Capítulo 44
Capítulo 44
Maurício acordou com o cheiro quente e maravilhoso de panquecas, rolando para ver Caio deixando Lena entrar no quarto. Ela estava nervosa como sempre, pegando rapidamente a bandeja de comida do carrinho. Dessa vez, Caio havia pedido apenas dois pratos de panquecas e Lena sorriu para Mau, agradecida.
Caio fechou a porta quando ela saiu, sentando-se na beira da cama para comer. Ele já estava vestido, mas o paletó estava pendurado no encosto da cadeira à mesa. Ele chegou perto, agarrando o pé de Maurício e dando-lhe um puxão brincalhão. ‒ Com fome?
‒ Sempre. ‒ Mau riu, saindo debaixo dos cobertores para se juntar a ele. Ele se inclinou para roubar um beijo, murmurando ‒ Feliz aniversário.
‒ Obrigado. Mmm, tenho a sensação de que será um aniversário muito emocionante.
‒ Ainda não vai me dizer o que está planejando?
‒ Não.
Maurício revirou os olhos, mastigando suas panquecas com um beicinho triste.
‒ Eu realmente queria...
Caio o silenciou com um beijo, deixando-o permanecer até Mau ofegar e corar. ‒ Confie em mim. ‒ Ele insistiu, tocando levemente o pescoço do seu garoto.
‒ Veja, agora isso não é justo porque quando faz isso, meu cérebro se apaga e tudo em que consigo pensar é em sexo.
‒ Bom. ‒ Caio riu, beijando a testa de Maurício antes de se levantar. ‒ Estarei esperando por você no clube. Precisa estar lá às cinco horas. Não se atrase.
Mau ergueu uma sobrancelha quando Caio o deixou refletir sobre o que ele quis dizer com isso. Ele terminou de comer e se vestiu, e ficou repassando as músicas para o show.
Maurício definitivamente tinha algumas ideias de como mostrar a Caio o quão grato ele estava, mas primeiro tinha que se preparar para a grande festa. Ele encontrou Jonas cochilando no banco do motorista, ele bateu levemente no capo e acenou.
Sonolento, abaixando a janela com um sorriso gentil, Jonas perguntou: ‒ Descansou o suficiente, senhor?
‒ Um pouco demais, porque agora acho que estamos um pouco atrasados.
Jonas sentou-se imediatamente, inclinando-se e abrindo a porta do lado do passageiro. ‒ Não no meu turno, senhor. Entre e prenda o cinto de segurança.
Mau obedeceu, antes de Jonas decolar, os pneus guinchando. Ele quase vomitou uma ou duas vezes, e tinha certeza de que tinha um torcicolo quando pararam em frente ao Secret.
Ele correu para interceptar Maurício enquanto descia do carro, instruindo-o a ficar parado. Mau congelou quando Jonas habilmente ajustou sua camisa e paletó, arrumando a gravata e o cabelo. Ele deu um aceno de aprovação, dizendo com um sorriso satisfeito ‒ Ah, a perfeição. Agora vá!
‒ Obrigado ‒ disse Mau. ‒ Muito obrigado! Você é realmente o melhor, Jonas!
‒ Eh, eu sei. ‒ ele suspirou com um encolher de ombros casualmente enquanto seguia Maurício para dentro. ‒ É um fardo que tenho que carregar.
O clube estava limpo e havia enormes arranjos de lírios em todas as mesas. Roberta dirigia a equipe em todos os lugares, dando ordens como um sargento.
‒ Verifique se todas essas flores são perfeitas! Quero que as mesas da frente estejam juntas, toda a família estará sentada lá! ‒ Elu estava estalando. ‒ Por favor, lindinho, por favor, verifique se essas garrafas de champanhe estão geladas e prontas para ir, ou eu vou surtar!
‒ Ei, Rô. ‒ Mau disse timidamente.
Roberta virou-se para encará-lo, olhando para o relógio, sorrindo enquanto dizia ‒ Ah! Bem na hora!
‒ Caio já está aqui? Maurício perguntou nervosamente.
‒ No escritório com, ah, o Delegado Alexandre. ‒ Elu respondeu, baixando a voz para imitar o tom de seu irmão quando disse o nome de Alexandre. ‒ Vá em frente, e quando terminar? Me procura.
Saudando rapidamente, Mau subiu as escadas para o escritório. Por hábito agora, ele bateu.
‒ Entre. ‒ Veio o sotaque familiar de Caio.
Maurício entrou, encontrando Caio sentado à mesa com Alexandre em pé na frente dele, braços cruzados e olhando.
‒ Ei. ‒ Mau chiou.
A tensão era pesada e palpável.
‒ Está na hora ‒ disse Caio rapidamente, enquanto ele acenava para o delegado.
Alexandre se aproximou, pelo menos dizendo um olá rápido antes de estender um pequeno disco preto. ‒ É isso aí. ‒ Ele disse. ‒ Vamos enfiar isso no bolso do paletó, ok? Serei capaz de ouvir tudo em cerca de vinte minutos, para que você mantenha tudo limpo.
‒ C... certo. ‒ Mau gaguejou, remexendo enquanto Alexandre colocava o dispositivo dentro do bolso interno da jaqueta. Não parecia muito, apesar de sua importância.
‒ Eu sugiro não ouvir nos próximos dez minutos... ‒ Provocou Caio. ‒ ... a menos que você queira ouvir uma apresentação particular de Maurício, ele realmente tem uma voz...
Alexandre encarou Caio enquanto Maurício corava, dizendo categoricamente: ‒ Estarei esperando por você. Boa sorte. A ambos.
‒ Mal posso esperar ‒ disse Caio, fixando Alexandre com um sorriso desagradável. Ele o viu sair do escritório sem dizer mais nada, visivelmente aliviado quando se levantou para cumprimentar Mau adequadamente.
Quando Caio o puxou para um beijo carinhoso, o corpo inteiro de Maurício se tornou pudim em seu abraço forte. ‒ Mmm. Oi.
‒ Oi. ‒ Caio riu, seu polegar traçando a mandíbula do seu garoto. O gângster sorriu, passando os dedos pelos cabelos dele enquanto dizia ‒ Quase na hora do show.
‒ O que preciso fazer? ‒ Maurício perguntou ansiosamente. Ele estava usando uma escuta agora, estupidamente empolgado quando de repente fazia parte de seu próprio drama criminal.
‒ Tudo o que preciso que você faça é cantar lindamente, usar este anel e me encontrar no camarim imediatamente depois. ‒ Caio disse firmemente enquanto puxava o anel de Tony Sartori do bolso.
‒ Só isso?
‒ Só isso. ‒ Confirmou Caio, sorrindo para o beicinho de Mau enquanto deslizava o anel no dedo. ‒ Não pareça tão decepcionado.
‒ Tudo bem. ‒ Lamentou Maurício. ‒ Eu acho que preciso ir me preparar. Retocar a maquiagem. Ser diva.
‒ Sim. Totalmente diva. ‒ Caio riu, dando-lhe outro beijo. ‒ Mmm, vamos lá.
Caio o levou escada abaixo até Roberta, que gritou ordens mais um pouco e arrastou Mau nos bastidores para revisar o setlist mais uma vez. Depois disso, foi realmente um jogo de tentar ficar fora do caminho enquanto todos continuavam se preparando para a grande noite.
O clube finalmente abriu e a banda começou a tocar quando os convidados entraram. Maurício ainda não tinha visto Dante e espiou por trás das cortinas para ver se algo interessante estava acontecendo. Havia quatro mesas grandes, todas juntas, bem na frente do palco, os Signori ocupando quase todos os lugares com Caio sentado no meio.
Ele não conseguia entender o que estava acontecendo na frente do clube, mas até onde sabia, todo mundo estava sendo revistado. Um novo grupo de homens de terno apareceu, tenso e predatório, com os olhos espreitando por cada centímetro da sala. Nano os guiou para dentro, sentando-os em um monte de mesas à esquerda dos Signori.
‒ Os Sartori. ‒ A voz de Dante sussurrou de repente ao lado de Mau, fazendo-o pular.
‒ Merda! Quase me mata de susto, cara! ‒ Maurício riu nervosamente. ‒ Onde você esteva? Espere, esse batom está no seu pescoço?
‒ Provavelmente. ‒ Respondeu Dante com um sorriso corado. ‒ Rô precisava relaxar, por alguns minutos.
‒ Não diga mais nada. ‒ Mau riu, espiando de volta para a plateia. ‒ Sério, aqueles caras lá. Esses são os Sartori?
‒ Sim. O alto no azul? Esse é Mike Sartori. E oh, olha quem está com eles.
Uma nova figura apareceu, sentada orgulhosa com os Sartori.
Carlo Rossetti.
‒ Aquele traidor maldito. Ele realmente está trabalhando com os Sartori! O que estão fazendo aqui? ‒ Maurício se perguntou em voz alta.
‒ Ah, Caio os convidou!
‒ O quê? Por quê!
‒ Não vou tentar entender o funcionamento interno do cérebro do seu homem. Foi exatamente o que Roberta me disse.
‒ Que merda, cara.
‒ Se preocupe com isso mais tarde. ‒ Dante acalmou, dando um tapinha no ombro de Mau. ‒ Está pronto para o show?
‒ Pronto. ‒ Ele disse com um aceno rápido.
Dante assumiu seu lugar no palco e Maurício começou a andar em direção ao microfone com um sorriso malicioso. Ele não se preocupava com bandidos ou assassinos, quando ele estava no palco, tudo o que tinha que focar era a performance, a música.
Respirando fundo e sorrindo carinhosamente para Caio na frente do palco enquanto aplausos irromperam pela sala, assim que Dante tocou em seu piano, ele começou a cantar. Seu corpo se moveu com a música enquanto ele guiava a banda através de Sinatra. Eles concordaram que era mais fácil usar algumas músicas que eles já haviam tocado anteriormente.
Caio estava tão cativado quanto antes, apenas olhando para longe uma vez quando Nano sussurrou algo em seu ouvido. Ele olhou para os Sartori e assentiu, seus olhos voltando para Mau no palco em um piscar de olhos.
Em seguida, Maurício estava um pouco nervoso. Ele falou com os mais antigos da banda e escolheu uma das músicas que a mãe de Caio cantava. Dante se juntou a ele no piano aqui e ali, mas durante quase toda a música, foi apenas a voz de Mau que ecoou pelo clube, clara como um sino e surpreendentemente assustadora. Ele mal havia terminado as últimas palavras antes de haver uma salva de palmas de adoração e ofereceu à plateia e a Caio um sorriso corado.
O rosto de Caio estava quase ilegível, mas Roberta se inclinou para perto e deu um beijo reconfortante em sua bochecha. Ele casualmente enxugou os olhos, afastando a irmã com um sorriso rápido.
Maurício sentiu-se orgulhoso por ter comovido o namorado, agradecido pela última música ser um pouco mais atrevida e animadora. Ele ouviu os dedos ágeis de Dante pressionando as teclas, dizendo rapidamente no microfone: ‒ Essa música é para um aniversariante muito especial... espero que goste.
Caio piscou com a dedicação direta, todos os Signori explodindo em gargalhadas e torcendo por seu líder enquanto a banda se juntava à música.
‒ "I'll hold your hand while they drag the river". ‒ Mau ronronou as palavras de abertura da música, sensual e apaixonada. As palavras falavam da parceria com um gângster. Em ser seu cúmplice. E aguentar as consequências disso juntos.
Pressionando a mão na testa e olhando para Nano e Rô, Caio realmente parecia envergonhado. Nano estava aplaudindo e Roberta ficou de pé, assobiando enquanto Maurício segurava uma nota e Dante batia no piano. Francesco também gritou, e Theo bateu na mesa tocando sua própria bateria enquanto Mau continuava.
Ele arrastou todas as palavras sedutoramente, pegando sua gravata borboleta e soltando-a enquanto cantava. Deslizando as mãos pelo corpo, ele sorriu sugestivamente, enfatizando todas as insinuações sexuais coloridas da música.
Os olhos de Caio nunca deixaram os dele, qualquer constrangimento que ele sentisse por uma escolha tão explícita consumida por uma fome óbvia.
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a música dedicada ao Caio
https://youtu.be/-3e_9HjfeRs
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Olá lobinhes,
agora vou deixando as cenas prontas e postando. divirtam-se. vou tentar postar mais uma até sábado.
bjokas e até a próxima att.
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