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Capítulo 54 - Acima de tudo

Camila Hayes

Fazia quase um mês que Margie estava com nós e tudo era uma verdadeira alegria.

Doía saber que logo em breve ela teria que voltar para Jacksonville. Os momentos que havíamos vivido os três juntos tinham sido os melhores de toda minha vida. Alex, Marjorie e eu éramos uma família. Aprendemos a nos acostumar com a presença dela, recriamos nossa rotina e, de repente, tudo era muito natural.

Depois do ocorrido em Coney Island, Margie ficou extremamente apegada a Alex. Os dois não se desgrudavam. Quando Margie queria algo, corria para Alex. Se se machucava, ele quem acalentava, se queria dormir, ele era a pessoa perfeita para lhe contar histórias e até mesmo na hora de levar bronca ela preferia as broncas dele.

Eu poderia dizer que estava com ciúmes, mas estaria mentindo. Eu honestamente amava a relação que os dois tinham.

A parte mais difícil disso foi a conciliação com o trabalho. Eu finalmente havia voltado a trabalhar, àquela rotina cansativa que tanto gostava, só que agora precisava me adaptar a Margie. Alex e eu procuramos pelas babás mais qualificadas da cidade e, graças aos céus, encontramos uma – e Margie havia gostado dela. Suri era o nome dela.

Suri chegava bem cedo, apenas nos dias que nem eu ou Alex podíamos ficar com nossa sobrinha, antes de sairmos para trabalhar. Quando eu tinha folga, Margie ficava sob os meus cuidados, e vice-versa com Alex.

Basicamente os únicos dias em que eu me dedicava totalmente à Margie eram nos fins de semana.

Como aquele.

Sentada no sofá, depois do almoço do sábado, eu assistia à televisão apenas rezando para que Margie, Romeu, Dom e Ferris não quebrassem o apartamento.

― Titia! ― Ela exclamou, chegando na sala. Suspirei forte quando vi que ela carregava Dom e Romeu. Ferris pulou no sofá, ao meu lado. Aquilo era o caos.

― Meu amor, solte os dois. Você vai machucá-los.

Colocando Dom e Ferris no chão, ela sentou do meu lado, abraçando Ferris.

― Quando o tio Alex chega?

― Ele tem jogo hoje. Vai chegar bem tarde.

― Ele tem jogo praticamente todo dia.

Eu ri.

― O time dele está numa fase classificatória para um grande campeonato, por isso ele está tendo muitos jogos.

― E quando termina?

― Não tenho certeza. ― Ela se entristeceu. ― Por que? O que você tem?

― Queria pedir uma coisa. ― Ela mexia nos pelos de Ferris, acanhada.

― Pode pedir.

― Queria ir ver o tio Alex jogando.

Ergui as sobrancelhas, surpresa.

Devido nossa reorganização de rotina – ultimamente tão corrida e atrapalhada –, nem tivemos tempo de levar Margie para conhecer nossos empregos, o lugar onde trabalhávamos.

― É claro que podemos ir. Podemos combinar para irmos no próximo que...

― Não. Eu quero ir no de hoje. ― Ela disse, me interrompendo. ― Por que a gente não faz uma surpresa para ele? Imagina a cara dele quando visse a gente, titia.

Pensei por alguns segundos, olhando para aquela cara de sapeca dela de quem havia acabado de ter a melhor das ideias.

― Eu realmente gostei disso. ― Ri. ― O jogo acontece as sete. Agora são ― Olhei o relógio. ― Cinco e dez. Temos tempo para nos arrumarmos, mas o trânsito vai estar bem caótico. Vamos começar a nos organizar, então?

Ela ficou de pé e começou a saltitar, alegre e batendo palmas.

― Oba! Eu tão feliz, titia!

― Vamos. Temos uma surpresa para preparar. ― Levantei e tomei a mão dela.

...

― Não sei o que faríamos se não fosse você, Smith.

O motorista de Alex sorriu educadamente e deu de ombros. Depois da chegada de Marjorie ele havia trabalhado o triplo – e recebido bem por isso –, isso porque minha sobrinha insistia em explorar a cidade e conhecer tudo. Certa ela.

― Estou aqui ao serviço de vocês, Srta. Hayes.

― E ao meu também? ― Margie brincou, segurando minha mão.

― Ao seu também, senhorita Marjorie.

― Não gosto quando você me chama de senhorita. Parece que eu sou uma velha coroca.

― Marjorie! ― Exclamei. Ela riu.

― Eu garanto que velha coroca é algo que não é, senhorita Marjorie. ― Smith brincou.

― Você vai levar a gente para ver meu tio?

― Certamente.

― Então vamo. ansiosa pra ver ele. ― Disse em português, pouco se importando se Smith entenderia ou não.

Ela soltou minha mão, foi até o carro, abriu a porta e entrou. Eu assistia a cena boquiaberta, enquanto Smith riu.

― Essa menina vai ser a causa dos meus cabelos brancos. ― Falei.

― Espere até ter seus próprios filhos, senhorita Camila.

Arregalei os olhos. Smith apenas riu.

Algum tempo depois estávamos no MetLife Stadium, a casa dos Giants, em Nova Jersey. A entrada do estádio estava infestada de torcedores fanáticos e grandes equipes de notícias querendo acompanhar de perto o jogo de dois times fortes para as disputas do Super Bowl.

No estacionamento privativo, Smith estacionou e nos acompanhou com segurança até a área VIP. A organização do Giants já nos conhecia e, a pedido de Alex, muito antes desse jogo, sempre ficavam responsáveis pelo meu bem-estar quando eu queria comparecer. Era quase contratual.

Trate minha garota como uma rainha quando ela comparecer aos jogos ou então terão um quarterback a menos, foi o que ele disse que comunicou a comissão organizadora. E eu realmente acredito que ele tenha feito isso.

Vestidas com as camisas do Giants, Margie e eu assistíamos de camarote a animação da torcida. Cores azul e vermelho, as cores oficiais do time, inundavam as arquibancadas. A maioria eram Giants de carteirinha – incluindo eu, claro.

No camarote, junto a outras pessoas, provavelmente familiares dos jogadores, Margie era a quem mais aproveitava. Ela comia todas as guloseimas que eram servidas, gritava com a torcida – mesmo sem saber uma palavra das coisas que eles falavam – e ainda usava uma mão de espuma dos Giants.

Perto da hora de começar, quando os jogadores entraram em campo, Margie ficou eufórica e eu também não consegui me controlar quando vi Alex.

― Olhe, titia! É o tio Alex! ― Ela exclamou, animada.

― Sim, meu amor. Ele vai arrebentar.

Depois de toda a cerimônia antes dos jogos começarem, os jogadores se posicionaram. Alex, desempenhando seu papel de quarterback, conversou com os colegas de time, como se relembrasse todo o esquema planejado, e então tomou seu posto. Ele carregava consigo confiança e um olhar de matar qualquer adversário de medo. Eu era suspeita a falar, mas jamais havia visto alguém melhor quarterback do que ele. Ele havia nascido para aquilo.

O jogo era entre o New York Giants e o Philadelphia Eagles. Era perceptível a sede de vitória que os times carregavam.

Quando um dos juízes anunciou início do jogo, Margie pulou de alegria. Nós acompanhávamos Alex a cada passe, torcendo, gritando, comemorando a cada ponto marcado e nos decepcionando quando o outro time ganhava vantagem.

Os Giants haviam ganhado uma nova percepção depois da chegada de Alex. O time, que antes vinha perdendo diversos jogos, hoje era um dos favoritos para vencer a próxima edição do Super Bowl, que aconteceria em breve. Era fato que o contrato de milhões que o time havia fechado com Alex estava fazendo efeito. Ele era um dos melhores da NFL, e os Giants causavam medo aos outros times.

Foi um jogo acirrado. Os pontos dos times sempre estavam empatados, quando um ultrapassava, o outro marcava pontuação logo em seguida. Era um desafio para os cardíacos.

No fim, com um touchdown perfeito jogado entre Alex e o halfback, o Giants marcou vitória com dois pontos a mais de vantagem.

Marjorie e eu pulamos, animadas, gritando tudo o que tínhamos quando a vitória foi declarada. Com ela no meu colo e com a ajuda dos seguranças, descemos para o campo, onde algumas pessoas iam comemorar junto com o time.

Alex estava entre os jogadores, comemorando, sorridente. Margie desceu do meu colo, pisando na grama, pronta para fazer a surpresa acontecer.

― Tio Alex! ― Ela gritou.

Alex se virou para nós e uma mistura de choque e felicidade tomou conta do seu rosto. Ele correu até nós e pegou Margie nos braços.

― Minha princesa! ― Beijou a bochecha dela várias vezes. ― O que estão fazendo aqui? Quando chegaram? O que...?

Eu ri.

― Margie queria porque queria ver um jogo seu. Tivemos a ideia de fazer essa surpresa para você.

Eu me aproximei. Alex me abraçou, com o braço livre, e me deu um selinho demorado.

Ele era incrivelmente sexy quando usava sua farda.

― Você gostou, titio?

― Se eu gostei? Eu amei. Ter vocês aqui foi melhor até do que vencer o jogo.

Demos um abraço, mas logo fomos interrompidos pelos repórteres fervorosos, querendo que Alex falasse do jogo a todo custo. Os microfones foram colocados em nossos rostos e Margie escondeu-se na curva do pescoço de Alex, envergonhada.

― Alex! Alex! Parabéns pelo jogo! ― Um dos repórteres disse. ― Por favor, fale quais são suas expectativas para o Super Bowl já que o Giants está, praticamente, classificado.

― Pessoal, se afastem um pouco. Estão assustando minha sobrinha. — Os repórteres fizeram, pedindo desculpa. — Respondendo à pergunta: eu carrego muito orgulho por fazer parte desse time. Nada disso teria sido possível se não fosse pelos meus colegas e a equipe incrível que temos.

Ele me abraçava pela cintura e segurava Margie, como se fosse uma corrente de proteção para nós. Minha sobrinha parecia mais calma.

Alex respondeu mais algumas perguntas sobre jogo, até chegar no ponto especial.

― E essas duas garotas? É isso que o vem ajudando a ir tão bem nos jogos? ― Outra repórter perguntou. Alex sorriu, olhando para mim. Meu coração aqueceu.

― Essas duas garotas são as mais importantes da minha vida. Sim, definitivamente o amor que recebo delas vem sendo transformador para mim. ― Ele me apertou mais ainda contra si. ― Elas estão acima de tudo. É por elas que trabalho e dou o meu melhor.

E com isso nós saímos do campo juntos, prontos para irmos para nossa casa.

...

Antes de chegarmos no apartamento, pedimos para que Smith parasse em algumas lanchonetes e compramos tudo o que tínhamos direito – nada saudável. Ao chegarmos, fomos para a varanda e comemos juntos.

Dom, Romeu e Ferris sempre tentavam beliscar da comida – especialmente dos hambúrgueres suculentos. As risadas nunca foram tantas como naquele momento.

― Que sua mãe nunca saiba que você esteve comendo essas coisas, Margie. ― Falei.

Ela riu, abocanhando o seu cheeseburguer.

― Minha mamãe não tem que se preocupar com nada.

― Ela está em boas mãos. ― Alex pegou seu hambúrguer e brindou com o de Margie.

Eu ri. Era impressionante como eles ficavam cada dia mais parecidos.

― Titio, eu amei quando você deu aquele pulozão bem alto. Eu fiquei com a boca abrida.

Eu quase me engasguei. Alex riu.

― Não se diz abrida, meu amor. É boca aberta, você ficou com a boca aberta.

― Escute sua tia. Ela é escritora.

― Ela escreve jornais, né? ― Margie perguntou com os olhos brilhando. Alex e eu rimos.

― Bem, mais ou menos. Eu escrevo para os jornais, não o jornal em si.

― E aquela revista de roupa que você trabalha? Você também é modelo? Vai aparecer nas capas?

― Fala sobre várias outras coisas, não só roupas. E não sou modelo. Digamos que eu sou uma conselheira lá.

― Como assim?

― As pessoas têm uma dúvida, relacionada a qualquer coisa, e eu vou lá ajuda-las.

― Sério? Então eu posso mandar alguma coisa?

― Você já sabe ler? ― Alex perguntou.

― Claro que sei! Que tipo de garota acha que eu sou? ― Margie perguntou, insultada.

― Ela lê em português também.

― E falo também. ― Disse, usando o português. Alex franziu o cenho.

― O tio Alex não sabe de nada, Margie. ― Falei, usando o mesmo idioma. Margie riu, colocando a mão na boca.

― Muito engraçadinha vocês duas. Por acaso falaram algo de ruim?

― Claro que não, titio. Você tem que aprender português. Sabia que eu já fui na Bahia conhecer minha bisa Aída? Eu chamo ela de Dadá.

― Sério? E como foi? ― Alex perguntou, interessado.

― Muito bom! Eu andei em um elevador gigante lá e ainda fui nas praias. É tudo colorido e bonito.

― Ela adora acarajé. ― Falei.

― Sim! Eu amo! ― Ela gritou. ― Titio, é a comida mais gostosa de todo o planeta! Mamãe só não deixou eu comer com pimenta.

― E o que é... acarajéia?

Margie e eu rimos.

― Acarajé. ― Falei e ele repetiu, ainda sem saber muito. ― É uma comida típica do nosso país, do estado onde minha mãe nasceu. É um bolinho frito feito com feijão e que é recheado com várias coisas. É bem apimentado, mas Alice teve medo de Margie sentir dor de barriga.

― Eu não senti nada! É muito gostoso!

― Foi a primeira vez dela lá. Nossa avó só vinha, até que Alice resolveu leva-la. Ela fez questão que eu, minha mãe e ela nos comunicássemos apenas em português com Margie.

Depois de comermos, assisti Margie e Alex juntarem os pratos e coisas sujas. Eles fizeram questão de fazerem a tarefa juntos e me deixarem descansando. Mas eu vi tudo de camarote.

Na cozinha, Alex ia pacientemente ensinando à Margie como se fazia cada coisa e ela assentiu, interessada. Depois de tudo limpo, ele a ajudou a lavar as mãos e limpou sua boca.

Suspirei, vendo como ele era cuidadoso e gentil com ela, como se tocasse em uma boneca de porcelana. Margie sorria, sabendo exatamente o carinho que ele sentia por ela.

Eu fui a responsável por ajuda-la no banho, escovar seus dentes e vestir seu pijama, mas na hora de coloca-la na cama, foi a Alex que ela chamou. Eu fiquei na porta, de olho. Alex leu uma história e depois a assistiu dormir. Somente quando a respiração dela estava tranquila era que ele saía e vinha para mim, para os meus braços. Ele se dedicava a Margie durante a manhã inteira, e a noite a mim.

Eu o amava com todo meu coração. E não tinha a mínima dúvida de que queria ele como pai dos meus filhos.

Eu amo esse climazinho de família...♥️ Enquanto em Between Two Lines, prefiro nem comentar, hahahahaha. Rindo de desespero (quem lê sabe).

Instagram: @sweetwriter8

Vejo vocês em breve! ♥️

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