Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 10 - Talvez um dia

Camila Hayes

Nova York seria em breve a minha nova casa e meu coração já não aguentava de tanta ansiedade. Mas voltar para Jacksonville, direto para os braços da minha família, não tinha preço. Eu poderia estar distante, mas meu pensamento e meu amor estariam para sempre com eles, inclusive com o pequeno bebê que minha irmã gerava em seu ventre.

— Parece que cresceu desde a última vez que te vi. — Falei, colocando a mão sobre a barriga redonda de Alice.

Minha irmã completava quatro meses hoje, dia que havia voltado para casa, e o seu abdômen antes magro, agora já era um pouco mais visível.

— Eu sei! A barriga pode estar bonitinha, mas os enjoos estão horríveis.

Fiz careta, sentando no sofá junto com ela.

— Como passou esses dias? — Perguntei.

— Bem e mal. As coisas são complicadas, parece que meu corpo é um caldeirão de hormônios e têm dias que acordo bem, disposta, feliz, e outros que desejo não ver ninguém e as náuseas me atacam com força.

— Sinto muito, Ali. Queria poder ter estado aqui...

— Ei, nem vem com essa. Se serve de consolo, nossos pais e Jordan têm sido um grande apoio para mim. Até papai me comprou remédios para enjoo e estava preocupado como um louco.

— Não sei você, mas tenho a impressão de que ele será um avô coruja. — Comentei, rindo.

— Ah, nem me fale. Mamãe está do mesmo jeito. Acredita que ela já comprou roupas de bebê mesmo sem saber o sexo?

— Meu Deus! — Gargalhei. — Eles vão ser muito babões.

Depois de me atualizar sobre mais coisas, desde sua gravidez até as novidades entre o nosso círculo de amigos, Alice deu uma informação que eu não jamais esperaria:

— Ethan Johnson vai dar uma festa.

— Uma festa? Comemorando o que?

— Parece que é uma festa de despedida para os amigos que vão morar fora. Ele e Emily ligaram enquanto você estava conversando com nossos pais antes deles saírem. Vai ser hoje à noite, na casa dos Johnson.

Comecei a estralar os dedos, tentando conter minha ansiedade.

— Não acho que seja uma boa ideia eu ir.

— O que? Por que não? Ah... — Ela ergueu as sobrancelhas. — Entendi.

— Alice, tem ideia de como vai ser horrível reencontrar Alex? Logo agora que as coisas parecem estar indo tão bem, que eu parei de chorar todos os dias... não sei se tenho forças.

— Mila — Ela segurou minha mão. —, eu sei que é difícil, especialmente quando se ama tanto alguém, mas essa é a última oportunidade que você vai ter de dar adeus a alguns amigos da escola. Daqui a algumas semanas você também não vai mais estar aqui em Jacksonville.

— Mas e se eu o ver? O que eu faço? Não confio em meu coração quando estou perto dele.

— Vai agir normalmente. Vai tentar, pelo menos. — Suspirei. — Não demonstre fraqueza perto dele, Camila, deixe para chorar aqui, em meus braços. Eu sei que a dor precisa ser sentida, que você deveria se mostrar realmente como se sente, mas talvez Alex não esteja sofrendo tanto quanto você.

— Você acha?

— Eu não sei! — Esbravejou. — Tenho raiva dele até hoje.

— Não deveria ter. Você não tem nada a ver com a história, isso só te faz mal.

— Camila, quando você vai entender que o que fazem com você também fazem comigo? É como se fôssemos a mesma pessoa. — Seu estresse parecia crescer a cada palavra dita por ela. — Eu nunca vou perdoar Alex por ter sido egoísta com você e o seu sonho.

— Deve ter alguma explicação para... — Ela rapidamente me interrompeu.

— Não tem! Pare de ser idiota, Mila. Alex é mais um desses garotos apaixonados que creem que as mulheres devem segui-los para onde forem, pouco se preocupando com seus sentimentos. Então, pense bem antes de demonstrar fraqueza perto dele se por acaso o ver e cair no conto do vigário.

Eu apenas assenti, desejando não prolongar o assunto. E mesmo sabendo que a atitude de Alex havia sido extremamente egoísta e egocêntrica, eu sabia que havia uma explicação por trás, mesmo que não justificasse seus atos.

...

Ethan me ligou para garantir que eu fosse a sua festa. Eu até pensei em dizer que negaria o convite pelo risco de encontrar Alex, mas algo dentro de mim gritou não porque contar algo a Ethan era a mesma coisa de estar contando ao melhor amigo dele, então me calei diante desse assunto, apenas confirmando minha presença. A última coisa que eu queria era que Alex soubesse que eu estava com os nervos à flor da pele por imaginar que poderia encontra-lo.

Para ir escolhi um vestido verde-água com babado na saia que ficava acima dos joelhos e um decote singelo dava visão aos meus seios um pouco mais inchados – tudo culpa da menstruação. E nos pés, uma sandália baixa, cor branca, aberta. Alice fez questão de soltar meus cabelos, modelando os cachos de uma forma que quando secassem ficassem extremamente altos, do jeito que eu gostava, e fez uma maquiagem leve, colocando por fim brincos de argola e um colar ambos dourados.

Emily me deu carona para a casa do namorado e, milagrosamente, chegou na hora. Depois de uma conversa rápida com meus pais, nós fomos em direção a casa dos Johnson.

O sentimento de nostalgia já me atingia com força assim que pus meus pés na grama perfeitamente cortada da mansão. Tantas festas, confusões e alegrias haviam sido vividas ali e, como Ethan havia mesmo dito, seria a nossa despedida. E eu sei que no futuro talvez nos encontraríamos e lembraríamos de tudo isso, mas era de fato a última vez que nos veríamos na adolescência. Depois disso cada um seguiria sua vida e, talvez, o acaso fizesse com que nos víssemos.

Dessa vez a casa não estava infestada de alunos. Haviam apenas os garotos do time, amigos próximos – isso incluía a mim – e outra galera do esporte.

— Camila! — Evelyn gritou quando me viu entrar.

A garota correu até mim, me abraçando com força. Eu ri com o contato repentino, mas sentindo falta dos abraços de Evie. Atrás dela, Brent sorria para mim com olhos marejados. Ele iria estudar medicina na Yale, e pelo que soube, estava mais realizado do que nunca.

— Meu Deus, até parece que fazem anos que não te vejo. — Disse ao se afastar. — Como passou o Natal e ano-novo?

— Bem. — Forcei um sorriso entendendo exatamente sobre o que ela falava.

— Talvez hoje os melhores administradores que a Fayron News já teve possam comemorar suas vitórias de forma merecida, certo? — Brent sugeriu, sorrindo abertamente para mim.

— Eu estou contando com isso.

— Viu? Todos precisávamos de uma festa desse afinal. — Emily disse, apertando meu ombro, tentando me fazer relaxar.

Talvez não fosse tão ruim assim.

Pouco a pouco fui reencontrando alguns amigos e descobrindo mais para onde iriam. Trisha iria estudar engenharia em Stanford, Audrey iria para a Universidade de Miami estudar design enquanto Alisha viajaria antes de ingressar em uma faculdade, como Meghan havia dito, enquanto os garotos do time iriam cada um para um estado, com direito a bolsa esportiva, incluindo Sean, que iria para a Universidade de Chicago ser titular do time de natação. Os únicos que ficariam em Jacksonville eram Emily e Ethan que já planejavam também várias viagens durante o ano.

— Muito bom ver você. — Ethan disse, me beijando na testa. — Como se sente?

— Bem.

— Camila, meu anjo, não precisa mentir para mim. Se serve de consolo, ele está fodido. — Disse, cético.

Eu pigarreei, tentando dar meu melhor sorriso.

— É difícil acreditar que ele esteja fodido. Querer continuar assim é puro masoquismo.

— Ah, Mila... têm coisas que achei que você compreendesse melhor depois de tanto tempo de namoro. Olhe, eu estou cem por cento do seu lado nessa história, acho que fez certo em escolher Nova York, mas ambos seríamos hipócritas se disséssemos que Alex iria reagir como a pessoa mais compreensível do mundo. Não é a primeira vez que ele se sente trocado, Camila.

— Acha que não sei disso? — Perguntei, virando o ponche extremamente alcoólico de uma vez. — Mas não justifica o que ele fez comigo. Quer saber quem está fodida? Eu. Eu quem mais estou. Em breve irei morar na cidade dos meus sonhos, mas uma parte do meu coração estará com ele, para sempre.

Ethan apertou os lábios, assentindo.

— Espero que um dia vocês consigam se acertar. Ainda tenho esperança que se casarão e terão muitos filhos.

Ri pela ironia da vida. O sonho de Ethan para Alex e eu nunca pareceu tão distante.

— Sinto em dizer, mas isso provavelmente ficará em seus sonhos... por mais que eu queria o contrário. — Suspirei. — Vou procurar Emily.

Me virei para ir atrás de minha amiga, quando um corpo alto e musculoso chocou-se contra o meu.

— Desculpa. — Falei, olhando para os próprios pés.

Inspirei fundo, sentindo o cheiro do perfume. Aquele perfume. A essência que eu conhecia tão bem, que me causava arrepios cada vez que sentia e que não foi diferente dessa vez, o perfume que se misturava com o meu cada vez que nossos corpos se perdiam um no outro. Era o cheiro inesquecível de Alex.

Ele me olhava com medo, mandíbula trincada e uma feição que saltava entre o pavor e a raiva.

— Não foi nada. — Disse. Sua voz grossa e penetrante fez meu coração acelerar.

— Eu... Oi.

— Oi.

Nós ficamos nos olhando por alguns segundos que pareceram durar horas. Ainda era o meu Alex, mas ele estava diferente. As olheiras eram evidentes, a barba estava por fazer e – agora que eu o encarava – seus olhos exalavam tristeza.

— Soube que foi para Nova York já. Parabéns. — Disse, secamente.

— Você... você soube? — Ele suspirou, desviando o olhar. — Bem, obrigada. Significa muito para mim, Alex.

Ele assentiu, voltando a me olhar.

— Até mais. — E passou por mim, indo até Ethan e saindo junto com o garoto.

Eu continuei parada, vendo os dois desaparecerem pela casa, sentindo toda a dor que parecia ter amenizado voltar como uma avalanche. Aquilo só comprovava que não importava o tempo que passasse, eu sempre iria sentir esse vazio em meu peito todas as vezes que visse Alex, todas as vezes que me lembrasse dos nossos momentos.

— Camila, você está chorando? — Emily perguntou ao se aproximar de mim. Só então me dei conta que as lágrimas caíam deliberadamente. — Você viu ele, não foi?

Assenti, deixando um soluço escapar.

— Vem. Vamos tomar água.

Na cozinha, Emily limpou meu rosto depois de me deixar chorar em seu peito por um tempo e me deu água. A ferida não iria sarar nunca, mas eu me sentia um pouco mais calma depois de ter chorado e sido acalentada por Emily.

— Ele parecia não sentir nada, Em. Quieto, indiferente, como se eu fosse uma garota que ele havia apenas pegado. Será que ele nunca me amou?

— Olhe, Camila, Alex pode ser um filho da puta de primeira categoria, mas é óbvio que ele te amou. Da maneira dele e muitas vezes errada, mas amou.

— Eu não conseguia enxergar isso. Eu costumava antes, sabe? Todas as vezes que ele me olhava os olhos dele brilhavam, mas agora... — Apoiei minhas costas na ilha de mármore. — Deus, foi horrível.

— A dor muda as pessoas. Nem ele e muito menos você são mais os mesmos.

— Mas eu ainda o amo.

— É claro que você consegue amar mesmo na dor, mas nunca mais será a mesma coisa. Essa dor, essa mágoa, sempre vai estar com você, infelizmente.

Sempre estaria comigo. É, eu sabia disso. Eu dolorosamente sabia disso.

Consegui curtir um pouco com os meus amigos e dar risadas genuínas. De vez em quando, quando Alex passava, todo aquele sentimento retornava, mas Emily e Meghan sempre estavam por perto para me distrair.

Em um determinado momento, quando saía do banheiro, dei de cara com Alex – novamente.

— Alex. — Falei, como um suspiro.

— Ah, desculpa, eu só estava... — Ele pigarreou, mexendo no celular e virou o rosto na direção oposta. — Precisei atender uma ligação.

Eu me aproximei, com o receio de como se a qualquer momento fosse ser atacada, até ficar mais perto do que era seguramente permitido. Seus olhos encontraram os meus, marejados e vermelhos. Ele estava chorando, ele sofria tanto quanto eu.

— Por que faz isso? — Ousei perguntar sentindo as palavras amargarem em minha garganta. — Por que nos tortura dessa forma, Alex? Por que se tortura?

— Eu não en... — Eu rapidamente interrompi.

— Sim, você entende! — Ele engoliu em seco. — Você não tem o direito de chorar, Alex, não tem o direito de sofrer porque tudo o que estamos passando é por sua culpa.

— Você acha que é fácil...

— Claro que é, merda. Qual a dificuldade? Me diz, Alex. Qual a dificuldade de largar o orgulho e assumir que ainda nos amamos? Que ainda queremos ficar juntos?

Eu estava próxima demais. Extremamente perto. Nossas respirações eram descompassadas e o seu perfume me preenchia por completo, como costumava ser.

— Não faz isso, Camila. — Implorou, fechando os olhos.

— Você não faz ideia do inferno que venho vivendo, de como tem sido difícil seguir em frente. Todos os dias eu acordo e lembro de você, de como costumava me beijar até que eu acordasse, de como me tocava — Ousei colocar minha mão em seu peito sobre a camisa preta. —, de como me amava. Nada vai preencher o vazio que deixou em mim, Alex. Mas ambos sabemos que podemos mudar isso, que podemos ficar juntos, que podemos fazer isso dar certo.

— Você não entende, não é, Camila? — Perguntou, exausto. — Acha que não quero fazer isso? Acha que não quero te beijar com força e te foder, matar essa maldita saudade aqui, agora?

Engoli em seco.

— O que te impede? — Perguntei.

— Pelo amor de Deus, eu já vi essa novela antes e acredite, não acaba bem. Ambos íamos nos machucar de qualquer jeito, eu só estou te poupando de um sofrimento maior.

As lágrimas começaram a brotar novamente.

— Isso não é verdade. Eu não sou como... — Ele me impediu de terminar de falar.

— Por favor, não faça isso. Não vá por esse caminho.

— Mas você sabe que é verdade, eu jamais te machucaria, Alex.

Ele entristeceu o olhar.

— Eu sei disso, Camz. — Disse, colocando um fio de cabelo atrás de minha orelha e fazendo um carinho leve em minha bochecha. — Você é boa demais para mim.

— Não, isso não é verdade. Somos bons um para o outro. — As lágrimas caíam à medida que falava.

— Eu estou feliz por você, estou feliz que vai para a cidade dos seus sonhos, que vai fazer o que gosta. — Falou. Ele segurava meu rosto entre suas mãos.

— Não é a mesma coisa sem você.

— Você vai superar isso.

Neguei várias vezes, soluçando.

— Sabe que não vou. Sempre vai faltar algo, apesar de tudo.

— Serei clichê, mas é a verdade: o problema sou eu. Eu que sou fodido, Camila, e não quero ficar com você sendo um cretino egoísta. Ainda têm coisas que preciso entender e aprender, assim como você.

— Do que você precisa? Me diga!

— Você não pode me ajudar.

Aquilo quebrou meu coração – já quebrado – em mais milhões de pedaços.

Quase como um ímã, nossos rostos se aproximaram, nossas bocas roçaram e nossas cinturas se encontraram, gerando o atrito gostoso que eu sentia tanta falta. Os olhos de Alex estavam em minha boca e eu só conseguia implorar mentalmente para que ele me beijasse, para que desistisse dessa loucura e que tudo ficasse bem entre nós.

— Sabe que se fizermos isso...

— Apenas faça. — Implorei, o interrompendo, com o lábio roçando contra o seu.

— Será melhor para nós, Hayes. Pelo menos agora.

— Não, não será. Ficarei melhor tendo você comigo.

— Vê? Não podemos depender tanto um do outro, eu já me fodi outras vezes por isso, inclusive por depender de quem tinha o dever de me amar e me proteger. — Suspirou. — Talvez se...

— Não vai matar ninguém. — Sussurrei.

Dei um selinho em seu lábio inferior, sentindo meu corpo inteiro se aquecer. Era dele que eu precisava.

— Para, Camila. — Pediu, quase gemendo quando beijei novamente.

— Venha comigo para Nova York. Vamos viver juntos. Ou deixe-me ir com você, eu irei para qualquer lugar do mundo com você, Alex, apenas...

Ele me afastou levemente, triste.

— Não. Você não vem comigo e nem eu vou com você.

Voltei a chorar silenciosamente.

— Estou feliz por você, Camz Hayes, mas não podemos ficar juntos assim. Até mais. Torcerei por você de onde quer que eu esteja.

Ele beijou minha testa lentamente e foi se afastando.

— Um dia... — Ele parou, voltando a me encarar. — Talvez um dia... você vai procurar por mim e ficaremos juntos novamente?

— Estou contando com isso. — Sorriu de lado. — Mas não espere por mim, por favor. Viva sua vida, a vida que você merece.

— Não existe vida sem você. — Solucei.

— Existe. E você vai ver o quanto ela é emocionante.

Alex saiu novamente, me deixando sozinha e com um coração partido.

Eu não havia entendido o sentido de suas palavras naquele momento, mas mal sabia eu que um dia elas seriam transformadoras para mim. E que talvez as coisas devessem ser exatamente como eram, mesmo que me custasse um coração quebrado e um sofrimento ensurdecedor.

Por que vocês estão chorando, garotxs más? Se serve de consolo, eu também tô sofrendo. Vamos entrar em uma nova fase do nosso livro. Vai ser épico! ♥️

E se você ainda não faz parte do nosso cabaré do WhatsApp (vulgo Grupo das Garotxs Más), o link tá na minha descrição!

Instagram: @sweetwriter8

Vejo vocês em breve! ♥️

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro