Nossos problemas (+16)
☁︎𝐑𝐚𝐯𝐞𝐧☁︎
Já fazia alguns meses que eu tinha conseguido engolir tudo que aconteceu com a Emma, e não foi nada fácil, graças a Natasha e ao Camillo, eu pude passar por tudo isso, eles foram meu maior apoio.
Natasha andava ocupada, mas sempre vinha me visitar quando podia, trazendo mimos para Lilian e conversa muito com meu amigo, principalmente sobre os problemas da vida que ambos tiveram com o lado financeiro. Uma bela amizade nasceu. Camillo conseguiu um trabalho melhor, apesar de não suprir as dívidas que tinha ainda, eu iria ajudá-lo se pudesse. Nós fazíamos diversas coisas juntos, uma delas se tornou nosso afazer favorito; cozinhar. Ele dizia que não havia no mundo, que cozinhasse tão divinamente como eu.
— Acha que eu poderia fazer um empréstimo, assim se resolveriam meus problemas. — Falou Camillo, cruzando as pernas numa pose masculina, sentado no sofá e lendo um jornal da manhã.
Larguei a colher que usava para mexer a carne ao vinho que fazia e sorri para ele.
— Depois de alguns meses e do que você fez, pela nossa amizade, acho que já posso dizer; nossos problemas. — Encostei no balcão de granito e gesso e falei ao homem dos cabelos escuros e pele amarela que sorriu para mim abaixando o jornal do campo de visão, retirei o avental e me aproximei após aquele olhar não desviar de mim. Lilian estava na escola, então poderíamos conversar com calma.
— Não quero te incomodar com isso, com tudo que você está passando Ray, acho que consigo resolver tudo sozinho, é minha responsabilidade... — O interrompi levando a mão para cima da dele, Millo ficou surpreso e soltou o jornal devagar.
Os olhos castanhos feito chocolate me encaravam profundamente.
— Obrigada por ter sido o melhor amigo que eu precisava, por ter estado comigo nas horas mais difíceis, mesmo com tantos problemas na sua vida pessoal. — Agradeci de coração sincero, muito grata a ele por tudo que fez durante meses em minha vida.
Camillo sorriu meigo em resposta e colocou sua outra mão por cima da minha.
— Não há de que Ray, fiz pela consideração que tenho por você. — Confessou o homem do maxilar bem marcado e belos lábios.
Me aproximei mais no sofá e minha respiração se misturou a dele na curta distância que ficou entre nós dois.
— Eu preciso confessar uma coisa. — Falei em tom baixo, olhando profundamente nos olhos do meu grande amigo sedutor.
Camillo pôs a mão larga sob minha coxa direita e a outra manteve no sofá.
— O que é, Ray? — Quis saber ele, ingênuo.
— Eu já não te quero mais como amigo. — Confessei imaginando várias coisas.
Camillo franziu o cenho, confuso.
— Não me quer por perto? Eu fiz algo de errado? Sabe que estou pronto para ouvir... — O silenciei levando meu indicador a seus lábios e sorri vendo sua inocência fofa.
— Eu te quero muito além de nossa amizade, quero te ter como homem, Camillo, talvez isto seja explícito demais, mas eu precisava dizer a você o que sinto, e saiba que te desejo... Desejo muito. — Declarei encostando minha testa na dele.
Millo parecia não acreditar no que eu disse.
— Isto é tudo que eu tenho sonhado escutar, Ray... Eu te amo tanto, esperei tempo para dizer a você, que é a mulher que amo, a que quero para mim de todas as formas mais belas e puras... E indecentes também. — Nós demos risada nesta parte final, dei início a união dos nossos lábios e fui retribuída, naquele beijo lento e cheio de carinho, entrelacei minha mão na dele e levantamos, Millo era muito sensível e delicado comigo, portanto eu teria que dar sinais bem mais intensos de queria avançar com ele, bem mais do que somente beijos.
Ele colou meu corpo no dele, me puxando sutilmente pela cintura com as mãos grandes, levei meus dedos a sua nuca onde os fios lisos tocavam minha pele negra.
Sentia o desejo ardente vindo dele e fazendo meu corpo entrar em erupção.
— É isso o que você quer mesmo? Não quero que se sinta pressionada a nada, Ray. — Millo falou baixinho, tirando a língua de dentro da minha boca no beijo sensual.
Eu afastei minha mão da nuca dele e enfiei a mão por debaixo de sua camisa preta que estava justa em seu peito musculoso.
— Certeza absoluta. — Garanti sorrindo, aquilo era o que eu desejava já havia um tempo, porém não tinha chegado o momento certo de fazer tal confissão.
Millo sorriu malicioso e entendeu o sinal.
Caminhamos até o quarto e eu fechei a porta, o joguei na cama e vi sua expressão de felicidade estampar o belo rosto.
Dobrei os joelhos e subi na cama, uma perna de cada lado e o corpo dele no meio.
— Você quer que eu consiga um preservativo? — Perguntou em meio ao beijo eufórico que nós dávamos.
— Não precisa, tem aqui. — Falei ofegante por tamanha intensidade do seu beijo.
— Tem? — Ele achou curioso, enquanto apalpava minha bunda em cima do seu quadril largo, coberto pela calça moletom.
— Sim, eu não sabia quando ia transar com você, mas... Sei lá... Só tinha. — Respondi rebolando em cima das pernas do Romani.
Camillo não tinha tantos ciúmes de mim, mas talvez tenha pensado que eu pretendia usar aquela camisinha guardada na cômoda, com outro homem... Mas não. Eu queria ele, fruto dos desejos eróticos.
Ofeguei quando senti sua ereção subir em minhas partes íntimas, recebendo beijos deliciosos no pescoço, inclinei o corpo para trás, mantendo os dedos no queixo dele, enquanto o deixava retirar minha camisa, abrindo o zíper e revelando meus seios não tão grandes dentro do sutiã preto de renda, sem bojo. Camillo sorriu vendo tal visão.
— Esta calça tem quantos botões, Ray? — Ele estava muito ansioso por arrancá-la.
— Não sei, acho que seis. — Respondi achando aquilo divertido misturado ao tesão que me invadia cada vez mais.
Camillo suspirou impaciente, desprendendo meu sutiã das costas.
Que homem delicioso, eu queria tanto senti-lo me penetrar que mal pensei em outra coisa. Camillo me colocou de pé e me prendeu na parede, pressionando seu corpo no meu, tirou minha calça e a arrastou para os pés, movi as pernas até tirá-la por completa, agora somente restou a langerie combinando. Ele me puxou para cima e eu entrelacei as pernas em seu quadril, as mãos apertavam minhas coxas, ofeguei excitada pela agitação do momento.
— Você é tão gostosa, Raven, eu me sinto no paraíso só de pensar que vou ter suas mãos em mim do jeito que sempre quis. — Declarou no meu ouvido, sussurrando quente, mordi seu lábio inferior com tanto tesão que gemi sentindo seus dedos da mão direita brincando com minha calcinha.
Imaginei os tapas daquela mão grande em minha bunda.
— Agora você pode ter o privilégio de realizar este desejo, meu amor. — Sussurrei lambendo a pontinha de sua orelha, Millo me colocou novamente no chão ainda me beijando feito sem delicadeza, aproveitei e desprendi seu cinto, em seguida a calça caiu aos pés, revelando as pernas musculosas e a grossa extensão dentro da cueca box branca. Envolvi meus dedos em sua nuca e com a mão direita apalpei sua nádega direita, aquele homem iria me foder com muita dedicação, disso eu não tive dúvidas. Era isso mesmo que eu queria.
Fazia tempo que não fazia sexo e estava sedenta por me sentir úmida, me sentir desejada como uma deusa em santuário.
Ele girou lentamente meu corpo e me fez caminhar para trás a medida que avançava com sua estrutura de seus 1,90.
Deitei na cama e ele ficou por cima, no meio das minhas pernas roçando sua cintura, a ereção me tocava causando excitação extrema. Que beijos gostosos, que pegada maravilhosa esse homem tinha.
— Você é a mulher mais perfeita que existe, Raven Bennedict. — Disse ele com o olhar fascinado em mim, o belo sorriso estampou sua face, o sentir entre minhas pernas levantou minha autoestima demais, principalmente porque ele não dava a mínima para minha cicatriz que me fazia sentir insuficiente diversas vezes.
Era incrível ver a expressão sincera e totalmente apaixonada por cada detalhe meu, mesmo que eu já tivesse escutado diversas vezes que era linda, formosa, espetacular, era diferente na hora do sexo.
Camillo pôs a mão na ponta do meu joelho e a outra entrelaçou a minha que estava encostada na colcha da cama grande suficiente para caber nós dois de corpo inteiro (apesar de que eu tinha só 1,70).
Ele tirou minha calcinha lentamente, deixando uma fileira de beijos em minha perna esquerda, causando arrepios. Em seguida massageiou o clitóris de forma provocativa, não segurei o gemido.
Senti a penetração e doeu, a ardência talvez se devesse ao fato da borracha da camisinha. Gemi quando os movimentos de vai e vem iniciaram umidecendo minha intimidade de forma prazerosa.
— Agora somos o que? — Perguntou sorrindo safado para mim.
Amizade não era mais, pois você não transa com uma amiga ao que eu sabia... Ou talvez eu estivesse dormindo no tempo.
— Somos namorados, não? — Disse ele acariciando minha barriga nua.
— Amigos não fodem, Camillo. — Nós sorrimos juntos, ele me olhava diretamente nos olhos, me achando uma linda deusa.
Cruzei as pernas em volta da sua cintura, sentindo que iria gozar em breve, Millo se curvou até encostar seu corpo no meu, gemendo de maneira prazerosa enquanto dobrava mais minha perna para melhorar a flexibilidade da penetração. Mordi seu ombro coberto por várias pintinhas e gemi seguidamente, o aquecer da pele dele contra a minha me fez ter o desejo repentino de apagar a luz do abajur e vê-lo sob a camada dourada de somente uma luz.
Que homem lindo.
Meu homem.
— Raven... Raven... Porra isso é tão incrível... — Gemeu o Romani enquanto apalpava meus seios que balançavam levemente conforme as penetrações ficando ainda mais impiedosas.
Gemi alto, soltando uma lufada de ar e senti o corpo bambo, ofegante, juntei ele a meu corpo nu com intensidade, querendo fazê-lo meu manto pessoal, a proteção sob minha pele, me senti pequena e amada.
Camillo voltou a respirar com calma e acariciou meus cabelos cacheados, me beijando com tanta paixão e satisfação.
Era um sonho realizado me ter, segundo ele mesmo. Amei aqueles segundos com ele.
— Te amo, te amo Raven, você é tudo para mim. — Declarou olhando no fundo dos meus olhos castanhos, ainda dentro de mim. Invadi lentamente sua boca com a minha língua, acariciando suas costas largas, a luz avermelhada do abajur só favorecia ainda mais a beleza máscula dele.
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