Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 46

— Com licença, a polícia está aqui. Querem falar com a paciente.— diz uma enfermeira, que é seguida por dois agentes.

— Sim. Claro, entrem por favor.— responde Jamie, sentando-se junto de mim.

— Boa Tarde. Senhora Dakota Dornan, gostaríamos de saber o que aconteceu? Reconheceu o atacante?

— Sim. Craig Hermsworth.

Pov Dakota

— A Senhora poderia explicar melhor o que aconteceu, por favor?

— Eu fui até à campa da minha avó. O...o meu pai está doente. Fui rezar, pedir-lhe ajuda.

— Então, estava sozinha? Não estava mais ninguém consigo?

— Sim, fui sozinha. E quando cheguei não estava lá ninguém, pelo menos eu não vi ninguém.

— A minha esposa está grávida, ela devia ter ficado em casa em repouso...mas...

— Eu precisava de "falar" com ela...— digo já com lágrimas nos olhos...— Eu prometi-lhe que cuidaria do meu pai...mas...eu não consegui...ele...vai...morrer...eu não...consegui cumprir...o que prometi.

— Dak, por favor acalma-te, não podes ficar nesse estado...— diz Jamie, respiro fundo, e tento  pensar no meu bebé.

— Eu estou bem...— digo olhando para o meu amor...—...Eu senti que precisava de lhe pedir ajuda...— digo olhando para a minha mãe...— Depois de estar ali um pouco, estava já a preparar-me para me ir embora, quando o tio...quando o Craig Hermsworth chegou.

— Tio!?

— O Craig, era afilhado da minha sogra.— a minha mãe interrompe-me...— Quando os pais dele morreram num acidente, ela criou-o como um filho. Ele e o meu marido foram criados como irmãos.— explica a minha mãe.

— Então e depois, quando ele chegou o que aconteceu?

— Nós tivemos uma discussão. Ele...ele...fez algumas coisas que prejudicaram o meu pai...e eu enfrentei-o. Disse-lhe que a minha avó teria vergonha do que ele fez...

— E ele agrediu-a?

— Sim. Ele bateu-me na cara, eu desequilibrei-me e caí. Depois começou a dar-me pontapés. Eu fiquei com medo, pedi que parasse, estava com medo pelo meu bebé.

— Sabem onde ele está neste momento?

— Não. Eu desmaiei, acho eu...só me lembro de acordar aqui.

— Ele mora em Dublin. Não sei a morada de casa, mas posso-lhe dar a morada da empresa dele.— diz Jamie.

— Eu tenho a morada dele.— diz a minha mãe, eu olho para ela admirada, como é que ela tem a morada do Tio Craig!?— Eu fui lá algumas vezes...— os policiais agora viram a atenção para a minha mãe...— Tive uma filha com ele. Infelizmente, como advogado que é conseguiu a guarda total da minha filha. Retirou-a dos meus braços no dia em que iria sair do hospital. Ela nem sabe que sou a mãe, mas de vez em quando eu ia vê-la, nem que fosse de longe.

— Tudo bem, precisamos da morada, por favor. Sabem se ele ainda está em Belfast, ou...

— Ele deve ter ido hoje de manhã.— Jamie responde ao policial...— Ele é amigo e advogado do meu pai...com toda a certeza ele vai regressar no jacto do meu pai.

— Tudo bem, acho que já temos todas as informações que precisávamos. Apenas uma última pergunta: a Senhora, pretende apresentar queixa?

— Sim.— responde a minha mãe mesmo antes de eu poder responder alguma coisa.

— Mãe...e se...

— Com tu mesmo me disseste Coqui, está na hora de enfrentar o boi pelos cornos.

— Mamã.

— A tua mãe tem razão. Não podemos deixar o Craig impune pelo que te fez. Tu podias ter perdido o bebé.

— Eu sei, mas e se a Ariel...

— Dakota, eu não vou mais esconder-me. E...eu quero que a tua irmã conheça o teu pai. Porque ele foi pai dela também, o pai que a amou desde o primeiro dia que descobri a gravidez.

— Precisam de mais alguma coisa da minha esposa? Ela precisa de descansar...— ouço Jamie perguntar.

— Não. Neste momento já temos tudo o que precisamos. Mas, assim que tiver alta, precisamos que vá à delegacia formalizar a queixa.

— Tudo bem. Para já vou pedir ao meu advogado que trate da queixa, ele entrará em contacto convosco.

— Ficaremos a aguardar. Sra. Grey, as melhoras e ficaremos a aguardar as restantes informações que nos disseram ter.

— Claro, o meu advogado transmitir-vos-á.

Os dois agentes despedem-se e saem do quarto. Jamie, senta-se ao meu lado e abraça-me. Nem um um minuto passa e já estou a chorar, como se não houvesse amanhã. Choro por mim, pelo meu pai, pelo meu bebé, pela Ariel...choro pelo Tio Craig. E sim, talvez seja estranho estar a chorar por alguém que me magoou, que magoou os meus pais. Contudo, sinto que o toda aquela forma de ser, a arrogância, a altivez, o orgulho, são apenas uma capa. Uma máscara que ele usa para esconder o medo, a insegurança de um menino que perdeu tudo o que mais amava e lhe dava segurança na vida: os pais.

Claro que os meus avós sempre estiveram ao seu lado, porém, ninguém consegue substituir os pais. E por muito bons que os meus avós tenham sido para ele, que o foram, pai e mãe nunca se esquecem ou se substituem. Eles são o nosso porto seguro, a nossa âncora. E hoje consigo perceber talvez, um pouco da dor que o Tio Craig, talvez sinta. Por muito que ame a minha mãe, o meu pai sempre foi a minha âncora.

— Eu vou aproveitar que estás com ela e vou ver o Don.— ouço a minha mãe dizer.

— Mãe...não contes...ao pai. Por favor.— falo meio engasgado, tentando acalmar-me um pouco. 

— Posso não dizer agora, mas tu sabes que ele vai saber certo?

— Não. Por favor. O tio...aquele homem já lhe fez tanto mal, a todos nós...não lhe digas...

— Coqui. E como é que vais justificar esses hematomas ao teu pai?

— Não vou. Porque enquanto estiver com eles assim, eu não o vou ver. Diz-lhe que estou de repouso por causa da gravidez, não é uma mentira...apenas...

— Vamos pensar nisso mais tarde, ok? Jamie...

— Pode ir, eu não vou sair daqui até ela ir para casa...

— Vou hoje, certo? 

— Não. Hoje vais ficar. Se te portares bem e o teu médico concordar talvez amanhã vás para casa.

— Eu posso ficar deitada numa cama em casa.— digo emburrada. Eu odeio hospitais...odeio...

— E vais, amanhã.— diz Jamie sorrindo.

— Dakota Mayi Griffith Johnson, deixa de birras, já não és crianças. Jamie alguma coisa avisa, que eu me vejo com essa menina.

— Não se preocupe, eu sei resolver-me com ela.—Jamie diz e pisca-me o olho.

— Jamie.— Deus, que vergonha. A minha mãe ri-se e sai para ir ter com o meu pai. Assim que ela sai, bato no braço dele, que ainda está sentado ao meu lado.— Queres matar-me de vergonha homem...Ai.— Bolas, acho que doeu mais a mim que nele.

— Cuidado. Estás bem?

— Estou. Mas doeu...

— Não podes tomar nada mais que paracetamol, e deram-te há pouco. Desculpa amor, se eu pudesse tirava-te essas dores.

— O que mais me dói, não são os machucados...— vejo-o olhar para mim...— Eu amava o Tio Craig, quando era mais pequena, ele sempre foi carinhoso comigo. Mesmo o meu pai ficando com ciúmes, eu amava-o.

— Acho que o teu pai não tinha bem ciúmes...

— Hoje eu sei disso. Mas naquela altura, eu não sabia. Para mim, o Tio Craig era...o melhor tio do mundo. Se eu soubesse...se eu sonhasse...

— Não podes ficar a culpar-te por algo que não tens culpa, eras uma criança. Ele dava-te amor e tu apenas lhe retribuías.

— Será que era amor? Será que ele me amava? Será que não era apenas para picar o meu pai? Ele nunca era afectuoso com a Eloise como era comigo.

— Talvez tenhas até razão, mas, Coqui eras apenas uma criança. E pelo que já me contaste a tua avó sempre o tratou como um filho, ela amava-o. E talvez ele a amasse também, e...

— Fingisse, por ela? Pela minha avó?

— Sim. Não sei. Eu não o conheço bem, sei que ele é advogado do meu pai, e que foi advogado do hospital, que hoje está nas mãos do filho, do Chris.

— Eu odeio o Chris...odeio-o por tudo o que fez à Elô.

— Eis uma historia que nunca me chegaste a contar...

— Não há nada a contar, basicamente fez o mesmo que o pai fez com a minha mãe...

— A Elô tem um filho?!

— Não. Ai...a dor está a voltar...dói Jamie.

— Eu sei amor, mas não podemos dar-te mais nada agora. Aguenta amor, por favor...

— Não dá...— e as lágrimas escorrem-me pela face.

— Descansa um pouco. Eu estou aqui contigo, não vou a lado nenhum, prometo.

— Eu não aguento...parece que estou a ser atropelada por um camião.— nem chorar consigo, porque até chorar me dói...é uma dor que não acaba mais.

— Calma...fecha os olhos...sonha com o nosso bebé.— santa-se perto de mim, e começa a dar-me festas onde não tenho negro...— Sabes, já pensei como queria a nossa casa aqui...

— Aqui?! Nós não vamos voltar para Dublin?

— Shiu...fecha os olhos e ouve-me só. Voltar para quê? A Jess e o Jonny vêm para cá, e a minha mãe...bem acho que não irá voltar também.

— A tua mãe...vai deixar...o teu pai?!

— Já te disse para fechares os olhos e dormires...— reviro os olhos para ele, como se depois do que ele disse eu conseguisse fechar os olhos...— Eu ainda não percebi o que aconteceu, ainda não consegui sentar-me com ela e conversar.

— Achas que foi sério?

— Acho. Sei que a Jess foi "deserdada" pelo meu pai. Para ele, é como se a Jess e os miúdos tivesse morrido.

— E como está a Jess? Eu...gosto das tuas irmãs. Mesmo, com tudo o que elas me fizeram passar no início...

— E elas gostam de ti. Tudo o que fizeram, foi para me defender. A Liesa por ser a mais velha, acaba por querer ter tudo sobre o comando dela, e Jess sempre me protegeu de tudo. A relação dela com o meu pai nunca foi "fácil". Era para ter nascido o "filho homem" depois da menina...

— E veio mais uma menina. Isso é cruel, é...o meu pai teve cinco meninas e sempre amou ter a casa cheia de mulheres.

— Formas de pensar e ser diferentes, talvez. Ou, um orgulho estúpido...sei lá. Bom, mas continuando e...— colocando a mão por cima dos meus olhos bem devagar para não me magoar...— olhos fechados, pedi ao Luke que visse algumas casas para nós. Achei que gostasses de morar perto dos teus pais ou da Elô, então ele está à procura nessa zona.— quero continuar a ouvir o Jamie e os seus planos, mas a dor e o cansaço começa a ser pesado, e devagar começo a ouvi-lo bem longe...— Quero criar o nosso bebé bem longe de toda a confusão que é o meu pai. e já que perdi o meu trabalho em Dublin, decidi talvez candidatar-me a uma vaga aqui no hospital. Seremos felizes aqui Coqui, eu sei que sim. Nós e o nosso bebé...

O nosso bebé...um bocadinho que é nosso...só nosso.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro