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Capítulo 29

Luz, não escuridão. É apenas isso que Dak vê. Ouve ao longe alguém a falar, mas a cabeça está a martelar. Tenta focar em algo para que a mesma pare nem que seja por um segundo de doer.

"- A Dak está a descansar, ela estava muito nervosa. Mas ela está bem, nós vamos ainda hoje para Belfast. Como está a Rita?"

Ouço a voz de Jamie. A Rita...

"— Calma, Mel. Eu pedi ao Dr. Smith que fosse ter com vocês. Ele deve estar a chegar, tenho a certeza que ele vos vai explicar tudo."

Espera, o Dr. Smith...a minha cabeça está a doer.

"— Mel, o Don...eu..."

O meu pai? O que é que o meu pai tem a ver com tudo? Tento lembrar-me do que aconteceu, está tudo baralhado. Eu estava a falar com a Tita, ela estava assustada, ouvi o grito da minha mãe...

"— Mel, as meninas estão bem. Por esta altura elas já estão em casa da Elô com a Tippi..."

Porque é que estão em casa da Elô? E quem é que está lá? Meu Deus, a minha cabeça parece que deu um nó.

"— Tal como disseste, ele não está bem, e nós precisamos de perceber o que se passa."

O meu pai está no hospital? Descontrolado? Como assim? O que é que aconteceu com o meu herói? A minha cabeça não para...

"— Elas estão bem. Assustadas, com o que aconteceu com Rita..."

A Rita, o que aconteceu com a minha irmã. Provavelmente uma crise, mas se fosse apenas uma crise a minha mãe não teria ficado em pânico. Desde pequena que as crises de asma e ansiedade são uma constante em Rita

"— Eu liguei para si assim que vi como estava a Dak. Mas quem me atendeu foi a Gracie, ela estavam sem saber o que fazer. Mas, como elas me disseram que a Tippi estava a caminho lá de casa, eu peguei no telemóvel da Dak e liguei para a Tippi."

Agora é que estou sem perceber nada, a minha avó está em Belfast? Mas porquê? Como?

"- Mel, por favor, hoje concentre-se na sua filha. Amanhã preocupa-se com Don...pelo que percebi com o Don ficou um tal de Boris."

O meu pai? O que se passou com ele? Será que ele fez alguma coisa à Rita? Juro que desta vez eu não o perdoou. E porque é que o Boris está com ele?

"- Assim que a Dak acordar e comer alguma coisa nós vamos para aí."

O Jamie quer ir para Belfast? Então é mesmo grave. Será que aconteceu alguma coisa entre a Rita e o meu pai?

Tento parar um pouco de pensar: eu estava a falar com a Rita, e de repente deixei de a ouvir. A minha mãe perguntou-me alguma coisa, e depois o grito.

"- Tudo bem...Agora acalme-se...e vá comer alguma coisa. E leve a Elô consigo."

A Elô está com a minha mãe? A minha cabeça parece que trabalha a 300 à hora. Tento abrir os olhos, está tudo escuro, mas consigo ver o Christian sentado numa poltrona aos pés da cama. Não sei onde estou, em que quarto estou?

- Jamie...Jamie...- chama-o.

A cabeça agora já parou de doer, mas estou meio confusa. Como é que cheguei ao quarto? estou deitada numa cama de casal, deve ser o quarto de Liesa. Está tudo confuso na minha mente. Sinto alguém a deitar-se ao meu lado. Ao me virar encontro aquele olhar cinza que tanto amo, aquele que mesmo com o meu mundo a cair me mantém firme e segura. Dou um sorriso leve a Jamie, que corresponde com um beijo sem malícia nos meus lábios.

Porém, de repente, lembro-me de tudo o que se passou, parece que veio como um trovão rápido e certeiro, e de novo a minha cabeça dói: o telefonema de Rita, os seus gritos, a minha mãe ao telefone, o silêncio. As lágrimas caem de novo, a sensação de sufoco volta, juntamente com a sensação de desmaio.

— Ei! Calma, está tudo bem. Já falei com a tua mãe, a Rita está estável. Ela está no hospital a ser avaliada.

— Jamie, ela está bem, certo? Diz-me que ela está bem, por favor?

— Eu não sei, pedi ao Dr. Smith que fosse para lá, para dar apoio à tua mãe.

— Jamie...

— Calma. Dak neste momento a única  que podemos fazer é esperar. Sei que não é fácil, mas até termos notícias concretas não podemos fazer nada.

— A minha mãe ela está com a Elô?

— Sim elas estão juntas e o Luke está com elas. Disse à tua mãe que assim que acordasses, ligavas.— Dak imediatamente se estica para pegar no telemóvel, contudo, Christian impede-a...— Dak, antes precisamos de falar noutro assunto e não vai ser fácil.

— Eu sabia, foi a Rita?— Jamie nega...— Jamie estás a assustar-me, o que é que se passou?

— Tem a ver com o teu pai. Algo está errado nesta história toda. Por mais que ele odeie esse tal de Hermsworth, ele nunca iria virar costas a uma de vocês, principalmente se vos visse desmaiada e com a tua mãe em pânico.

— O que é que eu pai fez?

Jamie conta-me tudo o que aconteceu desde que a Rita desmaiou até a minha mãe sair de ambulância com Rita. Depois contou-me como o meu pai tratou Gracie e Stella. Estou completamente sem chão, o meu pai podia até não concordar com o namoro, podia até obrigar a Rita a vir morar comigo para afastá-la de Liam, mas daí a virar costas quando a irmã precisava dele. Esse não era o meu pai, não era o Don Johnson que eu conhecia. Ele sempre foi o mais preocupado, bastava uma delas dar um espirro e já corria para o médico. Graças a Deus a minha mãe era mais calma e conseguia impedir uma visita desnecessária ao médico. Ter gritado e ameaçado Stella que era o seu bebé, era ainda mais estranho

— Onde estão a Gracie e a Estrelinha?

— Elas estão bem, estão com a tua Avó Tipi.

— Jamie, o meu pai sempre foi o mais preocupado conosco. Ele nunca nos levantou a voz, sempre foi a minha mãe a ter que colocar limites. O que me contaste, a pessoa que me transcreveste, não é o meu pai. Não é ele.

— Dak eu não sou médico, mas a mim parece-me algo neurológico, talvez apenas uma depressão. Mas pode ser algo mais grave, algo como...

— Achas que ele pode ter algo...como...um cancro.— Começo a chorar, não consigo imaginar esta hipótese, não consigo imaginar a minha vida sem o meu pai, o meu melhor amigo, o meu herói.

— Como te disse pode ser muita coisa. Falei com a Tipi antes de falar com a tua mãe, as meninas e ela vão ficar em casa da Elô por esta noite. O teu pai a esta hora deve estar no hospital, eu dei instruções à Tippi para chamar a emergência. Ele está com um tal de Boris.

— Jamie!?— Ela olha para os olhos cinzas que tanto ama, e não precisa de dizer nada, pois ele adianta-se.

— Eu sabia que querias ir ainda hoje para Belfast. Já falei para a Gail, ela já tem as nossas malas prontas. Vamos jantar, despedimo-nos de todos, passamos em casa para buscar as coisas e vamos para Belfast.

— Eu amo-te. Obrigado. Obrigado por perceberes, obrigado por seres quem és, por me amares, por seres o meu porto seguro.

— Eu também te amo. Ah! Eu não contei nada à tua mãe sobre o teu pai. Ela já tem a tua irmã para se preocupar, não precisava de mais uma carga nos ombros.

— Jamie, ela tem que saber....não podemos esconder...

— Não vamos esconder, apenas omitir por enquanto. Quando chegarmos eu passo pelo hospital e vejo o que se passa. Eu mesmo falo com a tua mãe. Agora vamos.

E assim Jamie e Dak saem do quarto. Quando descem Delfi e Lisa agarram-se à tia, e durante toda a noite não a largam. No final do jantar, eles despedem-se de Jess, de Liessa, dos cunhados e dos sobrinhos, e partem. Passam por casa, colocam as malas no carro e rumam para Belfast. Passado algum tempo de estrada, Dak consegue finalmente falar com a mãe, esta acaba por tranquilizar a filha, que se culpava por toda esta situação.

"— Mãe...!?"

"— Coqui. Finalmente ligaste, estava preocupada contigo, o Jamie disse que tinhas desmaiado."

"— Eu estou bem, foi apenas uma quebra de tensão, provavelmente pelo stress, mas eu estou bem. Como está a Tita?"

"— Está estável, os médicos sedaram-na para ela descansar um pouco. Coqui, eu não sei o que se passa com o teu pai, ele não é assim...passa-se alguma coisa com ele...eu estou com medo..."

"— Eu estou a caminho de Belfast, estamos a ir os dois. Mãe ouve, vai dar tudo certo. Aconteça o que acontecer, nós vamos todas estar ao vosso lado."

"— Coqui, não venhas para o hospital, a Eloise está aqui comigo. Vai ver das tuas irmãs, por favor, estou preocupada com elas."

"— Tudo bem, eu vou para casa da Elô. Vou ligar para avó, para a avisar, se bem que a esta hora elas devem estar a dormir. Mãe, o Jamie disse que o Boris está com o pai, por isso não te preocupes. Sabes que ele vai tomar conta do pai."

"— Eu sei, mas..."

"— Eu posso ir. Não sei se o médico vai dizer alguma coisa ao Boris, ele não é família."

"— Não Dak, vai ter com as tuas irmãs. Amanhã tratamos do teu pai, o Boris liga se for preciso alguma coisa, tenho a certeza que a tua avó lhe deu instruções para não sair lá de casa até uma de nós lá estar."

"— Tudo bem, vou desligar. Mãe. Vai ficar tudo bem, eu sei que sim."

"— Deus te ouça Coqui. Até amanhã princesa..."

"— Até amanhã mãe."

Dakota desliga a chamada e abraça-se, como se de alguma forma pudesse impedir que assim tudo à sua volta ruísse. Estava tudo tão bem, ela tinha conseguido ultrapassar a perda de Peter. Já tinha até ido à médica, ela estava pronta para tentar de novo, claro que Jamie ainda não sabia, ela não queria criar grandes expectativas.

— Coqui, não fiques assim. Tudo o que eu disse são apenas suposições. Apenas me lembrei do meu avô. Ele começou exactamente assim: mudanças de humor, tanto nos mimava como nos repreendia no momento seguinte. Passado um mês descobrimos que ele tinha Alzheimer.

— Achas mesmo que pode ser isso, achas mesmo que o meu pai pode...Jamie, eu não quero ver o meu pai a definhar todos os dias, a perder-se cada vez mais nele. Eu não vou aguentar perde-lo dessa forma.

Jamie para o carro, de repente, na berma da estrada, solta o seu cinto e o meu. Abraça-me e ficamos naquela bolha abraçados. Como se conseguíssemos durante aqueles segundos estar sozinhos no mundo, e uns segundos parecem uma eternidade para nós. Bem devagar ele vai limpando as minhas lágrimas. Deposita um beijo em cada uma das minhas bochechas, que apenas lhe sorriu levemente.

Jamie sabe que se estiver certo, como esta doença pode ser dura, quer para quem a tem, tanto para quem acompanha estes doentes. Ele sabe como todos podem sofrer, assim como ele e toda a família sofreram com a doença do avô.

— Dakota Dornan. Ouve-me com atenção: eu não quero que fiques nessa angústia. Pode não ser nada, pode ser apenas uma depressão.

— Estou com medo. Jamie, eu não o quero perder. Eu tinha tantos sonhos, eu queria que ele ensinasse os nossos filhos a pescar, como me ensinou a mim; queria que fosse aos jogos de futebol, ou que simplesmente brincasse com eles. Que lhes desse doces mesmo quando eu o proibisse.

— Ele vai fazer isso tudo e muito mais. Vamos pensar positivo, por favor.— Jamie dá-me um beijo e volta a colocar os cintos arrancando rumo a casa de Belfast.

Jamie mantém uma das suas mãos entrelaçada na minha mão, fazendo nela pequenos círculos com o seu polegar. E aos poucos eu vou acabando por adormecer. Não por cansaço físico, mas apenas por um grande cansaço emocional. A viagem felizmente não é muito longa, mas eu sei que o amanhã, e os próximos dias vão ser complicados.

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