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☠ XIII - Aliança tortuosa ☠


A adaga de Haya não teria funcionado.

De todos os lados, surgiram piratas armados até os dentes, formando um semicírculo entre eles e o riacho. Elisa sentiu as pernas fraquejarem. Tinha acabado de se livrar de um bando de piratas sanguinários, só para cair nas garras de outro bando de piratas sanguinários.

Haya, no entanto, não se deixou abalar. Ignorando a tensão que se instalara entre Elisa e Henrique, deu um passo à frente, ainda empunhando sua faca, tão ameaçadora quanto uma gazela poderia ficar diante de uma manada de leões famintos.

— Vocês são homens de Fox? Onde ele está?

Alguns homens rangeram os dentes, incomodados com a ousadia da mulher. Porém, antes que pudessem atacá-la, alguém abriu espaço entre eles, passando entre o corredor humano até ficar visível.

— Então, como eu previa, nos encontramos de novo.

Fox estava exatamente como da última vez, exceto pelas pistolas extras em seu cinto transversal, formando uma espécie de coluna vertebral da morte. Seu sorriso era presunçoso e relaxado.

Ao seu lado, a figura de James surgiu, apenas um pouco menos desarmado que o chefe. Haya o conhecia o suficiente para saber que pistolas não faziam o seu estilo.

— Fox, James — cumprimentou ela em tom curto e seco, ainda à frente de Elisa e Henrique em posição protetora. — O prazo ainda não se esgotou.

O sorriso de Fox transformou-se em uma risada rouca.

— Minha cara, estamos apenas rondando para nos certificar de que nenhum ratinho metido a esperto irá escapar.

— A evacuação da vila ainda não acabou. Você disse...

— Sim, sim — cortou ele, balançando as mãos como quem afasta uma mosca irritante. — Mulheres, crianças, blablablá... Não sou tão cruel a esse ponto. Mas já que nos encontramos aqui, neste lugar inusitado, estou curioso quanto a duas coisas: por que não está ao lado de Skyller, ajudando-o em sua defesa? E quem são seus jovens companheiros?

Para o espanto de Elisa, Henrique deu um passo à frente, falando antes de Haya:

— Eu posso responder!

Os piratas o olharam em descrença. Era muita ousadia, ou muita burrice, que um sujeito desarmado encarasse seu bravo capitão de peito aberto. Fox franziu a testa, esperando o desenrolar da cena.

— O que está fazendo? — disse Haya entredentes, puxando-o para trás. — Deixe que eu cuido disso.

— Não! — insistiu ele, puxando o braço de volta sem desgrudar os olhos do pirata à sua frente. — John Fox, meu nome é Henrique Lobo. Venho de uma era distante para falar com você.

— Vem, é? — tornou o pirata, analisando-o de cima a baixo sem aparentar muito interesse. — É uma pena, não tenho tempo para brincadeiras de crianças.

Henrique ia protestar, quando Elisa o atacou em um golpe desajeitado em seu abdômen. Se ele não estivesse tão distraído, ela jamais o teria derrubado tão facilmente.

— Fique quieto, você enlouqueceu?

John Fox voltou a rir, seus homens o imitando.

— Ótima tentativa de distração, senhorita Venice, mas ainda não respondeu minhas perguntas.

Haya olhou para eles, confusa.

— Eles são só... dois jovens pacíficos que não têm muita noção do perigo — disse ela, olhando de cara feia para Henrique antes de voltar sua atenção a Fox. — Quanto a outra pergunta, eu o alertei. Fiz o que devia fazer, mas não lutarei mais as guerras de Skyller. Nossa aliança está rompida.

Ao lado de Fox, James Blythe abriu um largo sorriso de satisfação.

— Então me ouviu, finalmente.

Haya devolveu-lhe uma expressão azeda. Detestava quando James tinha razão, mas não ia dar o braço a torcer.

— Não pense que isso muda algo entre nós.

O sorriso de James cresceu, mas ele não disse mais nada.

— Certo, isso mostra que você é esperta — ponderou Fox. — Mas Skyller não é um homem de deixar uma deserção por isso mesmo. Se cruzarem com os homens dele, não hesitarão em matá-los. Fique conosco, é a sua melhor chance.

— Eu sei me cuidar. Além disso, estou me afastando da guerra, não pretendo lutar, nem contra Skyller nem contra você.

— Sua atitude é louvável, mas esta ilha não é tão grande assim, não há escapatória. Se a batalha vier até você, talvez até possa se safar com suas habilidades, mas e quanto a estes jovens? Para tê-los trazido consigo, devem significar-lhe algo. Eu os ofereço minha proteção.

— Aceite! — gritou Henrique do chão, o que lhe rendeu uma cotovelada dolorida de Elisa.

Haya ponderou sobre aquilo. Não se importava muito com o seu destino, mas não poderia suportar a ideia de perder Elisa. A garota era tudo que lhe restava da família que nunca pode ter. Por mais perigosa que fosse aquela aliança com Fox, e por mais que isso significasse que ela teria que voltar a conviver com James, ela o faria por Elisa.

— Está certo, eu aceito. Mas com a condição de que não moverei um único dedo contra as forças de Skyller. Não seria justo, depois de todos estes anos.

John Fox abriu os braços em um gesto acolhedor.

— Minha querida, já fizemos um acordo antes, tenho certeza de que nos daremos bem.

Elisa olhou com desconfiança de Fox para Haya. Por mais que a atitude do pirata fosse complacente, e do entusiasmo irracional de Henrique, os homens de Fox continuavam a encará-los como uma apetitosa sobremesa a qual ainda não tinham decidido se comeriam depois do almoço ou no café da tarde.


☠☠☠


Quando Nadine voltou para casa, não esperava encontrar tudo de pernas para o ar. Ainda não havia se recuperado de seu encontro com o pai e da rejeição de Zaki, mas o estado em que a vila de Libertália se encontrava a abalou de um jeito diferente.

Os piratas corriam de um lado a outro, gritando uns com os outros, afiando lâminas e carregando pistolas. Alguns passavam apressados com os barris de pólvora de emergência de Skyller. Para chegar ao ponto de terem que usá-los, a coisa devia estar mesmo feia. Ao arrastar-se pelas ruas, Nadine notou que as casas estavam vazias. As famílias se foram, restando apenas os homens da antiga tripulação de Skyller e os jovens que haviam sido treinados por ele.

O coração de Nadine batia acelerado. Em sua ânsia, só percebeu que havia trombado com alguém quando seu braço começou a doer.

— Aí, vê se presta atenção por onde anda!

Um rapaz que não devia ter mais do que treze anos a encarava zangado, limpando a boca de seu mosquete como se fosse uma peça delicada de cristal.

— O que está havendo aqui? — exigiu ela, ignorando a falta de lisura do garoto.

— Não há tempo. Ele está vindo.

— Quem está vindo?

Não houve resposta por parte do garoto, que simplesmente afastou-a com a mão livre e passou a correr em direção à orla, o mosquete seguro junto ao peito.

— John Fox — disse a voz conhecida de Eric, fazendo-a virar-se para ele. — Makanda estava certa, ele está aqui e declarou guerra contra nós. Agora resta apenas pouco mais de uma hora.

Nadine lutou para assimilar aquelas palavras. O rosto de Eric era uma máscara impassível muito bem forjada, mas ela conhecia o primo o suficiente para identificar o medo por trás do véu de sua isenção.

Ela não podia culpá-lo, sempre que ouvira falar de Fox, ele era descrito como um pirata ardiloso, a quem nenhum outro pirata ousava cruzar o caminho. O fato dele estar em Libertália não fazia muito sentido. O fato de ter declarado guerra a Skyller, menos ainda.

— Essa guerra não pode acontecer — afirmou Nadine, em tom firme e determinado.

Eric a encarou, desolado. Somente então Nadine notou que havia algo mais além do medo em seus olhos. Pelo visto, ela não era a única com seus dilemas particulares.

— Não há nada que possamos fazer — resignou-se ele.

— Nadine, onde esteve esse tempo todo?

A voz fria e autoritária da mãe atingiu-a como uma mortalha. Mas ela não podia se dar ao luxo de ficar paralisada diante da pirata. Precisava se concentrar em sua missão, agir rápido.

— Isso não importa agora, mãe. Preciso encontrar Haya, onde ela está?

O nome da pirata provocou uma onda de raiva em Sarah. O sangue subiu-lhe à face e ela trincou os dentes, aproximando-se da filha com uma expressão perigosa.

— Você vem até aqui depois de me desobedecer e nos abandonar para procurar por aquela traidora?

As palavras a atingiram como um raio.

— Traidora? Haya?

Sarah continuou a encará-la como uma fera prestes a atacar. Nadine considerou fugir, mas a intensidade do azul daqueles olhos sempre a dominava, e tudo o que pode fazer foi encolher os ombros, esperando que a mãe aplacasse sua fúria sobre ela.

Ela não veio. Em um raro momento de serenidade, Sarah suspirou, atirando uma das espadas que levava para as mãos da filha.

— Esqueça isso, não temos tempo. Fique com isto e lembre-se de suas aulas de esgrima.

Nadine encarou a lâmina, que tremia em suas mãos como uma gelatina mortífera.

— Não posso fazer isso. Não posso lutar.

— Que bobagem é essa agora? Se não lutar, você morrerá.

Nadine balançou a cabeça, estendendo as mãos em uma tentativa falha de devolver a arma.

— Se essa guerra acontecer, a ilha toda irá ruir. — Nadine cravou os olhos em Sarah. — Eu falei com ele. O espírito do meu pai me contou o quanto desestabilizamos a magia da ilha, e se isso continuar, todos nós morreremos.

Eric a olhou com assombro.

— Você conseguiu, afinal.

Sarah permanecia com a mesma expressão impassível, embora tenha deixado transparecer uma ruga de preocupação.

— O espírito do seu pai... que bela hora encontrou para fazer espetáculo — ironizou ela. — Mas não podemos nos dar ao luxo de não lutar. Primeiro, derrotamos as forças de John Fox. Depois, veremos o que fazer pela ilha.

— Mas, mãe...

— Sem mais! — cortou ela em tom ácido, apontando de Nadine para Eric. — Vocês dois fiquem juntos. Os ataques começarão a qualquer momento.

Sarah não deu chances para que Nadine protestasse novamente, desaparecendo entre a massa caótica de piratas raivosos. A garota encarou sua espada com repulsa, mas acabou guardando-a na bainha em sua cintura.

— Eric, onde estão Henrique e Elisa?

Qualquer coisa que Eric fosse dizer, foi abafado pelo barulho estridente de uma grande explosão. Os dois olharam, horrorizados, para a faixa da praia de onde a explosão tinha vindo. Os homens de Skyller erguiam as armas, incitando os piratas a avançarem contra o inimigo. A baía estava sendo invadida.

— Já começou. — Eric engoliu em seco.


☠☠☠


John Fox tinha deixado Haya e seu grupo com mais dois homens que ele julgava não servirem para o combate. Haya encarava aquilo como uma medida de segurança, mas Elisa não conseguia afastar a ideia de que eram apenas duas feras selvagens aguardando o melhor momento para devorar suas presas.

Henrique caminhava ao seu lado de forma mecânica, mais silencioso do que de costume. Elisa ainda não tinha engolido a reação exagerada do garoto ao encontrar-se com Fox, e esperou até que estivessem a uma distância segura dos capangas para confrontá-lo:

— O que foi aquilo tudo com Fox? Estava tentando se matar?

O garoto a olhou com uma expressão indecifrável. Deu mais alguns passos e afastou um galho, que caiu em sua face.

— Não, eu só achei que podia contornar a situação, que ele me ouviria se eu soubesse o que falar.

Elisa não acreditou no que ouvia. Mesmo agora, com a revelação do diário de Kidd, sua postura rígida, sua atitude suspeita com Fox, o olhar de culpa e tortura que às vezes ele lhe lançava, tudo continuava um mistério insondável.

Elisa parou de andar, obrigando-o a virar-se para ela. sua expressão não era nada amigável.

— Vai continuar mentindo? — acusou ela em um tom alto o suficiente para preocupar Haya, que franziu a testa. No entanto, Elisa continuou, sem se importar. — Está na cara que ainda está escondendo algo. Eu pensei que pudesse confiar em você, que estávamos juntos nessa, mas pelo visto eu estava enganada.

Henrique engasgou uma resposta, mas a ação de Elisa foi o suficiente para alertar os capangas de Fox que os lideravam. O da direita os olhou, irritado.

— Continuem andando! — ordenou, em um tom que era mais de ameaça do que de incentivo.

Haya não gostou da atitude do homem.

— Devo lembrar-lhe que estamos indo por vontade própria. É melhor nos tratar direitinho, caso contrário Fox saberá que desobedeceram suas ordens.

O homem da esquerda encarou seu companheiro, aflito com as palavras de Haya. Mas ele não se deixou intimidar:

— Está me ameaçando, mulher?

Haya levou a mão à bainha da espada, acariciando o punho.

— Tome cuidado com o que diz. Já enfrentei piratas com o triplo do seu tamanho.

O homem olhou de Haya para a espada, grunhindo em frustração. Certamente já ouvira falar da habilidade da pirata, e o fato de Fox tê-los deixado como escolta de um grupo pequeno indicava que eles não eram bons guerreiros.

— Só... vamos manter o ritmo — disse o outro em seu auxílio, apaziguando os ânimos. — É perigoso ficar parado por aqui.

Elisa não sabia se ele se referia aos perigos da floresta ou à possibilidade de toparem com outro grupo de piratas, mas continuou andando. Henrique se arrastava ao seu lado, o rosto contorcido em uma expressão séria e torturada.

— E então, não vai dizer nada? — insistiu ela em um tom mais baixo. — Por que queria tanto falar com Fox?

Henrique engoliu em seco. Tinha chegado, enfim, a hora da verdade.

— Elisa... — começou ele, fixando os olhos aos dela. — eu queria falar com ele porque, assim como você é descendente de Haya, eu sou o descendente de John Fox. Eu entrei naquela taverna porque precisava confrontá-lo. — Henrique suspirou. O suor escorria por sua testa. — Fui preparado para isto a minha vida toda, esta era a missão da minha família.

Elisa continuou a encará-lo, sem saber ao certo como reagir àquilo. Por que a missão da família dele era confrontar um pirata que há muito deveria estar morto? E o que aquilo tinha a ver com o diário de Kidd, que nunca sequer mencionara John Fox?

As perguntas fervilhavam em sua cabeça, mas uma explosão distante a sobressaltou, obrigando-a a deixá-las para mais tarde.

— O que foi isso?

Os homens de Fox entreolharam-se, trocando um sorriso perverso que beirava à barbárie.

— Isso, minha cara, é o início da guerra.

Bom dia, pessoal! Como vocês estão?

Que tal o capítulo de hoje?

Estamos nos aproximando de um momento importante na história, então fiquem ligados!!

Finalmente Henrique revelou que é descendente de John Fox, mas o que isso significa para a história? O que terá por trás dessa missão que atravessou séculos?

Enfim, qual será o desfecho da temível guerra?

Não percam o próximo capítulo, a coisa vai pegar fogo ;)

Votem e comentem muito!!!

Bons ventos e até semana que vem ;)

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