Capítulo 8
Pov Dak
Depois de desligar a chamada com Don, Dak ficou um pouco mais na varanda a pensar no que este lhe dissera. Rita era talvez das cinco a que mais problemas deu aos pais, não por ser mal educada ou problemática, nada disso. Simplesmente Rita sempre soube o que queria, sempre foi a mais decidida das cinco.
Dakota quando era mais nova admirava a sua irmã do meio por essa sua característica, e como dizia mãe "Com a Rita não há meio termo, ou é branco ou é preto...não existe o Cinza".
Porém, essa sua "independência", fez talvez com que os pais ficassem sempre com a ideia, muito provavelmente errada, que a Rita não tinha problema nenhum para partilhar, ou se tinha ela mesma o solucionava. E de facto sempre foi assim, Rita sempre resolveu todos os obstáculos que lhe apareciam à frente sozinha. Dak lembrou-se de repente de um episódio há cerca de uns 6 anos, Rita teria uns 11 ou 12 anos.
"Cheguei a casa , e ouvi a Rita numa conversa com a nossa mãe, elas estavam na cozinha. E muito provavelmente Grace estava com elas.
Passei pela sala e logo vi a nossa bonequinha, Stella, sentada a ver os seus desenhos animados preferidos. Stella não foi planeada, mas como diz a minha mãe foi um presente de Deus, depois de uma tempestade. Uns dois anos antes da bonequinha nascer os meus pais tiveram o que se chama uma crise no casamento.
A minha mãe estava grávida. Foi uma gravidez meio que conturbada. O meu pai andava constantemente em viagens, de forma a conseguir pagar as contas ainda acumuladas do hospital, o colégio e todas as outras contas da casa.
Toda esta pressão acabou por criar um grande desgaste na relação dos dois. A minha mãe acabou por perder o bebé, o que acabou por a deixar mais embaixo. Porém, o que lhe mais doeu foi não ter o meu pai com ela nesse dia.
Depois de receber alta a minha mãe pegou em nós quatro (Elo, eu, Rita e Grace) e fomos para a quinta da Vovó Tipi. Deixou uma carta para o meu pai, e lá fomos nós para a América.
A minha mãe ficou muito zangada, porém lembro-me que o nosso pai conseguiu reconquistar a nossa mãe. Mas, ele sofreu bastante para o conseguir. Ah! Se sofreu, demorou uns dois anos para voltarem a assumir que nunca conseguiriam viver um sem o outro.
E quando finalmente voltamos todos a morar juntos, na nossa casa, soubemos que estava para chegar mais um bebé: a nossa STELLA.
Dei-lhe uns mimos, falei um pouco com ela e dirigi-me até às outras mulheres da casa, apenas Elô não estava, uma vez que estava a fazer faculdade em Dublin.
- Boa Tarde, meninas, o que se conversa por aqui?
- Sobre Grace...- olho para a nossa princesa e ela fuzila Rita com o olhar...- O que foi? Não disse mentira nenhuma, nós estávamos a falar de ti sim.
- Sem guerras meninas. Afinal o que aconteceu princesa?- Grace continuou em silêncio...
- Houve lá uma menina da escola que resolveu implicar com a Gracie, mas eu amanhã já trato do assunto.
- Não, tu não vais fazer nada. Eu não quero porque vai ser pior...
- Ninguém humilha uma das minhas irmãs e se fica a rir, não mesmo. No ano passado essa miúda tentou fazer a mesma coisa comigo, mas eu respondia à letra. Desta vez vou-lhe dar uma lição que ela nunca mais se esquece.
- Rita Griffith Johnson que conversa é essa? O que é a menina te fez a ti? E porque é que não nos contaste?
- Primeiro mamã, ela apenas tentou roubar-me o meu lanche e como eu não lho dei ela resolveu "tentar" bater-me, segundo eu resolvi o problema.
-Tu resolveste o problema? Será que vou querer saber o que fizeste, tu não lhe bateste?
- Não mãe, claro que não. Eu fiz queixa dela à professora dela e à minha. E mais levei a Naty para ser minha testemunha. O que ela fez foi bullyng, e é o que ela está a fazer com a Gracie.
- Mãe, não te preocupes eu amanhã vou com a princesa à directora. É incrível, todos os anos temos um discurso no sobre isso.- eu digo à minha mãe.
- E achas mesmo que essas meninas ouvem o discurso da Directora Ana. Enquanto ela fala, elas olham para os rapazes. E eu vou tratar disso à minha moda, ninguém se mete com uma de vocês e se fica a rir."
E esta era a nossa Rebelde Rita, sempre pronta a resolver tudo, a nossa justiceira. E talvez por a vermos tão forte nunca conseguimos realmente perceber o que se passava por debaixo da carapaça de tartaruga que ela colocava. Por fora ela mostrava-se sempre tão forte, que nunca percebiamos o que ia dentro dela.
- O que tanto pensas?- Jamie abraça-me por trás e logo o meu corpo se arrepia...- A pensar no teu pai?
- Não, na Rita.- Jamie vira-me para ele e levanta o meu olhar e o seu sobrolho arqueia...- O meu pai errou, e ele sabe disso. O que me preocupa é o que está por trás disso.- o meu esposo olha para mim sem perceber...- Eu até sei o que provocou tudo isto, e a culpa é minha.
- Como assim tua? Dak como é que a discussão em Belfast pode ter a ver contigo que estás em Dublin.
- A audição. A Rita foi indicada para fazer uma audição para uma bolsa integral no conservatório aqui de Dublin.
- Mas isso é uma óptima notícia. Não entendo porque é que isso pode gerar toda esta confusão.
- O meu pai não aceita. Para ele a Rita tocar ou cantar sempre foi apenas um hobby. Mas a minha irmã quer mais, ela quer tudo na música. A música está para a Rita como os Livros estão para mim. Nós morremos sem eles.
- O teu pai está a parecer os meus pais. Orgulhoso e preconceituoso.
- Eu sei. O problema é que eu incentivei a Rita a fazer a audição. Era só uma audição...- Jamie arqueou as sobrancelhas...- Ok, não era. Ela é mesmo boa amor, não achei justo ela perder uma oportunidade destas só porque o meu pai cismou...
- Que ser musico, ou cantor, ou outra coisa qualquer não é uma profissão?
- Não. Sim, a verdade é essa por muito que me custe admitir o meu pais está a ser orgulhoso demais, e nem vê o que está a fazer à Rita.
- Bem o teu pai vem hoje, mas deve estar meio cansado com tudo o que aconteceu. Vamos deixá-lo descansar e amanhã falamos com ele.
- Eu conheço o Sr. Don. Ele é teimoso.
- E...eu também sou. Quem sabe ir ao conservatório? Talvez se ele tiver um contacto directo com o que se faz lá mude de ideias.
- Sim. É uma óptima ideia, e a Rita podia sempre ficar aqui connosco certo? Afinal temos quartos a mais...
- Sim podemos deixar um quarto para as tuas irmãs...ou outros são para os nossos filhos.
- Jamie ainda nem temos...
- Ainda, mas vamos ter muito em breve, até porque treinar para isso é coisa que nós temos vindo a fazer e muito. Porque eu quero no mínimo 4 filhos...- eu olho para ele, sem nem saber o que falar...
-Jamie. Eu não estou preparada para passar por tudo aquilo de novo...
- Eu não estou a querer pressionar-te. Vamo só deixar a natureza seguir o seu curso. E já que não respondeste à minha pergunta vou assumir que concordas, então que tal continuarmos nos treinos?
Jamie pega em mim e leva-me para o quarto, assim que chegamos coloca-me no chão e logo começa a tirar o meu vestido, e fico apenas de lingerie. Jamie olha-me como um lobo olha para a sua presa, com desejo e malícia. Olhar selvagem, mas doce ao mesmo tempo, que me aquece de dentro para fora, e sei que neste momento não é apenas ele que está com um olhar de desejo. Sinto o meu interior se apertar de desejo, com saudade de o ter, de o receber, de o saborear.
- Jamie...- murmuro, já quase em êxtase, apenas exigindo que ele não demore, e é neste momento que o sinto, duro apenas esperando, nem dei pelo quê, perco a pouca lucidez que ainda tenho ao senti-lo roçar na minha intimidade...- Ahhhh...Jamie....
- Diz-me Coqui...diz o que queres...diz ou não terás.- Eu não consigo pensar, já nada me parece real, estou nas nuvens. Apenas com um simples toque ele leva-me a outro espaço, a outra dimensão.
- Jamie...não...me...tortures...por...favor...- nada mais sai, estou ofegante apenas sentindo tudo o que ele me vai fazendo...- Eu...quero-te...
- Onde Coqui...aqui?- e passa o seu pénis na minha entrada...- ou aqui?- estremeço quando ele o passa no meu anus. Nunca fiz anal, e não sei se estou pronta para isso...- Calma, não o vou enfiar aqui, ainda. Mas um dia...um dia este buraco também vai ser meu...- e dirigindo-se à minha entrada sem nem avisar penetra-me- Mas não vai ser hoje...
Jamie é selvagem cada vez que me penetra, porém, ao mesmo é gentil. Sinto-o entrar cada vez mais dentro de mim. Estou a chegar ao limite, não vou conseguir segurar mais, e sinto Jamie sair de mim.
- Quero saborear o teu prazer... - e assim que ele acaba de dizer isto, sinto a língua dele na minha intimidade e logo todo o tremor que me tinha dado uma trégua volta com se nunca tivesse acalmado durante uns minutos e assim expludo de prazer, num delírio de ver estrelas.
- JAMIE...- e quando acho que acabou, que os tremores por fim acabaram dando-me alguma calma, sinto o meu Homem a preencher-me e depressa todo aquele sentimento de excitação volta como se nunca tivesse deixado de existir.
- Goza de novo comigo dentro de ti Dak, goza com o teu marido dando-te prazer, preenchendo-te...- e logo chego ao limite de novo e sinto que Jamie também está próximo...- DAKOTA...
- JAMIE...- e juntos nos perdemos em nosso prazer conjunto...- Eu detesto quando me torturas...- digo rindo...
- Pois eu AMO-TE...Amo...Amo...Amo...Amo...- e começa a beijar-me na testa, na ponta do nariz, nos cantos da boca, no pescoço, seios, barriga...e por cada beijo que me dá, diz um "Amo". Até que chega lá abaixo, e eu já sinto todo o meu ser aquecer de novo...
- JAMIE...
- Eu não vou continuar, porque se o fizer sei que vamos chegar atrasados ao jantar em casa dos meus pais, isto na melhor das hipóteses.
- Jamie...eu não acredito que me vais deixar assim...- digo irritada. Ele apenas olha para mim e levanta-se oferecendo a mão para me levantar. Olho para ele, levanto-me e caminho para a casa de banho, quando estou na porta viro-me para ele...- Agora de castigo vou sozinha tomar banho...
Fechei a porta, tirei o lençol onde me tinha embrulhado e fui para o duche. Nem dois minutos tinham passado e sinto o meu lindo esposo a agarrar-me por trás.
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