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Vingança

Fale macio e use um porrete.
¬ Theodore Roosevelt.

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𝐋𝐨𝐠𝐚𝐧.

Minutos atrás.

Cheguei e não encontrei Emma no quarto, deixei as flores lá e segui procurando pelas alas mais próximas do hospital, até achá-la, caída no chão do refeitório vazio -, uma bandeja também estava jogado e um pouco de sangue fazia poça no chão, entrei em pânico e imediatamente a levei para o quarto -, gritando por ajuda aos enfermeiros que passavam pelo corredor naquele momento.

Agora.

Emma acordou devagar, seguro suas mãos e deposito um beijo em sua mão, a doutora Lívia socorreu ela, dizendo que provavelmente o desmaio foi causado pelo esforço físico.

O pescoço dela...tinha marcas bem nítidas, alguém havia tentando matá-la enforcada.

Entrei em colapso.

A Polícia fora comunicada, não demoraram muito para chegar porque ficava do lado do hospital uma das bases de Nassau -, nós dois ficamos extremamente aflitos em ver o quanto Emma demorou a acordar.

Eu tremia tanto que mal conseguia respirar, mas precisava tentar tranquiliza-la o máximo possível.

Emma sobressaltou na cama e o pavor em seus olhos chegou a dilatar as pupilas.

Parecia ter visto a própria morte.

- Emma, olha para mim amor, não se preocupa, estamos aqui contigo. - Tentei tranquilizar, Emma estava tão apavorada que mal conseguia completar uma respiração profunda, não me reconhecia em meio aquele quarto.

Lívia ficou ainda mais preocupada e percebeu que Emma estava em um estado de choque tão intenso que duvidou da lucidez dela.

- Emma, achamos você no refeitório, estava desacordada, agora está aqui no quarto, consegue tentar respirar fundo? - Lívia tentou fazê-la voltar a si, a voz mais suave possível.

Emma negou com a cabeça repetidas vezes e agarrou meus braços com força, querendo, transmitir algo - querendo que lê-se seus olhos azuis espantados.

Emy tremia tanto que mal conseguia abrir a boca, seja o que tiver acontecido -, foi mais um trauma maldito em sua vida.

Lívia correu para fora afim de chamar alguém ou verificar o alvoroço que invadia aqueles corredores deprimentes.

- Eu estou aqui, não vou sair nenhum minuto do seu lado, confie em mim pequena. - Acariciei seus cabelos molhados por suor gelado, Emy tão ansiosa que apenas queria emitir alguma letra, ficou ainda pior por não conseguir. Meu coração apertou violentamente dentro do peito -, por não saber o que ela havia passado, por não saber quem seria o pivor do meu primeiro assassinato -, poderia ser o próprio diabo, não iria sair em pune.

Ele machucou ela, automaticamente seria uma vida a menos no mundo.

Encostei sua cabeça em meu peito e a abracei forte.

Extremamente amedrontada, ansiosa, angustiada por não poder dizer uma palavra sequer, entendi perfeitamente, pois aquela incrível mulher estava silenciada, mas a alma gritava mais que qualquer outro ser no mundo.

Meu lado vingativo, impulsivo e maléfico fora despertado. Um nome, apenas um nome...aquela pessoa estaria morta.

Emma não podia falar por tamanho impacto do acontecimento em seu psicológico e físico, contudo, conseguiu indicar o caderno, distanciando o corpo do meu que a aquecia.

- Um nome, me dê apenas um nome amor. - Disse a ela, sem esboçar nenhuma empatia ou bondade pelo responsável -, Emma me encarou por alguns segundos, virou outra pessoa -, o brilho agora era das brasas crepitantes infernais, a expressão mais fria que a vi fazer.

Segurei sua mão com firmeza auxiliando para que escrevesse o nome no caderno.

Emma deslizou a caneta formando aquela palavra meio desalinhada por estar tremendo muito...

Pietro.

Pietro havia tentado matá-la.

Agora eu ia caça-lo até o inferno.

Dei um beijo no topo da cabeça dela e segurei a ponta do queixo carinhosamente.

- Ninguém vai mais tocar um dedo em você, eu juro. - Fiz tal juramento com toda minha sinceridade e honra, olhando fixamente naquelas íris elétricos que eram estrelas dançantes.

Minha namorada não precisava de alguém que a protegesse, havia lutado com Ricardo naquela praia e teria o ferido caso ele não fosse mais filho da puta.

Porém, eu a protegeria com sangue se fosse preciso, dali em diante, o inimigo dela, era o meu -, não sairia ileso após tocar na mulher da minha vida.

Seria seu guardião. Para sua sorte, era melhor que ele se escondesse muito, mais muitíssimo bem...porque se eu o encontrasse antes da polícia, seria capaz de arrancar seus olhos com as próprias mãos.

- Polícia Federal, agente Enzo Bracho, ninguém sai do quarto. - O arrogante ergueu o distintivo no alto e atrás deles os outros fecharam a porta sem esperar Lívia entrar, mal educado.

Emma voltou a atenção a eles, com desdém.

- Senhorita Emma Myers, preciso que responda algumas perguntas, é de extrema importância que dê seu depoimento. - O homem dos cabelos escuros disse em tom antipático, sequer tendo profissionalismo para perguntar se ela estava apta...dava para ver né, notável suficiente o abalo.

- Ela não pode falar mais que uma palavra, acabou de quase ter sido estrangulada, coloque a porra do seu distintivo para fora daqui seu animal. - O xinguei pela raiva contida em mim, tomando a frente de cabeça erguida.

Enzo ergueu as sobrancelhas desacreditado.

- Me deixa fazer o meu trabalho, de superman ok? Agora dê licença, antes que eu te prenda por desacato a autoridade. — Proferiu batendo de frente comigo, aquele tom arrogante novamente.

Enzo colocou a mão no pulso dela na intenção de agarrá-lo.

Imediatamente envolvi meus dedos na mão atrevida e fixei os olhos nele, pronto para lhe descer um soco no meio da cara, dane-se quem ele era, ou o poder que tinha, não estava brincando quando prometi aquela frase à ela.

— Se atreva a tocá-la novamente e eu quebro a sua mão. — Avisei apertando as articulações dele, ao afastar sua mão.

Enzo soltou a mão bruscamente e a levou para o revólver atrás da sua cintura onde havia um suporte.

Emma soltou um sorrisinho.

— Você é muito folgado, eu estou perdendo a paciência...goste você ou não, um assassino está a solta e não podemos perder mais tempo, este foi um deslize dele, agora sabemos que está ferido, portanto não atrapalhe seu intrometido. — Reclamou friamente o musculoso, cruzei os braços à frente do peito e não movimente um músculo, continuando sendo barreira entre ele e Emma.

— Vou repetir porque talvez você não tenha muita noção; Ela não consegue falar. — Reforcei palavra por palavra, não desviando o contato visual das íris verdes dele, babaca.

Enzo soltou uma risadinha sarcástica.

Alguém mexeu na fechadura bem irritada, deduzi que era a Liv.

Quase arrebatando a cabeça da equipe do Enzo atrás da porta, ela entrou feito um furacão, furiosa demais.

— Isto aqui virou um bordel por acaso? Inferno! Não é permitido a entrada de estranhos, é uma operação esta caralha! — Enzo exaltou a voz passando a mão pelos cabelos grossos, olhando Lívia o fuzilar com as íris amendoadas.

— Meça suas palavras para falar de mim seu quadrúpede, não vai me ofender no meu ambiente de trabalho. — Lívia apontou o dedo para o peito dele onde o colete a prova de balas fazia peso.

Incrédulo e levemente debochado, Enzo olhou o dedo dela apontado para si e o afastou sutilmente.

— E quem pensa que é para falar comigo neste tom ruiva? Posso te algemar e te levar comigo, seria um prazer aliás. — Proferiu em um tom provocativo fuzilando a médica que respirava ofegante por tanta raiva.

— Doutora Lívia Bessi, é um desprazer conhecê-lo. — Se apresenta Lívia cheia de orgulho, empinando sutilmente o queixo. Tão perto que poderia beijá-lo caso fosse outra circunstância.

— Enzo Bracho, policial federal e comandante deste interrogatório. — Enzo estufou o peito todo autoritário, ridículo.

— Agora pare de pressionar psicologicamente a minha paciente, ela está muito abalada, então tenha um pouco de ética profissional e humanidade, porque empatia sei que não tem, e se retire. — Ordenou friamente a médica de jaleco e nariz empinado. O flerte dos dois demorou mais alguns segundos, dá para ver o ódio e indignação contida nas íris dele.

— Irei sim, mas não porque você disse, e sim porquê tenho outros assuntos a tratar. — Informou por fim o metido a besta, Lívia faz pose colocando um pé na frente do outro e o encara aborrecida. A pose de durona não se desfez até que o babaca colocasse os pés para fora do quarto.

— Abuso de autoridade? — A questionou com a mesma impressão péssima sobre ele.

Não só abuso de autoridade como desrespeito pela vítima.

— Ah, com certeza, acompanhada de arrogância e ego inflável. — Lívia sorriu mais suave desfazendo a pose séria.

Nos cumprimentamos com um beijo na bochecha e em seguida ela cumprimentou Emma com um abraço fofo como se fossem irmãs ou amigas antigas.

— Você intimidou o bombadão hein. — Elogiei sua atitude bem firme em relação a Enzo, Lívia piscou lisonjeada.

— Só fui um pouquinho ácida. — Comentou sorrindo e nós damos risada dela.

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Desculpem os erros ortográficos, se gosta da história deixa o voto aqui, ajuda bastante ❤️

Lívia na mídia.

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