‹⟨ Part 2: A Grande Escuridão ⟩›
🚨Aviso🚨
Este capítulo possue uma cena com tentativa de suicídio, caso não se sinta confortável com o tema, sugiro que pule a parte em específico (que será sinalizada do seu início e fim com um 🚨Alerta🚨) ou pule o capítulo.
Um mês depois
Metrópolis, 10:30AM
Nos céus, um pássaro de ferro habitual, transportando passageiros, chega nos domínios de Metrópolis. Uma dessas passageiras, é a prestigiada repórter Lois Lane, que aguarda a chegada no aeroporto. Ela verifica o horário em seu relógio de pulso. Com um suspiro, se encosta na janela, admirando a grande cidade.
A grande cidade azul, com o sol brilhante, muito diferente de sua irmã, Gotham. Mas não se engane, aqui, não é o paraíso que te contam.
De surpresa, cinco passageiros se erguem de seus bancos, retirando metralhadoras de suas malas. Todos os passageiros gritam se assustando e Lois igualmente se assusta, se encolhendo um pouco no banco.
—TODO MUNDO PARADO!! NINGUÉM SE MEXE!!—diz um dos homens. Eles vestem máscara cobrindo seus rostos, segurando firmemente suas armas.
Um dos passageiros se arrisca em levantar, com as mãos para o alto, com a respiração elevada.
—ei, cara, por favor...aaahh!!!—um dos homens dispara contra o homem. Seu corpo caí morto no piso do avião. Mais gritos de passageiros.
—achei que eu tinha dito para ninguém se mexer—todos ficam paralisados—não se preocupem, senhores passageiros. Só queremos causar um grande evento. Os EUA são uma força que acha que não pode ser parada... Somos americanos também... Mas cansamos de ser... Vocês faram parte da história junto conosco... Já estamos mandando mensagens para a torre, e estamos indo para a nossa próxima parada... O Planeta Diário. Quantas surpresas, não?—sorri—agora, todos ficarão bem... Mortos hahah—o olhar do homem passa pelos passageiros, encontrando Lois—ah, você é Lois Lane, certo?—o homem se aproxima dela—a mulher que o azulão sempre salva, né?—um sorriso percorre os lábios da mulher.
—isso... Quer um autógrafo?—o homem se irrita e aponta sua arma para seu rosto.
Com grande surpresa, a estrutura do avião treme e se mexe, derrubando o homem.
—o que foi isso?!!—grita para os outros. Um deles atravessa a cabine do piloto.
—algo está movendo o avião! Está nos desviando da rota!
—o quê?!—se levanta indo para a cabine do piloto. Ele vê somente a imagem pelo vidro, com a vista mudando conforme os movimentos do avião—bosta, é ele!—volta para os passageiros—peguem alguns deles, usem!—seus homens agarram alguns reféns. O olhar do homem caí sobre Lois—você!—a agarra, a prendendo em seu braço, com a arma apontada para sua cabeça.
O avião para de se mover, eles pousaram... Todos ficam quietos, nenhuma das pessoas fala, nenhum deles ousa soltar uma palavra... Suor escorre pelos corpos dos criminosos.
Um vulto azul e vermelho começa a atravessar as paredes do veículo, os capangas são todos levados, um a um, sobrando somente o líder com Lois.
O teto se abre e dele, Superman pousa em frente a eles, com a cabeça baixa e sua capa vermelha estendida.
—não mexa um músculo, ou eu mato ela!!—o herói em sua frente ergue o rosto, com o semblante sério, olhando Lois nos olhos. Um fino sorriso surge nós lábios dos dois, dois sorrisos cúmplices.
Antes, a mulher agarrada ao braço que a prendia, o solta, acenando levemente para Kal. E na velocidade de um raio, parte para cima do criminoso, o levando para fora. Ele nem teve tempo de pensar.
🚨Alerta🚨
As câmeras apontam para o alto, a polícia se faz presente. Uma multidão se ajunta no chão, olhando o topo do grande prédio. Alguns cochicham, outros cobrem a boca com a mão apavorados. Todos olham para a menina de cabelos curtos pretos, de olhos da mesma cor e pele pálida, com um estilo gótico, em cima do prédio, em seu topo, ameaçando pular, para encontrar um fim, afim de aliviar sua dor...
Lágrimas correm pelas suas bochechas, suas mãos tremem juntas uma da outra. Ela mantém os olhos fechados, mordendo os dentes, com a coragem que tem, ela da um passo para a ponta. O vento forte mexe seus cabelos. Ela respira fundo. As pessoas de baixo gritam, pedem, imploram para que ela não faça.
A menina sente uma presença surgir atrás de sim, uma presença que a trás conforto... Uma mão pousa em seu ombro, e esse simples gesto, a faz se sentir bem, de alguém ali, com ela, alguém que com um simples toque de ombro, demonstrou mais empatia a ela, do que qualquer outra pessoa que passara pela sua vida.
—eu sei... Eu sei como é difícil essa luta... De querer desistir, acordar todo dia e se perguntar o por que, por que disso? Parece mais fácil, parece que tudo vai passar com isso.... Eu sei.... Mas não desista. Eu estou aqui com você e me importo com você, de verdade... Não perca as esperanças...
As vezes, são somente essas poucas palavras que esperamos ouvir de uma pessoa, mesmo um estranho, mesmo alguém que nunca se quer imaginamos que se importaria conosco....
A menina se vira, vendo um sorriso doce e amigável no rosto daquele homem de traje azul e olhos da mesma cor, só que claros, carregando um 'S' no peito e de capa vermelha.... Sem pensar, ela rapidamente o abraça, com toda sua força possível, buscando um refúgio para si, enquanto se derrama em lágrimas e chega a conclusão de que tem alguém com ela ali, nesse momento difícil, de que ela não está sozinha... Em seguida, Kal-El a abraça carinhosamente, sentindo que ele também recebeu algo bom naquele momento, que ele também sentiu que havia alguém com ele naquele único momento e simples gesto...
—obrigada...!
🚨Alerta🚨
POV Clark
Entro numa cabine telefônica, usando minha velocidade para me trocar. Coloco meu traje de civil e os óculos. Me encaminho para o Planeta Diário. Subindo pelo elevador, vou para os escritórios, indo até minha mesa.
—até que enfim, Kent—Perry logo chega, com seu humor de sempre—quero que fique com manchete hoje. 'O povo julga Deus'—escrevo o que ele quer em papel—quero para amanhã, ouviu?
—s-sim, sim, senhor—gaguejo acenando.
Volto minha atenção para o computador, puxando um papel da minha mesa. Sem perceber, acabo derrubando minha caneta. Quando me abaixo para pega-la, uma mão o faz antes de mim. Ergo minha visão vendo o sorriso mais lindo que ilumina a minha vida, junto de seus belos cabelos ruivos e olhos impecáveis.
—desastrado demais, Smallville—ri me devolvendo o objeto—não precisa ser o bobão sempre.
—mas eu sou assim—coloco minha caneta de volta a mesa.
Ela sorri. Seu olhar vai para minha mesa, observando as palavras escritas no papel que anotei. Logo ela o pega. Seus olhos percorre as letras.
—Parry e as manchetes dele—bufa jogando o papel em minha mesa. Abaixo o olhar e depois o volto para ele—olha, não liga pra o que as pessoas dizem ou pensam. Você faz muito por esse mundo—se baixa pondo as mãos sobre os meus joelhos—há pessoas como essas, mas também há pessoas que o admiram. Ok? Pensa nessas pessoas—sorrio assim que sua mão pousa em meu rosto.
—prometo-seguro delicadamente sua palma, depositando um beijo—o que seria de mim sem você?
—provavelmente estaria perdido—acabamos rindo. Ela se levanta—mas e aí—abaixa um pouco o tom de voz, para ninguém ouvir—já pensou no que aquele cara te propôs?—suspiro.
—já faz tempo, Lois... Ainda estou pesando. Um grupo pra salvar o mundo... É uma coisa que não se pode aceitar sem pensar—digo voltando a atenção para meu computador. Ela se apoia sobre minha cabine, com um sorriso.
—sei que irá tomar uma boa decisão, Smallville—solta uma piscadela e então se vai pelo corredor.
Suspiro... Depois que me mostrei ao mundo, de início, vi pessoas que me apoiaram, que se sentiram bem comigo, mas depois de um tempo, me deparei com pessoas que me julgam, acham que um Alienígena não devia estar aqui... Se não fosse Lois me dando forças para enfrentar tudo isso, eu não sei o que seria de mim.
POV Bruce
Cavalgo com o cavalo, sobre as pedras cinzas e geladas, com a neve caindo sobre as geleiras formadas e a montanha que estou.
Chego a beira de um penhasco. Desço do animal, caminhando até a ponta. Retiro a toca do meu casaco groso e os óculos que me protegem do vento forte. Retiro o pano que protege minha boca, deixando minha barba crescida livre.
Encaro a vila abaixo, uma pequena vila com poucos moradores, dedicados a comercialização de peixes, é a forma de sobreviverem. Mas há icebergs no porto, o navio não aparece a semanas. Ele está aqui.
Desço o penhasco, passando por arcos de madeira que formam um "A". O moradores me encaram e observam curiosos. Deve ser raro um forasteiro em duas terras.
—Wayne... Brrruce Wayne... Helikoptre har blitt lam av stormen i seks dager. Hvor kom han fra? (Os helicópteros estão paralisados pela tempestade por seis dias. De onde ele veio?)
O homem de cabelos longos, com as pontas loiras, de barba que veste uma grande roupa para se proteger do frio, conversa com o líder da vila. O líder fica sentado em uma cadeira, em frente a uma janela, segurando o cartão que lhe entreguei.
—Han sa at han besteg fjellet (ele disse que escalou a montanha)—o de cabelos compridos fala.
—umulig (impossível)—responde—tale—o homem de cabelo de cabelos compridos se vira.
—fala—traduz.
—eu venho de muito longe...—começo—... Venho em busca de um homem, que vem no mar auto, trazendo peixes quando o povo está com fome—encaro o lider da vila. Meu olhos se movem encarando o homem de cabelos compridos—foi ontem a noite—ele mantém o semblante sério.
—icebergs no porto, não vemos o navio há quatro meses—responde.
—esse homem não vem de navios—ele ri e vira o rosto sobre o ombro.
—han leter etter en magisk mann, som dreper folks sult med fisk (ele procura um homem mágico, que mata a fome das pessoas com peixes)
—hahahahahhhahhh!!—todos riem-homem mágico?—o líder fala, com um sotaque—acha que somos burros? Saia daqui, e não volte mais, forasteiro.
—me desculpe—digo calmo—mas não vou, não até eu falar com esse homem. Dou 25 mil dólares para falar com ele, lá fora, nesse momento—o grande homem caminha até ficar cara a cara comigo. Não me deixo abalar.
—ele disse para ir embora—diz agressivo.
—og jeg sa nei (e eu disse 'não')—seus grandes braços me agarram pelo casaco e me ergue no ar, girando meu corpo e batendo minhas costas na parede—ahhrg!—retiro um maço de dinheiro do bolso. Seus olhos rapidamente vão de encontro com os dólares e suas mãos se desprendem de mim, me encarando. Uma criança logo pega o dinheiro de minhas mãos e entrega para o líder da vila—Arthur Curry... Conhecido como o protetor dos oceanos... O Aquaman—solto um sorriso pelo canto dos lábios.
—você se veste de morcego? Tipo, morcego de verdade? —caminhamos pela vila, próximos da água, com grande parte congelada.
—funcionou por 9 anos em Gotham.
—coisa de doido.
—é... Muitos me chamam disso.
—e estão certo.
—hum—chegamos ao lado de rochas, pertos da água—então, irá lutar ao nosso lado?—ele sorri.
—hm, não. Já tenho meus problemas, não preciso me envolver com malucos como vocês. E são só você e essa mulher nessa parada.
—por enquanto. Estamos atrás de outros, eu estou.
—dois malucos.
—ou dois preocupados... Há um inimigo vindo, de muito longe. Precisaremos de todos, guerreiros para formar uma aliança. Lembra da invasão em Metrópolis? É algo muito pior que está por vir.
—sinto muito, Batman—começa a se despir, ficando somente de calças com suas tatuagens amostra—tenho meus problemas, como disse. E também não gostei de você vir se meter nas minhas coisas.
—eu sei das histórias. Nos ajude—peço. Ele entra na água, com ela batendo em sua coxa.
—não... Não é a minha responsabilidade, não essa.
Se lança para trás, mergulhando nas águas, indo embora, como um míssil. Me viro passando pelas pessoas que se aproximaram, seguindo montanha acima.
POV Narrador
França, París
A vã de coloração preta atravessa a grande ponte, seguindo pela rua envolvida por prédios com arquiteturas elegantes e antigas. O veículo estaciona em frente a um museu. Homens de terno pulam para fora, com armas de grande calibre. Um homem elegante com chapéu e sobretudo preto surge também, carregando consigo uma maleta. Eles atravessam a rua, atirando contra o segurança. Escondem se corpo.
Quando invadem o museu, disparam para o auto e matam o resto dos seguranças, assustando os visitantes, que em em específico, são uma turma de meninas de escola, acompanhadas pela professora.
—TODO MUNDO SUBINDO, VAI, VAI, VAI!!
As fazem subir as escadas, indo para uma sala com grande vidraça.
—todos na parede e fiquem quietos!—o líder aponta a arma com silenciador. Ele deposita a maleta em cima de uma mesa e agarra o telefone fixo, discando um número. Ele é atendido—eu sei que estão aí fora. Se mexerem uma palha, todas elas morrem. Não me teste, capitão—desliga o aparelho.
Caminha até a janela, acenando para a armada de policiais e atiradores que se formou do lado de fora. O capitão de polícia que observa se aproxima do comandante dos atiradores.
—não dá pra atirar. Há uma turma de escola fazendo um passeio lá. Já foi confirmado. Estamos de mãos atadas.
No alto do prédio, ao lado de um estátua que representa a justiça, está ela, a guerreira com sua força e destreza.
Diana observa a movimentação abaixo.
No salão, um dos criminosos vigia o local. De surpresa, ele é preso pelo laço da verdade e puxado para cima, sendo segurado somente por uma das mão de Diana.
—quem são vocês?!—o homem olha confuso, não entendendo a sensação que o laço lhe causa—o laço de Hestia o obriga a revelar a verdade. Quem são vocês?—refaz a pergunta.
—um grupo de terroristas que quer levar a Europa de volta para as trevas. Acreditamos...
—patético—o corta, revirando os olhos—por que os reféns?
—hah, estamos mentido. Todos vão morrer aqui, ninguém será salvo. Todos irão... Junto com os próximos quatro quarteirões—ela mantém o olhar firme.
Na sala dos terroristas, onde estão sendo mantidos os reféns, o homem abre a maleta, revelando uma bomba. Os homens, mulheres e crianças reféns se assustam e gritam.
—CALEM A BOCA!!!—grita um dos terroristas.
Apertando um botão, ele ativa a bomba. 30 segundos.
A porta de entrada estoura e dela surge a Mulher Maravilha, com o semblante sério e punhos serrados. Os criminosos se assustam mas logo disparam. Ela desvia da primeira bala.
Diana desvia das balas e parte para cima do primeiro. Lança seu corpo contra a parede. Corre como um míssil até o segundo, quebrando seu braço e lhe dando um peteleco que o lança para longe. Ela chuta outro, o corpo dele atinge outros dois e eles batem contra o concreto como bonecos de pano.
Um deles descarrega sua metralhadora, mas em velocidade, ela bloqueia todas as balas com seus braceletes. Ele é atingido por uma rasteira e logo um soco que o lança contra o teto, quando ele caí, recebe um chute que o joga para frente. Outro tenta lutar, mas é atingido com um soco nas costelas. Seu corpo voa na direção dos reféns. A Amazona é rápida em agarrar o corpo do homem e lança-lo para o outro lado da sala. Ela logo vê a bomba. 10 segundos. Com sua velocidade vai até ela, fecha a maleta e voa pelo teto o atravessando, chegando no céu. Com sua força, lança o objeto para o alto, o mais longe possível. 5, 4, 3, 2, 1... Explode, em uma grande bola de fogo.
O terrorista líder foi o único que sobrou. Ele agarra a metralhadora de um dos seus homens mortos e aponta para os reféns.
—faremos isso a moda antiga.
Ele dispara o primeiro tiro. Diana atravessa o teto, impedindo da bala completar seu percurso com seu bracelete.
Ela encara o homem. Outro disparo, mais uma defesa. Ela consegue ver a bala viajar em câmera lenta. Ele começa a disparar contra todos, Diana corre defendendo os inocentes com seus braceletes e o metal de suas botas. Sendo veloz e eficaz, afastando os corpos de alguns dos projéteis. Ela para, quando o homem fica sem munição. Sua expressão é de espanto, nunca viu nada igual.
—eu não acredito. Quem é você?
—alguém que acredita.
Se prepara para recarregar, mas a Amazona é rápida e bate seus braceletes, causando uma grande explosão de energia, não tão grande, controlada, mas o suficiente.
Isso destrói a parede do prédio com as vidraças, assustando os policiais.
Se assegurando que não há mais ameaça, se vira para as pessoas, assumindo uma expressão serena e com um sorriso amigável.
—todo mundo bem? Hã? Tudo mundo ok?—os ajuda a levantar, mas uma menina não levanta. Diana se abaixa em sua frente—tudo bem, princesa?
—tudo...—a menina parece se questionar por um momento, indagando algo—... Um dia... Eu posso ser que nem você?—Mulher Maravilha sorri e ajuda a menina a se erguer.
—você pode ser o que você quiser ser.
Themycera,
Ilha Paraíso
A rainha Hipólita é acompanhada pela sua guarda real e adentra o templo antigo, com as guardas de lanças a acompanhando. Há mulheres fortes com grande martelos que guardam os portões.
Hipólita chega no centro, com várias Amazonas armadas com arcos apontados para a caixa que vibra com sons soando. Din, Din, Din...
—alguma mudança hoje?—a rainha pergunta somente virando o rosto por cima do ombro.
—não, minha rainha—Phillippus responde.
—a caixa materna despertou, mas nada aconteceu—Menalippe completa.
De repente, a caixa em questão se desliga, com sua luz interior se apagando. Hipólita encara suspeita.
—talvez tenha voltado a dormir...—a mulher loira se vira para Philippus, logo após seu comentário.
—o mal não dorme, ele espera—responde firme.
Logo, a caixa volta a se acender, muito mais agressiva, emitindo sons mais intensos e fortes. Hipólita se vira, retirando sua espada da bainha.
—PREPARAR PARA A BATALHA!!
—HUUAH!!-—todas as Amazonas firmam seus joelhos.
—amazonas, preparem-se!!!—Menalippe grita.
A Caixa materna atinge seu pico, abrindo um portal, um tubo de explosão de coloração azul, vindo na vertical. O impulso lança as guerreiras para longe. De longe, na cidadela, é possível avistar as nuvens pretas e carregadas de onde o portal surge. Um grupo de Amazonas cavalga pelo gigantesco campo aberto correndo até o templo.
Hipólita se levanta junto de suas irmãs. Elas observam o portal aberto, preparadas para qualquer coisa.
De dentro do Tubo, surge os insetos voadores, Parademônios, gritando com seus dentes afiados, voando ao redor da caixa, aguardando, esperando... Menalippe vaga os olhos pelos monstros.
Algo está vindo... Os Parademônios gritam e agitam suas armas conforme se aproxima. De dentro do portal, caí uma criatura de joelhos dobrados, vestindo uma armadura prateada, com espinhos metálicos.
A armadura faz movimentos como se tivesse vida própria. O grande monstro se levanta, com chifres semelhantes a bigorna. Ele carrega como arma um enorme machado.
—Lobo da Estepe...—Phillipus sussurra.
—defensoras...—o monstro começa a falar, com uma voz grossa e arranhada—... Já perderam em centenas e milhares de mundos. Sempre perdem—observa rodas as guerreiras presentes enquanto suas palavras sem pela sua boca, com uma fileira de dentes pontudos.
—EU VIM ILUMINAR TODOS COM A GRANDE ESCURIDÃO!! Vou me banhar, no seu medo!—encara a rainha das Amazonas.
—FILHAS DE THEMYCERA!!!—a rainha grita para todas suas irmãs presentes. Seu olhar firme e impiedoso encara o inimigo—MOSTREM À ELE O SEU MEDO!!!
—NÓS NÃO TEMOS MEDO!!—todas gritam unidas.
Uma flecha é disparada e atinge um dos insetos. Foi o estopim para a batalha. Os monstros atacam com tiros de plasmas vermelhos. O tubo de explosão se fecha enquanto a batalha ocorre. Um dos insetos ataca a rainha mas ela é rápida em parti-lo ao meio, jorrando sangue.
As guerreiras atiram suas flechas e o lado do inimigo sofre baixas, em contra partida, Amazonas são atingidas pelos tiros e suas vidas são perdidas.
Hipólita decapita um dos monstros e se vira para Menalippe.
—reúna as legiões!!!
—você tem que fechar a jaula!!
—vão!!!—da a ordem desesperada.
—Venelia e Phillippus vamos!!! Comigo!!!—elas a acompanham para fora.
Lobo da Estepe avança até a caixa. Amazonas tentam ir para cima, mas são partidas ao meio pelo seu machado. Ele agarra pela cabeça uma das guerreiras e a bate contra o chão, como um pedaço de pano, a joga no ar, dividindo seu corpo em dois com o machado.
Uma Amazona core saltando, pulando em cima do inimigo. Ele a agarra e a lança para o chão.
Várias Amazonas correm até o Lobo da Estepe, montando em cima dele e ao seu redor, o atrasando. Luta contra elas, as arremessando para os lados.
O grande monstro estende sua mão na direção da caixa materna, mas ela é puxado pelo laço de Hipólita.
—nãããooo!! Ahhh!!—começa a matar as guerreiras ao seu redor.
Hipólita salta pela parede matando um dos Parademônios. Ela corre até uma irmã caída, ferida.
—Hírpione!
—ahh!—geme de dor pelo ferimento em seu peito—vá! Nos respeite!—a rainha acena.
Se levanta e corre pelo corredor de saída.
—FECHEM OS PORTÕES!!—as Amazonas agarram seus martelos pesados.
Uma Amazona corre junto de sua rainha mas um Parademônio a derruba. Hipólita se vira e crava sua espada pelas costas do monstro, o derrubando. A aliada volta a correr para a saída.
—fechem agora!!—Hípolita dá a ordem.
As Amazonas começam a destruir as toras de madeiras que seguram as portas de pedras maciças.
O monstro segura em seu pé, a impedindo de continuar. Ela o mata com a espada e corre desesperadamente. Passando por uma porta que é fechada, outra, e a última... Não irá dar tempo. As duas Amazonas seguram a porta sobre seus ombros, com toda a força que possuem, gritando com o peso sobre seus ombros.
Hipólita corre, deslizando pelo chão, passando pelo pouco espaço antes da porta se fechar. Ela observa o templo tremer e rochas desabarem. Sem tempo, corre até o grupo de Amazonas. Logo, o templo começa a desmoronar, junto do chão, caindo do penhasco, batendo contra as rochas e sendo engolido pelas águas agressivas.
Hipólita entrega a Caixa Materna para sua irmã montada no cavalo.
—protejam com as suas vidas!
—sim, minha rainha!—o grupo junto da guarda real corre com seus cavalos pelo campo, indo para o mais longe possível.
A rainha das Amazonas se vira para o penhasco, retirando seu elmo, em respeito as vidas de suas irmãs perdidas.
A Amazona que foi salva por Hipólita, surge com dois cavalos, mas fica em silêncio, com respeito.
De surpresa, Lobo da Estepe pula das águas, junto de seus Parademônios. Hipólita larga seu elmo e sobe no cavalo, sendo acompanhada pela sua irmã Amazona. Elas correm desesperadas. Ele não pode por as mãos na Caixa...
Lobo da Estepe pousa no chão partindo ao meio uma Amazona. Outra cavalga disparando flechas, ele bate contra o cavalo os derrubando.
Observa as outras guerreiras distantes.
—hum-hum-hum.
Salta para longe, pousando e deslizando pelo chão, erguendo o corpo de um cavalo, derrubado tanto o animal quanto sua montadora.
Ele é cercado por Amazonas, que disparam suas flechas que ficam pressas em sua armadura. Elas atiram cordas, o prendendo pelo braço e perna direita, o fazendo cair de joelho.
Usa seu machado para cortar as cordas que o prendem pelo pé, deixando a arma cravada no chão. Agarra a corda que o ainda prende e puxa todas elas, lançando os corpos das guerreiras contra duas irmãs. Agarra seu machado e decapita uma delas.
—hah!!—retira as flechas de sua armadura.
Ao longe, os Parademônios surgem voando e agarrando as mulheres guerreiras. Um deles agarra a caixa materna e compete com a guerreira para tirar de suas mãos. Flechas são lançadas e os matam, derrubando o objeto que se desprende de envolucro metálico.
Venelia pula de seu cavalo, rolando pelo chão e em seguida laçando a caixa, a tirando do alcance do Lobo da Estepe que a quase pega. O inimigo fica ocupado com uma das Amazonas mas logo a mata.
Venelia avistando ao longe sua rainha, enrola a corda do laço em uma flecha e se lança para o chão, deslizando, ela dispara a flecha, levando a caixa até Hipólita. Mas logo depois, Venelia tem seu corpo partido ao meio verticalmente, pelo machado do Lobo da Estepe.
A irmã Amazona ao lado da rainha pula de seu cavalo até o de Hipólita, agarrando a corda e puxando a caixa Materna para si.
—PEGUEI!! VAI!!
O cavalo continua a correr, todos ofegantes. Do nada surge Lobo da Estepe, batendo contra o animal, os derrubando. A caixa Materna cai longe delas. Hipólita caída se levanta, mancando, indo até sua irmã que é esmagada pelo corpo do cavalo morto.
—ahh!!—sua respiração fica fraca.
—aguente!!—a rainha pede.
—oh, nobre rainha por que ainda luta?—crava o machado na terra, segurando a Caixa Materna, finalmente a tendo em suas mãos—não irá salvar ela, não vai salvar nenhuma delas—Hipólita agarra o arco no chão e dispara uma flecha que num reflexo rápido, é agarrada pelo Lobo da Estepe—a grande escuridão está próxima—esmaga a flecha. Hipólita se prepara para disparar mais uma vez.
Ao longe, surge uma legião de Amazonas, comandadas por Menalippe.
—AMAZONAS!! DISPARAR!!!
—sim, vamos achar as outras—conversa com a caixa.
Uma onda de flechas é disparada, mas ele some, sendo levado por um tubo de explosão.
A rainha se volta para a irmã caída ao seu lado, que já não possue mais vida. Uma lágrima percorre sua bochecha. As legiões de Amazonas param, ao redor de sua rainha. Menalippe se aproxima de Hipólita, com seu elmo em baixo do braço.
—ele deve ter voltado pro universo dele.
—não...—a mulher loira se levanta—ele foi para o mundo dos homens atrás das outras caixas. Temos que acender a antiga chama de alerta.
—mas a chama não queima a mais de 5 mil anos. Os homens não saberão o que significa—Hípolita levanta o olhar para sua irmã.
—eles não, mas ela sim.
O tubo de explosão se abre numa cidade abandonada, dominada pela radiação de uma antiga usina. Lobo da Estepe pousa junto dos Parademônios, segurando a Caixa em mãos.
Se vira observando todo o local.
—aqui é tóxico. É excelente.
Dentro da estrutura da usina, ele coloca a Caixa Materna em uma parede de aço grossa solta, cravada no piso de concreto. O calor da caixa derrete o metal e se prende ali. Com o seu poder, uma estrutura se alastra dela, envolvendo todo o local humano, uma estrutura alienígena com aparência nojenta, mas firme bastante resistente. Uma base está sendo montada.
Se vira e agarra um Parademônio pelo pescoço e o lança para longe, ele consegue bater suas asas.
—VÃO!! SIGAM O CHEIRO DAS OUTRAS CAIXAS, ACHEM AS OUTRAS DUAS!!!—os monstros seguem sua ordem e se vão para o alto, batendo suas asas—esse mundo se juntará aos outros!—sua expressão muda e o olhar fica baixo—ele vai ficar contente... Vai reconhecer o meu valor outra vez.
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