Capitulo 16
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E vamos lá começar a MARATONA...
De hoje ate sexta...Não percam tempo e cofiram todas as escritoras que faxem parte desta primeira Maratona no perfil de DivulgaFanfics18
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Dakota saiu da sala, deixando Rita no seu mundo tentando decidir o que fazer: renunciar de seguir o seu sonho, aquele que desde menina sempre ambicionou; ou seguir o seu coração deixando o sonho para trás e entregar-se ao amor de Liam.
Era uma escolha difícil, senão quase impossível, porém era uma decisão que teria que partir dela. Dakota tinha a sua opinião, contudo, não podia ser ela a dar a resposta, teria que ser Rita a tomar essa decisão. Assim que chegou à sala apenas a mãe estava lá, já que os restantes membros da família Johnson tinham sido convidados para um passeio.
Dakota sabia que talvez não devesse dizer nada, porém, a mãe estava preocupada e ela poderia omitir algumas coisas, como por exemplo o facto de Rita estar a namorar um Hemsworth. E depois havia toda a história da sua gravidez que ela sabia que a mãe iria querer saber.
- Coqui, ela disse-te alguma coisa? Onde é que ela está?
- Calma, ela ficou na sala de música a tocar piano. Acho que ela precisava de estar sozinha no "seu" mundo.
- Tu não existes, sempre soubeste falar com a Rita. Ela contou-te alguma coisa? Já percebeste o que se passa?
- Sim, mãe. Consegui que ela me contasse algumas coisas. Vamos para o meu quarto, não quero que o pai apareça e ouça o que te vou contar.
- É grave! Ai meu Deus, em que é que a Rita se meteu. Filha se for algo grave, eu não posso esconder do teu pai.
- Mãe, podes vir comigo por favor. No meu quarto eu conto-te.- e assim seguem até ao quarto de Dak, entram e esta fecha a porta.- Senta-te e está descansada que a Rita não fez nada de errado, apenas o normal para uma menina de 18 anos.
- Então a Gracie tinha razão, A Rita está apaixonada? É isso não é?
- Mãe, podes por favor ouvir-me.- Mel assim fez mesmo que a contragosto, pois tudo aquilo estava a dar-lhe uma crise de ansiedade.- Ela está confusa sim em relação a vir ou não para o Conservatório...
- Por causa do teu pai? Coqui, sabes que o problema para o teu pai é que a música, o canto, a pintura, o teatro, a dança tudo é bonito se for encarado como um hobby. Mas a Rita ela quer mais que isso...
- Sim, quer. Mãe, a Tita "vive" da e para a música desde pequena. Para ela não é só dançar, tocar ou cantar, é algo intrínseco nela, vem-lhe de dentro, está lhe impregnado na pele.
- Eu não acredito que vamos continuar com esta discussão. Não vai dar certo, tu sabes que vai ser a terceira guerra mundial naquela casa.
- Mãe. A Tita está confusa ainda, ela sabe que vai ser difícil convencer o pai, que vais ser uma guerra, mas...
- Como assim mas? Eu pensei que ela queria vir. Sempre foi o sonho dela, enfrentei o teu pai por causa dela e agora ela não sabe se quer vir?
- Mãe ela tem outro problema, e é sobre isso que quero falar contigo.
- Como assim? Que outro assuntos? Dakota...
- Antes de eu te falar eu preciso de ter a certeza que não lhe vais fazer nada impulsivo, não vais ralhar, não vais nem tocar no assunto com a Tita. Tens que a deixar resolver as coisas sozinha.
- Eu prometo que não me vou chatear com ela, mas não posso prometer mais nada.
- A Tita está apaixonada. Ela tem um namorado...- Mel olha para Dak, de queixo caído...- E bem ele não está a gostar muito da ideia de ela vir para tão longe estudar.
- Espera, eu ainda estou na parte "Ela tem namorado", como assim ela tem namorado? Porque é que ela nunca nos disse nada sobre esse tal de "namorado". Eu e o teu pai nunca vos proibimos de terem os vossos namoradinhos, desde que...Ai! Meu Deus! Ela está grávida?
- Não. Claro que não, a questão é que por ser quem é ela tem medo da vossa reacção. Se bem que não o podemos julgar por atitudes de outros.
- Dakota, importas-te de abrir de vez essa boca e dizer quem é o namorado da tua irmã.
- É o Liam...
- Liam? Liam...não, não pode ser esse.- Dak apenas acenou, já que percebeu que a mãe sabia de quem estavam a falar...- Não. Desta vez o teu pai não vai apenas bater na Rita...
- Mãe. Eles estão apaixonados, e o pelo que percebi da Tita, o Liam não ficou muito feliz com o facto de ele poder vir para cá. Então há a possibilidade de eles se afastarem...
- Essa história tem que acabar no dia em que chegarmos em Belfast. E sinceramente eu vou rezar para que ela venha para cá, pelo menos fica longe...
- Mãe. Eu sei que o o Chris foi um monstro com a Elô, que o Tio Craig fez o que te fez. Mas, o Liam sempre foi um menino tão correcto.
- Dak se o teu pai se sabe disto, desta vez nem sei o que ele pode fazer à Rita. Com tanto rapaz naquele colégio, ela tinha logo que se envolver com o Hermsworth?
- "O coração tem razões que a própria razão desconhece"...
- Não me venhas com essas frases feitas. Dak o Liam pode até ser boa pessoa, mas...
- Mas!? Mãe, já te esqueceste de quem faz parte daquele família?
- Não, eu nunca me esqueço. E culpo-me todos os dias por isso.
- Vamos ver no que vai dar, e por favor quando falares com a Tita não vás com cinco pedras na mão.- Mel olha para a filha...- Tu e o pai têm a tendência de perder a razão quando o assunto são os Hermsworth.
- Vou tentar, mas não prometo nada. Porque sinceramente neste assunto a Rita não tem escolha: acaba o namoro e vem para o conservatório, ou acaba o namoro e vai para a América viver com a vossa avó.
- Ou seja, tem que acabar com o namoro. Sabes que lhe vais partir o coração?
- Antes partir agora que é nova, que mais tarde e com filhos...que eles te roubam.- Mel disse a ultima parte quase sussurrado, contudo Dak conseguiu ouvir, mas nada disse.
Melanie envolveu-se com Craig na sua juventude acabando por engravidar. No início ele negou que a bebé fosse dele, mas a então noiva Lonnie intimou-o: ou assumia e ficava com a criança, ou ela acabava com o noivado. Ela assumiria a maternidade daquele bebé, mas não queria dividir nada com outra mulher.
Na altura Craig era já um advogado bastante conhecido por conseguir tudo o que queria nos tribunais. E assim foi fácil, fazer o tribunal dar-lhe a guarda da criança, bastou para isso que provassem que Melanie não tinha condições para a criar. Assim que a bebé nasceu, e depois dos dias necessários no hospital, a pequena Arielle foi retirada dos braços de Mel.
Mais tarde, foi Chris que crescendo com o ódio do pai por Don, se aproveitou da inocência de Elô. Apesar de todo o ódio entre Don e Craig, perante a avó eles assumiam um papel de melhores amigos. Assim sendo os filhos de um e as filhas do outro cresceram juntos, sem nunca desconfiarem de todo o ódio que aqueles dois antes amigos e irmãos tinham uma para com o outro.
Ou pelo menos, os Johnson pensavam. Porque ao contrário deles, Craig fomentou o ódio e a raiva dele nos filhos. Chris, instruído pelo pai, tentou fazer o mesmo que o pai: envolveu-se com Elô mostrando-se muito apaixonado, e quando conseguiu o que queria deixou Elô sozinha e grávida. Infelizmente a gravidez acabou por não seguir em frente, e aos três meses e meio Eloise teve um aborto espontâneo.
Foi nessa altura que Mel e Don contaram tudo a Elô, sobre Arielle. E nos proibiram qualquer contacto com os Hermsworth. Até porque nessa altura a avó Johnson já tinha falecido, logo o contacto com a família de Chris era nula.
No final da conversa sobre Rita, ela abraçam-se as duas, cada uma sentindo uma dor diferente.
- Mãe, porque é que nunca foste falar com ela? Tu és a mãe e não a...
- Achas que eu não tentei Dak. Durante anos eu lutei, pelo menos o direito de estar com ela algumas horas, mas nunca me permitiram. Antes de ter a Elô e sem o teu pai saber eu ia para a porta de casa deles e vi-a de longe.
- Eu sinto tanto mãe. Hoje eu acho que consigo perceber a tua dor, depois de tudo o que aconteceu com...
- Eu sei que aqui...- e a ponta para o coração de Dak...- está dolorido. Queres-me contar o que se passou? Porque é que não nos contaram?- Dak apenas sabe acenar com a cabeça, era dificil falar sobre o que se passara...- Eu sou tua mãe, eu podia e queria ter estado contigo. Por que é não me contaste Dak?
- Foi difícil mãe, foi doloroso, foi quase insuportável...- as lágrimas caem-lhe sem permissão, apesar de já ter passado dois meses a dor era ainda muito grande.
Mel deixou a filha chorar, dizem que as lágrimas Eu o espirito e curam as dores da alma. que quando dói demais a dor vai embora em forma de lágrimas, que choramos como se a dor pudesse sair junto das lágrimas.
- Calma minha menina. Chora, chora...deixa sair tudo, toda a dor, toda a mágoa. Deixa sair essa revolta que tens dentro de ti.
- Por quê mãe? Por que Deus nos deu aquele anjinho, se ele não iria ficar connosco? Por que tivemos que sofrer? Por que é que ele teve que sofrer? Não consigo perceber, não consigo...o que é que eu fiz?
- Dakota, tu não fizeste nada. A culpa não foi tua, abortos acontecem mais do que possas imaginar, não és a primeira nem a última mulher a passar por isso.
- Eu não abortei mãe. Eu senti o meu bebé crescer no meu ventre apenas para o perder assim que nascesse. Eu tive o meu Pete nos braços, senti o seu primeiro suspiro e o último...
- Como assim? Dakota, eu não estou aperceber nada, eu pensei que tu tivesses abortado, não que...
- O Peter foi diagnosticado como anencéfalo, aos três meses de gravidez. Depois de ouvirmos vários médicos todos disseram a mesma coisa, se ele não morresse dentro de mim, a chance de ele sobreviver ao parto era mínima.
- Meu Deus! Porque é que não me chamaste filha, vocês passaram por isso tudo sozinhos?
- Sim. Ninguém soube, apenas a Bela, porque o Jamie tinha que ir trabalhar e não me queria deixar sozinha sem ninguém que soubesse o que estava a acontecer. Decidimos os dois não contar a ninguém, não queríamos que olhassem para nós com pena. Já bastava a dor avassaladora que sentíamos.
- Dakota. Pena filha, se a tua avó ouvisse o que acabaste de dizer ela diria que penas têm as galinhas. Tu és minha filha; se tu sofres eu sofro, se tu és feliz eu sou feliz.
- Desculpa mãe...- Dak apenas se abraça à mãe.
- Ei, está tudo bem. Anda, deixa-me mimar a minha menina, porque neste momento é o que tu precisas...
E assim Mel aconchegou a filha no seu colo. Se Coqui seria muito crescida para isso? Talvez, mas o colo de uma mãe representa a eterna protecção para um filho. Não importa se os filhos crescem e formam a sua própria família, para os pais, e principalmente para as mães que sentiram aquele "ser" crescer dentro dela, eles serão sempre os seus bebés. Porque o amor entre uma mãe e um filho é eterno.
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