Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

☠ XVI - Ritmo de fuga ☠ (Parte I)


Skyller tinha levado o que restou de suas forças para o forte, a única construção que permaneceu inteira após o incêndio. Ordenou que todos se abrigassem ali, enquanto um grupo pequeno fora mandado para retirar os corpos da praia e averiguar o estrago causado pelas chamas. Uma central de emergências havia sido montada às pressas no pavilhão central para cuidar dos feridos, liderada por Louise e Sarah, que não gostou muito de sua nova designação. Para o bem de todos, James Blythe fora mandado de volta ao acampamento por Fox, em busca de provisões que por ventura o fogo houvesse poupado. O momento era de união, então estabeleceram um pacto de ajuda mútua enquanto a trégua perdurasse.

Sob a luz de uma lua de chumbo, recortada por um véu negro tóxico de fumaça, os dois líderes piratas conversavam em um dos baluartes do forte. Silencioso, Zaki aguardava pela resolução da conferência em um dos cantos. Skyller não permitiu que ele saísse de seu lado enquanto não explicasse tudo o que sabia sobre a localização de Oliver, tendo mandado Eric em seu lugar para buscar o povo malgaxe.

— Então este lugar foi batizado com o meu nome? — dizia Fox ao andar de um lado a outro do baluarte, o rosto contraído, as mãos atrás das costas. — Imagino o quanto deva ter rido às minhas custas esse tempo todo.

— O nome foi uma homenagem — apressou-se Skyller em explicar. — Pela memória de nossa antiga aliança. Eu sempre fiz questão de ressaltar o grande pirata que você foi, sua liderança justa e firme.

Fox riu, um riso de escárnio que perdeu-se entre a névoa envenenada.

— Mesmo que seja verdade, Skyller, o pacto que firmamos não significa que desisti da guerra. Quando os sete dias terminarem, tudo volta ao normal. Nós lutamos, eu venço. Libertália é minha.

Skyller sorriu com tristeza do outro lado do baluarte.

— Você sempre foi um homem de palavra, o que eu admiro, mas em Libertália as coisas são um pouco mais complicadas. Você e seus homens já estão aqui há bastante tempo, devem ter percebido o quanto a ilha pode ser... traiçoeira. Há coisas que acontecem aqui que simplesmente não podem ser explicadas. Este incêndio foi apenas mais uma delas.

— E, no entanto, apesar de tudo, você permaneceu no comando por todo esse tempo. Seria sorte? Eu duvido — Fox fez um gesto amplo com as mãos, um sorriso maroto brincando em seus lábios. — Eu sei sobre o tesouro, Skyller. O tesouro de Avery, o tesouro de Eldorado. O tesouro pelo qual William Kidd enlouqueceu. Ele é a chave, não é? É por isso que está aqui. É por isso que se arrisca tanto, que coloca seus homens em perigo dia após dia, para mantê-lo sob sua guarda.

— Eu vim para cá para libertar Louise das garras de Garret. Mas se está pensando em tomar o tesouro para si, tome cuidado, ele é amaldiçoado. Coisas ruins... coisas muito ruins acontecem com quem tenta se apossar dele. Três homens, foi tudo o que restou a Avery.

— Eu não sou Avery, nem tampouco você. No momento certo, o tesouro virá para as minhas mãos — ele disse como se houvesse alguma carta escondida na manga. — Mas antes que esse momento possa chegar, quero saber quais são seus planos por agora. O que significa aquela conversa do garoto sobre ampulheta e fronteira?

Zaki trocou um olhar nervoso com Skyller, mas este o tranquilizou com um aceno de cabeça.

— Tudo bem, eu vou explicar.

Fox ouviu atentamente toda a história de Skyller sobre os malgaxe e tudo que acontecera na ilha desde que chegaram. Quando terminou, ele o encarava, incrédulo.

— Então quer dizer que agora a magia está desfeita? Se o tempo voltou mesmo a correr, não há nada mais que nos prenda aqui.

— Sim, mas deixar a ilha seria muito perigoso. Muito tempo se passou, não sabemos como o mundo está lá fora. É por isso que temos que planejar nossos próximos passos com muita cautela.

— O que pretende?

— O mais importante agora será reforçar a defesa em torno da ilha, para evitar mais invasores. Se não temos mais a fronteira mágica para nos proteger, precisaremos de uma física.

Fox riu.

— Acha mesmo que nenhum pirata vai querer desbravar o mundo moderno? Parece que não conhece seu próprio povo, Skyller. Ou está fazendo isso para proteger o tesouro, e não o povo? Seu próprio filho está lá fora, sozinho, em um mundo estranho e hostil. Não fará nada sobre isso?

Os punhos de Skyller fecharam-se. A expressão em sua face irradiava uma irritação contida. Tinha que lembrar a si mesmo que atacar Fox era uma péssima ideia.

— O que faço é pelo bem de todos, inclusive o seu. Ou acha que restará algum tesouro a ser protegido se formos descobertos? Libertália virará um verdadeiro inferno na terra casa isto aconteça. Quanto a Oliver, sei o que tenho de fazer para resgatá-lo — ele virou-se para o canto em que o jovem malgaxe aguardava na penumbra. — Zaki? Aproxime-se.

O garoto saiu da penumbra, deixando que a luz da lua iluminasse seus profundos olhos negros com um brilho de medo e hesitação.

— Skyller, o que houve aqui hoje não foi coincidência. Nadine... — Zaki sentiu uma fisgada em seu peito ao mencioná-la. — Nadine entrou em contato com o espírito do pai, ele lhe revelou que a ilha será destruída em breve.

O rosto de Skyller era uma máscara impenetrável.

— O que está dizendo?

— Estou dizendo que... — ele olhou de um capitão para outro, engolindo em seco. — Que talvez seja inútil tentar proteger Libertália de invasores, as próprias forças mágicas da ilha estão contra nós. O incêndio foi apenas um aviso.

— Aí está, Skyller — disse Fox. — Quando os outros piratas souberem disso, quererão fugir da ilha a nado.

Skyller parou por um instante, refletindo sobre aquelas palavras. Então virou-se novamente para Zaki.

— O que mais o espírito disse?

O que quer que Zaki fosse dizer, ficou suspenso no ar. Uma gritaria inundou todo o pavilhão central, impossibilitando qualquer intenção de continuar a conversa. Skyller franziu o cenho ao virar-se para a origem da balbúrdia, surpreendendo-se ao ver Haya entre as fileiras de feridos, virando cada um deles para si ao pressioná-los sobre alguma pergunta. Louise vinha logo atrás, tentando inutilmente pará-la. Ao erguer os olhos para o baluarte, seus olhos cruzaram-se com os de Skyller, o suficiente para desviar seu foco.

— Skyller, seu patife! — gritou ela, a raiva estampada na face. — O que fez com Elisa e Henrique?

— Pare de gritar, está prejudicando na recuperação dos feridos.

Haya não aceitou ter sua resposta ignorada. Determinada, marchou através do reparo até o baluarte em que estavam, encarando Skyller com hostilidade, o rosto injetado a centímetros de distância.

— Onde eles estão?

Skyller era um pirata experiente demais para perceber que Haya intencionava sacar a espada contra ele. Iria dizer-lhe que não fazia a mínima ideia, e assim desencadear mais uma briga desnecessária, quando a mão de Zaki pousou sobre a dela, e por algum motivo isso a acalmou.

— Eles não estão mais em Libertália — disse ele com voz calma e pacífica. — Enquanto corria para cá, senti que suas presenças deixavam a ilha, junto a Oliver e... Nadine...

Sua voz ressoava uma tristeza que não lhe era usual. Haya sustentou o olhar, e a compreensão daquelas palavras encheram o seu peito de desesperança.

— Eles estão... bem?

— Estão vivos, sim. Há uma presença entre eles que não consigo identificar, mas tentarei entrar em contato com Nadine, talvez ela possa... — com um nó na garganta, Zaki percebeu o quanto era difícil tocar no nome de Nadine depois do desentendimento que tiveram. Aquilo nunca acontecera, em todo o tempo em que se conheciam, e ele tinha medo de que a garota nunca mais fosse querer falar com ele novamente. Nadine agora estava distante, no mundo desconhecido que sempre ansiara em conhecer. Talvez a modernidade a fizesse esquecer de tudo que compartilharam juntos. Esse pensamento o assombrava. Mas a despeito de seus medos, forçou-se a concluir sua fala. — Talvez ela possa nos revelar a sua localização.

— Faça isso — ordenou Skyller em uma voz trovejante. — Prepararei uma equipe de resgate para trazê-los de volta e...

Ele parou de falar quando sua visão periférica captou um movimento suspeito nas sombras. Com a mão na espada, aproximou-se do local, esperando o pior.

— Quem está aí?

Nada além do silêncio. Skyller voltou para a luz, pensando que talvez sua mente o tivesse traído ao imaginar coisas. Seis pares de olhos o encaravam interrogativamente.

— Eu pensei ter visto algo — desculpou-se ele.

— De qualquer forma, Skyller — Fox tomou a palavra. — se Libertália está mesmo condenada à destruição, não há motivos para resgatá-los, exceto que queira salvá-los do mundo moderno para vê-los morrer ao seu lado aqui na ilha.

— Destruição? — quis saber Haya, abaixando a guarda com o choque. — Do que está falando?

Skyller acenou para Zaki.

— Foi a notícia que acabamos de receber. Mas ainda há uma esperança, não há? O que mais o espírito revelou? Se existir alguma chance, ainda que mínima, nos agarraremos a ela.

— Sim, era o que eu estava dizendo — disse o garoto, sentindo o gosto de terra em sua boca. — Ele disse que a única força que talvez possa salvar a ilha está concentrada no bracelete malgaxe, uma energia pura e poderosa o suficiente para anular as forças antigas e malignas que pairam sobre a ilha. O seu bracelete, Haya.

Ela o encarou por um momento, tentando digerir a informação. A pirata sentiu os olhares ansiosos que Fox e Skyller lhe dirigiam, mas as palavras pareciam escapar-lhe como grãos de areia sobre a mão.

— Mas esta é uma excelente notícia! — comemorou Fox com sua voz retumbante. — Você pode salvar a ilha, senhorita Venice!

— Não, não posso — ela engoliu em seco.

— Como não pode? — Skyller colocou um braço em seus ombros para encará-la de perto. — Haya, é a nossa única chance! Você precisa tentar...

— Não! — gritou ela exasperada, afastando a mão de Skyller com um sonoro tapa. — Vocês não entendem... se Libertália depende do meu bracelete para ser salva, então estamos todos condenados.

Haya saiu em disparada, misturando-se às sombras tóxicas dos últimos resquícios das chamas sobrenaturais, deixando para trás dois líderes piratas perdidos e um feiticeiro malgaxe aterrado pela culpa e impotência.


☠☠☠


Mais tarde, no revelin, dois piratas se reuniam, a bandeira chamuscada de Skyller tremeluzindo sob suas cabeças, tendo apenas o crânio com a ampulheta como testemunha de sua conversa clandestina.

— É como estou dizendo, aquele rapazote malgaxe falou com todas as letras que Libertália será destruída. O fim da ilha são favas contadas.

— E Skyller não fará nada para nos salvar?

O homem riu, deixando todos os dentes podres à mostra.

— Skyller já não é mais o mesmo. Depois desses anos todos, virou um molenga que só se interessa pela família, ele não fará nada por nós. Além disso, é obcecado por aquele elefante branco do tesouro de Eldorado, pois todos sabemos que ninguém jamais conseguirá desfrutá-lo. Em minha opinião, Skyller cairá junto com a família e o tesouro na destruição da ilha, resta saber quantos de nós o acompanhará. Veja só quantas baixas tivemos apenas hoje. Quer que isso se repita?

Seu interlocutor franziu o cenho, limpando com as costas das mãos algumas gotas de suor que teimavam em brotar em sua testa.

— Então... está propondo um motim? Sabe que Skyller não deixará isso barato...

— Por Netuno, sim! Skyller está fraco, o que poderá fazer contra nós? E se ele está tão ocupado com seus próprios problemas a ponto de negligenciar seu povo, é nosso dever assumir o papel de salvarmos nossas próprias peles. E então, o que me diz? Está dentro?

O pirata estendeu a mão, aguardando pela resposta do segundo. Ele, por sua vez, demorou dois segundos para aceitá-la, apertando-a em um gesto amistoso que selava o acordo entre os dois. Mais acima, a bandeira sacudia-se ao sabor do vento, seu movimento ocultando o rosto do crânio sem expressão.

— Estou dentro, sim! Mas como faremos para que Skyller não desconfie?

— Reúna alguns homens, mas tome cuidado ao abordá-los. Primeiro os sonde para averiguar o nível de insatisfação e a lealdade que ainda lhes resta, então faça a proposta. Seria bom nos aproximar dos homens de John Fox também.

O homem o olhou confuso.

— Por que faríamos isso? Não são nossos inimigos?

— Não em tempos de crise como esses. Fox e Skyller estão no comando, mas se unirmos nossas forças, o êxito será nosso. Sozinhos, eles não são ninguém.

O homem exibiu um sorriso oleoso e reptiliano.

— Certo, gostei dessa parte. E depois?

— Tomamos os barcos que conseguirmos reunir e caímos fora daqui. A fronteira está aberta, não há mais impedimentos.

— Mas não será perigoso? O mundo pode não ser mais o mesmo que deixamos para trás.

O idealizador do motim riu de seu comparsa, dando de ombros para a sua preocupação.

— Bobagem! Skyller vive dizendo isso justamente porque teme uma rebelião, mas depois que nos livrarmos desta ilha maldita, estaremos livres para sempre. Não uma prisão coletiva pacífica disfarçada de liberdade como a que temos aqui, mas uma verdadeira liberdade. Lá fora, poderemos fazer tudo o que quisermos, sem dar satisfação a ninguém.

O homem animou-se ao ouvir tais palavras.

— Então, será como nos velhos tempos?

O primeiro pirata abriu um sorriso de crocodilo velho banguela, abrindo os braços à frente em um gesto amplo.

— Exatamente como nos velhos tempos.


☠☠☠

Gente, me perdoem pelo capítulo fracionado, é que como ele estava muito grande, eu resolvi dividir em dois para facilitar na leitura.

Mas, por causa disso, excepcionalmente essa semana teremos duas atualizações, então aproveitem!

Bons ventos e até quarta ;)

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro