Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 43

— Jamie. Promete-me apenas uma coisa?

— Hmmm, até quase que já sei o que queres, e a resposta é...sim.

— Nem sabes o que eu quero.

— Queres ficar em Belfast.

— Eu preciso ficar perto do meu pai. Sei que tens o teu trabalho, tens a tua família...

Jamie não responde, apenas fica com um olhar perdido, magoado até.

— Jamie...

Pov Ana

— Jamie.— Ele levanta-se e segue para a janela.— O que é que aconteceu? Jamie!?

— Fui "despedido"...— não digo nada, apenas olho para ele confusa. Como é que ele foi despedido do hospital da família...— O meu pai despediu-me.

— Como assim, tu és...

— Não sou nada. Ele deserdou-me...o meu pai e o Craig Hemsworth vieram a Belfast. Eles souberam do teu pai e queriam vê-lo.

— Espera o Tio Craig veio cá!? Mas...eles não se falam à anos...e o teu pai, ele nunca gostou da minha família, ele sempre foi bem claro...

— Eu sei. Por isso não os deixei entrar no quarto. E o meu "pai" deu-me a escolher: entre ti e ele.

— Jamie. Eu...desculpa. Nunca quis que te colocassem nessa posição...

—  Dak, foi o meu pai que me colocou na posição de escolher. Eu sei que o nosso casamento não foi do agrado dele. Também sei que ele sempre foi ríspido contigo, principalmente quando eu não estava por perto...

— Eu nunca te disse porque ele é teu pai. E por mais que me doesse, eu sei que te magoaria muito mais a ti.

— Eu sabia, e tive várias discussões com ele por causa disso. Por isso deixámos de ir aos almoços e jantares. A minha escolha hoje, foi até algo tardia.

— Eu não quero ser a razão de te afastares da tua família...

— A minha família desde o dia que me casei contigo: és tu. Dak, tu és a única pessoa que me faz sentir vivo, eu sou feliz contigo. Amo os meus pais, as minhas irmãs...sim claro. Mas se eles não te aceitam, não me aceitam a mim. Nós somos um...e a prova está aqui.— Jamie coloca a sua mão no meu ventre e eu que já estava com os olhos molhados, começo a chorar...— Está no nosso pequeno anjinho. Nós somos uma família, e a única família que me interessa.

— Ja te disse que te amo.— Jamie abana a cabeça de um lado para  outro...— Eu AMO-TE.

E começamos um beijo sereno, mas com amor, cheio de esperança. Amor pela família que começamos a construir. Esperança de um futuro melhor. Alguém bate à porta, separamos nos e olhamos os dois para a porta.

— Como está a doente mais famosa do hospital?

— Ian?!— Ian O'Neil, o primeiro amor da Elô. E o meu primeiro crush. Sim. Eu tinha uma paixão pelo namorado da minha irmã. Era apenas algo platónico, porque eu era apenas a irmã bebé da Elô.— Mas tu não estavas nos EUA?

— Pois é, depois de tantos anos fora, decidi voltar para a minha terra. Aqueles gringos são muito complicados. Dr. Dornan.

— Dr. Ian.

— Sabias que o Ian foi o primeiro namorado da Elô!?

— Eu não chamaria de namorado...afinal tínhamos uns 10 anos. Já para não falar que andávamos sempre com uma certa pirralha atrás de nós.

— Eu estava a defender a minha irmã...só isso...

— E a receber doces de um certo Don Johnson.

— Fui educada para obedecer aos mais velhos. E os doces eram sempre optimos.

— Sei. Bom, vamos deixar de falar do passado e começar a falar do futuro, sim?

— O Jamie já te contou sobre o nosso Pete...

— Sim. E Dak, a percentagem é muito pequena. Pelas análises tu estás de 10 a 12 semanas. O Peter nasceu de quantos meses?

— Seis meses e duas semanas, mas descobrimos a anencefalia no final do primeiro trimestre.

— Muito bem. Tens sentido alguma coisa nos últimos meses?

— Não. Eu...eu estava a prevenir-me para não...

— Estavas a tomar anticoncepcionais?

— Estava. Eu tinha...tenho medo. Se acontecer de novo...

—Que tal não pensarmos nos "Ses". Vamos pensar que está tudo bem, que não existe aqueles 2% no ar a assombrar-vos. Pode ser?— Ian olha para nós dois, e eu olho para Jamie e sorrimos os dois. Deus não me vai fazer sofrer de novo, algo de bom tem que acontecer na minha vida.— Agora que já fizemos essa nuvem negra desaparecer, que tal irmos ver o vosso bebé?

— Sim. Vamos...

Ian chama então uma enfermeira e pede uma cadeira de rodas, embora eu lhes diga que posso muito bem ir a pé, quer o meu agora médico quer Jamie, me dizem que são procedimentos do hospital. E lá vou eu de cadeira de roda, tal e qual uma inválida, para a primeira ecografia do meu bebé. Estou a tentar ser positiva, deixar os "Ses" de lado, mas não é fácil. O medo está cá. Chegámos à sala e a enfermeira ajuda-me a deitar na maca.

— Bem, vamos começar?— assinto e olho para Jamie que sorri para mim. Ian coloca aquele gel gelado na minha barriga, e agora que olho já dá para ver um pequeno volume no meu ventre. Pergunto-me como não percebi nada antes. Aos poucos ele vai anotando algumas imagens. Eu tento perceber pela sua expressão o que se passa, mas é impossível. Jamie também olha para o monitor atento mas sem expressar nada.

— Vocês são capazes de me dizer o que tanto veem nesse monitor, pelo amor de Deus...

— Ouve...— e de repente um som ecoa pela sala. E é o som mais lindo do mundo, o som do coração do meu bebé.

— Ele está bem? Dá para ver se...

— Está tudo perfeito. Estás de 12 semanas, as medidas estão todas certas para o tempo de gravidez.

— Tens a certeza? Ele não tem nada...quer dizer ele tem...

— Dak, o bebé é perfeito. Parabéns papás.

— Ele é perfeito Amor. Vamos ter um bebé, um filho...

— Ou filha...pode ser uma menina.— Diz Jamie, olhando para mim...— Uma menina linda como a mãe.

— Tanto faz, desde que venha com saúde...eu nem quero saber o sexo...podíamos esperar até ao nascimento?

— Que tal se o único a saber for o avô Don? Acho que ele vai gostar de ter essa informação antes de toda a gente.

— Sim. Ele e a minha mãe. Serão os únicos a saber o sexo do bebé. A minha mãe ficará encarregue de  decorar o quarto...— de repente lembro-me, nós nem temos casa em Belfast...— Jamie nós nem casa temos...como é que...

— Não te preocupes com isso agora. Por enquanto podemos morar com os teus pais, ou com a Elô, depois logo tratamos de ter o nosso cantinho.

— Bom. Eu vou-te dar alta, mas Dak por favor sei que é complicado por causa da situação do teu pai, mas tentar manter-te calma. Sem muito stress...

— Vou tentar...por ele.— e coloco a minha mão no meu ventre. Ainda estou sem acreditar que tenho um pedacinho do Jamie a crescer dentro de mim. Um pedacinho nosso.

— Ela vai...eu vou garantir que ela descanse bastante. Agora vamos, temos que contar a novidade a algumas pessoas, que sei que vão delirar com a notícia. Dr. O'Neil até à próxima consulta?

— Claro, vou adorar seguir a gravidez da Dak, assim como estou a seguir a da Elô. Vou deixar também a próxima consulta marcada, tudo bem.

Confirmamos, e voltamos os dois com a enfermeira para o quarto. Decido tomar um banho para tirar este cheiro de hospital, saio da casa de banho e Jamie vem ter comigo. Ela ajuda-me a vestir e quando estou finalmente pronta a enfermeira entra com os papéis da alta, da próxima consulta e uma receita com medicação como o ácido fólico, vitaminas e se precisar um para os vómitos.

Vamos até ao quarto do meu pai. Tenho a certeza que a minha mãe está lá, e sei que provavelmente já contaram à Elô sobre o estado do meu pai. Chegamos à porta e consigo ouvir as gargalhadas de Lucas e do meu pai, e a voz "zangada" de Elô. Respiro fundo, e abro a porta.

— Dak.— o meu pai chama-me, e por mais que eu tente não consigo controlar as lágrimas...— Ei! Anda cá pequenininha.— Corro para ele, e abraço-o como posso.

— Tens que lutar ouviste. Eu preciso de ti, o teu neto ou neta precisa de ti.

— Eu sei. Estou feliz por ir ser avô. E tenho a certeza que a Elô vai ser a melhor mãe do mundo...apesar do meu neto ter o pai mais doido de sempre, mas enfim.

— Não estou a falar do filho da Elô. Estou a falar do que está aqui...— e coloco a sua mão em cima da minha barriga. Vejo os olhos do meu pai ficarem molhados...tal como eu.

— Estás a brincar comigo...ai meu Deus, olha que eu já estou mais para lá do que para cá. Não podes brincar com o meu coração.

— Não digas isso. E eu não estou a mentir, vais ser avô duas vezes. Por isso, nada dessa coisa de morrer, eles vão precisar de ti: se forem rapazes tens que os ensinar a pescar e se forem meninas...

— Tenho que as proteger dos marmanjos todos. Sim, porque vocês as duas eu não consegui proteger, eles levaram-vos para longe de mim.— o meu pai é um dramático quando quer.

— Dom, por favor um pouco menos de drama, por favor— diz a minha mãe.— Parabéns filha, pela vossa carinha, esta tudo bem certo?

— Sim mãe. Tudo perfeito, estou de 12 semanas. Nem sei como não percebi, mas não tive enjoos, nem nada que me fizesse desconfiar.

— Sorte a tua mana, eu passo dias sem conseguir levantar-me...— Diz Elô, vindo até mim.— Parabéns Coqui, estou feliz. Os nossos filhos vão crescer juntos, e nada me podia fazer mais feliz.

— Parabéns Coqui. Parabéns Primo, estou feliz por ti.

— Pelo menos não vamos ter só notícias tristes para dar às meninas. A minha mãe sempre me disse que depois da tempestade vem a bonança.

— Papi, promete-me que vais tentar, que vais lutar, por favor...

— Eu não sei meu amor, será que vale a pena sofrer para depois o fim ser igual. Será que não e melhor apenas aproveitar os últimos cartuchos com vocês mas sem dores? Sem estar demasiado fraco para alguma coisa?

— Mas existe a possibilidade de conseguires ficar bem. Pai, por favor. Será que não vale a pena correres esse risco para ficares connosco?

— Não sei Dak. Não sei...

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro