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☠ Prólogo ☠

1718

Seria só mais uma noite enchuvarada qualquer, não fosse por aquela missão descabida. Resignado, o oficial Thomas arrastava suas botas de couro no chão lamacento, lutando para chegar ao seu destino. Se ao menos o chefe lhe tivesse permitido levar um parceiro, eles poderiam traçar um plano de abordagem para que ele não corresse o risco de ser morto antes mesmo de anunciar o motivo de sua presença. Mas ordens eram ordens. Mesmo que a ordem significasse deixar livre um pirata perigoso que levaram anos para rastrear e cuja captura o tornaria famoso, ele teria que simplesmente deixá-lo ir. Thomas não era do tipo que discutia uma missão dada.

Apesar da chuva torrencial que caía, a música da taverna ouvia-se de longe. E que taverna! Um lugar horrível, tomado por baratas e teias de aranha, como se há muito não fosse higienizado. Ao entrar, Thomas teve que prender a respiração para não vomitar com o cheiro de mofo. Quanto aos frequentadores do local - todos homens, sujos e mal vestidos - ao ouvirem a porta se abrir, imediatamente viraram-se para analisar o intruso, que pingava da cabeça aos pés, o elegante uniforme vermelho da marinha encharcado de água, o que teria causado calafrios em sua falecida mãe.

A música cessou no mesmo instante, gerando um silêncio incômodo.

Tentando ignorar os olhares de reprovação, Thomas tirou uma mecha molhada do rosto, logo localizando seu alvo sentado tranquilamente junto ao balcão, com uma caneca de rum ao lado e alguns comparsas ao seu redor. Seus longos cabelos castanhos estavam parcialmente presos no topo da cabeça, deixando à mostra um brinco de argola com um pingente de caveira. Tinha uma barba rala por fazer e vestia um sobretudo de couro escuro. Ao perceber o olhar de Thomas sobre si, ele se levantou, aguardando que o outro se aproximasse. Por sua vez, o oficial deu um passo à frente, enchendo-se de coragem ao abordá-lo:

— Você é o capitão Skyller, o pirata?

O sujeito o encarou por um instante com seus olhos verdes cheios de malícia.

— Depende de quem pergunta — disse ele, desembainhando sua espada e pressionando a lâmina contra o pescoço de Thomas em tempo incrível. — Posso ser, ou posso matá-lo agora.

— Eu venho em uma missão de paz — conseguiu dizer ele, engolindo em seco.

— Prossiga...

Tremendo, Thomas levou uma das mãos até a cintura, sob os olhos atentos de Skyller. Estava muito ciente de que qualquer movimento mal interpretado poderia significar o seu fim. No entanto, conseguiu desamarrar um pacote cilíndrico de couro junto de seu uniforme e o estendeu a Skyller, que o pegou com a mão livre.

— James Blythe pediu que lhe entregasse isso. É uma oferta de trégua.

Por um momento o pirata observou o pacote, incrédulo. Então atirou a cabeça para trás, gargalhando um riso sinistro de escárnio que se apoderou do local. Algumas pessoas mais próximas o acompanharam na risada, fazendo com que Thomas se sentisse um pouco bobo.

— James Blythe... e por que eu aceitaria qualquer coisa vinda daquele canalha?

Indignado com a ofensa proferida por aquele sujeito, que certamente era o pior de todos os canalhas, Thomas se encheu de coragem:

— O meu chefe não é um canalha!

Ainda rindo, Skyller fez um gesto a um de seus homens, que segurou os braços do oficial para trás, o imobilizando.

— E eu detesto puxa-sacos — sentenciou ele, afastando a espada para acertá-lo com um golpe certeiro.

Thomas fechou os olhos, já se preparando para o pior, quando uma voz feminina se fez ouvir, fazendo Skyller congelar a espada no meio do caminho.

— Espere!

O oficial sentiu seu coração parar. Uma mulher de pele alva, longos cabelos negros e vestimentas semelhantes às de Skyller se adiantou, ignorando seu olhar de surpresa.

— Não lhe ocorreu que você e James possam ter o mesmo objetivo? — disse ela, ignorando as expressões de decepção no rosto dos homens.

— Davy Jones distribuirá doces às crianças antes que aquele verme e eu tenhamos o mesmo objetivo.

Ela foi até ele e puxou o braço que segurava o pacote de couro.

— Veja o que ele te mandou e depois tire suas conclusões. Você é um homem inteligente demais para deixar que o ódio o cegue.

Ele a fitou de mau humor, mas tinha que dar o braço a torcer de que talvez ela tivesse razão. Ignorando os gemidos de Thomas, que continuava imobilizado e tremendo da cabeça aos pés, Skyller guardou sua espada na bainha junto à cintura e voltou ao balcão do bar, desamarrando o embrulho e desenrolando uma folha amarelada que encontrou em seu interior. A mulher pirata acompanhava sua análise com olhos atentos e calculistas.

— Não pode ser... — disse ele em voz baixa, acompanhando os traços do papel com os dedos. — É um mapa da prisão... dessa vez seu parceiro se superou, Sarah.

Ela fez uma careta.

— Ex-parceiro...

Ele deu de ombros.

— O que importa é que com isso poderemos salvá-la.

Aquilo não a agradou. Bufando, aproximou-se dele de forma ameaçadora.

Você poderá salvá-la. Não se esqueça de nosso compromisso, Skyller! Se chegarmos atrasados e a fronteira já tiver se fechado, tudo estará perdido, para sempre!

Ele encarou os olhos azuis de Sarah, a expressão fechada e séria.

— O enforcamento será ao meio dia... se fizermos tudo certo, estaremos lá antes do pôr do sol, confie em mim.

— Eu confio que partirei sozinha caso você se atrase — sentenciou ela, cravando uma faca no balcão de madeira e deixando o bar tempestivamente.

Thomas julgou que sua tarefa ali estava terminada. Conseguiu soltar o ar de seus pulmões, porém ainda permanecia imobilizado.

— Se... o senhor tiver a bondade de mandar este homem me soltar... — Skyller se virou. Mal se lembrava do pobre oficial Thomas. — Eu posso ir até o meu chefe e dizer que a missão foi um sucesso...

Mas, apesar do mapa que lhe dera, Thomas ainda era um homem de James Blythe e Skyller ainda o odiava.

— Leve-o para o porão do Revenge.


☠☠☠


Haya mal tinha consciência sobre si mesma quando tudo aconteceu. Tudo o que sabia era que aquele seria seu último dia na Terra. Seu algoz finalmente a vencera, porém ela teria uma morte digna. Antes do momento final, olharia para seus inimigos de cabeça erguida, sabendo que fizera tudo que estava ao seu alcance para sobreviver e que enquanto viveu foi livre e leal aos seus. Ela não se arrependia de nada.

Com esses pensamentos, mal se deu conta de que estava sozinha naquela ala da prisão. O mundo físico já lhe era quase intangível quando a primeira explosão se fez ouvir. Deitada no chão de sua cela, Haya apenas sentiu um leve tremor sob si, porém o suficiente para despertar seus instintos. Sentou-se com a ajuda de seus cotovelos e apurou os ouvidos, o que foi inútil porque a segunda explosão seria ouvida de qualquer forma. Maior e mais intensa dessa vez, Haya viu o abalo das paredes da cela e apenas teve tempo de rolar para longe da grade, que se projetou para frente com o desmoronamento dos tijolos.

A terceira explosão a projetou diretamente para fora do prédio, e Haya foi arremessada para o mar junto ao que restava de sua antiga cela. Apesar do impacto e da dor ao cair de costas na água, teve a consciência da sorte de nenhuma pedra tê-la atingido. Então mergulhou para voltar à tona e, olhando ao redor, para o fogo que se instalara junto aos destroços, flutuando como em uma marcha fúnebre, ela pensou que aquilo parecia uma imagem do inferno. Será que já tinha morrido?

Com as explosões, o mar estava revolto e uma onda gigante atingiu Haya, a afundando e afogando. Ela tentou lutar, tentou nadar, mas já não sabia para que lado estava a superfície. Antes de perder a consciência por completo, sentiu que mãos seguravam seus braços e a puxavam para algum lugar...

Primeiro ela sentiu o cheiro da maresia e o balançar suave de quem navega sobre águas calmas. Há muito estava afastada do mar, mas ainda se lembrava da sensação de estar em um navio. Só então abriu os olhos, deparando-se com os olhos azuis de Sarah a lhe vigiar.

— Para onde estamos indo?

Sarah considerou a pergunta por um momento, não sabendo bem como responder.

— Para casa.

Haya fez um esforço para se sentar, e percebeu que estava no convés de um navio que lhe era familiar. A sua volta, os marujos andavam apressados, carregando caixotes, barris, esfregões, todos muito ocupados com os seus afazeres e falando alto uns com os outros. Só então se deu conta do quanto sentiu falta daquela agitação toda.

— Para Nova Providência? — A esperança renascia em seu coração.

— Não. Para Libertália — respondeu uma voz masculina que ela reconheceu ser de Skyller.

Ele estava parado há cinco passos de distância, uma figura imponente de líder e capitão que ela aprendera a respeitar. Olhá-lo agora deveria ser reconfortante, mas de repente uma ideia assustadora se apoderou de sua mente, e ela levantou-se de um ímpeto, o encarando. Sarah rapidamente os deixou, indo olhar alguma coisa junto à luneta na balaustrada do navio.

— Quando você diz Libertália... quer dizer aquela tal ilha?

Ele não precisou dizer. A resposta estava explícita em seu semblante sério.

— Skyller, eu não posso ir! Ainda tenho assuntos pendentes...

— Você é uma fugitiva agora — cortou ele. — Se voltar irão caçá-la até prendê-la de novo, e não estarei lá para salvá-la da forca desta vez. Encare isso como um recomeço... poderá reconstruir sua vida na ilha.

— Mas... — ela o encarava, incrédula. A esperança a abandonara por completo, restando apenas um sentimento doloroso de perda e impotência. — Eu não posso... eu preciso voltar...

— Já é tarde para isso! — gritou Sarah da amurada, os interrompendo. — Nós já chegamos. — Ela ergueu os olhos da luneta, um sorriso de triunfo estampado na face.

Assustada, Haya se dirigiu para a balaustrada. Olhou para o horizonte à sua frente, notando uma linha marrom se avolumar com grande rapidez, indicando terra.

— Bem-vinda à Libertália — foi tudo o que Skyller conseguiu lhe dizer como desculpa.



Ahoy marujos! Como estão?

Como prometido, aí está o prólogo da nossa história. É muita emoção de finalmente poder postá-la aqui!

Comentem o que estão achando, é muito importante para mim saber a opinião de vocês, saber se estou no caminho certo e onde posso melhorar minha escrita.

Se gostaram, não deixem de votar! O que será que tem nessa tal ilha para deixar Haya assustada?

Semana que vem eu já começo a postar o primeiro capítulo e o mistério será desvendado aos poucos. Então, até lá e bons ventos! :)

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