Capítulo 30
Capítulo 30
Maurício sentiu um lampejo de raiva fervendo em Nano. Ele não tinha certeza no que Demi estava tentando chegar, mas ele podia dizer que Nano estava ficando chateado.
O telefone de Nano tocou. Ele olhou para Mau, dizendo ‒ Preciso atender. Esteja pronto para sair em cinco, magrelo. ‒ Ele olhou para Damien, apertando sua mão novamente enquanto resmungava ‒ Não conte histórias para o nosso garoto.
‒ Não sonharia com isso. ‒ Respondeu Demi com um sorriso firme.
Assim que Nano saiu para atender ao telefone, Maurício se virou para encarar o demônio. ‒ Ei! O que foi aquilo?
Dando um tapa na cabeça de Mau, Demi retrucou ‒ Em que merda se meteu! Entrando em brigas com os Sartori, incomodando a vovó!
‒ Qual é o problema com essa senhora? ‒ Maurício protestou, esfregando a cabeça.
‒ Ela é a pessoa a quem você vai quando quer desenterrar merda sobre policiais. ‒ Explicou Damien. ‒ O que quer que Caio esteja planejando, não é bom, garoto. Eu te amo como um amigo e você precisa dar o fora.
Maurício lembrou imediatamente o que Caio disse sobre ter provas de que Alexandre era um mentiroso, e seu estômago revirou.
‒ Está me ouvindo? ‒ Demi estalou.
Mau respirou fundo, dizendo com firmeza ‒ Estou bem. Sei o que estou fazendo.
‒ Não, você não sabe.
‒ Eu juro, está tudo bem! É por isso que tenho Nano comigo! Eu estou...
‒ Coração! Pau! Lembra? Ouça a si mesmo, garoto. Isso deveria ser um acordo...
‒ Não é ‒ disse Maurício, erguendo as mãos em frustração. ‒ Não sei o que é, mas é... é outra coisa agora. Ok? Caio se importa comigo e eu me preocupo com ele. Olha, ele vai vir aqui comprar minha dívida, está bem?
‒ E o que isso custou para você? ‒ Damien exigiu.
Mau não quis responder, fazendo beicinho desafiador. ‒ Ele me quer por mais tempo. Isso é tudo que importa.
‒ Cuidado, garoto, ‒ disse Demi, franzindo o cenho. ‒ Ficar vivo também importa muito.
‒ Eu sei. ‒ Maurício sorriu gentilmente. ‒ E não quero que algo aconteça comigo.
‒ O que você planeja e o que realmente acontece, raramente é a mesma coisa, garoto. ‒ Danien riu amargamente.
Mau esticou a língua. ‒ Sim. Sim. Olha, por favor, guarde esse dinheiro pra emergências? Como uma espécie de crédito, pode ser?
‒ Você entendeu. E vou enfiar o resto em um colchão para você. Só não me faça gastá-lo em um funeral, está ouvindo?
‒ É tão ruim assim?
Demi lançou um olhar incrédulo. ‒ Garoto. Realmente não é bom. Os policiais estão todos nervosos com os Sartori de volta na cidade, os Signori estão por toda parte tentando manter o controle. Caio está tentando não começar uma guerra, mas se os Sartori continuarem a cutucá-lo... eles vão conseguir uma.
Maurício franziu a testa suavemente, sua preocupação imediatamente indo para Caio.
"Caio", - ele pensou consigo mesmo - ele estava preocupado com Caio.
‒ Cuide-se ‒ disse Damien, olhando para a porta. ‒ Giuliano está esperando por você.
Mau olhou atrás e viu um Nano muito impaciente acenando para ele. ‒ Ok, eu vou, e sim, prometo que vou ser supercuidadoso. ‒ Ele tranquilizou o amigo. ‒ Não serei pego em nenhuma guerra de gangues.
‒ Vou lembrar que você disse isso. ‒ Demi bufou. ‒ Até mais, garoto.
Maurício se despediu e se juntou a Nano no carro. Giuliano não falou muito, ligando o rádio enquanto dirigiam. Ele fazia algumas paradas, sempre instruindo Mau a ficar no carro.
Uma barbearia, escritório de advocacia, loja de bebidas, posto de gasolina.
Maurício passou o tempo folheando o telefone, procurando música. Ele estava tentando obter alguma inspiração, para o que ele poderia fazer no aniversário de Caio.
Quando Nano voltou da última missão, já era quase meio dia. ‒ Hora de começar a trabalhar, magrelo.
Mau assentiu, olhando pela janela enquanto dirigiam ao clube. Ele ficou surpreso ao ver um bando de homens de terno quando pararam, alguns dos quais ele reconheceu do hotel. Nano guiou Maurício para dentro, Dante já estava no palco ao lado do piano esperando por ele.
Mau ficou vermelho quando se lembrou de todas as coisas que tinha feito naquele piano.
‒ Ei! ‒ Dante cumprimentou alegremente, acenando, ignorante da devassidão que ocorreu exatamente onde ele estava sentado. Ele franziu a testa quando viu Nano seguindo Maurício e ergueu as sobrancelhas para todos os seguranças a reboque. ‒ O que está acontecendo?
‒ Está tudo bem. ‒ Nano murmurou, sentando-se a uma mesa perto do palco. Os outros homens se espalharam pelo clube, todos assumindo várias posições defensivas. ‒ Totalmente bem.
‒ Uh, não ‒ disse Dante com uma careta. ‒ A última vez que vi tantos capangas? Você estava preparando alguém para um terno de madeira. São os Sartori?
‒ Ouvindo coisas? ‒ Nano perguntou casualmente, ainda não respondendo à pergunta de Dante.
‒ Só que os Sartori estão de volta, querendo agir contra o chefe. ‒ Respondeu Dante, tocando levemente uma das teclas do piano. ‒ Eles acham que ele vai morrer por matar Rico, e os Signori não serão capazes de aguentar sem ele.
‒ Huh. ‒ Foi tudo o que Nano disse. ‒ Então é isso?
Dante parecia irritado por não ter suas informações confirmadas, suspirando e olhando para Mau. ‒ Roberto me disse que temos uma grande festa de aniversário para nos prepararmos?
‒ Sim! ‒ Maurício respondeu, batendo palmas. ‒ Vou cantar com vocês duas vezes por semana agora, então sei que tenho muito que aprender...
‒ Ei, ei... ‒ Dante assegurou. ‒ ...você ficará bem. Você aprende super-rápido, e eu posso enviar-lhe totalmente algumas das músicas para trabalhar em casa. ‒ Ele estalou os nós dos dedos, correndo os dedos pelas teclas. ‒ O que quero ouvir agora é o que você planeja fazer para tornar o aniversário do chefe um evento inesquecível.
‒ Bem. ‒ Maurício sorriu, coçando a parte de trás da cabeça. ‒ Na verdade, talvez eu tenha algumas ideias.
‒ Legal! Vamos lá. Vamos ver o que você conseguiu encontrar.
As próximas horas foram gastas ensaiando as músicas de Mau, as que ele havia escolhido para a festa. Algumas, Dante fez caretas e riscaram imediatamente, mas uma ou duas o empolgaram para o show.
Eles quase completaram o set list, e Dante e Maurício estavam bastante orgulhosos do número final que haviam inventado, deixando Dante sorrindo de orelha a orelha quando terminaram.
‒ Oh, isso vai ser tão bom.
Até Nano pareceu gostar, rindo. ‒ Mal posso esperar para ver o rosto do chefe. Eu ainda digo que você deveria sair de um bolo grande.
‒ Sem bolo. ‒ Dante gemeu. ‒ Isso é como despedidas de solteiro e clubes de strip. Isso vai ser elegante, mas você sabe, quero ficar com todos os meus dentes na boca.
Mau sorriu orgulhosamente, esperando que Caio gostasse. Eles haviam trabalhado tanto, e ele estava empolgado para sexta-feira chegar. ‒ Ok. Então, quer passar por isso mais uma vez?
‒ Do começo. ‒ Dante concordou, os dedos correndo sobre as teclas do piano novamente.
O telefone de Nano tocou e ele ficou de pé ao atender. ‒ Fale. ‒ Ele olhou para o palco, franzindo a testa enquanto ouvia. Ele não parecia gostar do que a pessoa do outro lado tinha a dizer. ‒ Você tem que estar brincando comigo.
Maurício levantou uma sobrancelha, perguntando com cuidado ‒ Está tudo bem, Nano?
‒ Vocês dois... ‒ Nano latiu, apontando para ele e Dante. ‒ ... aqui até eu voltar.
Mau franziu o cenho, olhando preocupado para Dante.
‒ Ei! O que está acontecendo? ‒ Dante perguntou para Giuliano.
‒ Fique aqui, eu disse! ‒ Ele retrucou, indo em direção à frente do clube. Dois dos homens de terno foram com ele, armas já apontadas.
Maurício recuou em direção ao piano, seu coração batendo de pavor. ‒ O que está acontecendo?
‒ Não tenho ideia ‒ disse Dante, engolindo em seco. Ele estava de pé, a preocupação enrugando a testa. ‒ Mas tenho um mau pressentimento sobre isso.
Dois tiros soaram, fazendo Maurício pular. ‒ Caralho! Que porra é essa!
O resto dos homens de terno dispararam a frente do clube, mais tiros disparados.
‒ Ok, hora de ir! ‒ Dante agarrou o braço de Mau e começou a arrastá-lo para a parte de trás do palco enquanto mais tiros disparavam.
‒ Mas Nano disse...!
‒ Quem você acha que provavelmente está sendo baleado agora? ‒ Dante sibilou, estremecendo com outra rodada de tiros. ‒ Temos que sair daqui, porra! Agora!
‒ Quem é lá fora! ‒ Maurício exigiu.
‒ Você realmente quer ficar por aqui para descobrir? Obviamente, são pessoas muito más que são muito mais más do que as pessoas más para quem trabalhamos! Vamos, porra!
Mau se viu empurrado pelas cortinas, Dante o empurrando em direção a um corredor estreito. Parecia que seu coração estava subindo para a garganta, e ele tropeçou enquanto tentava correr para a porta.
Esperava que Nano estivesse bem e desejava como o inferno que Caio estivesse aqui.
‒ Por aqui ‒ disse Dante. ‒ Vamos sair pelos fundos e meu carro está estacionado ali.
‒ Tudo bem ‒ disse Maurício, tentando se concentrar na voz de Dante e manter sua ansiedade sob controle. Eles estavam quase lá. A porta estava ali.
Mau pegou a maçaneta, mas a porta se abriu antes que pudesse agarrá-la. Gritou, recuando quando viu Vini Sartori olhando para ele.
‒ Apenas quem eu estava procurando. ‒ Vini zombou, apontando a arma para Maurício. Seu nariz estava enfaixado e os dois olhos estavam machucados pela briga com Mica. Ele não parecia feliz em ver Mau.
‒ Oh, Deus. ‒ Maurício engasgou, seu peito começando a apertar, olhando para o cano da arma de Vini. Ele sentiu as mãos de Dante agarrarem seus ombros, inclinando-se contra ele enquanto ofegava com medo.
‒ Onde está o anel? ‒ Vini exigiu.
‒ O anel? ‒ Maurício ficou pasmo. Que inferno era o grande problema com esse anel estúpido? Ele balançou a cabeça, gaguejando ‒ Dei pro Caio!
‒ Aah. ‒ Vini encolheu os ombros. ‒ Isso é uma vergonha. Acho que não precisamos de você, hein?
Os olhos de Maurício se arregalaram, o terror fazendo seu sangue congelar e sua respiração presa. ‒ Espere. O quê?
A arma disparou.
**
Olá lobinhes,
o cap ficou um pouco mais curto. mas eu queria postar mais um capítulo nessa semana. e tenho alguns compromissos e não teria tempo se não fosse hj.
espero que gostem, msm curtinho.
bjokas e até a próxima att.
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