perfeita família americana. Não que Helena não amasse sua pequena família, ela adorava seu marido e não havia serzinho mais perfeito que sua filha, mas Helena gostaria de não ter que agir falsamente com tanta frequência quanto a nobreza de Gotham exigia - ela tinha certeza que sua versão adolescente estaria brigando com ela, argumentando que qualquer coisa valia a pena não ter que trabalhar em dois empregos para comer.
Saindo do quarto, foi até a cozinha ver se o café da manhã estava pronto, quando confirmou que tudo estava em ordem, subiu para acordar Adele.
Sua filha de onze anos era a menina de seus olhos, a pessoa mais doce que Helena conhecia - e a pessoa que Helena mais amava. Adele, entretanto, não era uma criança matutina.
Depois de muitos resmungos e gemidos sobre como a cama estava quentinha e o sonho era tão bom. Helena quase cedeu, querendo se enfiar na cama com ela e dormirem juntas e abraçadas pelo resto do dia, mas se recuperou e encarnou seu eu Mãe e acordou de vez a garota, logo indo para o closet e separando um uniforme limpo da Wayne Academy, já deixando tudo pronto para quando Adele saísse do banheiro, pegou até os sapatos - Helena adorava que Adele ainda deixava vesti-la como sua bonequinha viva; antes de sua única xícara de café, Adele mal era funcional, a mãe quase sentia falta de quando ela tinha cinco anos e levantava junto ao sol para pular na cama e acordar os dois de uma vez só.
Quando as duas desceram para o café da manhã, Thomas já estava lá tomando sua própria xícara de café junto com alguma coisa que o chef particular havia elaborado.
⎯ Bom dia, papai. ⎯ Adele beijou a bochecha de Thomas e sentou ao seu lado, já se servindo. Thomas olhou para sua filha e segurou a risada ao ver seu cabelo nada penteado.
⎯ Bom dia, querida. Dormiu bem? ⎯ a garota concordou, enfiando um pedaço de bolo generoso na boca.
Enquanto os dois conversavam, Helena começou a pentear o ninho de pássaros até virar dois rabos de cavalos amarrados em laços perfeitos. Helena, então, foi tomar seu desjejum.
⎯ ... E aí o Jimmy disse que o irmão dele tava saindo de noite e viu uns ladrões tentando roubar essa menina e aí um monstro feito de sombras salvou a menina! ⎯ Helena discursava, tentando mastigar enquanto falava.
Thomas balançou a cabeça, sinalizando estar ouvindo.
⎯ O monstro é tipo um super heroi só que feito de sombras mas que não é malvado, sabe? O monstro de sombras é bonzinho!
⎯ Acho que eu sei de quem você tá falando, Déle. ⎯ Adele arregalou os olhos, encarando Thomas como se ele tivesse dito que iria colonizar a lua.
⎯ Você conhece ele? ⎯ guinchou. Thomas riu
⎯ Não, ⎯ deu-lhe o jornal que estava lendo. ⎯ Mas olha aqui, tão chamando ele de Batman.
Helena riu.
⎯ Esse é um nome estúpido.
⎯ Não vai durar muito, ⎯ Thomas comentou, achando graça em ver Adele colada ao jornal. ⎯ Um cara assim, em Gotham? Dou uma semana, ou ele vai começar a trabalhar para os criminosos ou vai amanhecer morto.
⎯ Pai!
⎯ Pode ser uma mulher, você sabe. ⎯ Helena resmungou. ⎯ Embora apenas homens são burros o suficiente para sair por aí fantasiados.
⎯ Mãe!
Batman tinha sua própria defensora.
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Helena amava seus vestidos de gala, as festas, entretanto, nem tanto. Embora não fizesse muito proveito de seu diploma de sociologia, Helena ainda gostaria de falar mais do que as fofocas mais recentes, quem estava prestes a se divorciar e, principalmente, sobre como estava na hora dela e de Thomas terem mais filhos já que "ela não estava ficando mais jovem".
Adele era o suficiente, obrigada. A gravidez que quase a levou a morte não dando-a nenhuma vontade de repetir os nove meses de absoluto sofrimento, dor e cansaço - o resultado pode ter sido bom, Adele foi uma bebê adorável, sonolenta e cheia de cabelo, mas Helena não queria correr o risco de deixar sua filha sem mãe e seu marido sem esposa por uma criança imaginária.
Infelizmente para a nobreza de Gotham, uma menina teria que ser a herdeira dos Elliots; felizmente para Adele, seu pai a adorava.
Pegando uma taça de champanhe caro, Helena enrolou seu braço no de Thomas, sentindo o cheiro amadeirado de seu perfume de sempre, enquanto escutava algum ex duque falar de como seus charutos importados são feitos com alguma-coisa que ela não conseguia fingir se importar o suficiente - mas teria que fingir, afinal, não estava usando um vestido exclusivo feito todo de seda preta para ser arrogante com seus sensíveis anfitriões.
Thomas, também claramente entediado, pegou dois canapés e estendeu um para sua esposa, que pegou e comeu.
Apenas para engasgar quando Bruce Wayne entrou em seu campo de visão.
Em um smoking all black de três peças, cabelos perfeitamente penteados para trás e com olhos tão azuis quanto ela se lembrava.
Helena parou de respirar, seu coração parou de bater - sua mente parou de funcionar. Helena simplesmente parou.
Por alguns segundos sua visão escureceu, tirando-o do foco e, assim que recuperou-se, ele estava ali, vindo em sua direção.
Ela não poderia enfrentá-lo, não queria enfrentá-lo, vê-lo, escutar sua voz, não quando tinha certeza que ele estava morto e, para Helena, de certa forma Bruce estava, sim, morto. Mas aqui estava ele, vivo, respirando - e tão lindo quando sempre foi.
Bruce estava tão perto que ela poderia sentir seu cheiro - não pensou no fato que seu nariz, mesmo uma década depois, ainda poderia reconhecer seu perfume, longe ou perto. A barba por fazer destacava ainda mais os olhos azuis que sempre brilhavam como estrelas no céu; olhos que passaram muito tempo observando-a, mapeando cada comportamento, gosto e desgosto.
Bruce Wayne estava ali, em sua frente, em carne e osso.
Como se nunca tivesse ido embora. Como se não tivesse quebrado seu coração a um ponto que ela nem sabia se ia se recuperar um dia - Helena se recuperou, entretanto. Helena superou e construiu uma vida inteira que não o tinha, em que sua presença não possuía mais nenhuma influência em seus dias; Helena tinha sua família e Bruce não fazia parte dela.
Seu coração acelerado apenas tinha que se lembrar disso.
Thomas o viu e, semelhante a ela, congelou. Os ombros de seu marido ficaram tensos, Helena reconheceu um fio de choque e mágoa; não só pelo que Bruce significava para Helena, mas pelo que ele significava para si mesmo: o melhor amigo que não se dignou a uma despedida antes de sumir no ar como se todas as pessoas que o amavam não significavam nada, todas as pessoas em sua vida não sendo dignas de uma carta, uma mensagem de meia palavra. Thomas, mesmo não demonstrando e precisando ser forte por Helena e Adele, teve seu coração tão quebrado quanto ela.
Bruce foi seu único amigo, foi aquele que esteve ao seu lado quando seu pai faleceu e sua mãe não se recuperava do coma. Foi com quem passou noites e madrugadas acordados para estudar para as provas infernais da Gotham Academy - Bruce era o irmão que Thomas nunca teve, que Thomas nunca quis, mas teve mesmo assim e que abandonou-o; Helena nunca pensou que o menino que foi sua primeira paixão poderia ser tão cruel.
Thomas, entretanto, era um homem de negócios que enfrenta tubarões todos os dias, um velho conhecido não iria o abalar, Helena usou-o como uma muleta, no que ela não se sentia preparada, tamanha surpresa, para enfrentá-lo, Thomas estava pronto como sempre estaria.
⎯ Bruce Wayne, quanto tempo! ⎯ Thomas cumprimentou quando Bruce chegou perto o suficiente para que não pudesse ser ignorado. ⎯ Por onde andou?
Bruce Wayne sorriu, não aquele que ele dirigia a ela, não aquele que Helena achava ser seu sorriso verdadeiro, Bruce sorriu como Thomas sorria nas galas. Mas ela não conhecia Bruce, conhecia? Nunca o conheceu para além do que ele queria que ela soubesse e o que, na verdade, era isso? Eles nem eram mais adolescentes, doze anos haviam se passado, se Helena não o conhecia antes, o que ela sabia sobre seus sorrisos doze anos depois, uma vida depois.
⎯ Você sabe, ⎯ bebericou um gole do copo de champanhe que estava em uma de suas mãos, sua outra ocupada rodeando uma garota jovem demais para ser esposa troféu para alguém. ⎯ Viena por um tempo, depois Marrocos... ⎯ Fez uma expressão de dúvida, olhando para o teto. ⎯ Acho que passei umas semanas na Irlanda e em Roma, fui à Grécia, amo arte e recomendo demais, é tudo lindo! Vocês sabiam que gravaram Mamma Mia na ilha de Skopelos? Lindo, lindo!
Helena piscou. Não era isso que ela esperava. Ficou calada escutando as mulheres de meia idade em sua volta comentarem e questionarem sobre suas viagens, adorando seu charme natural, se re-apaixonando pelo herdeiro único de uma das famílias mais nobres e amadas a cada palavra, a cada história perfeitamente escandalosa e apenas no limite do que poderia ser dito.
Mas era tudo uma mentira. Ao menos isso Helena ainda poderia dizer - ela sempre soube quando Bruce mentia, quando Bruce fantasiava a verdade para encantar as pessoas em sua volta.
Então Bruce olhou para ela. Olhos azuis brilhantes que ela uma vez amou estavam ali novamente, com o mesmo calor que ela um dia amor e, por um longo segundo, Helena viu a máscara dele cair - eram, novamente, por um momento, dois adolescentes. Por um momento parecia que os doze anos não haviam acontecido. Sua mente e coração inundados por sentimentos que não deveriam estar ali, mais do que isso, que não deveriam existir - mas que, mesmo manchados de dor, abandono e traição, ainda existiam. Apenas por um momento.
⎯ Helena... ⎯ Sussurrou, com mais sentimentos acumulados em uma palavra do que poderia negar. Mas, provando ser, de fato, alguém criado para a sociedade gothamita, recuperou-se rapidamente. ⎯ Elliot, eu presumo. Essa é uma grande joia em seu dedo.
Pegou a mão esquerda de Helena, como se tivesse algum direito de tocá-la, e olhou atentamente o anel de noivado e a aliança grossa dourada que ornava seu dedo anelar.
⎯ Sempre achei que você gostasse mais de ouro branco, Helena. ⎯ Bruce disse seu nome novamente, quase como uma oração; mas seu tom... Seu tom era de quase deboche, todos que escutaram suas palavras compreendiam o que Bruce realmente queria dizer, oculto entre uma frase tão simples: Eu conheço sua esposa melhor do que você, Thomas.
Helena, engolindo tudo que se engasgava em sua garganta, era a perfeita imitação de uma estátua, sua raiva, mágoa e rancor perfeitamente maquiados, apenas sendo a esposa troféu perfeitamente educada e comportada. Bruce Wayne não era o único que poderia mentir
⎯ Bom, ⎯ riu, como se estivesse envergonhada. ⎯ Depois de uma década as pessoas amadurecem... ⎯ Olhou para a mulher em seus braços. ⎯ Algumas pessoas, ao menos. O dourado combina melhor comigo, não acha, querido?
Thomas riu, olhando para Helena como apenas um marido apaixonado olharia.
⎯ Tudo que você usa combina com você, meu amor. ⎯ Thomas respondeu, com carinho genuíno nos olhos verdes. As mulheres em volta suspiraram apaixonadas.
⎯ Isso, ⎯ Bruce interrompeu, chamando novamente a atenção para si. ⎯ Não posso discordar, Helena sempre foi uma das mulheres mais lindas que conheci. ⎯ Bebericou novamente o champanhe, que ainda estava completamente cheio. ⎯ Perdendo apenas, claro, para a beleza clássica de minha mãe.
As pessoas em volta deram-lhe suas condolências, lamentando a perda horrível e violenta dos pais de Bruce, contando-lhe histórias superficiais de como o casal era e de suas almas gentis.
Thomas, vendo que não estavam mais nos holofotes, colocou o braço ao redor da cintura de Helena e a puxou, se afastando da roda que se formava ao redor de Bruce Wayne. Quando estava longo o suficiente, Thomas se inclinou para sussurrar em seu ouvido.
⎯ Você sabia que ele estava de volta? ⎯ Thomas soou com raiva.
⎯ Claro que não! ⎯ Respondeu, Thomas bufou.
⎯ Que timming horrível, ⎯ reclamou ele, passando a mão e bagunçando o cabelo perfeitamente arrumado.
⎯ Como assim?
⎯ A Companhia Elliot estava negociando com o tio de Bruce sobre comprar as Indústrias Wayne, ⎯ contou, a voz tão baixa que Helena quase não escutou. ⎯ Faz alguns anos que as Indústrias Wayne estão com as ações caindo cada vez mais e quando eles abriram capital não fez muita coisa para ajudar... E suspender todos os programas filantropos também não fez nada para a imagem deles.
⎯ E agora, com Bruce de volta? ⎯ Helena questionou, já sabendo superficialmente sobre o declínio do legado dos Wayne depois da ida de Bruce.
⎯ Ele ainda detém mais da metade das ações, e com ele de volta, Phillip agora precisa da assinatura dele para fazer qualquer coisa.
Helena arregalou os olhos: ⎯ Ele não é oficialmente o CEO.
Thomas concordou.
⎯ Ele nunca se preocupou em fazer uma votação oficial. ⎯ O homem parecia frustrado, meses de trabalho jogado no lixo; Bruce Wayne, novamente, estragando sua vida.
Antes que Helena pudesse consolar seu marido, uma voz rouca de anos de cigarro os interrompeu.
⎯ Thomas Elliot, meu amigo! ⎯ Carmine Falcone estava a seu lado, não hesitando-o para abraçar o homem, logo virando-se para Helena e colocando as duas mãos em seu rosto e beijando cada uma de suas bochechas. ⎯ Helena, querida, linda como sempre!
⎯ Senhor Falcone, como anda Sophia e Mario? ⎯ Helena perguntou, não vendo os filhos dele o acompanhando. ⎯ Adele estava animada com a possibilidade de encontrar Mario hoje.
Carmine sorriu, sempre amando falar de seus filhos.
⎯ Acho que assim que Mario viu Adele perto da fonte de chocolate, ele saiu correndo como louco. ⎯ Olho ao seu redor. ⎯ Sophia... Deve estar por aí, fugindo de pretendentes que insistem em ir atrás dela.
⎯ Como se ela fosse gostar de algum desses homens que tem as mãos mais macias que as dela. ⎯ Thomas comentou, fazendo Carmine gargalhar. Os filhos eram sempre tópicos seguros com o temperamento volátil do homem.
Depois de mais algumas trocas de formalidades, Carmine e Thomas começaram a falar de negócios, o Falcone havia começado a investir nas Companhias Elliot e algumas empresas parceiras, o homem e seu marido tendo se aproximado consideravelmente nos último meses, principalmente depois que Mario, seu filho caçula de onze anos, e Adele haviam se aproximado e tornando-se melhores amigos em segundos - o menino até indo para noites do pijamas várias vezes por semana de tanto que ambos pediam para brincarem juntos.
Helena logo desassociou da conversa, se entediando rapidamente. Para a tristeza de seu marido, ela nunca conseguiu nem fingir que se interessava por negócios e acordos e... O quer que seja que Thomas fazia diariamente quando ia para a sala que ela havia decorado no vigésimo segundo andar do prédio.
Depois de falar com as pessoas que Thomas que falar, puxar saco de quem tinha que puxar, eles finalmente chegaram em casa - Adele completamente exausta sendo carregada pelo pai até o quarto, o sono tão pesado que a menina não acordou o caminho todo, nem ao ser posta na cama macia.
Thomas estava tenso, embora. Retirando a gravata e o terno em silêncio, palavras e perguntas não ditas flutuando entre os dois, perguntas venenosas e que eram forjadas em uma insegurança que apesar de sempre ter existido, nunca havia surgido, afinal, ele estava longe.
⎯ Nada vai mudar, Tom. ⎯ Helena se aproximou e abraçou-o pelas costas recém nuas, beijando seu ombro.
⎯ Tudo já mudou, Helena. ⎯ Sussurrou de volta, trazendo suas mãos e beijando cada uma delas.
⎯ Não o que eu sinto por você. ⎯ Helena reforçou. ⎯ Nunca o que eu sinto por você.
Thomas virou e a beijou.
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𝟬𝟭 ─── bem vindos ao primeiro capítulo da série LIMERENCE!
𝟬𝟮 ─── explicando: Limerence vai ser uma série de shortfics com foco na Helena e no Bruce! Não segue nenhum filme e/ou HQ, mas vai terá um pouco de inspiração em Ano Um e Ano Zero, já que eu amei esse Q de como o Bruce se tornou quem é: como ele aprendeu a lidar com os policiais corruptos? como ele aprendeu que combater o crime de noite não era o suficiente? será uma série focada tanto nesse aperfeiçoamento dele enquanto Batman quanto na origem de alguns vilões clássicos!
𝟬𝟯 ─── espero muito que gostem, em contrapartida com essa fic também estarei postando mais duas do Bruce: Dream a Little Dream, já publicada no meu perfil, e you and me (forevermore) que pertence a uma collab e que será postada no domingo dia 02!
𝟬𝟰 ─── não deixem de comentar sobre o que vocês acharam desse primeiro capítulo e votar!
01.02.2025
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