Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Memórias 5

Gente me desculpa a minha sobrinha fez anos ontem, e apesar de poder estar com ela a festejar fizemos uma jantar on line. Acabei me esquecendo de postar.

Entao vou postar os dois: o de ontem e o de ontem.

Este dedico à minha Boneca Nono (apesar de ela não vir aqui ler...🤭) 11 anos dela...só posso dizer que sou feliz por a ter. Amo-te muito minha Bonequita. ❤️❤️❤️

💗💗💗💗💗💗💗💗💗💗💗💗💗💗

- Serás muito bem-vindo Jamie. E podes começar já hoje...- e virando-se de costas chama por alguém.- Dak, Dak, podias chegar aqui?

E assim que ele se vira, eu mal posso acreditar. É ela, eu não acredito que ela esteve tão perto mas tão longe. Aqueles olhos que me perseguem à tanto tempo estavam ali à minha frente.

- Tu...

- Tu...

Depois de dias à espera de a ver daquele café, encontrou-a aqui no meio de tendas com doentes e sem abrigo. O seu olhar continua tão azul como eu me lembrava, e tao feroz como da primeira vez. Será que ela não baixa a guarda mesmo?

- Eu não acredito. Por acaso anda a persegui-me? Pensei que tivesse sumido de vez, mas afinal não tive esse privilégio.

- Vocês já se conhecem?- pergunta Smith.- Bem isso é óptimo, porque o Jamie agora será tua obrigação Dak. Apresenta-lhe o espaço e coloca-o a trabalhar.

- John! Tenho que ser eu? Estou com imensa coisa para fazer, por que não pedes à Elô?

- Porque te estou a pedir a ti, e porque sou teu chefe. Jamie, no final do dia vem ter comigo, temos algumas coisas para falar.

- Claro, e obrigado Dr. Smith...- logo ele vira costas e volta a sua atenção para os doentes que tem por ali.- Bom vamos, estou com saudades de colocar as mãos ao trabalho.

- Já que não tenho outro remédio.- ela encolhe os ombros e começa a encaminhar-se para fora da tenda onde estávamos até agora.- Bem, nós fazemos de um tudo por aqui: fornecemos refeições quentes e também alguma comida, doamos roupas, ajudamos os mais novos com as actividades escolares e como viu prestamos serviços médicos.

- Posso perguntar porque é que eles não vão aos hospitais da zona? Quer dizer do que sei os serviços de saúde daqui não são maus.

- A maioria destas pessoas são refugiadas, que vieram de países em guerra, e que vieram reencaminhados para cá de França, Itália, etc. A Europa recebe-os, acomoda-os e depois larga-os à sua sorte muitas vezes. Quem consegue um emprego é um privilegiado, mas aqui em Belfast é complicado alguém confiar neles.

- Isso é horrível, eu nunca pensei que eles fossem tratados assim. O que vemos na televisão não mostra nada desta realidade.

- A televisão mostra o que os governos querem. Bem esta é a tenda onde pode atender os que precisarem. Eu vou ficar por aqui pelo menos por hoje, eles tendem a ser um pouco desconfiados no início.

- Acho que é compreensível depois de tudo o que passaram ainda serem tratados desta forma desumana.

- Desumano é pouco, se visse as condições que muitos vivem. Mas sabe...

- Sabes...por favor se vamos trabalhar juntos, pelo menos podemos começar a tratar-nos pelo nome o pelo menos por tu...

- Tudo bem...- ela ri, e posso garantir que é o mais belo sorriso do mundo. É como se com apenas um sorriso ela me abraçasse sem nem me tocar.- Sabes o que mais me impressiona com estas pessoas, elas têm tão pouco, mas ainda te dão o pouco que conseguem ganhar. No outro dia, a Dona Nady, uma velha senhora que veio da Síria com os quatro netos veio aqui apenas para me agradecer porque o pequeno Samir recebeu uma nota de mérito na escola. E sabes o que ela me trouxe?- neguei com a cabeça...- o único bem que ela trouxe da Síria: o anel de casamento dela...ela queria pagar-me com o seu anel, era tudo o que ele tinha.

- Realmente nós não fazemos ideia do quanto que temos. Somos com toda a certeza uns privilegiados. E respondendo à tua questão do início, eu andava à tua procura, mas apenas para te pedir desculpa pelo que aconteceu, quando nos conhecemos...

- Acho que seria mais correcto dizer, quando nos esbarramos. Mas estás desculpado, e já agora agradeço também pelos livros novos, não era necessário. Se bem que a culpa continua a ser tua...

- Acho que se olhasses para onde estavas a ir, não terias "esbarrado" na porta do meu carro...

- E se tu olhasses antes de abrir a porta...

- Dak!? Podemos entrar, o Doutor Smith disse que estavas aqui com um doutor novo?

- Sim, claro Laika.- indo até à senhora que deveria ter talvez a idade de ser sua mãe.

Começo a preparar-me para as consultas: visto o jaleco, pego no meu estetoscópio e desinfecto-lo . Fico ali por um bocado a ouvir a senhora falar com "Dak", a ouvir as queixas e logo percebo que muito provavelmente ela estaria com anemia. Perguntou a Dak, discretamente como faziam para fazer análises e confirmar coisas tão simples como anemias, infecções, etc.

Para minha surpresa não havia como fazê-las. Os médicos ali trabalhavam meio que sem recursos apenas com o que tinham o que era muito pouco. Saio da tenda num instante e olho para a fila de pessoas que se juntam. Não posso deixar aquelas pessoas morrerem apenas porque não há recursos tão acessíveis para todos como uma simples análise ao sangue.

- Passa-se alguma coisa? Saiu ali de dentro tão de repente, a Laika assustou-se. Já te disse que estas pessoas são desconfiadas já por si, se sais assim desta forma não vais conseguir ganhar a sua confiança...

- Eu não posso tratar das pessoas assim, esta senhora muito provavelmente está com anemia e quem sabe mais o quê. Mas sem análises ou exames tão simples como uma análise ao sangue, o que posso eu fazer para a tratar?

- Muitas vezes não tratamos.- fico a olhar para Dak...- Não há como fazer exames como os que falou, os hospitais não nos permitem fazer lá e os laboratórios exigem muito dinheiro, o que estas pessoas não têm.

- Temos que fazer alguma coisa, eu sou médico Dakota, eu prometi salvar pessoas. Não posso simplesmente receitar um placebo e deixar as pessoas a sofrer ou a morrer por falta de cuidados.

- Dr. Grey...

- Chama-me apenas Jamie, sem essa coisa de Doutor...

- Tudo bem, Jamie. Eu percebo o seu inconformismo, acredite já passei por isso. Já fiz o diabo a sete para tentar que pelo menos nos permitissem fazer análises básicas. Já passei pela parte de desespero de ver pessoas que podiam sobreviver a uma gripe mas que por falta de dinheiro para comprarem o remédio evoluem para pneumonias e acabam por morrer...

- Nós vamos ter que mudar isto...-olha para ela, e depois para dentro da tenda onde Laika se encontra sentada...- Pede a Laika que espere um pouco, eu já volto, não demoro muito.

Saio do parque onde estão as várias tendas, vou até ao hotel onde estou. Vou ao meu quarto onde tenho algumas receitas e começo a escrever. Começo por vitaminas, antibióticos, anti-inflamatórios, antistaminicos, e mais algumas coisas que me vou lembrando. Coloco num papel à parte outras coisas que penso poderem fazer falta: algodão, agulhas, seringas, gazes, desinfectantes, entre outros materiais para suturas ou pequenas feridas.

Depois de ter tudo escrito, saio e vou até à farmácia mais próxima, apresento a minha cédula de médico e entrego as receitas e a lista do material que necessito. Escrevo entretanto uma outra lista do que acho que os médicos poderão ter necessidade e peço à directora da farmácia, que foi bastante acessível, que o providencie. Passado um tempo, tenho tudo o que pedi em meio dúzia de caixas. Pego no meu cartão e pago. Peço ajuda para colocar tudo no carro e parto para o parque de novo.

Quando chego lá, apito e vejo Dakota, Elô, o Dr. Smith e mais alguns voluntários caminharem até mim. Saio do carro e abro o porta bagagens e quando eles veem o que tem lá dentro: uns começam a sorrir, outros a bater palmas e quando olho para a Dak ela chora. De repente ela salta para o meu colo e abraça-me.

- Obrigado. Tu...tu és um anjo.

- Não, sou só um médico que quer ajudar. E Dak isto não é nada, eles precisam de mais...e eu estou disposto a lutar por eles. Se tu quiseres estar do meu lado, eu...

- Sim. Sim...obrigado, obrigado por tudo. Esbarrar em ti foi a melhor coisa que me podia ter acontecido, nunca te esqueci e nunca te vou esquecer.

- É bom saber que não fui esquecido, mesmo sabendo que no início não foi de todo pelos melhores motivos.

- Não sejas convencido. Eu só me lembrava de ti quando...quando olhava para os livros estragados que ficaram comigo.

- Bem, não é a melhor maneira de ser lembrado. Porém vou aceitar, desde que aceites ir jantar comigo amanhã?

- Jantar? Não sei, eu nem te conheço bem ainda...- faço o meu melhor bico, tal e qual como a Delfi me ensinou para tentar conseguir tudo o que queria...- Não faças esse bico...

- Está a resultar?- dou um sorriso meio de lado, sem tirar o bico...

- Está...- ela ri...- Tudo bem, eu vou jantar contigo.

- Tenho que falar com a minha sobrinha, esta coisa de bico funciona mesmo.

- Eu não acredito...- e começa não a rir, mas a gargalhar.

- A Delfi sempre me disse que esta coisa de bico funcionava para ter o que mais queria. Resolveu ensinar-me, para quando tivesse uma filha já saber como era...

- Já gostei dessa tua sobrinha. Que idade ela tem?

- Tem 3 anos...- Dak olha para mim e ri...- Eu sei, mas Delfi é uma menina especial, inteligente e minha afilhada.

- Já quero conhecer essa mini Eu...- Jamie olha para mim com um ar surpreendido...- Não olhes para mim assim, só acho que nos vamos dar bem as duas.

- Já queres conhecer a sobrinha antes de conhecer os sogros?

- Como é que a conversa chegou de "eu também não deixei de pensar em ti" para "conhecer os sogros"?

- Não sei, só sei que foi bom saber que não deixaste de pensar em mim.

Era bom saber que não era único que não deixava de pensar nela. Era bom saber que ela também nunca se esquecera de mim. Era bom pensar que ela estava aberta a conhecer-me e talvez até a se apaixonar, porque eu já estava há muito. Dava-me alguma esperança de um dia a poder chamar de minha: minha namorada, minha mulher quem sabe?

Eu vou conquistar esta menina-mulher. Eu vou...eu amo-a, sim já não tenho vergonha de o admitir. Eu não posso mais viver sem ela, eu vou conquistar-te Dakota Johnson...eu juro.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro